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1 
 
 
NOVAS ORTOGRAFIAS DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
2 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 3 
Breve História do Acordo Ortográfico ................................................................. 4 
Novo Acordo Ortográfico .................................................................................... 5 
Mudanças Ortográficas ..................................................................................... 11 
Entenda o Caso: ............................................................................................... 11 
As Mudanças .................................................................................................... 12 
Acentuação ................................................................................................... 12 
O Caso do Hífen ............................................................................................... 15 
O Caso das Letras k, w, y ................................................................................. 16 
O Caso das Letras MAIÚSCULAS .................................................................... 17 
Uma curiosa (e infeliz) determinação ............................................................... 17 
Apreciação geral ............................................................................................... 18 
Para uma Consulta mais Rápida ...................................................................... 18 
A – SUPRESSÃO DE ACENTOS ................................................................. 18 
B – HÍFEN ..................................................................................................... 19 
2. fica abolido o hífen: ................................................................................... 20 
C – LETRAS MAIÚSCULAS ......................................................................... 21 
JOE: Jogo Ortográfico Educacional .................................................................. 22 
Acordo Ortográfico ............................................................................................ 23 
O uso da Gamificação como Ferramenta de Ensino ........................................ 24 
Trabalhos relacionados .................................................................................... 24 
JOE: o Jogo ...................................................................................................... 26 
Regras Ortográficas Abordadas ....................................................................... 26 
A arquitetura do JOE ........................................................................................ 27 
Projeto de Interface Gráfica .......................................................................... 28 
Implementação .............................................................................................. 29 
Considerações JOE .......................................................................................... 30 
Referências ...................................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de um 
grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz 
de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, 
técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e 
propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras 
normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
4 
Breve História do Acordo Ortográfico 
Os acordos e desacordos do Acordo Ortográfico entre, primeiro, Portugal e o 
Brasil, e, posteriormente, entre estes e os outros países de expressão portuguesa que 
emergiram depois do 25 de Abril de 1974, como nações independentes, provocou 
revezes e atrasos na aprovação do diploma, motivados, quase todos, por pressões 
feitas sobre os diferentes governos. 
Estas pressões ainda hoje se fazem sentir e têm expressão tanto em artigos 
dos jornais como na blogosfera. Em vésperas da entrada em vigor do novo Acordo 
Ortográfico, este breve apontamento pretende somente elucidar os leitores sobre 
como foi trilhado o caminho que conduziu à realidade actual. 
Manuel Tavares & Maria Manuel C. Ricardo 
Em 1671, João Franco Barreto, publicava a Ortografia da Língua 
Portugueza, onde numa primeira parte de debruça sobre: Que cousa he Ortografia, 
[e] de que consta; Que[m] foy o inventor das letras; Se a lingua Portugueza foy 
uma das setenta [e] duas; Se e[m] Portugal foy vulgar a Lingua Latina; Das 
partes da vulgar lingua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Novo Acordo Ortográfico 
 
 
 
No Brasil, a implantação do novo acordo começou em 2008. O prazo final para 
a adesão é 31 de dezembro de 2015, conforme o Decreto 7875/2012. 
 Este também é o prazo em Portugal, mas nem todos os países unificarão ao 
mesmo tempo. Cabo Verde, por exemplo, só estará totalmente adaptado ao novo 
acordo em 2019. 
 
 
 
 
6 
 Até lá, concursos públicos, provas escolares e publicações oficiais do governo 
estarão adaptadas às regras. A implantação nos livros didáticos brasileiros começou 
em 2009. 
O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso 
cultural e político gerado pelas duas formas de escrita oficial do mesmo idioma. A ideia 
é aumentar o prestígio internacional e a difusão do Português. 
 
Para muitos estudantes e, até mesmo, profissionais já formados, certas 
mudanças causam confusão e, até mesmo, estranheza. Portanto, para que você não 
erre na hora de fazer seus trabalhos escolares ou não cometa alguma gafe ao corrigir 
seus amigos, separamos as alterações mais significativas. 
Alfabeto 
Passou a ter 26 letras com a adição das consoantes K, W e Y. Embora muitos já 
as usassem, somente com o acordo elas foram oficializadas. Veja: 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 
Acentuação 
Grande parte das alterações está centrada nesta área. Vejamos alguns casos. 
Trema 
Continua apenas em palavras estrangeiras. Bastante comum em sobrenomes e 
nomes próprios estrangeiros. 
Tranqüilidade = tranqüilidade/ Müller = Müller 
 
Acento diferencial 
Em palavras homógrafas, ou seja, aquelas que possuem a mesma grafia, apesar 
de significarem coisas diferentes. 
Agora, perde-se o acento. 
Pára (verbo) = para/ Para (preposição) = para 
 
 
 
 
7 
 
Acento circunflexo (eem; oo) 
Palavras que apresentam estes casos não são mais acentuadas. 
Lêem = lêem/ Crêem = crêem/ Perdôo = perdôo/ Enjoo = enjoo 
Atenção! Continua o acento diferencial de singular e plural em verbos como vir e 
ter. Veja: 
Ela tem / Elas têm/ Ele vem / Eles vêm 
Ditongos abertos em palavras paroxítonas (ei; oi) Não 
são mais acentuados. 
Geléia = geléia/ Alacatéia = alcatéia/ Jibóia = jibóia/ Heróico = heroico 
 
