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1 Auditoria Tributária Unidade II Luiz Vieira da Silva Filho SUMÁRIO 1. REGIME DE COMPETÊNCIA .................................................................................. 3 2. RECEITAS ............................................................................................................... 4 2.1 Conceito geral ........................................................................................................ 4 2.2 Receita total ............................................................................................................ 4 3. DESPESAS OU CUSTOS ....................................................................................... 6 4. PROVISÃO DE DESPESAS E RECEITAS .............................................................. 7 5. PROVISÕES ............................................................................................................ 8 6. CONTABILIZAÇÃO – REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE CAIXA .......... 9 7. AUDITORIA TRIBUTÁRIA .................................................................................... 10 8. AUDITORIA TRIBUTÁRIA – IRPJ/CSLL ............................................................... 11 9. AUDITORIA TRIBUTÁRIA – PIS/COFINS ............................................................. 14 9.1 Na apuração das receitas .................................................................................... 14 9.2 Na sistemática cumulativa................................................................................... 14 9.3 Na sistemática não cumulativa ........................................................................... 14 9.4 Apuração dos créditos ........................................................................................ 15 9.5 Sistemática monofásica ...................................................................................... 15 9.6 Validação da apuração ........................................................................................ 16 10. AUDITORIA TRIBUTÁRIA ICMS E ICMS/ST ........................................................ 17 10.1 Dos créditos ......................................................................................................... 17 10.2 Dos débitos .......................................................................................................... 18 10.3 Da apuração do ICMS a pagar ............................................................................. 18 11. AUDITORIA TRIBUTÁRIA IPI ............................................................................... 19 11.1 Dos créditos ......................................................................................................... 19 11.2 Dos débitos .......................................................................................................... 20 11.3 Da apuração do IPI a pagar ................................................................................. 20 12. AUDITORIA TRIBUTÁRIA RETENÇÃO NA FONTE ............................................. 21 12.1 Formas de retenção na fonte .............................................................................. 21 12.2 Cálculos de retenção ........................................................................................... 21 12.3 Pontos de análise ................................................................................................. 22 12.4 Retenção do ISS ................................................................................................... 22 13. CONTINGÊNCIA ................................................................................................... 24 13.1 Contingências ativas ........................................................................................... 24 13.2 Contingências passivas ...................................................................................... 24 13.3 Provisão x reserva ............................................................................................... 24 13.4 Reconhecimento da contingência ...................................................................... 25 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 26 3 1. REGIME DE COMPETÊNCIA Regime de competência é o princípio contábil que deve ser estendido a qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem. As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. A “Competência” é o “Princípio” que estabelece quando um determinado componente deixa de integrar o patrimônio, para transformar-se em elemento modificador do Patrimônio Líquido. Do confronto entre o valor final dos aumentos do Patrimônio Líquido usualmente denominadas “receitas” e das suas diminuições normalmente chamadas de “despesas” ou “custos”, emerge o conceito de “resultado do período”, podendo esse ser positivo, se as receitas forem maiores do que as despesas, ou negativos se quando as despesas são maiores. 