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Disciplina Estágio Supervisionado I - Teórica Docente: Josilene Silva Oliveira Discente: Andrezia Sousa Santos da Silva ESTUDO DE CASO – SAÚDE DA MULHER ATIVIDADE SUPERVISIONADO I 1. Uma paciente compareceu a unidade para a realização do exame citopatológico de colo de útero, na anamnese a mesma referiu corrimento intenso de aspecto branco / leitoso e com grumos, queixa-se de prurido intenso e ardência vulvar. Realizar técnica. Diante destas informações diga: A) Qual é a síndrome? Candidíase vulvovaginal B) Qual é a abordagem sindrômica? Esta deve se dar por meio de uma prescrição com a devida orientação à paciente. Envolve o tratamento da infecção com antifúngicos. Iniciar miconazol pomada por 7 noites para a mulher, e também, fluconazol oral de 150 mg, dose única, ao casal. C) Cite 3 cuidados “orientações” de enfermagem que devem ser direcionadas à mulher, sendo que uma destas deve ser relacionada à sua prescrição. 1) Utilizar roupas íntimas de algodão e evitar roupas apertadas para permitir a ventilação adequada na região genital. 2) Evitar o uso de produtos de higiene perfumados, que podem irritar a região genital e agravar os sintomas. 3) Orientar sobre a prescrição médica de antifúngicos e instruir a paciente a seguir corretamente o tratamento prescrito. 2. Uma paciente compareceu a unidade para a realização do exame citopatológico de colo de útero, na anamnese a mesma referiu corrimento intenso de odor fétido há mais ou menos 1 semana, de coloração amarelo esverdeado, de aspecto cremoso e por vezes também bolhoso, refere também prurido intenso e irritação vulvar. A) Qual é a síndrome? Tricomoníase B) Qual é a abordagem sindrômica? Esta deve se dar por meio de uma prescrição com a devida orientação à paciente. Envolve o tratamento com metronidazol oral de 500 mg, por 7 dias, de 12 em 12h. C) Cite 3 cuidados “orientações” de enfermagem que devem ser direcionadas à mulher, sendo que uma destas deve ser relacionada à sua prescrição. Os cuidados são os mesmos para os corrimentos indicativos de DSTs. 3. Um enfermeiro observou ao exame especular em uma paciente com 35 anos de idade, usando anovulatório oral há 5 anos, uma mácula rubra. O resultado da citologia cervical oncológica, normal. Descreva qual é a conduta diante do caso. A mácula rubra observada durante o exame especular é uma lesão vermelha na vulva da paciente. Considerando que a citologia cervical oncológica apresentou um resultado normal, a conduta diante desse caso seria encaminhar a paciente para uma consulta com um ginecologista especializado em colposcopia. A colposcopia é um exame realizado com o auxílio de um colposcópio, que possibilita uma visualização mais detalhada da vulva, vagina e colo do útero. Nesse exame, o médico poderá examinar a lesão de perto, identificar suas características, realizar biópsias (se necessário) e avaliar se há necessidade de tratamento adicional. 4. Cliente de 35 anos, casada, refere ter único parceiro e demonstra certa preocupação quanto ao surgimento de “incômodo, dor, ardência e formigamento em região vulvar e vaginal”. Diante do exame clínico, descreva a possível síndrome, período de incubação, transmissão, como a mesma se apresenta, diagnóstico, tratamento e orientações de enfermagem. Com base nos sintomas mencionados, a possível síndrome que a cliente pode estar sofrendo é a síndrome de vulvodínia. Esta é uma condição dolorosa crônica que afeta a região vulvar e vaginal. O período de incubação dessa síndrome pode variar, mas geralmente os sintomas começam a surgir de forma gradual ao longo do tempo. A transmissão da síndrome de vulvodínia não ocorre por meio de contato sexual ou transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A causa exata da síndrome ainda é desconhecida, mas fatores como lesões nos nervos, inflamação crônica, sensibilidade a certos produtos químicos, infecções por fungos e problemas hormonais podem contribuir para seu desenvolvimento. O diagnóstico da síndrome de vulvodínia é feito com base nos sintomas relatados pela cliente e em exames ginecológicos. O médico pode solicitar exames de laboratório para descartar outras condições, como infecções por fungos ou DSTs. O tratamento da síndrome de vulvodínia pode incluir medidas como evitar sabonetes e produtos químicos