Acentuação de i e u depois de ditongo nas paroxítonas. 
Também perderam o acento. 
Feiúra = feiúra/ Sauípe = Sauipe 
 
Hífen 
 Este é, provavelmente, o item da reforma quemais gera dúvidas, pois muitas 
palavras que não recebiam o sinal agora precisam apresentá-lo, enquanto outras não 
o possuem mais. Confira. 
 O hífen é utilizado: 
• quando o segundo elemento da palavra começa com h. 
 Super-homem/ Anti-herói 
 
• para separar vogais ou consoantes iguais. 
 Contra-atacar/ Micro-ondas/ Inter-racial/ Sub-base 
 
Observe: 
 
 
 
 
8 
• Em palavras cujo prefixo termina em vogal e o próximo termo começa com 
r ou s, tais consoantes são duplicadas. 
Ultra-som = ultrassom/ Neo-Realismo = Neorrealismo 
 
• Quando as consoantes do segundo termo são diferentes de r e s, também 
não se usa o hífen: 
 Microcomputador/ Seminovo 
 
• Palavras com prefixo re e segundo elemento iniciado por e não recebem 
hífen. 
 Reeditar/ Reeleição 
• Em palavras com prefixo co, não se usa mais o hífen. Se o segundo 
elemento começar com h, a consoante é excluída. 
Co-habitante = coabitante 
Co-autor = coautor 
 
Os prefixos pré, pós e pró ainda exigem hífen. 
Pré-escolar /Pós-graduação/ Pró-reitor 
• Prefixos pam e circum recebem hífen quando seguidos por palavras que 
começam com vogal ou pelas consoantes h, m e n. 
 
 
 
 
9 
Pan-americano/ Pan-hispânico/ Circum-navegação/ Circum-murado 
 
 
Segue outros exemplos. 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
“Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise 
destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você não tem 
dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a 
sua inteligência. Invista nela. Estude!” 
 
 
 
 
11 
Augusto Cury 
Mudanças Ortográficas 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE A mídia costuma apresentar o Acordo como uma 
unificação da língua. Há, nessa maneira de abordar o assunto, um grave equívoco. 
O Acordo não mexe na língua (nem poderia, já que a língua não é passível de ser 
alterada por leis, decretos e acordos) – ele apenas unifica a ortografia. Algumas 
pessoas – por absoluta incompreensão do sentido do Acordo e talvez induzidas por 
textos imprecisos da imprensa – chegaram a afirmar que a abolição do trema (prevista 
pelo Acordo) implicaria a mudança da pronúncia das palavras (não diríamos mais o u 
de lingüiça, por exemplo). Isso não passa de um grosseiro equívoco: o Acordo só 
altera a forma de grafar algumas palavras. A língua continua a mesma. 
 
Entenda o Caso: 
A língua portuguesa tem dois sistemas ortográficos: o português (adotado 
também pelos países africanos e pelo Timor) e o brasileiro. Essa duplicidade decorre 
do fracasso do Acordo unificador assinado em 1945: Portugal adotou, mas o Brasil 
voltou ao Acordo de 1943. 
As diferenças não são substanciais e não impedem a compreensão dos textos 
escritos numa ou noutra ortografia. No entanto, considera-se que a dupla ortografia 
dificulta a difusão internacional da língua (por exemplo, os testes de proficiência têm 
de ser duplicados), além de aumentar os custos editoriais, na medida em que o mesmo 
livro, para circular em todos os territórios da lusofonia, precisa normalmente ter duas 
impressões diferentes. O Dicionário Houaiss, por exemplo, foi editado em duas 
versões ortográficas para poder circular também em Portugal e nos outros países 
lusófonos. Podemos facilmente imaginar quanto custou essa ―brincadeira‖. 
Essa situação estapafúrdia motivou um novo esforço de unificação que se 
consolidou no Acordo Ortográfico assinado em Lisboa em 1990 por todos os países 
lusófonos. Na ocasião, estipulou-se a data de 1o de janeiro de 1994 para a entrada 
 
 
 
 
12 
em vigor da ortografia unificada, depois de o Acordo ser ratificado pelos parlamentos 
de todos os países. Contudo, por várias razões, o processo de ratificação não se deu 
conforme o esperado (só o Brasil e Cabo Verde o realizaram) e o Acordo não pôde 
entrar em vigor. Diante dessa situação, os países lusófonos, numa reunião conjunta 
em 2004, concordaram que bastaria a manifestação ratificadora de três dos oito países 
para que o Acordo passasse a vigorar. Em novembro de 2006, São Tomé e Príncipe 
ratificou o Acordo. Desse modo, ele, em princípio, está vigorando e deveríamos 
colocá-lo em uso. No entanto, estamos ainda em compasso de espera. Há um certo 
temor de que sem um consenso efetivo o 
Acordo acabe se frustrando. O secretário-executivo da CPLP – Comunidade dos 
Países de Língua Portuguesa esteve no Brasil em março passado buscando apoio 
para obter, sem mais delongas, a ratificação do Acordo pelos demais cinco países. 
Talvez por isso o governo brasileiro não tenha ainda tomado qualquer medida para 
implementar as mudanças ortográficas, embora o Brasil tenha sido desde o início o 
maior defensor da unificação. 
As Mudanças 
As mudanças, para nós brasileiros, são poucas. Alcançam a acentuação de 
algumas palavras e operam algumas simplificações nas regras de uso do hífen. 
Acentuação 
A) FICA ABOLIDO O TREMA: 
palavras como lingüiça, cinqüenta, seqüestro passam a ser grafadas linguiça, 
cinquenta, sequestro; 
B) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DO PRIMEIRO ‗O‘ EM 
PALAVRAS TERMINADAS EM ‗OO‘: 
 palavras como vôo, enjôo, abençôo passam a ser grafadas voo, enjoo, 
abençoo; 
 
