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TPM (MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL) UNIDADE I FILOSOFIA DA TPM Elaboração Inara de Camargo Gomes Elaboração Andrey Pimentel Aleluia Freitas Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE I FILOSOFIA DA TPM ..............................................................................................................................................................................5 CAPÍTULO 1 ORIGEM, HISTÓRICO E CONCEITOS ....................................................................................................................................... 5 CAPÍTULO 2 ORIGEM, HISTÓRICO E CONCEITOS .................................................................................................................................... 11 CAPÍTULO 3 TIPOS DE MANUTENÇÃO ....................................................................................................................................................... 16 CAPÍTULO 4 EFICÁCIA DA TPM ...................................................................................................................................................................... 27 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................33 4 5 UNIDADE IFILOSOFIA DA TPM CAPÍTULO 1 ORIGEM, HISTÓRICO E CONCEITOS No ambiente altamente competitivo, dinâmico e em rápida mudança de hoje, a competição entre as organizações de manufatura é muito elevada, em que o mercado global convive com uma pressão crescente de clientes e concorrentes na manufatura, bem como no setor de serviços. Para competir com países industrializados, é necessário mover um desenvolvimento moderno em todos os setores das indústrias nacionais, sobretudo nas áreas operacionais, destacando logística, produção e manutenção. A manutenção produtiva total (TPM) é uma das principais ferramentas para proporcionar essa competitividade e eficácia operacional no campo da manutenção. Já no ambiente de mercado, caracterizado pelo rápido crescimento e mudanças aceleradas de hoje, a condução de melhorias lentas nas operações de manufatura não garante a lucratividade sustentável ou a sobrevivência de uma organização em um ambiente altamente voraz. Em uma economia cada vez mais global, a produção econômica tornou-se uma necessidade para permanecer na competição por mercados. Os requisitos dos clientes exigem flexibilidade das melhorias no desempenho de uma empresa, concentrando-se na redução de custos, aumentando os níveis de produtividade e qualidade, assegurando pontualidade nas entregas para satisfazer as expectativas dos clientes. As funções de qualidade e manutenção são fatores vitais para alcançar a sustentabilidade em uma organização de manufatura ou serviços. A indústria de manufatura experimentou um grau de mudança sem precedentes nas últimas três décadas, envolvendo mudanças drásticas nas abordagens de gestão, tecnologias de produto e processo, expectativas do cliente, atitudes do fornecedor, bem como no comportamento competitivo. A TPM contribui efetivamente para melhorar a competitividade e eficácia das indústrias na área de manutenção, buscando atender aos desafios impostos pelo ambiente competitivo 6 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM das organizações, incentivando iniciativas de melhoria de qualidade e desempenho em todos os aspectos de operações para melhorar o tão desejado nível de competitividade. A implementação da TPM em qualquer organização objetiva melhorar a Eficácia Geral dos Equipamentos (OEE), aumentando a disponibilidade, diminuindo o retrabalho, as rejeições e a produtividade geral de uma indústria. A TPM é uma ferramenta eficaz para minimizar o tempo de máquina parada, perdas de produção e desperdícios de materiais para melhorar a eficiência dos processos e produtividade conjunta dos funcionários e equipamentos. Além disso, uma inclinação positiva também pode ser registrada no ambiente geral da organização. Em termos financeiros, a manutenção pode representar valores entre 20% e 40% do custo adicionado a um produto à medida que ele se move pela linha de produção. A principal contribuição da implementação da TPM é o trabalho em equipe e as práticas de manutenção, visto que, em um ambiente dinâmico e altamente desafiador, a confiabilidade dos equipamentos de fabricação é considerada como o principal agente integrador para se atingir elevados níveis de desempenho e lucratividade dos sistemas operacionais associados aos processos de fabricação. Portanto, a manutenção de equipamentos é uma função indispensável em uma empresa de manufatura, cujas recentes tendências competitivas e pressões de negócios, cada vez maiores, trouxeram a função de manutenção sob os holofotes como nunca imaginado anteriormente. A integração efetiva da função de manutenção com a engenharia e outras funções de manufatura em uma organização pode ajudar a economizar muito tempo, dinheiro e outros recursos úteis para lidar com problemas de confiabilidade, disponibilidade, manutenção e desempenho. Grandes investimentos em operações ou funções de manutenção podem melhorar o desempenho de um sistema de manufatura e aumentar a posição competitiva da organização no mercado. No entanto, para que isso ocorra, as organizações devem adotar estratégias de manutenção eficazes e eficientes, como conceitos de manutenção baseada na condição (CBM), manutenção centrada na confiabilidade (RCM) e TPM sobre abordagens de manutenção de rotina. 7 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I 1.1. Desenvolvimento de sistemas de manutenção Curiosamente, a manutenção e a produtividade nem sempre foram o Santo Graal da indústria em que se tornaram nas empresas mais bem-sucedidas de hoje. No entanto, mesmo no século XXI, ainda há muitas empresas que parecem estar alheias aos ganhos potenciais que as aguardam. Essas empresas provavelmente nunca deverão considerar a implantação de técnicas de melhoria, a menos que encontrem dificuldades de mercado. Então, nesse momento, buscarão a ajuda de todos os lados. No entanto, esse entendimento nos remete a imaginar quantas empresas realmente estão cientes de que existem maneiras melhores para conduzir seus processos, mas simplesmente não tomaram medidas necessárias para fazer nada a respeito. A manutenção reativa dominou os primeiros dias da fabricação. Se olharmos para trás, descobriremos que não havia necessidade real de ser eficiente. Havia um grande excedente de trabalhadores e mão de obra barata. Essa reserva de mão de obra e a capacidade de produzir todos os bens que todos desejavam eram suficientes para satisfazer a indústria. Quando (e não “se”) a produção fosse interrompida, os problemas seriam corrigidos e a produção reiniciada. As mercadorias seriam simplesmente entregues com atraso. Não havia necessidade de evitar avarias. Qualquer manutenção preventiva limitava-se a uma torneira com martelo, óleo ou graxa. Além disso, o equipamento era muito sólido, robusto e feito para durar. Diante desses aspectos, por qual motivo se deveria pensar duas vezes na eficiência? Ao entrarmos no século XX, a produção em massa era vista como uma forma de reduzir os preços. Quanto mais produto fosse feito, mais barato poderia ser o preço de venda. Portanto, alguns especialistas começaram a pensar em maneiras de aumentar a produção, mas não realmente da perspectiva da engenharia de hoje. O conhecido especialista em eficiência de Henry Ford, basicamente queria fazer seus funcionários trabalharem mais. Ele seguia a abordagem de Taylor, que era caracterizada por dividir a fabricação e montagem nas menores etapas práticas possíveis, usando o máximo de homens necessários para realizar todas as etapas e minimizar qualquer necessidade de funcionários qualificados. Para ser justo, ele parecia ter algumas ideias sobre o layout da fábrica e a Ford tinha células de produção em sua primeira fábrica.De qualquer maneira, em 1913, Henry Ford teve a ideia monumental da linha de produção móvel, que acelerou a produção. 