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CURSO: TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO DISCIPLINA: Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho I PROFESSORAS: Bruna Patrícia da Silva Braga / Lúcia Xavier Gonçalves A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO Nos últimos anos, o tema “conhecimento” tem sido explorado por autores pertinentes como Peter Drucker, Alvin Toffler, James Brian Quinn, Michael Gibbons, Thomas Davenport Ikujiro Nonaka, Peter Lorange, Peter Senge e Giovanni Dosi, entre muitos outros. Cada um deles, de uma forma ou de outra, anuncia a chegada de uma nova sociedade, a sociedade do conhecimento, nas palavras de Drucker, na qual o elemento-chave é exatamente a importância do conhecimento, não apenas como mais um recurso, mas, sim, como único recurso atualmente significativo. O conhecimento passou de uma função auxiliar do poder financeiro à sua própria essência, e é em razão disso que a batalha pelo seu controle e dos meios de comunicação no mundo inteiro tem se acirrado. O conhecimento é a fonte de poder de mais alta qualidade e a chave para a futura “mudança de poder”. O processo de inovação por intermédio do conhecimento é visto como um recurso chave e uma fonte de vantagem competitiva entre empresas em um ambiente crescentemente competitivo. O poder econômico e de produção de uma empresa é mais bem representado pelas suas capacidades intelectuais do que pelos seus ativos imobilizados como terra, instalações e equipamentos. O valor de produtos e serviços depende do modo de desenvolvimento dos fatores intangíveis com base no conhecimento, como por exemplo o know how tecnológico, a apresentação de marketing, a compreensão do cliente, a criatividade pessoal, a inovação, etc. O bem estar de indivíduos, organizações e países assenta crescentemente na criação, difusão e utilização de conhecimento. Conceitos como capacidade de aprender, criatividade e flexibilidade sustentada surgem com renovado vigor como princípios de orientação para a conduta de indivíduos, de instituições, de nações e de regiões. O downsizing contribuiu de certa forma para o renovado interesse pelo conhecimento. Ao considerar dispensáveis os gestores de segundo escalão, verificou-se, mais tarde, pela sua ausência, que eles eram sintetizadores do saber dentro das organizações. Os gestores intermediários desempenham papel chave no processo de criação do conhecimento ao resumir o conhecimento tácito dos funcionários e dos gerentes seniores, tornando-o explícito e incorporando-o aos novos produtos e tecnologias. Algumas empresas cometeram erros muito caros por não darem a devida importância ao conhecimento. Essas empresas lutam agora para compreender melhor o que sabem, o que precisam saber e o que devem fazer com esse conhecimento. Outras empresas, entretanto, já reconheceram o valor do conhecimento. Algumas delas não têm fábricas: o que elas dominam é o conhecimento, na forma de pesquisa, desenvolvimento, processos de fabricação, marketing etc. Na etapa da fabricação, que é o trabalho duro e pouco lucrativo, contratam outros. Os empreendimentos, dessa forma, começam a desmaterializar-se, de forma que o capital intelectual desses empreendimentos se torna mais importante, atraente, rico e rentável do que as suas partes materializadas. Entende-se que o conhecimento sempre foi o recurso mais valioso para as organizações, entretanto, só há pouco tempo as empresas tornaram-se conscientes da importância desse recurso nas suas áreas de atuação, e estão buscando diferentes estratégias para a criação, a aquisição, a transferência, a difusão, a apropriação e a gestão do conhecimento. Todos esses comentários sobre a importância do conhecimento, tanto para as empresas como para os países, são úteis. No entanto, é necessário examinar realmente os mecanismos e processos pelos quais o conhecimento é criado, transferido e gerenciado. REIS, Dálcio Roberto dos. Gestão da Inovação Tecnológica. São Paulo: Manole, 2008.
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