 
 
 
13 
C) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DAS FORMAS VERBAIS DA 
TERCEIRA PESSOA DO PLURAL TERMINADAS EM –EEM: 
palavras como lêem, dêem, crêem, vêem passam a ser grafadas leem, deem, 
creem, veem; 
D) DEIXAM DE SER ACENTUADOS OS DITONGOS ABERTOS ÉI E ÓI 
DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS: 
palavras como idéia, assembléia, heróico, paranóico passam a ser grafadas 
ideia, assembleia, heroico, paranoico; 
E) FICA ABOLIDO, NAS PALAVRAS PAROXÍTONAS, O ACENTO AGUDO 
NO I E NO U TÔNICOS QUANDO PRECEDIDOS DE DITONGO : 
palavras como feiúra, baiúca passam a ser grafadas feiura, baiuca; 
F) FICA ABOLIDO, NAS FORMAS VERBAIS RIZOTÔNICAS (QUE TÊM O 
ACENTO TÔNICO NA RAIZ), O ACENTO AGUDO DO U TÔNICO PRECEDIDO DE G 
OU Q E SEGUIDO DE E OU I. 
 Essa regra alcança algumas poucas formas de verbos como averiguar, 
apaziguar, arg(ü/u)ir: averigúe, apazigúe e argúem passam a ser grafadas averigue, 
apazigue, arguem; 
G) DEIXA DE EXISTIR O ACENTO AGUDO OU CIRCUNFLEXO USADO 
PARA DISTINGUIR PALAVRAS PAROXÍTONAS QUE, TENDO RESPECTIVAMENTE 
VOGAL TÔNICA ABERTA OU FECHADA, SÃO HOMÓGRAFAS DE PALAVRAS 
ÁTONAS. ASSIM, DEIXAM DE SE DISTINGUIR PELO ACENTO GRÁFICO: 
— para (á), flexão do verbo parar, e para, preposição; 
— pela(s) (é), substantivo e flexão do verbo pelar, e pela(s), combinação da 
preposição per e o artigo a(s); 
 
 
 
 
14 
 — polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e 
lo(s); 
 — pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo, e pelo(s) combinação da 
preposição per e o artigo o(s); 
 — pera (ê), substantivo (fruta), pera (é), substantivo arcaico (pedra) e pera 
preposição arcaica. 
OBSERVAÇÃO 1 
 A reforma de 1971 aboliu os acentos circunflexos diferenciais. Manteve apenas para 
a forma verbal ‗pôde‘. O texto do Acordo mantém esta exceção e acrescenta, 
facultativamente, o uso do acento na palavra fôrma. 
 
OBSERVAÇÃO 2 
 O Acordo manteve a duplicidade de acentuação (acento circunflexo ou acento 
agudo) em palavras como econômico/económico, acadêmico/ académico, 
fêmur/fémur, bebê/bebé. Entendeu-se que, como esta acentuação reflete o timbre 
fechado (mais freqüente no Brasil) e o timbre aberto (mais freqüente em Portugal e 
nos demais países lusófonos) das pronúncias cultas das vogais nestes contextos, ela 
não deveria ser alterada. Em princípio nada muda para nós brasileiros. A novidade é 
que as duas formas passam a ser aceitas em todo o território da lusofonia e devem 
ambas constar dos dicionários. Assim, se um brasileiro, que hoje é obrigado a usar o 
acento circunflexo, grafar com o agudo não estará cometendo erro gráfico. 
 
 
 
 
Do nosso atual Formulário Ortográfico, o Acordo aboliu as seguintesregras de 
acentuação gráfica: 5ª, 6ª, 10ª, 12ª, a quase totalidade da 15ª, a observação 3ª da 
 
 
 
 
15 
regra 7ª e parte da observação 1ª da antiga regra 14ª (esta regra foi abolida pela 
reforma de 1971. O Acordo abole a acentuação das paroxítonas prevista na 
observação 1ª). 
 
 
O Caso do Hífen 
O hífen é, tradicionalmente, um sinal gráfico mal sistematizado na ortografia da 
língua portuguesa. O texto do Acordo tentou organizar as regras, de modo a tornar 
seu uso mais racional e simples: 
a) manteve sem alteração as disposições anteriores sobre o uso do hífen 
nas palavras e expressões compostas. Determinou apenas que se grafe 
de forma aglutinada certos compostos nos quais se perdeu a noção de 
composição (mandachuva e paraquedas, por exemplo). 
Para saber quais perderão o hífen, teremos de esperar a publicação do novo 
Vocabulário Ortográfico pela Academia das Ciências de Lisboa e pela Academia 
Brasileira de Letras. É que o texto do Acordo prevê a aglutinação, dá alguns exemplos 
e termina o enunciado com um etc. – o que, infelizmente, deixa em aberto a questão; 
b) no caso de palavras formadas por prefixação, houve as seguintes 
alterações: ● só se emprega o hífen quando o segundo elemento começa 
por h Ex.: pré-história, super-homem, pan-helenismo, semihospitalar 
EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras 
formadas com os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial 
(desumano, inábil, inumano). 
 