irritantes, usar tecidos naturais e roupas soltas, aplicar compressas frias na área afetada para alívio temporário e fazer uso de medicamentos analgésicos ou cremes tópicos. Em casos mais graves, terapias físicas, como fisioterapia pélvica, podem ser recomendadas. As orientações de enfermagem para uma paciente com síndrome de vulvodínia podem incluir os seguintes pontos: Evitar o uso de produtos químicos irritantes na região vulvar, como sabonetes perfumados, loções ou duchas vaginais. Optar por roupas íntimas e roupas soltas feitas de tecidos naturais, como algodão, que permitem a respiração adequada da região. Evitar relações sexuais quando os sintomas estiverem presentes, para não agravar o desconforto. 5. Descreva o que é o HPV e quis são os tipos potencialmente oncogênicos, período de incubação, transmissão, como a mesma se apresenta (no homem e na mulher), diagnóstico, tratamento e orientações de enfermagem. Apresente imagens para o assunto. O HPV (papilomavírus humano) é um vírus que pode causar infecções na pele e nas mucosas. Dentre os tipos de HPV potencialmente oncogênicos, destacam- se os tipos 16 e 18, que estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus, boca e garganta. Além desses, o tipo 6 e 11 estão associados às verrugas genitais. O período de incubação do HPV pode variar de algumas semanas a meses, ou até anos. Grande parte das pessoas infectadas pelo vírus não apresenta sintomas, sendo possível transmiti-lo para outras pessoas sem saber. A transmissão do HPV ocorre principalmente por contato direto de pele a pele durante a relação sexual, incluindo sexo vaginal, anal e oral. Também pode ser transmitido através do compartilhamento de objetos íntimos, como toalhas ou roupas de banho, principalmente quando há lesões visíveis. O HPV pode se apresentar de forma diferente em homens e mulheres. Nas mulheres, pode causar verrugas genitais visíveis ou infecções assintomáticas que podem resultar em lesões pré-cancerosas no colo do útero, por exemplo. Já nos homens, a infecção costuma ser assintomática, mas pode levar ao surgimento de verrugas genitais visíveis. O diagnóstico do HPV é baseado na observação de lesões características pelo médico e, em alguns casos, pode ser confirmado através de exames laboratoriais, como o teste de captura híbrida ou a colposcopia. O tratamento do HPV visa tratar as verrugas genitais, se presentes, e as lesões pré-cancerosas. Pode incluir a aplicação de medicamentos tópicos, crioterapia (uso de nitrogênio líquido para congelar as lesões), cirurgia para remoção das lesões ou ainda tratamentos a laser. As orientações de enfermagem para o HPV envolvem a promoção da saúde sexual, incentivando o uso de preservativos nas relações sexuais, a realização regular de exames preventivos para o câncer de colo do útero e o compartilhamento de informações sobre a importância da vacinação contra o HPV, que está disponível para adolescentes e adultos jovens. Também é fundamental o suporte emocional e educativo aos pacientes, fornecendo informações sobre a infecção, tratamento e prevenção. 6. O que seria o chamado “vaginose bacteriana”, descreva o período de incubação, transmissão, como a mesma se apresenta, diagnóstico, tratamento e orientações de enfermagem. Apresente imagens para o assunto. A vaginose bacteriana é uma infecção vaginal comum que ocorre devido a um desequilíbrio das bactérias presentes na vagina. Essa condição não é considerada uma DST, pois pode ocorrermesmo em mulheres que não são sexualmente ativas. A vaginose bacteriana pode ser causada por diferentes tipos de bactérias, mas a Gardnerella vaginalis é a mais comumente associada a essa infecção. Período de incubação: O período de incubação da vaginose bacteriana é desconhecido, pois nem sempre é possível determinar quando ocorreu a infecção. Transmissão: A vaginose bacteriana não é considerada uma infecção sexualmente transmissível, pois pode ocorrer em mulheres virgens. No entanto, a atividade sexual pode aumentar o risco de desenvolver a infecção. Apresentação: A vaginose bacteriana pode se apresentar com sintomas como odor vaginal desagradável, aumento do corrimento vaginal cinza ou branco acinzentado, fina e aquosa, coceira e irritação na região vaginal. No entanto, algumas mulheres podem não apresentar sintomas. Diagnóstico: O diagnóstico da vaginose bacteriana é feito através de exame físico e histórico clínico da paciente. Além disso, o médico pode solicitar um exame de pH vaginal e um teste de whiff. Tratamento: O tratamento da vaginose bacteriana é geralmente realizado com antibióticos orais ou vaginais, como metronidazol ou clindamicina. Orientações de enfermagem: As orientações de enfermagem para mulheres com vaginose bacteriana envolvem: 1. Incentivar o uso correto dos medicamentos prescritos, ressaltando a importância de completar o tratamento. 