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Educação Corporativa tema 3

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Educação Corporativa
Tema 3
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
Nesta unidade temática, você vai aprender
A conjecturar sobre as “Distintas Perspectivas e Visões da Gestão do Conhecimento”;
A compreender que bem maior de uma empresa é seu capital intelectual humano;
A perceber a relevância de “A Inteligência Competitiva Agregada na Gestão do Conhecimento”.
Introdução
Este Capítulo aborda assuntos relativos à Gestão do Conhecimento e dos seus Reflexos nas Organizações.
A primeira seção trata de assuntos relativos ao conhecimento. Apresenta as “Distintas Perspectivas e Visões da Gestão do Conhecimento”, destacando que as empresas, através das práticas de gestão de pessoas e da utilização de tecnologias, criaram as novas teorias de gestão do conhecimento, pois compreenderam que seu bem maior era o capital intelectual humano e que o aprendizado individual contribuía para o aprendizado organizacional, e conseguiram gerar inovação.
A segunda seção aborda a “Geração e Efetivação da Gestão do Conhecimento nas Empresas”. São salientados assuntos como a criação do conhecimento; conceito inovador; ideias mais práticas e em conformidade com as necessidades da empresa; planejar estratégias de implantação e efetivação e outras ferramentas para se criar e efetivar a gestão do conhecimento de modo eficaz. Também observa que grande parte do conhecimento a organização já possui, mas é necessário, ainda, gerar um ambiente propício aos colaboradores que objetive identificar, criar e disseminar o conhecimento, pois somente essa ação fará com que se agregue valor à organização e a coloque à frente da concorrência.
A terceira seção salienta a “A Importância da Inovação na Gestão do conhecimento”. Assim, são destacados assuntos relativos à atual dinâmica do mundo competitivo nos negócios que está exigindo respostas rápidas e em tempo hábil das empresas para soluções imediatas. Esse subtítulo trata também dos itens indispensáveis para a organização conseguir obter sucesso no atual mundo dos negócios, utilizando-se da inovação criada a partir da gestão do conhecimento. Dessa forma, são dissertados assuntos como agilidade, maestria, destreza e competência para administrar e controlar o conhecimento. Também, esse subtítulo traz ao leitor elementos que fazem a empresa obter uma grande vantagem em relação à concorrência, destacando a capacidade e a velocidade do aprendizado eficaz dos seus colaboradores, onde o tema inovação é ressaltado.
A quarta e última seção traz ao leitor “A Inteligência Competitiva Agregada na Gestão do Conhecimento”. Nesse sentido, são apresentados assuntos relativos a como a inteligência competitiva pode agregar-se à gestão do conhecimento e todos os benefícios que essa união agrega às empresas. Nesse subtítulo, é destacado que a utilização do conhecimento dos colaboradores, ou seja, o capital intelectual humano, é essencial para o sistema de inteligência organizacional. Nesse último subtítulo, são salientados assuntos respectivos à inteligência competitiva, gestão do conhecimento, processo de tomada de decisão dos gestores, antecipação das tendências dos mercados e demais ações que devem ser executadas de maneira estratégica pela empresa. Esse subtítulo destaca os impactos positivos da inteligência competitiva junto à gestão do conhecimento, fazendo o leitor refletir sobre a melhoria da eficácia também na gestão organizacional, pois unidos os sistemas auxiliam a organização a compreender e superar desafios, auxiliando na competitividade por meio do compartilhamento de informações, conhecimentos e inteligência.
Gestão do Conhecimento e seus Reflexos nas Organizações
Distintas perspectivas e visões da gestão do conhecimento 
A Sociedade do Conhecimento que estamos presenciando é oriunda do grande volume de informações compartilhadas por meio de distintos meios de comunicação, principalmente os digitais. Isso levou as empresas a refletirem sobre os antigos modelos tradicionais de administrar seus negócios, considerando-os inadequados a este novo cenário de mercado, o que fez os gestores adotarem novas formas de gestão para suas empresas. Neste novo mundo dos negócios, o conhecimento é um recurso estratégico essencial para as empresas obterem grande vantagem competitiva e, consequentemente, maior lucratividade e credibilidade no mercado mundial (MIGUEL; TEIXEIRA, 2009).