 
 
 
16 
● e quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo 
elemento Ex.: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-onda, 
infraaxilar. 
EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual em relação ao prefixo co-, que em geral 
se aglutina com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o (coordenação, 
cooperação, coobrigação) 
Com isso, ficou abolido o uso do hífen: 
● quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas 
consoantes ser duplicadas Ex.: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom. 
EXCEÇÃO: manteve-se o hífen quando os prefixos terminam com r, ou seja, 
hiper-, inter- e super 
Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. 
● quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com 
uma vogal diferente Ex.: extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, 
antiaéreo, agroindustrial, hidroelétrica. 
OBSERVAÇÃO 
Permanecem inalteradas as demais regras do uso do hífen. 
. 
O Caso das Letras k, w, y 
Embora continuem de uso restrito, elas ficam agora incluídas no nosso alfabeto, 
que passa, então, a ter 26 letras. Importante deixar claro que essa medida nada altera 
do que está estabelecido. Apenas fixa a seqüência dessas letras para efeitos da 
listagem alfabética de qualquer natureza. Adotou-se a convenção internacional: o k 
vem depois do j, o w depois do v e o y depois do x. 
 
 
 
 
17 
O Caso das Letras MAIÚSCULAS 
Se compararmos o disposto no Acordo com o que está definido no atual 
Formulário Ortográfico brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no uso 
obrigatório das letras maiúsculas. Elas ficaram restritas a nomes próprios de pessoas 
(João, Maria, Dom Quixote), lugares (Curitiba, Rio de Janeiro), instituições (Instituto 
Nacional da Seguridade Social, Ministério da Educação) e seres mitológicos (Netuno, 
Zeus), a nomes de festas (Natal, Páscoa, Ramadão), na designação dos pontos 
cardeais quando se referem a grandes regiões (Nordeste, Oriente), nas siglas (FAO, 
ONU), nas iniciais de abreviaturas (Sr., Gen. V. Exª) e nos títulos de periódicos (Folha 
de S.Paulo, Gazeta do Povo). 
Ficou facultativo usar a letra maiúscula nos nomes que designam os domínios 
do saber (matemática ou Matemática), nos títulos (Cardeal/cardeal Seabra, Doutor/ 
doutor Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas categorizações de logradouros 
públicos (Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja do Bonfim) e edifícios 
(Edifício/edifício Cruzeiro). 
Uma curiosa (e infeliz) determinação 
 
Alegando que o sujeito de uma sentença não pode ser preposicionado, há uma 
certa tradição gramatical que proíbe, na escrita, a contração da preposição com o 
artigo ou com o pronome em sentenças como: Não é fácil de explicar o fato de os 
professores ganharem tão pouco. É tempo de ele sair. Nem todos os gramáticos 
subscrevem tal proibição. Evanildo Bechara, por exemplo, argumenta, em sua 
Moderna gramática portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2000, p. 536-7), que 
ambas as construções são corretas e cita o uso da contração em vários escritores 
clássicos da língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo Ortográfico que adota 
aquela proibição. Assim, cometeremos, a partir da vigência do Acordo, erro gráfico se 
fizermos a contração. Parece que alguns filólogos não conseguem mesmo viver sem 
cultivar alguma picuinha... 
 
 
 
 
18 
Apreciação geral 
 
O Acordo é, em geral, positivo. Em primeiro lugar, porque unifica a ortografia do 
português, mesmo mantendo algumas duplicidades. Por outro lado, simplifica as 
regras de acentuação, limpando o Formulário Ortográfico de regras irrelevantes e que 
alcançam um número muito pequeno de palavras. A simplificação das regras do hífen 
é também positiva: torna um pouco mais racional o uso deste sinal gráfico. 
Para uma Consulta mais Rápida 
 
O governo brasileiro ainda não definiu o cronograma de implantação da nova 
ortografia decorrente do Acordo Ortográfico assinado pelos países de língua oficial 
portuguesa em 1990 (ver nosso artigo ―Mudanças ortográficas no horizonte‖ neste 
mesmo site). Deve, no entanto, fazê-lo em breve. 
 O FNDE já estabeleceu (talvez prematuramente) que os livros didáticos que 
serão distribuídos às escolas em 2010 pelo PNLD (Programa Nacional do Livro 
Didático) deverão estar já na nova ortografia. 
 Nos demais casos (concursos, vestibulares e edições em geral), vai haver, 
necessariamente, um período de transição durante o qual as duas ortografias serão 
aceitas. Até que este prazo vença, teremos tempo para nos adaptar às mudanças (que 
são poucas). Elas podem ser assim resumidas: 
 A – SUPRESSÃO DE ACENTOS 
1. não use mais o trema: linguiça, tranquilo, cinquenta, sequestro; 
2. não use mais o acento agudo para marcar os ditongos abertos oi e 
ei em palavras paroxítonas: paranoia, paranoico, boia, jiboia, assembleia, ideia, 
plateia; 
 