4 2. RECEITAS 2.1 Conceito geral Consideram-se as receitas realizadas: a) Transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; b) Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; c) Pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; d) No recebimento efetivo de doações e subvenções. Conceito de Receita para fins de tributação do IRPJ/CSLL/PIS e da COFINS Receita Bruta (art. 3º da IN RFB n.º 1.515/2014 e Lei n.º 12.973/2014): Art. 3º. A receita bruta compreende: I – O produto da venda de bens nas operações de conta própria; II – O preço da prestação de serviços em geral; III – o resultado auferido nas operações de conta alheia; e IV – As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III. § 1º. A receita líquida será a receita bruta diminuída de: I – Devoluções e vendas canceladas; II – Descontos concedidos incondicionalmente; III – Tributos sobre ela incidentes; e IV – Valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. § 2º. Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário. § 3º. Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações previstas no caput deste artigo, observado o disposto no § 2º. 2.2 Receita total Considera-se receita total o somatório: a) Da receita bruta mensal; b) Das demais receitas e ganhos de capital; c) Dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável; 5 d) Dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa; e) Da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma prevista na IN RFB nº 1.312/12 (v. artigos 240 e 241 deste Regulamento) (IN RFB n.º 1.515/14, art. 22, § 1º). 6 3. DESPESAS OU CUSTOS Consideram-se incorridas as despesas ou custos quando deixam de existiro correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para: a) Diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; b) Surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 7 4. PROVISÃO DE DESPESAS E RECEITAS Como determina o princípio da competência, os efeitos das transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos que se referem, independentemente do evento financeiro. Isto pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas (artigo 9º e parágrafo único da Resolução CFC 750, de 29/12/93). O art. 177 da Lei 6.404/76 estabelece que a escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. O Decreto 9.580/2018 (RIR/2018) estabelece vários critérios contábeis, exigindo, para fins de tributação, a observância do período de competência, para fins de apuração do lucro real (artigo 258 e seus parágrafos e artigo 286). Conclui-se, então, que é dever do Contador registrar as RECEITAS e DESPESAS pelo regime de competência. http://www.portaldecontabilidade.com.br/legislacao/resolucaocfc774.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm http://www.portaltributario.com.br/rir.htm 8 5. PROVISÕES Provisão é uma reserva de um valor para atender a despesas que se esperam. A provisão visa a cobertura de um gasto já considerado certo ou de grande possibilidade de ocorrência. Também é um fundo de proteção a riscos sobre perdas que se esperam ou que já ocorreram e reduziram o valor do ativo, mas que, sendo reversíveis ou com probabilidade de redução. (Dicionário de Contabilidade, 9ª Edição, Editora Atlas). O Art. 13, da Lei 9.249/95, determina que para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, são vedadas as seguintes deduções, independentemente do disposto no art. 47 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964: De qualquer provisão, exceto as constituídas para o pagamento de férias de empregados e de décimo terceiro salário, a de que trata o art. 43 da Lei n.º 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei n.º 9.065, de 20 de junho de 1995, e as provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável. Portanto, as provisões são indedutíveis para fins de apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro, exceto as provisões mencionadas no parágrafo anterior. O fisco não aceita a dedutibilidade das provisões por serem consideradas incertas, são gastos prováveis, mas não podem ser corretamente mensurados na data do balanço, dependem de eventos futuros. 