Figura 1: A grande quantidade de informações, especialmente nos meios digitais, originou a Sociedade do Conhecimento. 
Gerar conhecimento não é tarefa fácil, uma vez que depende de processos de aprendizagem. Por isso, a importância de uma boa aprendizagem, pois o conhecimento é fundamental para que exista inovação nas estratégias empresariais. Dessa forma, a gestão do conhecimento tornou-se uma importante estratégia para aprimorar o desempenho da organização e para aumentar sua competitividade no mercado.
Reflita
No decorrer das últimas décadas, houve mudanças importantes no mercado de trabalho, impostas e impulsionadas pela sociedade da informação, que obrigou os profissionais a se habilitar e a se capacitar para exercer suas funções por meio de uma aprendizagem contínua e atualizada. Isso se tornou um poderoso diferencial competitivo, uma vez que as empresas exigiam qualificações mais sólidas e competentes (MIGUEL; TEIXEIRA, 2009).
Nesse sentido, segundo Miguel e Teixeira (2009), as próprias organizações começaram a investir na capacitação de seus colaboradores para aprimorar suas funções dentro e fora da empresa para utilizar seus recursos humanos nas estratégias.
As organizações, por meio das práticas de gestão de pessoas e utilização de tecnologias, criaram as novas teorias de gestão do conhecimento, pois compreenderam que seu bem maior era o capital intelectual humano, que o aprendizado individual contribui para o aprendizado organizacional e que esse último contribui de forma significativa para a criação do conhecimento, gerando, assim, inovação.
Verifica-se, então, que a aprendizagem individual contribui para a aprendizagem organizacional.
A Gestão do Conhecimento trabalha diretamente com informação, conhecimentos, habilidades, competências e inovação do capital humano e intelectual, dentre outros itens preciosos para a empresa obter vantagem competitiva por meio de seus colaboradores.
Fique de olho!
A Gestão do Conhecimento agrega diversas questões relativas à aprendizagem individual e coletiva, bem como a criação, integração e compartilhamento de conhecimentos, inovação, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação, gestão e conhecimento maior sobre os clientes da organização (ALVES, 2005).
Sob a ótica de Sousa et al. (2013), a procura por conhecimento nunca foi tão intensa como neste momento, pois é necessário revisar valores, especialmente os valores humanos, ou seja, aqueles valores que trabalham com informação e o conhecimento através da tecnologia.
Saiba mais
Luchesi (2012) afirma que o conhecimento ocorre por meio de experiências vividas, presenciadas ou estudadas que são utilizadas para obter conclusões sobre um determinado tema, ou seja, é o fato ou a condição do saber humano. Salienta-se que esse “saber” pode ser adquirido também por uma associação de informações. Ele está armazenado na mente dos indivíduos e pode ser aplicado nos processos de uma empresa seja nos seus produtos, serviços, sistemas, documentos, ou processos distintos.
A gestão do conhecimento pode ser compreendida como a capacidade que uma organização possui de gerar conhecimento a partir do conhecimento humano coletivo e promover a sua disseminação interna por meio de compartilhamento entre os colaboradores e agregá-los em seus produtos, serviços, processos ou sistemas (LEITE; GONTIJO; MENEGHELLI, 2011).
Uma ótima gestão do conhecimento agrega também as funções de direção, decisão e controle da empresa, ou seja, a gerência. A gerência de uma organização incorpora as funções de administração, organização, planejamento, coordenação e execução. Assim, a Gestão do Conhecimento pode ser reconhecida como um processo inteligente e sistemático de conquista, organização,análise e compartilhamento de conhecimentos com o objetivo de fazer a empresa atingir seus objetivos corporativos.