 
 
 
19 
3. não acentue mais as duplas oo e ee: voo, enjoo, abençoo, leem, 
creem, deem; 
4. não acentue mais as seguintes palavras: 
- para (verbo parar); 
- pera (fruta); 
- polo (substantivo: polo Norte, polo industrial); 
- polo (substantivo – um tipo de falcão); 
- pelo (substantivo – o pelo do gato); 
- pelo e pela (verbo pelar); 
- pela (substantivo – um tipo de bola e de jogo); 
- pero (substantivo – uma variedade de maçã); 
5. não acentue mais o u e o i tônicos em palavras paroxítonas quando 
precedidos de ditongo: baiuca, feiura; 
6. não acentue mais o u tônico de verbos como averiguar, apaziguar, arguir: 
averigue, apazigue, arguem; 
7. a palavra forma (ô) pode ser grafada com ou sem o acento circunflexo 
(forma ou fôrma). 
 B – HÍFEN 
1. no caso de palavras formadas por prefixação, só se usa o hífen nos seguintes 
casos: 
 
 
 
 
20 
● o segundo elemento começa com h: super-homem, semi-hospitalar, 
subhumano; 
EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras 
formadas pelos prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial 
(desumano, inábil, inumano). 
● o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma 
vogal: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-onda, infra-axilar; 
 EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen com o prefixo co 
(mesmo quando o segundo elemento começa com o): cooperação, coobrigação, 
coordenação, coadministração, coparticipação,coprodutor. 
● o prefixo é pré-, pós-, pró-: pré-primário, pré-fabricado, pós-graduação, 
pósmoderno, pró-europeu, pró-reitor; 
● o prefixo é circum- ou pan- e o segundo elemento começa com vogal, h, 
m ou n: circum-adjacente, circum-mediterrâneo, circum-navegação, pan-americano, 
pan-helenismo, pan-mítico. 
 2. fica abolido o hífen: 
● quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas 
consoantes ser duplicadas: 
 antirreligioso, contrarregra, antirrugas, infrassom, antissemita, 
microssistema, minissaia, contrassenso; 
 EXCEÇÃO: manteve-se, neste caso, o hífen quando os prefixos terminam com 
r – hiper-, super-, inter-: hiper-requintado, hiper-rancoroso, inter-racial, interregional, 
super-realista 
 
 
 
 
21 
● quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com 
uma vogal diferente: antiaéreo, agroindustrial, hidroelétrica, aeroespacial, 
autoestrada, autoaprendizagem, extraescolar. 
OBSERVAÇÃO 
 O Acordo estipula que não se usa mais o hífen em palavras compostas em que 
se perdeu o senso de composição e cita paralamas e mandachuva. O texto do Acordo, 
porém, não arrola todos os casos em que isso vai ocorrer, o que constitui um problema 
para a implantação da nova ortografia. 
Conseqüência: para resolver esta dúvida, temos de aguardar a publicação do 
Vocabulário Ortográfico Comum que deverá ser organizado, sob supervisão do 
Instituto Internacional da Língua Portuguesa (da CPLP- Comunidade dos Países de 
Língua Portuguesa), por uma comissão com representantes da Academia das 
Ciências de Lisboa, da Academia Brasileira de Letras e de entidades congêneres dos 
outros países. 
Enquanto aguardamos o Vocabulário Ortográfico, passe a grafar paralamas e 
mandachuva. 
C – LETRAS MAIÚSCULAS 
Se compararmos o disposto no Acordo com o que está definido no atual 
Formulário Ortográfico brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no uso 
obrigatório das letras maiúsculas. Elas ficaram restritas: 
● a nomes próprios de pessoas ( João, Maria), lugares (Curitiba, Rio 
de Janeiro), instituições (Instituto Nacional da Seguridade Social, Ministério da 
Educação) e seres mitológicos (Netuno, Zeus); 
● a nomes de festas (Natal, Páscoa, Ramadão); 
● à designação dos pontos cardeais quando se referem a grandes 
regiões 
 
 
 
 
22 
(Nordeste, Oriente); 
● às siglas (FAO, ONU); 
● às iniciais de abreviaturas (Sr. Cardoso, Gen. Mello, V. Ex.ª) 
● e aos títulos de periódicos (Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo). 
Ficou facultativo usar a letra maiúscula nos nomes que designam os domínios 
do saber (matemática ou Matemática), nos títulos (Cardeal/cardeal Seabra, 
Doutor/doutor Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas categorizações de 
logradouros públicos 
(Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja do Bonfim) e edifícios 
(Edifício/edifício Cruzeiro). 
 
 
 
JOE: Jogo Ortográfico Educacional 
 
O Novo Acordo Ortográfico tem como objetivo facilitar o intercâmbio, tanto 
cultural como político, entre todos os países que fazem parte da Comunidade de 
Países de Língua Portuguesa (CPLP). Apesar da estimativa de que as mudanças no 
vocabulário da língua portuguesa não ultrapassem a 2% no número de palavras 
alteradas, alunos e professores ainda passam por dificuldades em se adaptar às novas 
regras (CLCP 2014). 
 