8 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM Então vieram duas guerras mundiais e, com elas, as reservas de mão de obra transbordando foram drenadas enquanto eles derramavam seu conteúdo na direção do esforço de guerra. Apoiar a guerra e, é claro, disponibilizar soldados, o que desequilibrou a produção. Assim, para manter a indústria em movimento, foi necessário usar mulheres, que foram treinadas para realizar tarefas antes consideradas adequadas apenas masculinas. No final das contas, muitas das mulheres faziam o trabalho ainda melhor do que os homens. As mercadorias ainda não estavam sendo enviadas com rapidez suficiente. Com a demanda extra das máquinas, houve um aumento nas quebras. Rapidamente ficou claro que as expectativas anteriores da indústria e a ineficiência da manutenção reativa simplesmente não eram boas o suficiente. As avarias tinham de ser reduzidas para que houvesse alguma forma de aumentar a produção. Além disso, a escassez de matéria-prima agora concentrava a atenção nos níveis de desperdício. Cortar o custo das perdas tornou-se uma consideração séria. Como se tudo isso não bastasse, os projetos de equipamentos de manufatura foram ficando cada vez mais complexos e exigiam um nível ainda mais alto de suporte qualificado para operá-los e mantê-los. A resposta da engenharia da época era a Manutenção Baseada no Tempo, que ajudou um pouco. Esta foi a era da PM. Quando chegamos aos anos de 1970 em diante, o bicho-papão estava nos lucros. Agora vemos o desenvolvimento de TPM e RCM. Com os clientes buscando um custo de propriedade de equipamento ainda mais reduzido, o custo de funcionamento de uma peça do equipamento teve que ser reduzido, apesar de sua complexidade ainda aumentar. Em seguida, outro requisito entrou em jogo: qualidade. Nos anos 1960 e 1970, o carro e a indústria eletrônica não eram muito confiáveis. Para ser justo, a certa altura, tanto os produtos britânicos quanto os japoneses eram igualmente ruins, mas os japoneses começaram a melhorar, se mantendo melhor até hoje, como vemos os fabricantes de automóveis japoneses sempre entre as cinco primeiras tabelas de confiabilidade de automóveis em nível de qualidade de equipamento e preço. Um dos principais conceitos atribuídos a essa filosofia vem da visão da indústria japonesa, que acredita que as necessidades do cliente estão em primeiro lugar. Felizmente, isso os leva a um aumento nas vendas, maior satisfação do cliente, menos problemas pós-venda e, finalmente, ainda mais vendas repetidas. Tudo isso resulta no tão buscado aumento nos lucros. 9 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I No entanto, deve-se entender que a manutenção dos equipamentos deve ser feita com muito cuidado e em tempo hábil para evitar falha da máquina. Existem vários sistemas de manutenção que evoluíram ao longo do tempo para a manutenção de equipamentos. A função de manutenção também é conhecida como gerenciamento de ativos físicos. Nesse entendimento, o progresso dos conceitos de manutenção ao longo dos anos pode ser descrito conforme as etapas a seguir (KUNIO, 2017): » Manutenção das avarias: refere-se à estratégia de manutenção, em que a manutenção é feita quando o equipamento falha ou o desempenho do equipamento diminui. Essa estratégia de manutenção foi adotada principalmente em organizações de manufatura em todo o mundo antes de 1950. Nesse tipo de manutenção, as máquinas são atendidas apenas quando a manutenção é drasticamente necessária. Este conceito tem desvantagens de paradas não planejadas, danos excessivos, problemas de peças de reposição, altos custos de reparo, tempo excessivo de espera de manutenção e elevadas complexidades para a solução de problemas. » Manutenção preventiva: a manutenção preventiva (PM) foi introduzida em 1951, na qual uma verificação física do equipamento é realizada para evitar quebras e aumentar a vida útil do equipamento. Nesta fase, a função de manutenção é estabelecida e as atividades de manutenção, baseadas no tempo, são geralmente aceitas. O trabalho de manutenção preventiva inclui lubrificação de equipamentos, limpeza, substituição de peças, aperto e ajuste de porcas, além da prática de implementação de TPM. De uma forma proativa, o equipamento de produção também pode ser inspecionado quanto há sinais de deterioração durante o trabalho de manutenção preventiva. » Manutenção preditiva: a manutenção preditiva (PdM) também é chamada de CBM. Essa técnica é utilizada para medir as condições físicas, como temperatura, ruído, vibração, lubrificação e corrosão, do equipamento. O PdM funciona com o mesmo princípio da manutenção preventiva. » Manutenção corretiva: este sistema de manutenção foi introduzido em 1957. A manutenção corretiva (CM) é usada para prevenir falhas de equipamento e é expandida para ser aplicada à melhoria do equipamento, de forma que as falhas possam ser eliminadas ou que o equipamento possa ser facilmente mantido. O objetivo da manutenção corretiva é melhorar a confiabilidade, manutenção e segurança do equipamento, combater os pontos fracos do projeto e reduzir deterioração e as falhas. 10 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM » Prevenção de manutenção: a prevenção de manutenção (MP) foi introduzida na década de 1960. No desenvolvimento de novos equipamentos, as iniciativas de MP devem começar na fase de projeto. A prevenção de manutenção frequentemente funciona por meio do aprendizado com as falhas anteriores nos equipamentos: mau funcionamento; feedback das áreas de produção, clientes e funções de marketing para garantir uma operação descomplicada para sistemas de produção novos ou existentes. » Manutenção centrada na confiabilidade (RCM): foi introduzida na década de 1960. A RCM usa uma filosofia lógica de sete etapas de revisão para enfrentar os desafios. As várias ferramentas usadas para efetuar a melhoria da manutenção incluem: Modo de Falha e Análise de Efeito (FMEA), Efeito de Modo de Falha e Análise de Criticidade, Análise de Risco Físico, Análise de Árvore de Falha, otimização da função de manutenção e análise de perigo e operabilidade. » Manutenção produtiva: a manutenção produtiva (PrM) é usada para melhorar a produtividade dos equipamentos. O objetivo do PrM é aumentar a produtividade de uma empresa, reduzindo o custo total do equipamento ao longo de toda a vida útil do equipamento, desde o projeto, fabricação, operação e manutenção até a degradação do equipamento. As principais características desta filosofia PrM são a confiabilidade e manutenção do equipamento, bem como a consciência dos custos das atividades de manutenção. A estratégia de PrM para melhorar a produtividade dos equipamentos envolve PM, CM e MP. » Sistemas computadorizados de gerenciamento de manutenção (CMMS): são usados para gerenciar uma ampla gama de informações sobre a força de trabalho de manutenção, estoques de peças de reposição, cronogramas de reparos e históricos de equipamentos. Também pode ser usado para planejar e programar ordens de serviço. O CMMS tem o potencial de fortalecer os recursos de relatório e análise. » Manutenção produtiva total (TPM): é um conceito ou filosofia japonesa. A TPM foi desenvolvida com base nos conceitos e metodologias do PrM. Esse conceito foi introduzido pela primeira vez pela Nippon Denso Co. Ltd. do Japão, um fornecedor da Toyota Motor Company, Japão, no ano de 1971. A TPM é uma abordagem de manutenção inovadora usada para otimizar a eficácia do equipamento, eliminar quebras e promover a manutenção autônoma envolvendo toda a força de trabalho. Além disso, parte de uma iniciativa de fabricação de classe mundial que busca otimizar a eficácia dos equipamentos de fabricação. 