São os colaboradores que detêm o conhecimento, assim, existe a necessidade da organização gerenciá-lo e perceber que ele esteja presente em toda a empresa, e distinguir-se a maneira como esse conhecimento é percebido, valorizado, utilizado e gerenciado, fazendo desse instrumento uma ferramenta poderosa para elaborar estratégias em todos os seus processos (ALVES, 2005).
A gestão do conhecimento é uma forma de reflexão, uma vez que o conhecimento é uma informação que modifica algo ou alguém e provoca uma ação que torna uma pessoa ou uma empresa muito mais eficiente (LUCHESI, 2012).
Segundo Leite; Gontijo e Meneghelli (2011), as organizações necessitam procurar sempre novos modelos de administração, assim a discussão do conhecimento, bem como sua utilização, pode ser decisiva para a vida da empresa no mercado para a criação de seus produtos ou serviços. A habilidade e destreza da organização em gerar conhecimento pode ser o fator decisivo para que a empresa permaneça competitiva no mercado e à frente da concorrência. O conhecimento é um elemento que pode ser controlado, manipulado e até mesmo estocado, utilizando-se ferramentas tecnológicas.
Rossetti et al. (2008) afirmam a relevância do trabalho em equipe para a gestão do conhecimento, pois o trabalho em equipe está diretamente relacionado com as maneiras de explorar a base do conhecimento da empresa e também assume a responsabilidade de fazer a organização se desenvolver estrategicamente como uma empresa que aprende tanto com os acertos quanto com os erro. Assim, as responsabilidades e os compromissos são bem definidos, uma vez que o trabalho em equipe e a gestão do conhecimento trabalhando juntos geram lealdade com uma relação bem estabelecida.
Em razão disso, o ideal é que o trabalho seja sempre em equipe, pois além de fazer os colaboradores interagirem e compartilharem mais seus conhecimentos tanto técnicos quanto práticos para aumentar os níveis de confiança, de cooperação, de compreensão, que fundamentarão a gestão do conhecimento e, consequentemente, o bem da empresa.
Figura 2: O trabalho em equipe tem importância para a gestão do conhecimento. 
Geração e efetivação da gestão do conhecimento nas empresas
Fique de olho!
Leite, Gontijo e Meneghelli (2011) observam que a criação do conhecimento sempre é iniciada a partir do indivíduo, ou seja, a pessoa apresenta uma ideia inicial, fazendo surgir um conceito inovador que se desenvolve e é colocado em pauta. Depois, tal conhecimento é questionado e debatido para que, finalmente, seja aceito e incorporado pela empresa.
Dessa forma, o conhecimento organizacional se reforça dentro da empresa através de ideias mais práticas e em conformidade com as necessidades da empresa e suas limitações.
A gestão do conhecimento deve obrigatoriamente fazer parte da cultura da empresa para que todos os colaboradores compreendam realmente a sua necessidade.
Entretanto, para que a empresa consiga obter resultados positivos quando adotar a gestão do conhecimento, é essencial planejar estratégias de implantação e efetivação e, ainda, estar sabedora e consciente de que a gestão do conhecimento não é uma ação passageira ou uma moda, muito menos um instrumento de gestão, mas sim uma filosofia organizacional que deve ser mantida, atualizada e empregada constantemente na organização.
Também, o sucesso e todos os benefícios de uma gestão do conhecimento em uma organização só ocorrerão se a cultura da empresa trabalhar na geração do conhecimento, no compartilhamento de informações e na socialização e interação entre todas as partes envolvidas nos interesses da empresa, pois somente assim haverá transferência de conhecimentos (LUCHESI, 2012).
Fique de olho!