 
 
 
 
23 
A vigência obrigatória da nova ortografia no Brasil estava prevista para iniciar 
dia 31 de dezembro de 2012, mas foi adiada para janeiro de 2016 para se alinhar ao 
cronograma de outros países. O ministério da educação tem incentivado que os 
materiais escolares já estejam dentro das normas, mas ainda ocorrem dificuldades em 
assimilar as alterações nas regras e palavras, sendo cada vez mais necessárias novas 
formas de ensinar (Tarini 2011). 
 
Os jogos educacionais estão se tornando uma opção de complemento ao 
ensino, sendo uma ferramenta motivadora para o aprendizado na sociedade atual. A 
utilização de jogos didáticos tem se mostrado eficiente no estudo e fixação do 
conteúdo ensinado. É uma forma de exercitar as atividades de uma maneira divertida 
e estimulante, além de aumentar a criatividade e atenção dos alunos (Antunes e 
Sabóia-Moraes 2010). 
Com base nesses dados, desenvolvemos o Jogo Ortográfico Educacional 
(JOE), que busca estimular a adaptação das pessoas às novas normas ortográficas 
de uma forma mais interessante. 
 Nesse jogo, o usuário pode tanto testar seus conhecimentos, de forma 
avaliativa, quanto treinar, recebendo dicas sobre as regras ortográficas em um formato 
dinâmico e atrativo. Este trabalho é dividido em mais três seções além desta 
introdução. Na seção 2, são apresentados os jogos de ortografia da língua portuguesa. 
Na seção 3, é apresentado o JOE. Finalmente, a seção 4 conclui o trabalho. 
Jogos de Ortografia da Língua Portuguesa Esta seção apresenta uma visão 
geral do acordo ortográfico, o uso da gamificação como ferramenta de ensino e os 
principais trabalhos relacionados. 
 
Acordo Ortográfico 
 
 
 
 
 
24 
O período de transição para o uso das novas regras seria até o ano de 2013 
para a maioria dos países da CLPL adeptos ao acordo. Todavia, no Brasil, o prazo 
fora estendido para o ano de 2016. A partir dessa data, o uso das novas normas 
ortográficas se tornará obrigatório. Cabe salientar que o novo acordo ortográfico 
propõe-se a unificar exclusivamente a grafia (escrita) em língua portuguesa nos países 
da lusofonia, sendo mantidos, portanto, a pronúncia e o vocabulário próprios de cada 
país ou região. 
 
O uso da Gamificação como Ferramenta de Ensino 
 
Gamificação é um termo que possui como origem a palavra em inglês 
Gamification, também sendo chamado de gamificação ou ludificação. Trata-se do 
processo de usar características e princípios de jogos para facilitar o aprendizado e a 
resolução de problemas, por meio do qual, de forma lúdica, se tem a motivação de 
continuar a vencer os desafios do dia a dia. 
Algo recorrente nas salas de aulas é a falta interesse dos alunos no que se está 
sendo ensinado pelos professores. A didática adotada pelas escolas tradicionais não 
é atraente na sociedade atual, gerando a falta de atenção dos alunos. Esses evitam 
estudar algo desgastante, cansativo ou complexo, pois não lhes aparenta valer a pena 
aprender sob esses atributos negativos, adiando ao máximo estudar tais lições 
(Oliveira e Alves 2005). 
 
Trabalhos relacionados 
Existe um conjunto de jogos clássicos que envolve a ortografia: Forca, Caça 
Palavras, Palavras Cruzadas e Soletrando são alguns exemplos. Esses jogos têm um 
aspecto lúdico e de recompensa, que estimula os alunos a estudarem mais. 
Entretanto, na sua essência, não têm por finalidade ensinar e nem explicar as regras 
 
 
 
 
25 
gramaticais envolvidas. Já na linha de jogos computacionais educacionais, pode-se 
citar três: ―Alfagame‖, ―SoletrandoMob‖ e ―OrtograFixe‖. 
O jogo ―Alfagame‖ (Netto e Santos 2012) é direcionado para crianças na faixa 
etária de 5 a 10 anos que estão em processo de alfabetização. O jogo objetiva que o 
jogador fixe os conteúdos previamente aprendidos da matemática e língua portuguesa 
de modo lúdico. Os conteúdos são abordados por meio de desafios, explorando-se a 
fixação do aluno no reconhecimento de consoantes, vogais e associação de palavras, 
bem como resoluções de operações da matemática de adição e subtração. 
O Soletrandomob é um jogo no qual é apresentado o som de uma palavra e 
jogador deve soletrá-la corretamente, podendo solicitar dicas, como o uso da palavra 
em uma frase. Tal dica é uma tentativa de ajudar o jogador, inserindo a palavra em um 
contexto de interpretação. Ao final, é apresentada a quantidade de acertos realizados 
durante a execução do jogo. Também são apresentadas mensagens com a palavra 
correta, nos casos em que o jogador erra (Filho 2010). O Soletrandomob possui o 
mesmo princípiodo JOE, que é ensinar ortografia a partir de uma metodologia que 
trabalhe os elementos lúdicos encontrados em jogos, mas faz isso trabalhando a ideia 
de memorização das palavras. Sua opção de dica somente dita uma frase que 
contenha a palavra atual. No JOE, a didática vai além da memorização, pois, durante 
o treino, a cada erro ou acerto, são ensinadas ao jogador dicas relacionadas às regras 
ortográficas daquela palavra e não, somente, a escrita correta. 
Finalmente, o jogo ―OrtograFixe‖ (Marques e Silva 2012) também é bem 
correlato, uma vez que aborda a questão da nova reforma ortográfica utilizando tablets 
para Android. O jogo apresenta palavras que vão se movendo de cima para baixo em 
velocidades diferentes. O usuário deve pressionar a palavra que estiver grafada de 
modo correto. O jogo trata regras de hifens baseadas em prefixação e recomposição. 
Toda vez que o usuário erra, aparece uma mensagem de erro, indicando a regra 
errada. No entanto, não existe modo de treinamento e desafio, deixando o lado lúdico 
do jogo menos interessante com muitas interrupções. A proposta do JOE é incorporar 
um espectro maior de regras do novo acordo e separar a etapa de treinamento da 
 