9 6. CONTABILIZAÇÃO – REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE CAIXA Um grande desafio na contabilidade é identificar as necessidades de provisões e aferir seus valores corretos em determinadas situações. Vejam exemplos abaixo: a) Contabilização no próprio período das despesas incorridas em dezembro e não no exercício seguinte quando ocorrer os efetivos pagamentos; b) Contabilização dos juros e atualizações sobre financiamentos até a data do balanço, em conformidade com contrato firmado com a Instituição Financeira; c) Contabilização dos Tributos, exigidos pela Legislação no mês de sua competência, mesmo que não pagos naquele mês; d) Contabilização de despesas de aluguel, água, luz, telefone, seguros no mês de referência e não no mês de pagamento; e) Contabilização das despesas de comissões, embora ainda não pagas, no entanto, foram apuradas de acordo com os critérios de cada empresa, as quais são líquidas e certas. A provisão é um lançamento que depende de um evento futuro, que provavelmente vai ocorrer, mas na data do balanço não está totalmente definido ou quantificado, por exemplo: a) Provisão para Imposto de Renda, ao fechar o Balanço de 31/12, poderá haver mudanças no cálculo do IRPJ; b) Provisão para Férias1; c) Provisão para Contingências judiciais ativas e passivas judiciais, estas dependem de eventos de terceiros que podem a qualquer momento sofrer alterações. 1 Texto extraído da obra “Introdução à contabilidade tributária” de Paulo Henrique e Júlio César Zanluca. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/obras/contabilidadetributaria.htm. Acesso em: 19 de abr. 2019. 10 7. AUDITORIA TRIBUTÁRIA Considerando todo o disposto anteriormente, no que diz respeito a tecnicidade de apuração dos impostos e contribuições, a seguir abordaremos os principais aspectos relacionados à Autoria Tributária e aspectos de controles que podem auxiliar a gestão das empresas para a sua manutenção. 11 8. AUDITORIA TRIBUTÁRIA – IRPJ/CSLL Há diversas sistemáticas para a apuração do IRPJ/CSLL, como já visto anteriormente, porém independentemente da sistemática deve ser observado o Regime de lançamento das despesas e apuração das receitas para verificação dos resultados, bem como determinação da correta base de cálculo dos impostos e contribuições. No processo de auditoria das apurações de impostos, deve se verificar principalmente a competência dos lançamentos de ativos, passivos, receitas e despesas, pois os lançamentos efetuados de forma incorreta, sem a observação da competência devida, podem acarretar em apuração de resultados incorretos e consequentemente, a base de cálculo incorreta para cálculo dos impostos e contribuições. No processo de revisão é importante observar os procedimentos a seguir: a) Regime de tributação da pessoa jurídica; Lucro Real Lucro líquido do exercício, ajustado pelas adições exigidas e exclusões autorizadas pela legislação fiscal. Lucro Presumido Lucro decorrente da aplicação de determinado percentual sobre receita operacional das empresas. Assim, assume-se que o resultado da aplicação do percentual definido em lei corresponda ao lucro da empresa. Lucro Arbitrado Modalidade de apuração do IRPJ e CSLL adotada em razão da precariedade ou inexistência dos documentos fiscais do contribuinte. b) Determinação do período base de análise; c) Discussão com o responsável pelos setores contábil e fiscal, acerca dos procedimentos adotados na apropriação de receitas, custos e despesas (revisão fiscal de balanço), cujos valores afetem direta ou indiretamente a apuração das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL; d) Discussão das operações realizadas pela Sociedade, a fim de verificar eventuais procedimentos que possam resultarem riscos, sob o ponto de vista tributário; e) Análise dos valores passíveis de tributação e/ ou dedução no futuro e que deverão ser controlados na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR); f) Análise das adições e exclusões, para fins fiscais, nas bases de cálculo dos impostos; g) Análise da natureza dos valores consignados nas demonstrações contábeis, que eventualmente devem ser considerados nas apurações dos impostos, tais como: (i) gratificações a dirigentes; (ii) provisões indedutíveis; (iii) despesas não intrinsecamente relacionadas com a atividade; (iv) brindes, multas e doações, entre outras. 12 É de suma importância a análise de algumas contas do balanço utilizando-se dos critérios de contabilização que poderiam trazer impactos fiscais, atentando, principalmente, para: a) Aproveitamento fiscal das amortizações à título de ágio gerados nas operações societárias realizadas pelas empresas; b) Políticas de capitalização de Ativo Imobilizado, taxas de depreciação e amortização, inclusive aceleradas, quando aplicáveis; c) Análise das regras de dedutibilidadedos juros sobre os empréstimos contratados de partes relacionadas domiciliadas no exterior (thin capitalization rules); d) Análise das principais contas de despesas e receitas atentando, respectivamente, para sua dedutibilidade ou tributação; e) Critérios de dedutibilidade das despesas e provisão com devedores duvidosos, quando aplicável; f) A análise do controle das operações expostas a variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, quando da liquidação da correspondente operação (regime caixa), quando aplicável. No processo de auditoria devemos ainda verificar pontos comuns de erros que se comentem nas apurações, a seguir exemplificamos alguns pontos de atenção. Principais adições: a) Despesas pagas por mera liberalidade. b) Despesas não usuais e normais à atividade da empresa; c) Provisões não dedutíveis; d) Tributos contestados (com exigibilidade suspensa); e) Multas por infrações fiscais; f) Depreciação de bens não relacionados com a atividade da empresa; g) Despesas com bens não relacionados com a atividade da empresa; h) Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores; i) Contribuições e doações não dedutíveis, e o excesso de doações; j) Despesas de brindes; k) Excesso de juros sobre capital próprio; l) Excesso de transfer pricing; m) Perdas em aplicações de renda variável; n) Resultado negativo com equivalência patrimonial (Investimentos em empresas Controladas/coligadas). 