analise kaspar hauser

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ANÁLISE DO FILME ESCRITORES DA LIBERDADE SOB A LUZ DA PSICOLOGIA SOCIO-HISTÓRICA
 
 Henrique Braz
 Wlihanie Campos
 
 RESUMO
O filme “Escritores da Liberdade”, (Freedom Writers,EUA,2007), baseado em uma historia real, relata os desafios da educação em um contexto sócio econômico precário, em meio a brigas de gangues, disputas por espaços, jovens tentando se afirmar perante uma sociedade preconceituosa. A professora Erin Gruwell, surge em meio a conflitos internos e externos de adolescentes problemáticos que faziam parte de um programa de integração voluntaria, ela veio de uma família com uma realidade oposta a vivida por aqueles jovens. O que a professora encontra em seu primeiro emprego numa instituição de ensino foi alunos que não se respeitavam entre si ou não se interessavam pelos estudos, e eram alvos de descredito por parte do corpo docente e da direção da escola que atribuía a eles o afastamento de bons alunos na instituição. Sem apoio da própria escola a professora trava uma batalha para mostrar o potencial desses alunos.
 Palavras-chave: instituição de ensino, alunos, professora.
 Escritores da Liberdade 
O filme “Escritores da Liberdade”, (Freedom Writers,EUA,2007), baseado em uma historia real, relata os desafios da educação em um contexto sócio econômico precário em Los Angeles. A professora Erin Gruwell recém-formada se depara com uma turma de adolescentes problemáticos no seu primeiro emprego, com a função de lecionar literatura e língua inglesa, para a turma da sala 203, alunos esses que faziam parte de um programa de integração. A sala 203 era composta por alunos de varias nacionalidades, com historias de violência, rejeição e drogas. A maioria dos alunos dessa sala vivia em situação de risco social e alguns estavam lá como alternativa ao reformatório. No inicio as dificuldades foram grandes, a relação aluno/professor era de descredito, pois os alunos a viam como uma representante do domínio dos brancos daquela cidade.
Depois de enfrentar vários desafios em relação aos alunos e também com a coordenação da instituição e com o corpo docente Erin conseguiu conquistar a confiança dos alunos e tinha a simpatia do secretario de educação. Ao descobrir um meio de comunicação com os alunos da sala 203, que eram taxados de incapazes, o mundo da aprendizagem foi aberto para esses jovens a professora mostrou acreditar nas possibilidades de superação das diferenças sociais e étnicas. Ela procura conhecer a realidade na qual seus alunos estão inseridos e busca por livros que tenham temas ligados ao holocausto.
Com a criação de um projeto de leitura e escrita a professora Erin para os alunos senhora G, iniciado com a leitura do livro “O diário de Anne Frank”, a mesma distribui cadernos a eles e os incentiva a escrever seus próprios diários colocando ali qualquer relato de suas experiências de vida. Um elo de contato com o mundo foi estabelecido por meio de um elemento da comunicação, permitindo que eles tivessem uma voz própria.
 O trabalho realizado pela professora foi além da sala de aula, apresentando a seus alunos outras perspectivas de mundo. Levando-os para visitar o museu do holocausto, dando oportunidade aos alunos de conhecer os traumas da ideologia nazista a qual ela chamou de grande gangue fazendo-os reconhecer as semelhanças entre suas pequenas gangues da escola, dando lhes a oportunidade de ir a restaurantes finos os quais eles não conheciam, abrindo para eles a chance de vislumbrar novos caminhos e com isso pensar suas realidades e transformá-las.
 No conceito de zona de desenvolvimento proximal Vygotsky nos mostra que o ensino deve estimular a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que não dominam completamente, tirando dela um novo conhecimento. O desenvolvimento intelectual ocorre em função das interações sociais e que o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento.
 A qualidade do trabalho do professor esta associado à capacidade de promoção de avanços no desenvolvimento do aluno com base no que potencialmente ele poderá vir, a saber, priorizando o que o aluno pode aprender sozinho no futuro com base no que já consegue fazer com ajuda no presente. Ao estimular os alunos a escrever nos cadernos que ela forneceu, permitiu aos adolescentes atingirem um nível de liberdade, habilidade e compreensão, adiantando o desenvolvimento.
Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos independenteda cor, da pele, da origem étnica, da religião etc vão existir sempre e em todos os lugares e que quando se quer algo tem que se lutar ate o fim. [continua] Em outras palavras, sujeito e subjetividade são
constituídos e constituintes nas e pelas relações sociais.
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REFERÊNCIAS
SABOYA, Maria Clara Lopes: O Enigma de Kaspar Hauser (1812? – 1833).
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.