2. Recomendar a abstinência sexual até o término do tratamento, quando a infecção estiver curada. 3. Instruir sobre a importância da higiene genital correta, incluindo a utilização de sabonetes neutros e evitar o uso de duchas vaginais. 4. Orientar a evitar o uso de absorventes internos, pois podem contribuir para o desequilíbrio bacteriano na vagina. 5. Instruir sobre a importância do uso de roupas íntimas de algodão e evitar roupas justas ou sintéticas, pois favorecem a proliferação bacteriana. 7. Descreva o que é o termo DIP – Doença Inflamatória Pélvica, quais são as queixas mais comuns da paciente, como o enfermeiro pode estar identificando, como é feito o diagnóstico e quais as possíveis causas? Descreva os cuidados e condutas de enfermagem para este assunto. A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma infecção do trato genital superior feminino que envolve o útero, as tubas uterinas e os órgãos adjacentes, como o ovário. É geralmente causada por bactérias sexualmente transmissíveis, como a clamídia e a gonorreia. As queixas mais comuns das pacientes com DIP incluem dor no baixo ventre, dor durante a relação sexual, corrimento vaginal anormal, febre, dor lombar e sangramento vaginal anormal. Além disso, elas podem apresentar sintomas gerais de infecção, como mal-estar, náuseas e vômitos. O enfermeiro pode identificar a DIP por meio da avaliação dos sintomas da paciente, história clínica, exame físico e exames complementares, como hemograma completo, cultura de secreções vaginais, ultrassonografia pélvica e laparoscopia. O diagnóstico de DIP é feito com base em critérios clínicos, laboratoriais e de imagem. Os critérios clínicos incluem a presença de dor pélvica aguda, sinais de infecção no exame ginecológico e a exclusão de outras causas de dor pélvica. Os critérios laboratoriais incluem a presença de leucocitose (aumento do número de glóbulos brancos) e elevação da proteína C reativa (um marcador de inflamação). A ultrassonografia pélvica e a laparoscopia podem ser utilizadas para confirmar o diagnóstico. As possíveis causas da DIP incluem a infecção por bactérias sexualmente transmissíveis, mas também podem ser causadas por outras bactérias intestinais que ascenderam para o trato genital. Os cuidados de enfermagem para pacientes com DIP incluem o alívio da dor, administração de medicamentos prescritos, monitoramento dos sinais vitais, orientações sobre a importância de completar o tratamento com antibióticos, incentivo ao repouso e cuidados pélvicos adequados. Além disso, é importante fornecer apoio emocional à paciente, já que a DIP pode ter um impacto significativo na vida sexual e reprodutiva. 8. Se tratando de Síndromes do Corrimento Uretral, descreva a diferença entre a clamídia e a gonorreia. Descreva quais as queixas mais comuns em ambas (no homem e na mulher), como o enfermeiro pode estar identificando, forma de transmissão, como é feito o diagnóstico, como a doença pode se apresentar, tratamento e orientações de enfermagem. Apresente imagens para as diferentes síndromes. Clamídia: Queixas mais comuns em homens: geralmente assintomático, mas pode apresentar corrimento uretral, dor ao urinar e dor nos testículos; Queixas mais comuns em mulheres: pode ser assintomática, mas quando sintomática pode apresentar corrimento vaginal anormal, dor ao urinar, dor abdominal baixa e sangramento entre períodos menstruais; Como o enfermeiro pode identificar: pode realizar entrevista clínica para investigar os sintomas, solicitar exames laboratoriais (PCR ou cultura) para detecção do agente causador; Forma de transmissão: através do contato sexual desprotegido (oral, anal ou vaginal) com uma pessoa infectada; Como é feito o diagnóstico: geralmente através de exames laboratoriais (PCR ou cultura) em amostras de secreção