11 CAPÍTULO 2 ORIGEM, HISTÓRICO E CONCEITOS A TPM procura envolver trabalhadores de todos os departamentos e níveis, desde trabalhadores a executivos sêniores, para garantir a operação eficazdo equipamento. De acordo com Nakajima (1988), a manutenção preventiva foi introduzida na década de 1950, enquanto a manutenção produtiva foi plenamente estabelecida na década de 1960. Além disso, foi somente na década de 1970 que as indicações sobre o conceito de TPM surgiram como tal, e elementos além de simples rotinas e atividades de manutenção já estavam incluídos. Nesse sentido, o processo evolutivo da TPM pode ser verificado de forma mais ampla na seção abaixo, em que a abordagem é apresentada de uma forma mais ampla ao longo do tempo, conforme pode ser visto no quadro a seguir. Quadro 1 – Evolução da TPM ao longo do tempo. Ano Período Abordagem Alvo Conceitos Revolução pré-industrial O trabalhador era responsável por reparar sua área de trabalho. Trabalhadores especialistas em mecânica. Trabalhadores bifuncionais. Antes de 1950 Manutenção de avarias. Reparo de máquinas apenas se danificadas. Reparo de falhas de equipamento em um tempo razoável. “Reparar apenas se estiver quebrado”. 1950 Manutenção preventiva. » Definição das funções de manutenção. » Manutenção baseada no tempo (baseada no tempo). » Aumento da vida útil do equipamento. » Redução do tempo ocioso devido a paradas de trabalho ou defeitos. » PM (manutenção preventiva). » PM (manutenção produtiva). » MI (melhoria da capacidade de manutenção). 1960 Manutenção produtiva. » Confiabilidade. » Capacidade de manutenção. » Custos. Redução do tempo ocioso devido a paradas de trabalho ou defeitos e aumento da eficiência da manutenção. » Engenharia de confiabilidade. » Engenharia de manutenção. » Economia de engenharia. » Manutenção centrada em confiabilidade (RCM). » Ciências comportamentais. » Engenharia de sistemas. 12 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM Ano Período Abordagem Alvo Conceitos 1970 TPM (manutenção produtiva total). Manutenção preditiva com TQC, comprometimento e envolvimento total dos funcionários. Zero avarias e zero defeitos. » Ecologia. » Prevenção de manutenção. » Just in Time (JIT). » TQC e TQM. » Terotecnologia. 1980–1990 TPM com manutenção preditiva. » Práxis da TPM. » Manutenção baseada nas condições ambientais. » Zero avarias e zero defeitos. » Otimização de disponibilidade. Gestão informatizada da manutenção. Após 2000 Era pós-manutenção. » Aplicativos CMMS. » TPM e a fábrica do futuro. » Zero defeitos. » Zero avarias. » Zero acidentes. » Poluição zero. » Estoque zero. Inteligência artificial e sistemas especializados. Fonte: elaborada pelo autor. 2.1. Histórico da TPM Duas técnicas de manufatura lutaram contra uma série novos conceitos por mais de trinta anos e ainda conseguiram permanecer: uma é a Manutenção Produtiva Total (TPM) e a outra é a Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM). Ambos os métodos começaram suas vidas na América, embora um deles, a TPM, emigrou para o Japão, onde adquiriu vida própria. Nos Estados Unidos, era conhecido como PM (sem “T”) e significava Manutenção Preventiva. PM era indiscutivelmente o padrão da indústria para produção e fornecia uma base sólida o suficiente. Porém era considerada uma ferramenta puramente de engenharia, com foco destinado a tornar o equipamento mais confiável. Como falado anteriormente, o termo TPM, bem como sua aplicação, surgiu na década de 1970, mais especificamente no Japão, sendo embasada nas manutenções corretivas da década de 1950 e nas manutenções preventivas da década de 1960, sendo sua primeira implantação na indústria Nippondenso do grupo Toyota. A empresa realizava a manutenção preventiva, os operadores operavam os equipamentos e a equipe de manutenção ficava responsável pela sua manutenção, porém, com o grau de automatização da fábrica, realizar a manutenção tornou-se um problema, tendo em vista que ocorreu um acréscimo cada vez maior de equipes de manutenção. 13 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I As mudanças e adaptações passaram a ser realizadas a fim de sanar esse problema e consequentemente diminuir gastos. E foi assim que os gestores proporam que a maior parte da manutenção das máquinas fossem realizadas pelos seus próprios operadores, consequentemente a manutenção se tornaria autônoma, sendo essa um dos atributos da TPM, onde é mais vantajoso a utilização dos conhecimentos práticos dos operadores do equipamento do que equipes de manutenção altamente qualificadas. 2.2. Do TPS (Toyota Production Systems) à TPM A TPM foi uma ideia da Toyota, que teve como base um componente do Sistema Toyota de Produção, fragmentado em várias partes. O TPS (como é chamado) foi projetado para um determinado momento, circunstância e lugar, para que a cultura das pessoas interagisse em sintonia com a cultura da organização. Por ter surgido em uma área de produção automotiva, existem atributos especiais de montagem de automóveis que se prestam diretamente às abordagens da TPM. Nesse sentido, o primeiro item a ser apresentado consiste em entender que as ferramentas são bem pequenas (em comparação com outras indústrias, como siderurgia ou mineração), o que remete ao entendimento de que os operadores podiam literalmente colocar as mãos nas máquinas e aprender algo sobre seu funcionamento. O segundo aspecto destaca que as ferramentas e os processos usados não são intrinsecamente perigosos (com algumas expectativas). Isso significa que pode se machucar, caso se faça a coisa errada, mas é improvável que coloque outras pessoas em perigo, como faria em uma refinaria de petróleo ou em uma mina. No caso de funcionários que trabalham na montagem de automóveis, ter níveis baixos de rotatividade é essencial para os aspectos da TPM, devido ao treinamento necessário aplicado. Nesse sentido, esse grupo é caracterizado por apresentar uma boa remuneração. No Japão, a maior parte da manutenção pesada, perigosa e complexa é feita por empreiteiros. As fábricas individuais geralmente não têm um departamento de manutenção grande ou especializada, exceto para alguns serviços de missão crítica. Obviamente, um grande motivo do sucesso da TPS foi o suporte do topo da organização. O TPS permeou todas as atividades da Toyota, sendo pacientemente nutrido, revisado e melhorado até que entrou no DNA da empresa e se expressou na maioria das decisões tomadas na fábrica. Por essas razões, o TPS foi um sistema lógico que foi adotado e apoiado por um longo período pela administração da marca japonesa. 14 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM A TPM, a TQM (gestão de qualidade total), a manufatura enxuta, a manutenção enxuta e o JIT (Just in Time) formam a base do Sistema Toyota de Produção (TPS), em que todos os programas se encaixam e apoiam uns aos outros. No final, a empresa produz itens de elevada qualidade, com o mínimo de insumos e o mínimo de desperdício possível. 