8.1 Principais exclusões a) Reversão/baixa de provisões não dedutíveis (pagamento); b) Reversão de tributos contestados (pagamento/decisão desfavorável); c) Resultado positivo de equivalência patrimonial; d) Dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição. 8.2 Contabilidade como suporte da apuração É de suma importância a utilização da contabilidade como ferramenta suporte da apuração do IRPJ e CSLL. 13 Uma forma eficaz é a segregação de contas contábeis para lançamentos de despesas dedutíveis e indedutíveis, esse procedimento antecipa a análise da dedutibilidade, bem como facilita as demonstrações e conciliações dos lançamentos além de evidenciar por meio da Escrituração Contábil Digital (ECD) os lançamentos efetuados de adições e exclusões na Escrituração Contábil Fiscal (ECF), por meio, do qual demonstramos a fiscalização as apurações do IRPJ e CSLL. 14 9. AUDITORIA TRIBUTÁRIA – PIS/COFINS No processo de Auditoria das apurações do PIS e da COFINS vs sua contabilização é importante se observar, no tocante a: 9.1 Na apuração das receitas As contribuições PIS e COFINS como já visto podem ser devidas de várias sistemáticas, cumulativas, não cumulativas e monofásica, a seguir observaremos os principais aspectos de cada modalidade e os pontos a serem observados para validade suas apurações. 9.2 Na sistemática cumulativa O sistema cumulativo do PIS e COFINS tem como premissa o pagamento total das alíquotas que devem ser pagas independentemente de quantas vezes um mesmo produto foi revendido dentro da cadeia até o consumidor final. Dessa forma, por exemplo, uma mesma mercadoria, ao ser comercializada em um comércio atacadista e posteriormente em outro varejista, terá incidência de duas vezes o valor das alíquotas cobradas referentes ao PIS e COFINS. Nessa sistemática as empresas não possuem crédito ou desconto do que já foi pago em etapas anteriores, acumulando-o, assim, o custo geral do produto para a pessoa jurídica e consequentemente para o consumidor final. As alíquotas do PIS e COFINS Cumulativo são de percentual: De 0,65% para quitação do tributo destinado ao PIS; e De 3% para quitação do tributo destinado ao COFINS. Comparando a alíquota do PIS e da COFINS cumulativa com os demais é evidente que são menores uma vez que a incidência das contribuições vai se acumular por mais de uma etapa do processo Ressaltamos que a principal forma de diferenciar a apuração cumulativa da não cumulativa é pela opção de tributação do IRPJ, se enquadra no regime cumulativo aquelas de Lucro Presumido. Nessa sistemática é permitido a aplicação do reconhecimento da receita pela sistemática de caixa desde que a mesma opção tenha sido feita para fins de IRPJ e CSLL. 9.3 Na sistemática não cumulativa A sistemática não cumulativa foi criada a partir do ano de 2002 com advento das Leis n.º 10.637/2002 e n.º 10.833/2003. Essa sistemática permite o creditamento das operações anteriores para fechamento do cálculo que encontra o valor a ser pago das contribuições. A sistemática não cumulatividade já era conhecida pelos contribuintes nas apurações dos impostos ICMS e do IPI, porém esses impostos têm conceito mais amplo de apropriação dos créditos. 15 É importante destacar que o PIS e COFINS não cumulativos requerem uma análise individual de cada despesa para que dentro dos critérios definidos pelas Leis que os instituem possam ser creditados ou não. Um dos critérios relevantes dessa sistemática é que somente poderá ser apropriado o crédito despesas que tenham sido tributadas pelas contribuições na sua etapa anterior. As alíquotas, são mais altas do que no sistema cumulativo uma vez que é possível o creditamento de etapas anteriores: De 1,65% para pagamentos referentes ao PIS; De 7,6% para pagamentos referentes ao COFINS. Nessa sistemática estão enquadradas empresas do Lucro Real. 9.4 Apuração dos créditos Uma vez verificada a sistemática de apuração aplicável à pessoa jurídica, e observada a possibilidade de manutenção de créditos para fins de apuração dos valores devidos é de suma importância a verificação dos lançamentos contábeis de créditos, a seguir relacionamos alguns pontos de atenção que devem ser observados no processo de Auditoria dos créditos apurados: a) Bens adquiridos para revenda: verificar se os valores apurados dos créditos estão de acordo com os livros fiscais, bem como, se as alíquotas aplicadas para a apuração dos créditos estão de acordo com a legislação vigente no que tange a tributação do produto comercializado; b) Bens e serviços utilizados como insumos para a prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados a revenda; verificar se os serviços contratados, objeto do crédito, estão ligados diretamente à atividade exercida da empresa, importante ressaltar que esse item é relacionado diretamente ao produto objeto de comercialização da empresa; c) Energia elétrica: importante ressaltar que a apropriação do crédito da energia elétrica não está ligada diretamente à revenda ou mesmo à industrialização, neste caso o creditamento se dá independentemente da atividade exercida pela empresa; d) Aluguéis de imóveis e equipamentos utilizados na atividade da empresa; e) Despesas com depreciação de bens e equipamentos: ressalta-se que para apuração do crédito devemos observar se a forma de apropriação contábil da depreciação está de acordo com o critério de apropriação fiscal determinado pela legislação vigente (Lei 10.833/2003 e 10.637/2002); f) Demais despesas que componham a atividade da empresa assim compreendidos os itens dispostos na a legislação (Lei 10.833/2003 e 10.637/2002). 9.5 Sistemática monofásica O regime monofásico do PIS e da COFINS consiste em mecanismo semelhante à substituição tributária aplicado no ICMS/ST, pois atribui a responsabilidade tributária http://www.portaltributario.com.br/tributos/pis.htm http://www.portaltributario.com.br/tributos/cofins.html 16 apenas a um contribuinte da cadeia produtiva, sendo esse o industrial ou o importador, sendo as contribuições incidentes posteriormente a saída desses estabelecimento devida a alíquota zero. 9.6 Validação da apuração Para validação da correta apuração é de suma importância que na contabilização das receitas estejam bem definidas as sistemáticas aplicáveis. Cabe ressaltarque existe a possibilidade de aplicação de mais de uma sistemática na mesma pessoa jurídica, acentuando a necessidade de um controle contábil ou mesmo extra contábil para validação da correta aplicação das sistemáticas. Como já mencionado nos itens anteriores pode a empresa por determinação da legislação, aferir receitas distintas afetadas por sistemáticas de apuração diversas. Caso a empresa afira receita tributada pela cumulatividade e receitas tributadas pela não cumulatividade, os créditos devem ser apropriados de forma direta as despesas e gastos diretamente relacionados a sistemática não cumulativa e para as despesas comuns como energia elétrica aluguel ou outras comuns as duas sistemáticas os créditos devem ser apropriados de forma proporcional a receita aferida de cada sistemática. 17 10. AUDITORIA TRIBUTÁRIA ICMS E ICMS/ST A apuração do ICMS é não-cumulativo, compensando-se o que foi devido e pago em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. Podemos dizer que a apuração é efetuada em conta gráfica “débito x crédito”. Ressalta-se que esses impostos são devidos pela circulação da mercadoria e não pela venda da mercadoria. A apuração do ICMS e ICMS/ST são formalizadas por meio dos livros fiscais de entradas, saídas e livro de apuração, que posteriormente são apresentados a fiscalização por meio do SPED – Fiscal. Para que possamos validar os lançamentos contábeis de débitos e créditos de ICMS e ICMS/ST é imprescindível a validação dos lançamentos nesses registros, principalmente no que se refere ao período de competência deles. Os lançamentos fiscais efetuados nesses registros são segregados de acordo com as operações fiscais, classificados de acordo com o CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações. Com base nos CFOPs, podemos classificar as operações são passíveis de créditos dos impostos, bem como, os lançamentos de débitos. Diante do exposto exemplificamos alguns procedimentos de testes para verificar o correto procedimento de contabilização e reconhecimentos dos saldos de impostos na contabilidade. 10.1 Dos créditos a) Verificar se todas as aquisições de mercadorias para revenda ou destinada a insumos para industrialização foram creditadas nos registros fiscais, bem como, devidamente lançadas nos registros contábeis específicas; b) Contrario senso validar se nas aquisições de mercadorias destinadas a consumo não ligados diretamente ao processo de industrialização ou revendas não foram apropriados de forma incorreta o ICMS; c) Observado a existência de aquisição de ativo imobilizado é fundamental que seja avaliada a destinação do Ativo Imobilizado, ou seja, a sua utilização na atividade da empresa. Ressaltamos que apenas faz jus ao crédito do ICMS os Ativos Imobilizados ligados à operação da empresa que resulte em saída de bens tributados pelo próprio imposto. Uma vez identificada a possibilidade de manutenção