 
 
 
26 
parte do jogo propriamente dito. Além disto, no JOE, o usuário ouve a palavra e deve 
grafá-la de modo correto, o que torna diferente a perspectiva do jogo. 
 
JOE: o Jogo 
 
O JOE foi desenvolvido para possibilitar o aprendizado de conceitos importantes 
do novo acordo ortográfico por meio de um ambiente que busque estimular o aluno a 
continuar dedicado em seus estudos. É uma ferramenta de prática e treino que exercita 
as regras ortográficas necessárias para uma escrita adequada à norma padrão da 
língua portuguesa, verificando, a partir de uma avaliação, onde estão ocorrendo os 
erros, reforçando, assim, o aprendizado. 
 
 
 
Regras Ortográficas Abordadas 
 
O jogo JOE teve como enfoque apoiar as mudanças promovidas pelo novo 
Acordo Ortográfico, com foco principal nas regras de acentuação e hífen, consideradas 
aquelas que despertam as principais dúvidas nas pessoas em geral. Além das regras 
gerais de acentuação e paroxítonas homógrafas, foram abordados os seguintes 
empregos do hífen: em palavras justapostas, em topônimos compostos, em palavras 
compostas; em palavras formadas por prefixação, recomposição ou sufixação. 
 
 
 
 
 
27 
A arquitetura do JOE 
 
É baseada em MVC (do inglês, Model, View e Controller). O MVC permite dividir 
as funcionalidades do jogo em três camadas: Model, View e Controller. O Diagrama 
de Classes (Figura 1) foi definido na linguagem de modelagem unificada (UML). O 
modelo foi desenvolvido de modo incremental e consolidado após a fixação do escopo, 
das regras e da elaboração do formulário de avaliação experimental, visando garantir 
que a implementação do jogo seguisse o que fora planejado. 
A camada Model é composta por seis classes destacadas em amarelo. A classe 
Norma é formada por uma composição de regras e representa as normas utilizadas 
no jogo, ―Acentuação‖ e ―Hífen‖. A classe Regra contém a palavra chave para 
identificar a regra de ortografia utilizada, uma descrição e a dificuldade que é usada 
na pontuação do jogador. A regra é composta por um conjunto de dicas contidas na 
classe DicaRegra. A classe DicaRegra contém um texto que é apresentado no modo 
Treinar durante cada palavra avançada, para ajudar no aprendizado das regras 
relacionadas. A classe Palavra é onde estão todas as palavras do jogo, o caminho de 
seus respectivos áudios, seu uso (comum ou incomum), a quantidade de erros e de 
visualização. Possui um identificador da regra e do modo de jogo relacionados. A 
classe ModoJogo apresenta os dois modos possíveis de utilização do jogo: modo 
Jogar e modo Treinar, importantes para definir o formato da partida. A classe Historico 
armazena a pontuação e o total de acertos no modo jogar e o tempo dedicado no 
modo treinar. 
A camada View possui as telas do jogo que foram montadas em arquivos XML 
e carregadas em classes que estendem da classe Activity, recebem ou enviam as 
interações nos componentes usados, alterando valores em suas propriedades, como 
os sons das palavras, as mensagens e efeitos. É formada pelas classes destacadas 
em azul no diagrama de classes. Cada Activity possui seu respectivo arquivo XML. 
 
 
 
 
28 
A camada Controller é representada pela classe Controller. Essa é a 
responsável por intermediar as requisições de dados para montar a View, retornando 
o necessário da camada Model ou enviando para ela as alterações nas tabelas. Além 
disso, ela também possui os métodos que realizam as mudanças de telas, recebendo 
da tela inicial o modo de jogo e abrindo a tela de partida, onde realiza os seus 
tratamentos e registra os dados do resultado no Controller para ser mostrado no final 
da partida ao jogador. 
 
Projeto de Interface Gráfica 
O jogo foi concebido para a plataforma de dispositivos móveis Android. Antes 
da implementação das telas do jogo, para que todos os envolvidos estivessem de 
acordo no quesito interface, principalmente no que se refere à usabilidade, foi 
apresentado um protótipo de telas (Figura 2) usando a ferramenta Mockups (Balsamiq 
2014). O jogo possui três telas principais que interagem com o jogador. A inicial 
contém as opções de modo de jogo, além de um histórico do conjunto de acertos, a 
pontuação e o tempo dedicado de todas as partidas realizadas. 
 