2.3. Ambente da empresa modificado Há um número quase infinito de estruturas organizacionais, mas a maioria não está configurada para fornecer uma utilização eficaz da força de trabalho ou muito pouco configurada, partindo do entendimento que uma organização é configurada por pessoas que trabalham juntas para atingirem um mesmo propósito. Uma boa organização consiste em pessoas eficazes, trabalhando juntas e de forma construtiva, em prol de um objetivo comum. No entanto, há uma grande diferença entre essas afirmações. Planejar uma fábrica e uma organização é uma arte. Uma parte da ciência da organização reside nas dimensões em que foram projetadas para atenderem as demandas. As dimensões de estrutura, cultura, sistemas e processos são comuns a todas as fábricas. Como as dimensões organizacionais são coordenadas e governadas é mais arte do que ciência. Um princípio fundamental de organização é que as peças ou funções devem se encaixar e deve haver coordenação eficaz entre as funções. Como um sistema, as organizações só podem ser entendidas ou governadas como uma unidade integrada. Essa visão argumenta que o total é algo mais do que meramentea soma de suas partes e que a análise por diferenciação, seguida pela agregação, não fornece uma imagem precisa do total ou de como o total se comporta. Assim como no corpo humano, uma organização não pode ser compreendida somente examinando seus subcomponentes, como seu sistema circulatório, digestivo ou respiratório, uma organização só tem verdadeiro significado como um sistema integrado total. A avaliação do desempenho das funções de engenharia, finanças, manutenção ou marketing de uma planta como funções separadas e independentes não pode fornecer uma caracterização da planta total. As organizações, como os indivíduos, devem preservar sua integridade. Elas são construídas sobre conceitos corporativos únicos, com a intenção de cumprir um propósito ou missão específica. A integridade das organizações é definida em relação à sua congruência, simetria ou ajuste. Deve haver um equilíbrio entre política e prática; filosofia e performance; e decisões e ações. 15 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I Um problema sério que limita o desempenho da planta é o fato de que muitas organizações falharam em reconhecer a inter-relação das funções. Dentro desse entendimento, cada função opera como uma entidade separada, sem qualquer coordenação ou comunicação entre outras funções na planta. O sucesso da função de manutenção depende da participação e do comprometimento total de todos os colaboradores da empresa. Embora esses métodos tenham um impacto positivo de curto prazo no desempenho geral da fábrica, a probabilidade de que eles proporcionem um comprometimento de longo prazo dos funcionários não é muito grande. Embora a intenção do programa não seja aumentar o pessoal ou criar uma estrutura de gerenciamento adicional, ele exigirá um grupo principal, que tem autoridade e responsabilidade pela implementação do programa. Deve-se ter cuidado para garantir que essa mudança na organização não seja percebida como outra solução de gerenciamento de solução rápida. A implantação do conceito TPM possibilita identificar um ambiente seguro, limpo e prazeroso de se trabalhar. Essas mudanças são percebidas diretamente pelos colaboradores e principalmente por clientes e visitantes, com isso, aumenta-se a confiança quanto à qualidade dos produtos e ao seu gerenciamento eficaz. 16 CAPÍTULO 3 TIPOS DE MANUTENÇÃO Existem diferentes tipos de manutenção envolvidos com a TPM, que serão descritos em detalhes a seguir: » Manutenção de avarias. » Manutenção preventiva. › Manutenção periódica. › Manutenção preditiva. » Manutenção corretiva. » Prevenção de manutenção. Manutenção de avarias: você espera até que a máquina falhe completamente e então a conserta para funcionar. Normalmente, esse tipo de manutenção é atribuído a máquinas com backups no local ou máquinas que são de baixa importância para a produção. Manutenção preventiva: você faz a manutenção da máquina, enquanto ainda em operação, para prolongar ou evitar a falhas. Isso deve ser aplicado em máquinas de elevada importância e valor, quando comparadas à produção. Esse tipo de manutenção inclui limpeza, lubrificação, ajustes e inspeção. A manutenção preventiva é dividida em: manutenção preditiva e manutenção periódica. Manutenção preditiva: você prevê quando a máquina pode precisar de manutenção com base na análise do histórico anterior, inspeção e aplicação de manutenção pouco antes de a máquina ter falhado no passado, estendendo sua vida útil. A manutenção preditiva é baseada, sobretudo, na condição do equipamento. Ela gerencia valores de tendência, medindo e analisando dados sobre deterioração e empregando um sistema de monitoramento projetado para atender diferentes condições, por meio de um sistema on-line integrado. Esse conceito geralmente é aplicado em conjunto com a manutenção preventiva. Manutenção periódica: caracterizada por um cronograma definido de rotinas de atribuições para prolongar a vida útil dos equipamentos. Essa manutenção é baseada no tempo que consiste em inspecionar, fazer manutenção e limpar o equipamento periodicamente, enquanto substitui peças para evitar falhas inesperadas e problemas de processo. Esse conceito é frequentemente aplicado em conjunto com a manutenção preventiva. 17 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I Manutenção corretiva: realizada após o surgimento de uma falha ou problema em um sistema, com o objetivo de restaurar as condições de utilização. Em alguns casos, pode ser impossível prever ou evitar uma falha, tornando a manutenção corretiva a única opção. A manutenção corretiva melhora o equipamento e seus componentes para que a manutenção preventiva possa ser realizada de forma confiável. Quaisquer deficiências de projeto no equipamento devem ser reprojetadas a fim de melhorar a confiabilidade e facilidade de manutenção. Prevenção de manutenção: engenharia e design de máquina que se baseia na prevenção da necessidade de manutenção ou para facilitar o acesso às peças da máquina para que a manutenção possa ser realizada facilmente – diferente da manutenção preventiva, na qual a manutenção é realizada enquanto a máquina ainda está em funcionamento para evitar que ele se quebre. A prevenção de manutenção indica o projeto de novos equipamentos. Todas as máquinas atuais operando de forma ineficiente são estudadas e incorporadas ao novo design e comissionamento das máquinas. A manutenção preventiva inclui lubrificação, ajustes e substituição de peças desgastadas. Seu trabalho é feito em uma máquina, muitas vezes envolvendo teste e substituição de peças gastas, mas ainda em funcionamento, a fim de evitar uma falha (em oposição a consertar algo apenas quando ele quebra). A prevenção de manutenção significa interromper a manutenção. Se usado em um contexto positivo, talvez sejam etapas tomadas no projeto de um dispositivo para fazer com que exija menos manutenção. 3.1. Manutenção de avarias A manutenção de avarias é simplesmente a reparação do equipamento depois de já ter deteriorado o seu desempenho ou características físicas. A manutenção de avarias é usada quando a falha não afeta significativamente a operação e as perdas financeiras são insignificantes além dos custos de reparação. Suas características seguem algumas vertentes, dentre as quais temos: » Reparos não planejados: manutenção realizada quando for mais viável lidar com um problema após a quebra da máquina, em vez de evitar que a falha ocorra. » Reparos planejados: manutenção realizada quando for mais viável evitar o problema, mas esse tipo de manutenção pode interferir na programação da produção. 