do crédito do imposto, ele deve ser lançado em contas contábeis específicas, observado os critérios de contabilização de ICMS sobre ativo permanente aplicável à empresa. Importante verificar nessa situação a legislação pertinente ao Estado onde o estabelecimento da empresa está localizado, podendo ainda existir previsões específicas de acordo com a atividade da empresa que pode resultar em um creditamento antecipado à regra geral (1/48 avos). Nas aquisições de serviços de transporte, quando o bem transportado faz jus ao direito de crédito de ICMS é permitido o aproveitamento de crédito de ICMS, dessa 18 forma ele também deve compor os saldos contáveis de crédito de ICMS considerando na natureza da mercadoria transportada. Em linhas gerais, a possibilidade de manutenção do crédito de uma mercadoria está atrelada a sua saída tributada, ou se tratar de um produto intermediário se eles estão ligados ao processo produtivo do produto final conforme podemos exemplificar a seguir: Aquisição de agulhas de tear pode ser creditado? De uma forma geral esse item não é um insumo que agrega o produto final “tecido”, porém ele tem contato direto com o “tecido” e sofre desgaste no processo produtivo, outro ponto importante é a necessidade dele no processo, haja vista a impossibilidade de se chegar ao produto final sem a sua existência. Diante disso, o entendimento é que o ICMS devido na aquisição desse item é passível de creditamento pelo contribuinte, uma vez que esse produto é tributado pelo ICMS. 10.2 Dos débitos Considerando os procedimentos de classificações das operações de saídas, observar: a) Se todas as operações tributadas de acordo com os CFOP foram lançadas em contas contábeis específicas de acordo com suas naturezas; b) Os débitos de impostos de operações no qual é certo o retorno e a manutenção do crédito de ICMS no retorno. Verificar se existe na contabilidade conta específica de ICMS a creditar e a composição desses saldos. 10.3 Da apuração do ICMS a pagar Considerando os lançamentos de impostos de acordo com o disposto anteriormente, é necessário verificar se os saldos de ICMS a crédito e débito estão de acordo com o Registro de Apuração de ICMS. Cabe ressaltar que além dos lançamentos decorrentes de entradas e saídas, podem existir lançamentos de outros créditos e outros débitos do ICMS de operações específicas que devem ser observados suas naturezas e se estão de acordo com a legislação vigente, bem como se esses lançamentos estão refletidos na contabilidade em contas específicas e nos saldos de impostos a pagar. 19 11. AUDITORIA TRIBUTÁRIA IPI A apuração do IPI é não-cumulativo, compensando-se o que foi devido e pago em cada operação de industrialização de mercadorias. Sendo devido até a primeira saída do produto industrializado e ou importado. Podemos dizer que a apuração é efetuada em conta gráfica “débito x crédito”. Ressalta-se que esse imposto é devido pela saída do produto industrializado e ou importado e não pela venda da mercadoria. A apuração do IPI é formalizada por meio dos livros fiscais de entradas, saídas de notas fiscais e livro de apuração, que posteriormente são apresentados a fiscalização por meio do SPED – Fiscal. Para que possamos validar os lançamentos contábeis de débitos e créditos de IPI é imprescindível a validação dos lançamentos nesses registros, principalmente no que se refere ao período de competência deles. Os lançamentos fiscais efetuados nesses registros são segregados de acordo com as operações fiscais, classificados de acordo com o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP). Com base nos CFOPs, podemos classificar as operações são passíveis de créditos dos impostos, bem como, os lançamentos de débitos. Diante do exposto, exemplificamos alguns procedimentos de testes para verificar o correto procedimento de contabilização e reconhecimentos dos saldos de impostos na contabilidade. 11.1 Dos créditos a) Verificar se todas as aquisições de mercadorias destinadas a insumos para industrialização foram creditadas nos registros fiscais, bem como devidamente lançadas nos registros contábeis específicos; b) Contrario senso validar se nas aquisições de mercadorias destinadas a consumo não ligados diretamente ao processo de industrialização não foram apropriados de forma incorreta o IPI. Em linhas gerais, a possibilidade de manutenção do crédito de uma mercadoria está atrelada a sua incorporação ou contato com o produto industrializado, ou se tratar de um produto intermediário se eles estão ligados ao processo produtivo do produto final conforme podemos exemplificar a seguir: Aquisição de agulhas de tear pode ser creditado? De uma forma geral, esse item não é um insumo que agrega o produto final “tecido”, porém ele tem contato direto com o “tecido” e sofre desgaste no processo produtivo, outro pontoimportante é a necessidade dele no processo, haja vista a impossibilidade de se chegar ao produto final sem a sua existência. Diante disso, o entendimento é que o IPI devido na aquisição desse item é passível de creditamento pelo contribuinte, uma vez que esse produto é tributado pelo IPI. 20 11.2 Dos débitos a) Observando os procedimentos de classificações das operações as operações de saídas observar; b) Se todas as operações tributadas de acordo com os CFOP foram lançadas em contas contábeis específicas de acordo com suas naturezas; c) Os débitos de impostos de operações no qual é certo o retorno e a manutenção do crédito de IPI no retorno, verificar se existe na contabilidade conta específica de IPI a creditar e a composição desses saldos. 