uretral ou vaginal; Como a doença pode se apresentar: pode ser assintomática em algumas pessoas, mas quando sintomática pode causar complicações como doença inflamatória pélvica (DIP) em mulheres; Tratamento: geralmente realizado com antibióticos, como a azitromicina ou doxiciclina; Orientações de enfermagem: fornecer educação sexual, prevenção de infecções e tratamento adequado, seguir o esquema de medicamentos conforme orientação médica. Gonorreia: Queixas mais comuns em homens: pode causar corrimento uretral purulento, dor e desconforto ao urinar, frequentemente acompanhado de inflamação dos testículos; Queixas mais comuns em mulheres: pode ser assintomática, mas quando sintomática pode apresentar corrimento vaginal amarelado ou esverdeado, dor ou desconforto ao urinar, sangramento entre períodos menstruais; Como o enfermeiro pode identificar: os sintomas podem ser semelhantes aos da clamídia, então a entrevista clínica e exames laboratoriais são importantes para o diagnóstico; Forma de transmissão: através do contato sexual desprotegido (oral, anal ou vaginal) com uma pessoa infectada; Como é feito o diagnóstico: através de exames laboratoriais (PCR ou cultura) em amostras de secreção uretral ou vaginal; Como a doença pode se apresentar: pode ser assintomática em algumas pessoas, mas quando sintomática pode causar complicações como doença inflamatória pélvica (DIP) em mulheres e epididimite em homens; Tratamento: geralmente realizado com antibióticos, como a ceftriaxona em dose única, seguido de azitromicina ou doxiciclina por alguns dias; Orientações de enfermagem: fornecer educação sexual, prevenção de infecções e tratamento adequado, seguir o esquema de medicamentos conforme orientação médica. 9. O que é Trichomonas vaginalis, descreva o período de incubação, transmissão, como a mesma se apresenta (no homem e na mulher), quais são as queixas mais comuns, diagnóstico, tratamento e orientações de enfermagem. Apresente imagens para o assunto. Trichomonas vaginalis é um protozoário que causa uma infecção sexualmente transmissível conhecida como tricomoníase. Ela afeta principalmente o trato genital feminino, mas pode também causar sintomas em homens. O período de incubação da tricomoníase varia de alguns dias a semanas, podendo permanecer assintomático em muitos casos. Durante esse período, a pessoa infectada pode transmitir a infecção para parceiros sexuais. A transmissão ocorre por meio do contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada. A infecção pode ser transmitida tanto por relações sexuais vaginais como anais. O uso inadequado de objetos (como toalhas)também pode levar à transmissão. Nas mulheres, a infecção por Trichomonas vaginalis pode causar corrimento vaginal amarelado ou esverdeado, com odor desagradável, coceira e irritação na área genital, além de desconforto ao urinar ou durante as relações sexuais. Em alguns casos, pode ocorrer sangramento leve após o sexo. Nos homens, a tricomoníase costuma ser assintomática ou apresentar sintomas leves, como irritação na uretra, leve secreção peniana e desconforto ao urinar ou ejacular. O diagnóstico da tricomoníase é feito através da análise de amostras de secreção vaginal ou uretral, que podem ser obtidas por meio de exame de laboratório. Também é possível realizar o diagnóstico através de testes rápidos disponíveis em algumas unidades de saúde. O tratamento da tricomoníase consiste na administração de antiparasitários, geralmente na forma de comprimidos orais. É importante que o(a) parceiro(a) sexual também seja tratado, mesmo que não apresente sintomas, para evitar a recorrência da infecção As orientações de enfermagem incluem a importância do uso de preservativos em todas as relações sexuais, inclusive durante o tratamento da infecção. Além disso, é necessário orientar sobre a necessidade de informar o(s) parceiro(s) sexual(is) sobre a infecção e incentivá-los a buscar tratamento. Adicionalmente, é importante ressaltar a importância da higiene íntima adequada para prevenir a recorrência da infecção. 10. Descreva o que é a sífilis, formas de transmissão, agente etiológico, como o enfermeiro pode estar identificando, sinais e sintomas de cada uma das diferentes fases, como é feito o diagnóstico, como a doença pode se apresentar, tratamento e orientações de enfermagem. Apresente imagens para as diferentes fases. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ser transmitida através do contato sexual desprotegido (vaginal, anal ou oral) com uma pessoa infectada, bem como pelo compartilhamento de agulhas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez. A identificação da sífilis pelo enfermeiro pode ocorrer durante o aconselhamento e a realização de exames laboratoriais de rotina, como o teste rápido de sífilis, que detecta a presença de anticorpos no sangue do paciente. A sífilis se apresenta em várias fases, cada uma com sinais e sintomas diferentes: 1. Fase primária: Nesta fase, aparece uma úlcera indolor na área genital, conhecida como cancro duro. 2. Fase secundária: Manifesta-se como uma erupção cutânea que pode surgir em qualquer parte do corpo, incluindo as palmas das mãos e as solas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de garganta, dores musculares, gânglios linfáticos inchados. 3. Fase latente: Nesta fase, não há sintomas visíveis, mas a bactéria ainda está presente no organismo. 4. Fase terciária: Pode ocorrer anos após a infecção inicial e pode levar a danos graves em vários órgãos do corpo, incluindo o cérebro, o coração e os vasos sanguíneos. O diagnóstico da sífilis é feito por meio de exames de sangue, como o VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e o FTA-ABS (Fluorescent Treponemal Antibody Absorption Test), que identificam a presença de anticorpos contra a bactéria. O tratamento da sífilis é feito com antibióticos, geralmente penicilina benzatina, que é administrada por injeção intramuscular. O enfermeiro pode auxiliar no tratamento administrando a medicação corretamente e fornecendo orientações sobre a necessidade de completação do tratamento para evitar recidivas e complicações. Além disso, algumas orientações de enfermagem incluem incentivar o uso de preservativos durante as relações sexuais, promover a realização de exames regulares para detectar precocemente a doença e evitar a disseminação, incentivar o tratamento dos parceiros sexuais infectados e fornecer suporte emocional aos pacientes. 11. Uma paciente compareceu a USF apresentando na consulta de enfermagem um resultado de exame citopatológico de colo de útero apresentando em sua conclusão: Lesão Intraepitelial de Baixo Grau. De que se trata? Quais as possíveis causas? O que fazer? O que orientar? Como conduzir este caso? A Lesão Intraepitelial de Baixo Grau (LIBG) é uma alteração celular identificada no exame citopatológico do colo do útero. Essa condição indica a presença de lesões pré-cancerígenas causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV). As possíveis causas dessa lesão incluem contato com o HPV por meio de relações sexuais desprotegidas, ter múltiplos parceiros sexuais, iniciar a atividade sexual em idade precoce, ter um sistema imunológico enfraquecido e fumar. Em casos de LIBG, a orientação é realizar uma colposcopia, que é um exame em que o médico utiliza um aparelho chamado colposcópio para visualizar detalhadamente o colo do útero. Durante esse procedimento, poderão ser coletadas amostras de tecido para uma biópsia, se necessário. Após a colposcopia, as condutas podem variar de acordo com os resultados. Se for encontrada alguma alteração significativa, pode ser recomendada a realização de uma conização, que consiste na remoção cirúrgica de parte do colo do útero. Caso não haja alterações significativas, poderá ser indicado apenas o acompanhamento regular com exames mais frequentes. É importante orientar a paciente sobre a importância do seguimento adequado e dos cuidados necessários para prevenir o avanço das lesões, como utilizar preservativo em todas as relações sexuais, realizar exames preventivos regularmente, evitar o tabagismo e adotar hábitos de vida saudáveis. Ainda, é fundamental que a paciente entenda a importância de realizar a vacinação contra o HPV, principalmente em casos de infecções persistentes pelo vírus. O acompanhamento adequado e o rigor no cumprimento das orientações médicas são fundamentais para o controle e o tratamento de condições pré- cancerígenas como a LIBG. A paciente deve seguir as orientações do profissional de saúde responsável pelo seu cuidado para garantir o melhor prognóstico possível. 