18 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM Como exemplos de manutenção de avarias, podem ser destacados: » Equipamentos extremamente sujos que permanecem assim. » Matérias-primas incrustadas em peças de máquinas existentes. » Máquinas que precisam de óleo ou lubrificante com frequência. » Cordas emaranhadas não podem ser colocadas na fonte. » Equipamentos em que não se consegue ver as partes internas. A fim de aumentar a eficiência da manutenção de avarias, os operadores devem detectar anormalidades quando realizam suas verificações diárias ou monitoram rotineiramente seus equipamentos. Isso faz parte integral do programa de manutenção planejada sugerido pela TPM. Assim, as etapas envolvidas na manutenção de avarias, em configuração de manutenção planejada, consistem em: » Etapa 1: Avaliar o equipamento atual e entender as condições atuais. » Etapa 2: Restaurar o equipamento deteriorado e corrigir os pontos fracos. » Etapa 3: Definir um sistema específico para o gerenciamento das informações. » Etapa 4: Elaborar um sistema dedicado de manutenção periódica. » Etapa 5: Desenvolver e implantar um sistema específico de manutenção preditiva. » Etapa 6: Analisar e avaliar o comportamento dos sistemas implantados de manutenção planejada. 3.2. Manutenção preventiva A manutenção preventiva ajuda a evitar que o equipamento quebre e fique com defeito. Os tipos adequados de equipamentodevem ser instalados em primeiro lugar para fins de funcionalidade. No entanto, para que a manutenção preventiva seja implementada corretamente, três tipos principais de ações são imprescindíveis: » Manutenção diária: limpeza, verificação, lubrificação, ajustes para evitar que o equipamento quebre ou se deteriore. » Inspeções periódicas para verificar o status atual do equipamento. » Restauração para corrigir e recuperar do equipamento que esteja se deteriorando. 19 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I É importante destacar que a manutenção preventiva apresenta duas vertentes de aplicação, caracterizadas por manutenção: preditiva e periódica. A manutenção periódica também é considerada manutenção baseada no tempo. Ferramentas como unidades de reserva, peças sobressalentes, equipamentos de inspeção, lubrificantes e informações técnicas podem ser necessárias para executar o trabalho. A preparação dessas ferramentas ajudará na implementação da manutenção periódica. É possível manter a manutenção do equipamento programando o trabalho em intervalos que não são configurados adequadamente. É importante pensar no trabalho que está sendo programado para garantir que ele precise de manutenção. A melhor maneira de programar a manutenção adequada é entender a causa raiz por trás da última pane e revisar os intervalos e tarefas antes do próximo serviço. Assim, torna-se possível elaborar um check-list adequado para cada serviço de manutenção periódica, por meio de alguns procedimentos, certificando-se que o equipamento selecionado segue os seguintes padrões: » Equipamentos que, por lei, requerem manutenção periódica. » Equipamentos com intervalos comprovados de manutenção, determinados por experiências anteriores. » Equipamentos críticos para a qualidade, que requerem verificação regular devido à sua importância para o processo. » Equipamentos que possuem intervalos comprovados de manutenção, determinados pela vida útil de seus componentes. » Equipamentos cujo desempenho de vida começam a se deteriorar após um período conhecido. » Equipamentos com anomalias que dificultam a detecção ou correção durante a operação. Em seguida, deve-se preparar ferramentas e manuais, incluindo folhas de verificação para manutenção periódica: » Os planos de manutenção devem ser baseados em planos básicos de produção de curto prazo, normalmente abrangendo 5 anos. » Mapeamento dos detalhes das paradas para manutenção dos equipamentos. 20 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM Esses planos devem incluir planos anuais, mensais, semanais e diários. Os planos de oportunidades de manutenção também devem ser incluídos. Para a preparação dessas ferramentas e manuais de manutenção periódica, deve-se incorporar os seguintes elementos: » Configuração ou fabricação antecipada de ferramentas e manuais. » Equipes multifuncionais de habilidades e conhecimentos para minimizar a escassez de pessoal com qualificações para a manutenção. » Preparação com antecedência de todos os manuais, folhas de verificação, ferramentas etc. » Exame dos planos e verificações anteriores realizados e das condições de funcionamento que devam ser observadas. » Definição dos intervalos de manutenção adequados e o trabalho a ser realizado, mantendo os padrões para uma base sólida de manutenção periódica que deve ser realizada. » Seleção de materiais: entender se os padrões para peças e materiais existentes ainda são os mesmos ou precisam ser atualizados. » Estimar tempo e custos de trabalho: utilizar técnicas de manutenção, equipamentos, materiais e padrões para estabelecer o trabalho básico necessário e os custos de atualizações e manutenção, estando sempre atento para peças de reposição, vazamentos, testes, facilidade de manutenção e substituição. » Peças sobressalentes: um elemento essencial para garantir confiabilidade e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo de inatividade do equipamento. Deve-se entender a quantidade adequada de peças sobressalentes para reduzir estoques e custos adicionais de depósito. A fim de controlar as peças sobressalentes, o departamento de manutenção deve controlar as unidades de reserva, peças gerais e ferramentas e equipamentos de teste. » Padrões de lubrificantes: o pessoal deve compreender os diferentes tipos e usos de lubrificantes para se adequar ao equipamento que está sendo utilizado, garantindo a limitação de várias quantidades de lubrificantes. » Padrões de segurança: com elaboração e revisão anual, conforme os requisitos necessários. Esses padrões devem contemplar alguns elementos fundamentais, tais como: › Deveres de funcionário e supervisor. 21 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I › Tarefas de pré-início das ações. › Atividades decorrentes de situações de risco. › Procedimentos básicos dedicados à segurança durante cada operação. › Segurança elétrica. › Segurança de desligamento – os funcionários devem ter permissão para inspecionar o local de trabalho antes da operação para garantir a conformidade com a segurança. » Preparação da manutenção periódica deve contemplar os itens acima apresentados. » Realizar manutenção periódica: este conceito deve ser implementado quando o equipamento estiver pronto para a manutenção periódica. » Elaborar relatório final e arquivo histórico do equipamento: na conclusão da manutenção periódica, deve ser gerado um relatório que detalha o trabalho realizado, o andamento, os funcionários envolvidos e os custos. Todos os problemas e condições devem ser relatados, sobretudo em questões de segurança, número de funcionários envolvidos e custos. 3.3. Manutenção preditiva A manutenção periódica ajudará a minimizar a quantidade de manutenção necessária junto com falhas inesperadas; ainda ocorrerão falhas, o que aumentará os custos. Esse sistema é baseado no tempo que representa a hipótese de deterioração do equipamento, sem medidas estatísticas aprofundadas. É difícil encontrar o intervalo de serviço ideal sem medir a deterioração exata e as falhas de equipamentos específicos em momentos específicos. As medidas que precisam ser tomadas para a compreensão das falhas do equipamento incluem temperaturas, vibrações, pressões, taxas de fluxo, níveis de lubrificação, taxas de corrosão, defeitos de materiais e resistências elétricas. Utilizando a manutenção preditiva, o equipamento pode ser diagnosticado sistematicamente, deixando de lado as suposições. Deve-se entender quando algum limite está acima do valor permitido, bem como qual trabalho será necessário para a realização bem-sucedida dos reparos. 