11.3 Da apuração do IPI a pagar Considerando os lançamentos de impostos de acordo com o disposto anteriormente, verificar se os saldos de IPI a crédito e débito estão de acordo com o Registro de Apuração de IPI. Cabe ressaltar que além dos lançamentos decorrentes de entradas e saídas, podem existir lançamentos de outros créditos e outros débitos do IPI de operações específicas que devem ser observados suas naturezas e se estão de acordo com a legislação vigente, bem como se esses lançamentos estão refletidos na contabilidade em contas específicas e nos saldos de impostos a pagar. 21 12. AUDITORIA TRIBUTÁRIA RETENÇÃO NA FONTE A retenção na fonte é uma modalidade comum onde o sujeito ativo da tributação, transfere a responsabilidade tributária de um contribuinte a outro, ou seja, o tomador dos serviços fica responsável pelo pagamento do imposto, retendo do prestador de serviços e efetuando o pagamento ao sujeito ativo da tributação. Essa prática vem sendo aplicada em diversos impostos e contribuições tais como: IRRF, COFINS, PIS/PASEP, CSLL, INSS e ISS. 12.1 Formas de retenção na fonte A forma mais comum de retenção na fonte é na prestação de serviços. Na emissão da nota fiscal de serviços é comum que sejam mencionados os impostos e contribuições devido pela retenção, porém o fato de o prestador de serviços não mencionar os impostos e contribuições retidas, não exime do tomador de serviços a obrigação de reter: A retenção deve ser deduzida do montante a ser pago ao prestador de serviços, e o impostos recolhidos pelo tomador, sob pena de apropriação indébita do imposto ou contribuição retido e não recolhido. 12.2 Cálculos de retenção Para facilitar o entendimento vamos simular um cenário: A Empresa “X Prestadora de Serviços” prestou um serviço para a empresa “Y Tomadora do Serviços” considerando: Valor do Serviços R$10.000,00; Impostos Retidos: PIS, COFINS, CSLL e IRPJ. Alíquotas dos Impostos e Contribuições: PIS: Alíquota total: 0,65% O valor da retenção do PIS: R$ 65,00 COFINS: Alíquota total: 3% O valor da retenção do COFINS: R$ 300,00. CSLL: Alíquota total: 1% O valor da retenção do CSLL: R$ 100,00 IRPJ: Alíquota total: 1,5% O valor da retenção do IRPJ: R$ 150,00 O total retido neste cenário foi R$ 65 + R$ 300 + R$ 100 + R$ 150, totalizando uma retenção de R$ 615,00. 22 Isto significa que a empresa Y pagará à empresa X o valor de R$10.000,00 menos o valor da retenção, o que totaliza um montante líquido de R$ 9385,00. 12.3 Pontos de análise Considerando a sistemática demonstrada acima, no processo de auditoria é de suma importância verificar se os lançamentos contábeis que possibilitam a análise da correta apuração dos valores devidos pela retenção: a) Verificar se no lançamento do documento vem sendo efetuado a análise das retenções e o lançamento em contas específicas “Impostos retidos a pagar”, bem como o saldo deve ser lançado de acordo com caso em contas a pagar; b) Verificar se as contas são segregadas de acordo com o tipo de imposto ou contribuição, pois eles devem ser pagos com códigos específicos conforme a legislação vigente; c) Avaliar os controles internos e sistêmicos adotados pela empresa para garantir a correta forma de apuração, bem como garantir a manutenção das informações ao fisco. As considerações acima trazem o ponto de vista do tomador dos serviços, no entanto, devemos observar ainda o ponto de vista do prestador dos serviços, conforme pontuamos a seguir: a) Verificar se no lançamento do documento vem sendo efetuado a análise das retenções e o lançamento em contas específicas “Impostos a compensar”, bem como o saldo deve ser lançado de acordo com caso em contas a receber; b) Verificar se as contas são segregadas de acordo com o tipo de imposto ou contribuição pois de acordo com o imposto ou contribuição temos condições distintas da manutenção do crédito, no caso do PIS/COFINS e CSLL a compensação somente é permitida quando for recebida a fatura do cliente, já o IRRF e ISS são devidos pelo lançamento; c) Avaliar os controles internos e sistêmicos adotados pela empresa para garantir a correta forma de apuração, bem como, garantir a manutenção das informações ao fisco. 