Luchesi (2012) ainda destaca que para se planejar a gestão do conhecimento de maneira eficiente, as informações da mensagem necessitam ser colocadas de maneira correta, ou seja, os colaboradores precisam realmente entender a sua real importância nos processos e sua relevância ao atendimento dos objetivos da empresa sem que os mesmos considerem que irão perder a propriedade intelectual das suas ideias por compartilhá-las, afinal, é para o bem de todos.
Se a organização conseguir assimilar o conhecimento de um indivíduo e utilizá-lo em favor de toda a empresa. Colocando esse conhecimento a serviço de todos os colaboradores, ela irá atingir altos patamares de desempenho, de otimização e, principalmente, de inovação. Isso porque a gestão do conhecimento foca na coordenação sistemática e organizada dos esforços de cada colaborador no plano coletivo e individual inseridos no plano estratégico e operacional da empresa.
Reflita
Leite, Gontijo e Meneghelli (2011) observam que a criação de novos conhecimentos irá depender da organização saber como aproveitar os autoconhecimentos e as novas percepções, bem como as inspirações e visões e os ideais implícitos e encobertos. Esses ideais dos colaboradores, muitas vezes subjetivos, assumem a forma de frases, metáforas, imagens, gestos, símbolos, dentre outros que são instrumentos considerados fundamentais para a inovação contínua na empresa.
Para Leite, Gontijo e Meneghelli (2011), a criação do conhecimento agregado aos produtos, serviços e sistemas da empresa e a disseminação interna desse conhecimento gera a gestão do conhecimento em sua plena eficácia e, automaticamente, cria inovação através do conhecimento.
A importância da inovação na gestão do conhecimento
Teixeira Filho (2000) destaca que a atual dinâmica do mundo competitivo nos negócios está exigindo respostas rápidas e em tempo hábil das empresas para soluções imediatas.
Nesse cenário, destacam-se as organizações que conseguem obter mais agilidade, maestria, destreza e competência para administrar e controlar seu conhecimento. Existe uma grande vantagem em relação à concorrência nas empresas que possuem a capacidade e a velocidade do aprendizado eficaz dos seus colaboradores.
Fatos e dados
Desde os anos 90, a gestão do conhecimento começou a se tornar estratégica para as empresas se manterem no mercado e obter vantagem competitiva sustentável sobre suas rivais.
Dessa forma, nessa nova realidade do mundo dos negócios, constatou-se que a inovação contínua é fator chave para o sucesso das organizações. Por isso, a gestão de conhecimento nas empresas ganhou tanta relevância nos últimos tempos. As empresas observaram que os trabalhos intelectuais ficaram mais importantes e vantajosos que os trabalhos manuais e começaram a exigir um novo perfil dos profissionais, ou seja, começaram a disputar por profissionais com novas competências e habilidades e, principalmente, dispostos a aprender de maneira contínua (TEIXEIRA FILHO, 2000).
Figura 3: Inovação e aprendizado contínuo. 
Com a intensa busca das empresas por profissionais motivados ao aprendizado contínuo, a educação corporativa passou a exercer uma função fundamental para a construção de valores peculiares dos colaboradores para maior competitividade nas empresas. Isso porque a criação do conhecimento organizacional por meio da educação corporativa se mostrou essencial para a inovação nos negócios da organização. Como exemplo, pode-se citar as empresas japonesas que são conhecedoras e conceituadas em estimular a inovação de forma contínua, motivadora, pois esses itens são indispensáveis para a obtenção de vantagens competitivas sustentáveis e lucrativas no mundo dos negócios (AIRES, 2017).
As empresas japonesas já provaram ao mundo que sua maneira de inovar, observando sempre o ambiente interno e externo para gerar conhecimento e modernizar seus produtos, é um sucesso. Isso comprova que a gestão do conhecimento, seja de forma implícita ou explícita, é o caminho para a inovação nas empresas nos seus processos de gestão ou nos seus produtos ou serviços.