22 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM 3.4. Manutenção corretiva Por conceito, a manutenção corretiva é caracterizada por tarefas realizadas para identificar, analisar, isolar e corrigir falhas que comprometam o funcionamento natural dos equipamentos, de modo que se possa restaurar para uma condição ideal de operação, atendendo os limites estabelecidos das tolerâncias admitidas para cada caso. A manutenção corretiva é realizada após a detecção da falha e tem como objetivo restaurar um ativo a uma condição na qual ele possa desempenhar sua função pretendida. A manutenção corretiva ajuda a melhorar o equipamento e seus componentes para que a manutenção preventiva possa ser realizada de maneira adequada. Qualquer equipamento que tenha deficiências de design deve ser reprojetado. A manutenção corretiva é uma forma de manutenção realizada após o surgimento de uma falha, cujo propósito consiste em restaurar a condição de operabilidade. Normalmente, é impossível prever ou prevenir uma falha considerando somente esse tipo de manutenção como a única opção. A manutenção corretiva segue por duas vertentes: » Manutenção imediata: trabalho que começará imediatamente após a constatação de uma falha. » Manutenção diferida: trabalho que está fora de conformidade em relação a um conjunto de regras fundamentais de manutenção. A manutenção corretiva refere-se à ação tomada apenas quando ocorre uma falha dosistema ou componente. É importante que a manutenção dos reparos comece o mais rápido possível. Os custos associados à manutenção corretiva incluem: » Custos de reparo. » Produção perdida. » Vendas perdidas. » Custos de manutenção de corrosão, que representam uma parte significativa dos orçamentos operacionais na maioria dos setores industriais, particularmente onde equipamentos e instalações antigos estão envolvidos. A manutenção corretiva tem seu processo disparado a partir de um diagnóstico da falha reportada, buscando analisar e determinar exatamente o motivo do surgimento. Esse diagnóstico inicial deve considerar alguns aspectos, dentre os quais, temos: » Inspeção física de um sistema. 23 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I » Uso de um computador de diagnóstico para avaliar o sistema. » Entrevistas com usuários. » Numerosas outras etapas que poderiam potencialmente ser pensadas. É importante uma análise detalhada para determinar o que causou o problema para tomar as medidas adequadas e estar ciente das falhas de vários componentes ou sistema que podem ter ocorrido simultaneamente. Um processo consistente, por trás do redesenho, pode ser caracterizado pela abordagem DMADV (definir, medir, analisar, projetar e verificar), muito utilizada em projetos com técnicas Seis Sigma. No entanto, existe uma diferença entre DMADV e DMAIC. O DMAIC é voltado para a melhoria do processo, enquanto o DMADV busca projetar novos produtos ou serviços. Com isso, o objetivo do DMADV é muito semelhante ao ciclo regular do DMAIC, que segue um projeto com processos orientados ao cliente, seguindo recursos Seis Sigma. O DMADV é baseado na qualidade, em que as previsões são feitas com relação à qualidade de primeira passagem. As medições de qualidade são orientadas por previsibilidade nas fases iniciais do projeto. Os recursos do processo são utilizados para tomar decisões finais de design. Por fim, as variações do processo são monitoradas para verificar se os requisitos Seis Sigma entregues ao cliente estão devidamente atendidos. As principais ferramentas utilizadas no DMADV são modos de falha e análises de efeitos (FMEA), implantação de função de qualidade (QFD), projeto de experimentos (DOE) e simulações. 3.5. Prevenção de manutenção O estabelecimento de especificações e projetos de prevenção de manutenção ajudará a garantir a confiabilidade do equipamento e a manutenção das instalações. As atividades de projeto de prevenção de manutenção (MP) minimizam os custos de manutenção futuros e a deterioração do equipamento. A MP permite o uso de novas tecnologias e design para alta confiabilidade, facilidade de manutenção, economia, operabilidade e segurança. A ideia da MP é que o equipamento não quebre ou produza não conformidades. Os equipamentos sob MP devem ser fáceis e seguros de operar e manter. 24 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM As práticas de projetos MP garantem que o equipamento seja aprimorado em termos de confiabilidade, investigando os equipamentos atuais quanto a pontos fracos e melhorando com base no feedback. O design do MP é importante porque, mesmo quando as partes iniciais do processo de design ocorrem sem problemas, como o design, a fabricação e a instalação, podem ocorrer problemas no encerramento, durante os testes e comissionamento. As partidas de inicialização raramente acontecem como planejado e muitas modificações devem ser feitas para operar o equipamento de maneira confiável. Quando os operadores não veem estabilidade no equipamento, começam a parar de realizar suas tarefas regulares de limpeza e manutenção preventiva devido à frustração com a confiabilidade. É importante que um plano seja elaborado para mitigar esse risco e os operadores sejam treinados de acordo. Quando esses planos não podem ser mitigados por meio de pequenas medidas, deve-se realizar novas condições de processamento e operação nos projetos em andamento. A tecnologia interna deve ser considerada no início para minimizar riscos e custos. O entendimento completo da confiabilidade do maquinário no início ajudará neste processo e reduzirá o risco de problemas após a instalação. Assim, as atividades de design de MP são divididas a partir de quatro componentes principais: design, fabricação, instalação e teste e comissionamento – estabelecimento de procedimentos operacionais normais durante a produção do produto real. Um sistema de gerenciamento antecipado garante que os produtos e equipamentos evoluam com eficácia, seguindo quatro etapas fundamentais ao sistema de gestão inicial: » Investigação e análise de situações atuais: › Traçar os fluxos de trabalho atuais. › Identificar problemas nos fluxos atuais. › Encontrar as causas raízes e formas de trabalhar para evitar problemas previstos. › Estabelecer grupos de problemas durante os pilotos, testes e startups em grande escala, junto com atividades de correção e itens de ação. › Identificar as principais lacunas e atrasos de produção com base em pilotos, testes e startups em grande escala. 