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Observação e linguagem científica.

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Observação do comportamento
Observação e linguagem 
científica
O que é observação?
 A observação é um processo 
empírico por meio do qual 
usamos a totalidade dos nossos 
sentidos para reconhecer e 
registrar eventos factuais. 
Característica da linguagem 
científica
 1. Objetividade é ater-se apenas a coisas e fatos 
efetivamente observados.
 ERRADO: Paulo olhou profundamente para a foto, 
deve ser alguém importante, olhou e pensou, o 
rosto exprimia saudade.
 CERTO: Paulo ergueu a sua frente uma fotografia e 
olhou para ela por aproximadamente dez 
minutos. 
 2. Clareza e exatidão. Não use termos como 
“vários”, “pouco”, “muito”, “pequeno”, 
“grande”.
 ERRADO: O patrão deu um pequeno aumento 
a José.
CERTO: José recebeu R$ 100,00 de aumento no 
salário.
 3. Brevidade/concisão. Suprimir apostos, 
comentários, expressões como “Entretanto”, 
“ou seja”, “sendo assim”. Em alguns casos é 
preciso usar o bom senso, já que é preciso 
repetir e até ser redundante para garantir a 
comunicação exata do que está acontecendo.
 ERRADO: “Márcia foi até a casa de Carlos e 
pegou o seu livro”
 CERTO: “Márcia foi até a casa de Carlos e 
pegou o livro dele”
 4. Ser direto ou afirmativo. A descrição não 
pode assinalar o que não ocorreu, apenas o 
que ocorreu.
 ERRADO: Márcia não lembrou de olhar pela 
janela e foi até a porta da casa.
 CERTO: Márcia caminhou e parou enfrente a 
porta da casa.
 5. Sem atribuição de finalidade. Descrever ou 
aferir a suposta intencionalidade ao que se 
observa.
 ERRADO: Márcia olhou na direção da porta 
para visualizar a melhor hora de transpô-la.
 CERTO: Márcia virou a cabeça para a 
esquerda. Ficou parada. Caminhou e passou 
através da porta.
 1.2. Definição de eventos 
comportamentais
Por que definir comportamentos?
... facilita o trabalho do observador e, por eliminar 
as contradições existentes nas noções que cada um 
tem a respeito dos mesmos comportamentos, 
permite haver concordância entre os observadores 
quanto à ocorrência dos comportamentos sob 
observação.
Tipos de definição
 Definição morfológica;
 Definição funcional e;
 Definição morfológico-funcional.
Definição morfológica
 Descrever o comportamento em si.
 Acentuar as mudanças observadas no sujeito, 
principalmente as coordenações motoras por ele 
executadas, a cor ou aparência por ele assumidas.
 O referencial para construção de uma definição 
morfológica é o próprio corpo do sujeito (a 
topografia da resposta).
Exemplos de definição
morfológicas
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO
Segurar objeto redondo
(ser humano)
As duas mãos em forma
de concha fazem certa
pressão sobre um objeto
Ergue-se (rato) Projetar o corpo para
cima e sustentá-lo nas
duas patas traseiras
tocando ou não uma
superfície.
Definição funcional
 Levam em conta principalmente as 
modificações ou efeitos que os 
comportamentos produzem no ambiente.
 O referencial para construção de uma 
definição funcional não é corpo do sujeito 
ou a forma do movimento, mas os efeitos 
causados no ambiente (físico e/ou social).
Exemplos de definição funcional
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO
Encestar a bola (jogo de
basquete)
“Penetrar a bola pela abertura
superior da cesta e sair pela
abertura inferior da mesma”
(FAGUNDES, 1985, p.
45)
Pressão à barra (rato) tocar na barra e produzir
um clique que acione o
bebedouro e
disponibilize uma gota
d’água na concha
Definição morfológico-funcional
 Combinam a descrição do comportamento 
em si e dos efeitos que ele provoca no 
ambiente.
 Duplo referencial: o corpo do sujeito e os 
efeitos de seu comportamento no ambiente. 
Exemplos de definições
morfológico-funcionais
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO
Marcar cesta de 3 pontos Estando o jogador antes
da linha de 3 pontos, o
mesmo projeta a bola à
frente e acima de sua
cabeça na direção da
cesta. A bola penetra pela
abertura superior da cesta
e sair pela abertura
inferior da mesma.
Exemplos de definições
morfológico-funcionais
COMPORTAMENTO DEFINIÇÃO
Pressão à Barra Projetar o corpo para cima,
sustentá-lo nas duas patas
traseiras, projetar as patas
dianteiras para frente, tocar
na barra, produzir um clique
que acione o bebedouro e
disponibilize uma gota
d’água na concha.
 1.2. Técnicas de observação e 
registro de comportamento
Por que registrar?
 O registro dessas observações 
também se reveste de importância, 
na medida em que facilita a análise 
posterior, dificultando a ação do 
esquecimento. 
Os registros se dividem em:
 Registros cursivos
 Registros categorizados
 Registros de memória
Registro Cursivo
 Consiste em se descrever o que 
ocorre, na sequência em que os fatos 
se dão, cuidando-se de se seguir as 
recomendações técnicas para que se 
tenha uma linguagem científica. 
FOLHA DE REGISTRO
Situação:
Sujeito (s):
Observador:
Técnica de registro: Registro Cursivo
Data: Local:
Hora Inicial: Hora final: Duração:
REGISTRO
Aplicações do registro cursivo
 Em situações novas (exploração)
 Para a definição de categorias de 
comportamento.
 Este tipo de registro funciona como 
uma espécie de filmagem. 
Tipos de Registros cursivos
 Registro cursivo contínuo: a observação e o registro 
são simultâneos (ver folha de registro anterior).