Saiba mais
O segredo dessas empresas japonesas no que diz respeito à inovação é recriar sistemas, processos, produtos, bens e serviços com base nos próprios ideais da organizaçãoe em novas ideias.
Entretanto, caso não exista um compromisso individual e coletivo dos colaboradores com a missão da empresa de nada adiantará inovar. Dessa forma, observa-se que o conhecimento é uma poderosa ferramenta competitiva no mundo dos negócios, pois auxilia a inovação, diferenciando a empresa de suas concorrentes através da criatividade e corporatividade, que são os instrumentos dinâmicos e eficazes para o sucesso neste cenário de mercado acirrado no qual se observa nos dias atuais (AIRES, 2017).
Fique de olho!
Teixeira Filho (2000) afirma que a gestão do conhecimento é um conjunto de processos que administram a criação, o armazenamento, o compartilhamento, a disseminação, a manutenção e a utilização do conhecimento para se atingir de forma plena as metas e objetivos da empresa.
Aires (2017) salienta que nessa economia extremamente competitiva que exige ciclos de criação de produtos novos cada vez com prazos mais curtos, as empresas se aproveitam da inovação para se distinguirem das concorrentes utilizando o conhecimento, uma ferramenta estratégica imbatível para estar à frente nessa disputa por uma maior vantagem competitiva sustentável.
Destacam Nonaka e Takeuchi (2008) apud Aires (2017) que existem quatro maneiras de transformar o conhecimento tácito em conhecimento explícito, ou seja, pela socialização, pela exteriorização, pela combinação e pela interiorização.
Para que esse conjunto do conhecimento realmente funcione e consiga gerar valor e vantagem competitiva sustentável, é necessária uma integração entre os processos empresariais e as estratégias competitivas da empresa. Assim, se faz essencial a integração dos indivíduos, das redes de informação e do emprego da tecnologia da informação em todos os processos.
Reflita
Teixeira Filho (2000) destaca que a gestão do conhecimento sempre deve ser utilizada para potencializar o capital financeiro da organização por meio de melhorias e aumentos da produtividade. Dessa forma, um conhecimento melhor pode levar às melhores tomadas de decisões em áreas da empresa, tais como marketing, vendas, produção, logística, distribuição, dentre outras.
Por isso tanto interesse em investimentos da empresa na gestão do conhecimento e toda sua preocupação com seu capital intelectual, pois essa ação gera grande vantagem competitiva.
Aires (2017) considera que as empresas que conseguiram sobreviver nas últimas décadas foram aquelas que se reinventaram e inovaram seus processos e sistemas.
Percebe-se que a gestão do conhecimento está fundamentada por três colunas, compostas por indivíduos, tecnologias e processos de negócios.
Verifica-se que a gestão do conhecimento é um grande desafio da gestão de pessoas nas empresas, visto que interfere nos principais agentes ativos da organização e justifica a necessidade da educação corporativa para potencializar as capacidades dos colaboradores e superar eventuais lacunas da educação acadêmica, além de obrigar as empresas a atualizarem seus meios tecnológicos e, por fim, modificar seus processos de negociações (AIRES, 2017).
Aires (2017) ainda reforça que na atual conjuntura do modelo de mercado global existem mais tecnologias à disposição das empresas, bem como processos muito mais modernos de produção, onde a concorrência explora e reproduz rapidamente a maioria dos seus produtos e serviços com base nesses itens.
Reflita
Não existe maneira de competir sem ter essas ferramentas disponíveis em mãos e, muito menos, não existe maneira sequer de manter um segredo de produção ou de marketing por muito tempo, pois o conhecimento único muitas vezes é utilizado por outras empresas. Uma vez que nada fica em segredo para sempre, as informações são repassadas rapidamente e as vantagens de novos produtos ou serviços são sustentáveis por um curto espaço de tempo nas organizações.
Abranches (2017) destaca que a inovação é um tema da corrente principal organizacional que se encontra cada vez mais presente nas palestras e agendas empresariais como instrumento de vantagem competitiva e diferenciadora no progresso mercadológico, econômico e social.