25 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I › Determinar as informações apropriadas a serem coletadas, como altos níveis de usabilidade, capacidade de fabricação, facilidade de garantia de qualidade, manutenção, confiabilidade, segurança e eficácia competitiva. » Determinar um sistema inicial para a gestão: › Utilizar as investigações anteriores de situações atuais para pesquisar e delinear a característica elementar do sistema de gestão inicial necessária ao definir o escopo de aplicação. › Investigar e estabelecer sistemas para acumular e utilizar as informações necessárias para o gerenciamento antecipado. › Revisar os padrões de operação. » Proteger o novo sistema contra erros e fornecer treinamento e orientação: › Fornecer uma sequência para a abordagem em cada fase inicial de gerenciamento. › Treinar todo o pessoal nos padrões exigidos para o novo sistema. › Avaliar todas as etapas do novo sistema quanto à competência das pessoas que operam o sistema. › Utilizar os resultados do teste de competência para modificar o sistema, procedimentos e padrões. › Documentar e relatar os benefícios e melhorias necessários para o novo sistema. » Aplicar o novo sistema de forma abrangente: › Aplicar o novo sistema em todas as áreas funcionais que tenham o mesmo escopo. › Otimizar os ciclos de vida do sistema utilizando as informações do projeto MP. › Identificar os problemas que ocorrem em cada estágio inicial de gerenciamento, bem como cada tópico ao qual esse novo sistema deve ser aplicado. › Agrupar cada um dos tópicos utilizando um diagrama de afinidade para compreender as principais áreas de melhorias. › Criar um plano para problemas de comissionamento e registrar o tempo de inatividade e atrasos de programações. › Aplicar uma análise de Pareto aos resultados para índices de indicadores-chave de desempenho (KPI), buscando garantir que haja visibilidade em áreas-chave para implantação de melhorias. 26 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM Existem muitos tipos de processos e procedimentos de manutenção, mas a chave é compilar e registrar todas as informações para que os dados possam ser usados de forma adequada. O estabelecimento de indicadores (KPI) mostrará a necessidade de metas e a compreensão da confiabilidade do equipamento. Formulários, listas de verificação e padrões são essenciais para todos os diferentes tipos de manutenção, para que os dados possam ser acionados. A padronização das melhores técnicas e procedimentos da classe diminuirá os problemas comuns e criará especificações e práticas comuns que todo o pessoal compreenderá e nas quais confiará. 27 CAPÍTULO 4 EFICÁCIA DA TPM Por que os equipamentos apresentam falhas? E como essas falhas mudam de problemas menores para problemas maiores? As respostas a essas perguntas não são tão simples quanto parecem. Conforme começamos a conhecer e aplicar a metodologia de Manutenção Produtiva Total (TPM), descobriremosrapidamente que as falhas têm uma variedade de causas. Algumas falhas são devidas a falhas de equipamento reais imprevisíveis, “esporádicas”, mas também descobriremos que muitas falhas, se não a maioria delas, são devidas ao que a TPM corretamente chama de “deterioração da condição básica”. Essa definição cobre muitas opções, pois temos que definir tanto a deterioração (seus tipos e as diferentes causas) quanto a condição básica. Se começarmos considerando as causas básicas da deterioração, descobriremos que ela se subdivide em dois tipos diferentes: natural e forçada. Seus nomes são uma espécie de revelação do que eles significam, mas a compreensão dos conceitos de deterioração natural e forçada ajudará imensamente a avaliar qual é a condição básica e o motivo do equipamento se torna “não confiável”. 4.1. Vantagens da utilização da TPM De uma forma sintética, a figura 1 objetiva resumir as principais vantagens proporcionadas pela implantação dos conceitos de TPM. Figura 1. Vantagens proporcionadas pela aplicação da TPM. TPM Educação e teinamento Melhorias de projeto Melhorias administrativas Manutenção de qualidade Segurança saúde e meio ambiente Manutenção planejada Manutenção autônoma Melhorias individuais Fonte: http://manutencaodesistemasindustriais.blogspot.com.br/2015/01/folha-de-dados-sistema-bimetalico.html. 28 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM As limpezas de equipamentos na TPM são oficialmente conhecidas como rotinas de limpeza e inspeção. Limpamos o equipamento de perto para nos ajudar a remover quaisquer detritos que atuem como camuflagem e nos impedem de ver e detectar qualquer problema persistente ou iminente. Nesse sentido, não são apenas nossos olhos que usamos para encontrar os problemas, são todos os nossos cinco sentidos. O ato específico de limpeza nos permite localizar a origem de quaisquer problemas, que serão registrados para análise de dados e, posteriormente, serão priorizados para ação. O exercício é muito semelhante à aplicação de 5S, exceto quando 5S tende a ser externo ao equipamento. Nesse caso, a Manutenção Autônoma (AM) e a Manutenção Preventiva (PM) tendem a não ser limitadas por áreas, exceto aquelas que possam ser necessariamente incluídas para evitar problemas. Se classificássemos as equipes no nível de habilidade crescente, teríamos 5S, AM e, o mais técnico, PM. Em todos os casos, o trabalho é realizado por equipes. No entanto, há uma diferença na composição das equipes: a AM é predominantemente operada ou orientada, enquanto PM, que tende a ser uma equipe mais técnica, tem funções de limpeza e fiscalização semelhantes às de AM, mas também tem a responsabilidade pela resolução de problemas. Isso requer um elemento de engenharia além dos operadores. Como, então, essa limpeza ajuda além de identificação de falha? Imagine, então, uma situação em que um cliente potencial chega a uma empresa. Seu objetivo é avaliar a organização e sua capacidade de fabricação e decidir se ele pode ou não confiar seus negócios a eles. Seu anfitrião estará ocupado tentando impressioná-lo. Ele é levado para uma visita guiada à fábrica. Para fins de argumentação, vamos supor que a fábrica só pode estar em uma de duas condições. Iremos ignorar as áreas cinzentas intermediárias. No cenário um, a empresa tem um equipamento que parece sujo e dá a impressão de que pode não funcionar de maneira muito confiável. O cenário dois é o oposto: ele tem um kit limpo, bem cuidado e de aparência profissional com sinais externos óbvios de manutenção e atenção à sua aparência. Qual empresa você acha que conseguiria o novo negócio? A resposta acima é óbvia – todo mundo sabe disso. Então, por que tantas fábricas permitem que seus equipamentos e áreas de produção se deteriorem a tal ponto que provavelmente desanime os clientes? Mesmo que o equipamento funcione bem, mas apenas pareça ruim, é a percepção que o equipamento promove – a condição real não é importante. 29 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I Hoje em dia, os negócios são competitivos demais, e a tendência deve ficar ainda pior. Para atrair ou reter clientes, as empresas precisam de toda a vantagem e influência positiva que possam obter. Um dos principais objetivos da TPM é melhorar a confiabilidade e o desempenho dos equipamentos. O equipamento desempenha um aspecto fundamental na competitividade de uma organização, porque tem um impacto direto na qualidade e no custo. Como tal, a eficácia dos equipamentos deve ser entendida como um indicador de quanto desperdício existe como resultado de problemas relacionados ao equipamento. 4.2. Eficácia geral do equipamento (OEE) A Eficácia Geral do Equipamento, ou Overall Equipment Effectiveness (OEE), é um indicador da integridade geral do equipamento. É a medida de desempenho do equipamento mais comumente usada por plantas industriais. Seu conceito é fundamentado pela medida da porcentagem de tempo que um equipamento está produzindo um produto de qualidade. Consequentemente, o OEE fornece às organizações uma escala que indica o nível de qualidade que os ativos de capital estão sendo usados. Além disso, fornece dados sobre o impacto das perdas relacionadas ao equipamento. OEE pode afetar drasticamente a produtividade da fábrica, pois divide as perdas em categorias claras. Isso também ajuda as equipes Lean a direcionar suas atividades de melhoria adequadas. Ao iniciar a implementação da TPM, é importante focar inicialmente no equipamento mais crítico. Nesse sentido, as organizações devem medir o OEE por três razões principais: » Para ajudar a priorizar projetos de melhoria e refletir os resultados. » Para combinar os aspectos de utilização, operação e qualidade do equipamento. » Para medir as mudanças na capacidade, produtividade e qualidade. Além desses aspectos, o OEE objetiva o monitoramento efeito de seis grandes tipos de perdas, que são: avarias; configuração e ajustes; lentidão; pequenas paradas; aspectos de qualidade; e retrabalho. Essas seis grandes perdas se enquadram nas três categorias de nível de disponibilidade, nível operacional e nível de qualidade. Ajudam a garantir o maior retorno possível sobre os ativos de capital da sua empresa. 