12.4 Retenção do ISS A legislação federal que regulamenta o Imposto Sobre Prestação de Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) (Lei Complementar 116/2003) determina as condições em que os municípios devem legislar quanto a tributação do ISS, porém é comum alguns municípios estabelecerem procedimentos diversos dos previstos na Lei Complementar. Uma das práticas mais comuns é a retenção na fonte aplicada ao tomador dos serviços quando o prestador não estiver localizado no mesmo município. 23 Considerando o disposto é de suma importância a avaliação, além dos itens mencionados nos tópicos anteriores a existência de legislação municipal obrigando a retenção, mesmos que isso acarrete a bitributação do ISS. Essa situação acaba criando um problema para o prestador de serviço, que terá de pagar o ISS tanto em sua cidade origem, quanto na cidade do seu cliente, daí o nome bitributação. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro fornecem um cadastro chamado CEPOM, que isenta os prestadores de serviço de fora do município da obrigatoriedade da retenção do ISS, efetivamente eliminando esse problema para quando os tomadores pertencem às cidades nas quais foram feitos os cadastros. 24 13. CONTINGÊNCIA Pelo dicionário, o conceito da palavra contingência é a característica daquilo que é contingente, ou seja, que é duvidoso, possível, porém incerto. Essa abertura de possibilidade faz com que o referido evento possa vir a acontecer, mas não pode ser controlada ou prevista. Falar em contingência no âmbito da contabilidade, e em especial, no estudo da auditoria é referir-se sempre a possíveis situações futuras nas quais, ocorrendo algo ou deixando de ocorrer, se originarão certos ganhos ou certas perdas, possibilidades de receitas ou de despesas, além de ativos ou de exigibilidades. Logo, essa não diz respeito somente a obrigações, exigibilidades, despesas e outras situações contra a empresa. Também se pode estar fazendo referência a contingências ativas, ou seja, a possibilidades de surgimento de direitos futuros, com suas respectivas transformações em receitas e ganhos. Dessa forma, podemos dizer que há contingências ativas e contingências passivas. 13.1 Contingências ativas As contingências ativas são as possibilidades de ganhar ativos, de receber direitos, dinheiro, bens ou outros itens originadores de ganhos ou receitas, podendo assim aumentar o patrimônio líquido da empresa. Como o próprio nome diz, é aplicável às contas de ativo (Conjunto de Bens e Direitos da organização). 13.2 Contingências passivas As contingências passivas implicam nas possibilidades de criação de obrigações ou perda de ativos (bens e direitos), dando origem a despesas ou perdas, logo, essa pode vir a diminuir o Patrimônio Líquido da empresa. Essas provisões ficam no Passivo Circulante (excecionalmente no Passivo NãoCirculante), se houver certeza de que os pagamentos só virão a ocorrer após o exercício social seguinte. Após devidamente classificada, essa contingência pode ser fruto de uma provisão ou apenas uma reserva. Para uma correta classificação, é necessário considerar o fato gerador contábil. 13.3 Provisão x reserva Fato gerador contábil é o FATO OCORRIDO que dá origem ao nascimento ou baixa de um ativo ou passivo. Logo, podemos dizer que o fato gerador ocorrido, gera um registro patrimonial (compra, venda, empréstimo, aumento de capital, decisão de distribuição de lucros, uso de um material, de uma matéria-prima, uso dos serviços de terceiros etc.) e cria uma obrigação para o futuro. Tudo aquilo que costumeiramente 25 nos obriga ao registro contábil pela mutação que produz nos ativos, passivos e patrimônio líquido. Se houver a existência do fato gerador contábil, temos a figura da provisão de contingência, caso contrário, temos a figura da reserva para contingência. 13.4 Reconhecimento da contingência As contingências, sejam elas ativas ou passivas, devem ser reavaliadas periodicamente para determinar se a avaliação inicial permanece válida. Caso essas sejam reconhecidas, passam a integrar as demonstrações contábeis, se houver a existência do fato gerador contábil, temos a figura da provisão de contingência, caso contrário, temos a figura da reserva para contingência. Abaixo quadro de acordo com as Normas de Auditoria. NBC T 19.7 – Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências Ativas Tipo de Contingência Probabilidade Tratamento Item referenciado na Norma Praticamente certa Reconhecer o ativo 19.7.12.1 Contingência Ativa Provável Divulgar 19.7.12.2 Possível ou remota Não divulgar 17.7.18.6 Provável - mensurável com suficiente segurança – não mensurável com suficiente segurança Provisionar Divulgar 19.7.6.1 19.7.10.2 Contingência Passiva Possível Divulgar 19.7.7.2 Remota Não divulgar 19.7.11.1,19.7.18.4 e 19.7.18.10 Fonte: 26 REFERÊNCIAS TEIXEIRA, Paulo Henrique; ZANLUCA, Júlio César. Introdução à contabilidade tributária. Disponível em: . Acesso em: 19 abr. 2019.