Cherman e Rocha Pinto (2016) reforçam que muitas empresas trabalham em conexões e em configurações como cooperativas, muitas vezes híbridas e de cogestão social, mas de natureza empreendedora, colaborativa. Existem empresas que trabalham em redes de parcerias utilizando tecnologias e, assim, eliminam as barreiras físicas, comerciais, políticas e culturais, diminuindo razoavelmente distâncias, fazendo suas empresas globalizarem e renovarem os conceitos econômicos, gerando, dessa forma, novas relações de trabalho e novos empregos. Essas empresas possuem uma enorme capacidade de renovar e supercrises através do gerenciamento do conhecimento, pois em ambientes que se utilizam da tecnologia constantemente, a inovação é geralmente um resultado direto da eficácia da gestão do conhecimento.
Senge (2012) destaca que a gestão do conhecimento é o atual modelo de gerir as empresas para a inovação.
Saiba mais
Os modelos de gestão que existiam e fundamentaram a gestão do conhecimento ocorreram em três fases sendo elas a definição da competência essencial oriunda dos anos 90, a definição dos perfis de competência profissional e gerencial que foram consolidadas nos anos 2000 com o objetivo de definir os papéis promotores e incentivadores da mudança nas empresas e, por fim, do modelo de gestão por competências até se chegar à atual gestão do conhecimento, que tem por objetivo o gerenciamento do conhecimento, de tácito para explícito.
A gestão do conhecimento faz acontecer mudanças positivas nas organizações e une os colaboradores em torno da execução dos objetivos organizacionais em detrimento dos seus objetivos individuais.
A inteligência competitiva agregada na gestão do conhecimento
Santarém e Vitoriano (2016) observam que as organizações não podem ser surpreendidas por falta de informação, assim contratam profissionais de inteligência competitiva para que desempenhem suas atividades empresariais de forma atualizada e adequada ao mercado.
Fique de olho!
Fuld (2017) afirma que, dentre os reflexos positivos da inteligência competitiva na gestão do conhecimento, se destaca a melhoria da eficácia na gestão organizacional. Isso se dá por conta de que o sistema de inteligência competitiva tem como meta compreender e superar os desafios competitivos, pois na maioria das vezes a inteligência competitiva possui o foco voltado para o ambiente externo da empresa.
O sistema de inteligência competitiva possui impacto positivo na gestão do conhecimento e vice-versa, porém, um sistema não determina o outro.
Vale ressaltar que a inteligência competitiva e a gestão do conhecimento funcionam como instrumentos de compartilhamento de informações, conhecimentos e inteligência, entretanto, a inteligência competitiva está diretamente direcionada à tomada de decisão, enquanto a gestão do conhecimento está direcionada ao gerenciamento, processamento e criação de conhecimento interno para a empresa.
Fuld (2017) destaca que a gestão do conhecimento e a inteligência competitiva contribuem para que a empresa seja mais determinada, definida e sistemática em sua política organizacional, principalmente nos processos e instrumentos gerenciais e tecnológicos que objetivem fomentar a inovação, articulando a codificação, a análise, a validação, o compartilhamento e a utilização de conhecimentos estratégicos respectivos ao ambiente da organização. Nesse ângulo integrativo entre a gestão do conhecimento e a inteligência competitiva, percebe-se que ambos os sistemas demonstram um forte vínculo, isso porque ambos os sistemas iniciam-se das diretrizes estratégicas da empresa e utilizam o compartilhamento de elementos sobre diversos conhecimentos.
Observa-se os impactos positivos da inteligência competitiva agregada à gestão do conhecimento na empresa, segundo Vidigal e Ziviani (2017), por ambas ofertarem vantagens competitivas e monitorarem a concorrência, bem como encontrar soluções a questões estratégicas no cotidiano da organização.
Infográfico

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