Figura 1 - Diagrama de Classes Conceitual 
 
 
 
 
29 
 
Ao selecionar o modo, a tela com as perguntas é gerada. Foram colocadas no 
protótipo duas observações referentes a essa tela. Existe uma contagem regressiva 
caso esteja sendo executada uma avaliação. No modo treino, ao selecionar o botão 
de ‗verificar palavra‘, uma mensagem de dica relacionada à regra ortográfica daquela 
palavra é exibida para que o jogador aprenda a cada passo. 
Quando o contador chegar a zero ou o conjunto de palavras da partida acabar, 
uma tela de resultado é exibida, revelando dados que foram registrados durante a 
execução, sendo eles a quantidade de acertos e o número de erros no hífen e na 
acentuação. Esses dados são importantes para o jogador identificar seu desempenho. 
Implementação 
 
O jogo foi construído usando a ferramenta Android Studio, desenvolvida pela 
Google. O Android Studio difere das outras ferramentas mais populares, como o 
Eclipse, usando o plugin do Android Developers Tools (ADT), por ter uma estrutura 
própria para o desenvolvimento para Android e utilizar nativamente o Gradle para 
automatizar funções que fazem parte do processo de implementação. 
Para atingir uma grande quantidade de aparelhos, o jogo foi desenvolvido 
usando a API 8 (Android 2.2 Froyo). Ele está disponível gratuitamente no PlayStore 
da Google. As informações do jogo como as palavras e as mensagens foram 
 
 
 
 
30 
armazenadas múltiplas tabelas em um único arquivo no disco no aparelho por meio 
da biblioteca SQLite. 
 
Considerações JOE 
 
O JOE é uma ferramenta educacional baseada em gamificação voltada ao 
aprendizado no novo acordo ortográfico. A ferramenta é gratuita e está disponível no 
Play Store do Google. Na próxima etapa serão conduzidos experimentos com alunos 
tanto de ensino médio-técnico quanto de graduação. A partir dos experimentos, 
espera-se observar se a nossa abordagem, baseada no ensino por meio de jogos, 
para ortografia consegue trazer alguns resultados importantes e nos direcionar para 
próximos desenvolvimentos para a língua portuguesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Referências 
Antunes, A., Sabóia-Moraes, S., (2010), "O jogo educação e saúde: Uma proposta 
de mediação pedagógica no ensino de ciências", Experiências no Ensino de Ciências, 
Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 55–70. 
CLCP, (2014), Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, 
http://www.cplp.org/id176.aspx.DECRETO Nº 7.875, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012, Altera o Decreto nº 6.583, 
de 29 de setembro de 2008, que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
Disponível em https://www.normaculta.com.br/novo-acordo- 
ortografico/,acessado em 09 de Fevereiro de 2020,às 10h20 minutos; 
Filho, A. F. G. de M., (2010), "SoletrandoMob: Um Jogo Educacional Voltado para 
o Ensino da Ortografia na Língua Portuguesa em Plataformas Móveis". In: V 
CONNEPI-2010 
JOE: Jogo Ortográfico Educacional Luan Paschoal, Tiago Bento, Tauan 
Velasco, Carlos Otávio Schocair, Rafael Castaneda, Talita Oliveira, Eduardo 
Ogasawara 1 EIC - Escola de Informática & Computação Centro Federal de Educação 
Tecnológica Celso Suckow Fonseca – CEFET/RJ schocair, rcastaneda, toliveira, 
eogasawara}@cefet-rj.br, III Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 
2014) XXV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE 2014); 
Marques, D. L., Silva, A. P. S., (2012), "OrtograFixe - Um jogo para apoiar o 
ensinoaprendizagem das regras da nova reforma ortográfica". In: Anais dos 
Workshops do XXIII Congresso Brasileiro de Informática na Educação 
Netto, D. P. da S., Santos, M. W. A. dos, (2012), "AlfaGame: Um Jogo para auxílio 
no processo de alfabetização". In: XXIII Congresso Brasileiro de Informática na 
Educação 
http://www.cplp.org/id176.aspx
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http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%207.875-2012?OpenDocument
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https://www.normaculta.com.br/novo-acordo-ortografico/,ACESSADO
https://www.normaculta.com.br/novo-acordo-ortografico/,ACESSADO
https://www.normaculta.com.br/novo-acordo-ortografico/,ACESSADO
 
 
 
 
32 
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO por Carlos Alberto Faraco distribuição gratuita 
Artigos publicados na coluna do autor no site da rádio CBN-Curitiba 
(www.cbncuritiba.com.br); 
Oliveira, C. B. E. de, Alves, P. B., (2005), "Ensino fundamental: papel do professor, 
motivação e estimulação no contexto escolar", Paidéia (Ribeirão Preto), v. 15, n. 31 
(ago.), p. 227–238. 
Tarini, A. M., (2011), "Idas e vindas do acordo ortográfico brasileiro: construindo 
limites para uma língua des-limite", O VII Encontro Internacional de Letras– Literatura 
e Linguística, p. 58. 
 
http://www.cbncuritiba.com.br/
http://www.cbncuritiba.com.br/
http://www.cbncuritiba.com.br/

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