 Registro cursivo em amostragem de tempo: a sessão 
de observação é dividida em intervalos de tempo. 
No início ou no final de cada intervalo (segundo o 
que fica convencionado), o observador olha para o 
sujeito e registra o que ele está fazendo.
FOLHA DE REGISTRO
Situação:
Sujeito (s):
Observador:
Técnica de registro: Registro Cursivo em amostragem de tempo
Data: Local:
Hora Inicial: Hora final: Duração:
REGISTRO
Tempo
(minuto)
Descrição
1 M estava de frente para a porta.
2 M falava com N e pegou no braço dela.
3 M segurava um livro e passou-o a N
Registro categorizado
 O observador trabalha com categorias pré-
definidas. As categorias são definidas com 
base em trabalho anterior do próprio 
pesquisador, no conhecimento do assunto, na 
literatura e em trabalhos de outros 
pesquisadores.
Exemplos de categorias de 
comportamento:
 Brincadeira com objetos (BO)
 Brincadeira com as mãos sem objetos (BMSO)
 Brincadeira com os pés sem objetos (BPSO)
 Brincadeira com o corpo todo sem objetos 
(BCSO).
 Observação importante: devem ser estabelecidos 
critérios para determinar se o comportamento 
ocorreu ou não.
Tipos de registro categorizado
 Simultâneos (ao mesmo tempo observação e 
registro).
 Registro de eventos;
 Registro de duração;
 Sucessivos (observação e depois o registro): 
 Registro categorizado em amostragem de 
tempo
 Registro categorizado em intervalos de 
tempo.
Registro de eventos
 Contagem de frequência das vezes em que o
(s) comportamento(s) escolhido(s) ocorre
(m)
 O observador procede a contagem do 
número de vezes que o comportamento 
ocorre.
FOLHA DE REGISTRO
Situação:
Sujeito (s):
Observador:
Técnica de registro: Registro de evento
Data: Local:
Hora Inicial: Hora final: Duração:
REGISTRO
Comportamento Freqüência Total
Andar IIIIIIIIIIII 12
Correr IIIII 05
Falar IIIII 05
Sentar IIIIII 06
Registro de duração
 O observador registra o tempo que 
o comportamento, anteriormente 
definido, foi apresentado na 
sessão.
FOLHA DE REGISTRO
Situação:
Sujeito (s):
Observador:
Técnica de registro: Registro de duração
Data: Local:
Hora Inicial: Hora final: Duração:
REGISTRO
Comportamento Duração Total
Andar 10’’ / 25’’ 35’’
Correr 1’36’’/ 40’ 2’16’’
Falar 24’’/1’57’’ 2’21’’
Sentar 3’45’’/ 1’20’’ 5’05’’
Observações importantes
 O ideal éutilizar cronômetro.
 A utilização do relógio comum exigem 
algumas adaptações: ao invés de registrar a 
duração, é necessário registrar a hora inicial 
e final de cada execução e depois calcular o 
tempo.
 EXEMPLO: 
 Andar = 10:20: 01 às 10:24: 36 (4’35’’)
 10:32:00 às 10:43:01 (11’ 01’’)
 Andar = 15’ 36’’
Registro categorizado em 
amostragem de tempo
 A sessão de observação é dividida em 
intervalos de tempo. No início ou no final de 
cada intervalo (segundo o que fica 
convencionado), o observador olha para o 
sujeito e [assinala o que ele está fazendo em 
com ficha aonde estão disponíveis os 
comportamento previamente definidos]. 
FOLHA DE REGISTRO
Situação:
Sujeito (s):
Observador:
Técnica de registro: Registro categorizado em amostragem de tempo
Data: Local:
Hora Inicial: Hora final: Duração:
REGISTRO
Comportamento 0’’- 20’’ 21’’- 40’’ 41’’ – 60’’
Falar √ √
Sentar √ √
Andar √
Registro categorizado em 
intervalos de tempo
 É a técnica de registro em que o observador 
registra o número de vezes que o 
comportamento ocorre em cada intervalo de 
tempo em que a sessão total está dividida.
FOLHA DE REGISTRO
Situação:
Sujeito:
Observador:
Técnica de registro: Registro de intervalos de tempo
Data: Local:
Hora Inicial: Hora final: Duração:
REGISTRO
TEMPO (min) FREQÜÊNCIA
1 F, S, C
2 S, F
3 C, F,A
Registros de memória
O que são?
 O registro é feito a posteriori, isto é 
após um período de observação.
Tipos de registros de memória
 Diário: registro do que o sujeito fez ou do 
que se sucedeu em cada dia ou sessão.
 Exemplo de um diário de atendimento 
clínico:
 Problemas com o chefe no trabalho, 
problemas semelhantes com autoridades 
no passado, análise de seu 
comportamento nessas ocasiões, proposta 
de mudança.
 Relato anedótico: é a descrição sucinta de 
determinados episódios.
 Exemplo das anotações feita pela psicóloga escolar 
sobre uma briga entre pré-escolares relatada por 
uma professora:
“Quem brigou? M e F; Motivo? Disputa de lanche; 
no que consistiu a briga? Arranhões e mordidas no 
corpo do outro. Quem interveio? Professora e 
estagiária. Como? Desapartaram e discutiram as 
normas de conduta na escola”
Questões para reflexão
 A observação do comportamento não é ingênua. Psicólogos 
de diferentes abordagens buscam identificar e descrever 
diferentes aspectos.
 É possível e, até desejável em alguns casos, incluir um 
diagrama da situação observada (ver Danna e Matos, 
2006, p. 55).
 A técnica da observação pode e deve ser complementada 
por outra técnica de coleta de dados (survey, entrevista).
 O observador deve considerar que a sua presença afeta os 
sujeitos. Por vezes é melhor só considerar para análise os 
registros após um período de habituação.

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