12.Células atípicas de origem indefinida, possivelmente não neoplásicas ou atipia celular. De que se trata? Quais as possíveis causas? O que fazer? O que orientar? Como conduzir este caso? Células atípicas de origem indefinida referem-se a células que apresentam características anormais ou anômalas, mas cuja origem não pode ser determinada com certeza. Existem várias possíveis causas para essa condição, incluindo infecções virais, inflamação crônica, alterações celulares benignas, traumas ou lesões. Para determinar a natureza dessas células atípicas e tomar decisões sobre o tratamento adequado, é necessário realizar uma avaliação mais aprofundada. Isso pode envolver a realização de exames adicionais, como biópsias, análises de sangue ou outros testes diagnósticos específicos, dependendo do caso. O tratamento e a orientação para o paciente também dependerão dos resultados desses exames e da avaliação clínica individual. Em alguns casos, pode ser necessário realizar um acompanhamento regular para monitorar a progressão ou regressão das células atípicas. Em outros casos, pode ser necessário iniciar um tratamento específico para a causa subjacente dessas células atípicas. 13. Atipia celular glandular possivelmente de significado indeterminado, possivelmente não neoplásica. De que se trata? Quais as possíveis causas? O que fazer? O que orientar? Como conduzir este caso? A atipia celular glandular possivelmente de significado indeterminado refere-se a uma alteração celular observada em um exame citológico ou histológico (biópsia) que sugere uma possível anormalidade nas células glandulares, mas sem confirmação definitiva de ser neoplásica (cancerígena). Existem várias causas possíveis para a presença de atipias celulares glandulares, incluindo infecções, inflamações, alteraçõeshormonais, lesões pré- cancerosas (como a neoplasia intraepitelial cervical), condições benignas e, em alguns casos, câncer. Para conduzir esse caso, é importante avaliar todos os resultados anteriores de exames e qualquer histórico clínico relevante do paciente. O próximo passo seria discutir com o médico responsável pelo paciente para determinar se é necessário realizar exames adicionais, como uma biópsia ou uma nova citologia, para confirmar a natureza dessa atipia. Com base nos resultados e numa avaliação global do paciente, o médico poderá sugerir uma conduta adequada. Isso pode variar desde aconselhamento e monitorização regular, tratamento de infecções ou inflamações subjacentes, ou mesmo a realização de tratamento específico, dependendo da causa suspeita e da gravidade do quadro. 14. Uma paciente compareceu a USF apresentando na consulta de enfermagem um resultado de exame citopatológico de colo de útero apresentando epitélio escamoso, glandular metaplásico. De que se trata? Quais as possíveis causas? O que fazer? O que orientar? Como conduzir este caso? O resultado do exame citopatológico indica a presença do epitélio escamoso glandular metaplásico no colo do útero. Isso geralmente é considerado um achado benigno, mas é importante que seja avaliado por um profissional de saúde para confirmar o diagnóstico. As possíveis causas dessa alteração podem incluir infecções do trato genital, alterações hormonais, trauma cervical ou até mesmo uso de contraceptivos hormonais. No entanto, apenas um médico poderá determinar a causa específica com base no histórico médico da paciente e em exames adicionais. Nesse caso, é recomendado que a paciente seja encaminhada a um ginecologista para uma avaliação mais detalhada e, se necessário, a realização de uma colposcopia. A colposcopia permite uma visualização mais ampliada do colo do útero e pode ajudar a identificar qualquer alteração ou lesão significativa. Além disso, é importante orientar a paciente a manter uma boa higiene genital, evitar relações sexuais desprotegidas e fazer exames de rotina regulares, conforme orientado pelo médico. A condução desse caso dependerá da avaliação e diagnóstico do ginecologista. Em alguns casos, nenhuma intervenção adicional pode ser necessária, e a paciente pode apenas precisar de acompanhamento regular para monitorar quaisquer alterações. No entanto, se houver alguma suspeita de lesão cervical significativa, podem ser necessários tratamentos adicionais, como a remoção de áreas anormais do colo do útero. A decisão final dependerá do médico especialista.