30 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM O nível de disponibilidade consiste em paradas e setups, quando o equipamento não está disponível para rodar a produção. O nível de operação consiste em focar na lentidão e pequenas paralisações, que são os momentos em que o equipamento não está funcionando. No entanto, essas são paradas normais durante a operação para atividades, como descarregar uma peça de uma máquina ou avarias que duram menos poucos minutos. Já o nível de qualidade contempla fatores de qualidade e retrabalho, que se relacionam às atividades para garantir que o produto atenda aos requisitos de qualidade do cliente ou retrabalho. Melhorar o OEE proporciona aumento do rendimento, reduzindo a variabilidade na qualidade do produto e nas programações de produção. Isso, por sua vez, também reduz o estoque, horas extras e o retrabalho. A OEE mostra a utilização em preto e branco de um ativo do ponto de vista financeiro. Além disso, pode ser calculada como o tempo real de execução real da máquina, dividido pelo tempo de disponibilidade do equipamento (nível de disponibilidade). No entanto, o OEE define ainda mais a eficácia do equipamento, monitorando o efeito do tempo de carga/descarga e as pequenas paradas (nível operacional), bem como os fatores de qualidade e retrabalho (nível de qualidade). Por fim, o OEE indica o tempo real, de forma detalhada, que o equipamento está produzindo um produto de qualidade. O OEE deve ser calculado para cada equipamento, de forma individual no processo. Isso permite a identificação da restrição do processo (com base na teoria das restrições), que pode ser elevada até que não seja mais a restrição. Então, a nova restrição no processo torna-se o foco da melhoria. É importante observar, no entanto, que cadaequipamento é diferente e fornece uma etapa diferente no processo. A criticidade do equipamento e a operação, sob as diferentes condições de execução, também devem ser consideradas. O OEE é normalmente utilizado em máquinas que apresentam gargalos no processo, pois a velocidade e a capacidade estão limitadas às taxas de produção. Para o equipamento gargalo, o OEE é usado para identificar oportunidades de maximizar o rendimento. Para equipamentos que não são o gargalo, a capacidade não é o problema. Porém, o OEE ainda pode ser usado por essas máquinas para identificar formas de eliminar desperdício e custo na parte do processo. A principal diferença é que o tempo disponível no cálculo é diferente para equipamentos com gargalo e sem gargalo. O tempo disponível para o equipamento gargalo é calculado 31 FILOSOFIA DA TPM | UNIDADE I como o total de horas do turno menos os intervalos e qualquer outro tempo perdido programado. Para equipamentos sem gargalo, deve-se comparar a integridade do equipamento ao tempo de atividade planejado. Portanto, o tempo disponível é calculado com base na disponibilidade em relação à programação de funcionamento. Se a máquina funcionar exatamente no horário programado, a disponibilidade será de 100%. A disponibilidade não pode ser superior a 100% mesmo que o equipamento execute tempo adicional para produzir a mesma quantidade. Isso ocorre porque é o valor máximo para os três elementos do OEE. Nesse caso, a disponibilidade é calculada como o tempo de operação dividido pelo tempo disponível líquido. O OEE é importante para auxiliar na priorização dos projetos de melhoria, para melhor refletir nos resultados. O OEE também combina os aspectos de utilização, operação e qualidade do equipamento em uma medida, fornecendo uma medida norteadora para mudanças de capacidade, produtividade e qualidade. O objetivo dos projetos de melhoria não deve ser usar o OEE em todos os equipamentos, mas apenas onde realmente fizer sentido. Assim, a manutenção geral dos equipamentos deve ser baseada em três fatores de OEE: disponibilidade, desempenho e qualidade. » OEE = Disponibilidade × Desempenho × Qualidade. Os cálculos para cada fator devem seguir os conceitos: » Disponibilidade = tempo operacional / tempo de produção planejado. » Desempenho = tempo de ciclo ideal / (tempo operacional / total de peças). O tempo de ciclo ideal é definido como a quantidade mínima de tempo de ciclo que um processo pode ocorrer em circunstâncias ideais. O desempenho também pode ser calculado da seguinte forma, uma vez que a taxa de execução é considerada equivalente ao tempo de ciclo: » Desempenho = (total de peças / tempo operacional) / taxa de execução ideal. É importante destacar que o desempenho medido não pode exceder 100% para que o cálculo do OEE seja eficaz. » Qualidade = peças boas / número total de peças. 32 UNIDADE I | FILOSOFIA DA TPM Como o cálculo do OEE inclui três fatores diferentes, o OEE não é o fator mais imperativo. Dessa forma, as mudanças individuais em cada porcentagem de disponibilidade, desempenho e qualidade podem ser benéficas para necessidades comerciais específicas a cada dia. É útil monitorar as perdas usando um gráfico de Pareto para indicar a área de maior perda. Outro aspecto importante é garantir que as alterações/melhorias em uma determinada peça do equipamento não afetem negativamente outras peças. Deve-se usar o pensamento sistêmico para compreender a relação de todo o processo. O OEE pode e deve ser comparado aos indicadores financeiros de uma organização. É importante expressar como os aumentos no OEE se traduzem em lucros adicionais ou custos reduzidos. Isso pode ajudar a justificar despesas de capital adicionais e motivar os funcionários a fazer as melhorias necessárias. A meta da TPM raramente é 100%, porque isso não permitiria tempo para a manutenção planejada ou potencialmente levaria ao excesso de produção. Os alvos típicos para os níveis de OEE são 85% (comumente considerados de classe mundial); entretanto, dependendo do processo, uma meta de 50% pode ser aceitável. Além disso, o uso de OEE tem mais a ver com a compreensão da medição e entendimento do motivo pelo qual o processo está atingindo o nível de OEE desejado. 33 REFERÊNCIAS ADVANCED CONSULTING & TRAINING. O que é TPM. 2011. Disponível em: http://www.advanced- eng.com.br/sobretpm.htm. Acesso em: 2 dez. 2020. AHUJA, I. P. S.; KHAMBA, J. S. Total productive maintenance: literature review and directions. International. Journal of Quality & Reliability Management, 2008. BECKER, S. W. TQM does work: ten reasons why misguided efforts fail. Management Review, 1993. BRANCO FILHO, Gil. Indicadores e Índices de Manutenção. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2006. CHRYSLER, L. C. Manual de referência, Análise de Modo e Efeitos de Falha Potencial (FMEA). 4. ed. 2008. KARDEC, A.; LAFRAIA, J. R. Gestão Estratégica e Confiabilidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. KUNIO, Shirose. TPM New Implementation Program in Fabrication and Assembly Industries. 2. ed. Tóquio: JIPM. 2017. NAKAJIMA, S. 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