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Urocultura 
 
Amostras de urina devem ser submetidas à cultura quando existe a suspeita de infecção do trato 
urinário, para controle de tratamento, ou em pacientes assintomáticos com alto risco de infecção. 
Os agentes etiológicos que mais frequentemente causam esse tipo de infecção são as 
enterobactérias, como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus spp., Enterobacter spp., e 
entre os cocos gram-positivos os mais frequentes são os estafilococos, destacando o 
Staphylococcus saprophyticus e o Enterococcus spp. 
Nas infecções urinárias de pacientes da comunidade a E. coli é o principal agente, sendo 
responsável por mais de 70% dos casos. 
A grande maioria das infecções urinárias é caracterizada pela presença de um número elevado 
de leucócitos na urina (piúria), sendo importante verificar, juntamente com a cultura, a contagem 
de leucócitos e a presença de microrganismos (bacteriúria). 
A presença de piúria é uma resposta inflamatória e em algumas situações sua presença não está 
relacionada com infecção urinaria. É importante ressaltar que há situações em que infecções 
urinárias podem apresentar contagem normal de leucócitos ou somente um pouco elevada. 
 
1. Coleta da amostra 
- Urina de jato médio: 
É a amostra mais comum submetida para cultura. Deve ser realizada higiene prévia da região 
genital. Desprezar o primeiro jato de urina. Colher o jato médio em frasco estéril apropriado e o 
restante da micção deve ser desprezado. 
- Urina de qualquer jato: 
 É a amostra obtida de crianças com auxílio de saco coletor. Fazer higiene prévia na região 
genital e colocar o saco coletor de forma asséptica. Trocar o coletor a cada 45 minutos a 1 hora, 
repetindo a higiene. É fundamental evitar contaminação fecal. 
- Urina de paciente com sonda vesical: 
Essa amostra não é ideal para cultura. Nessa situação pinçar a cânula do coletor. Realizar 
desinfecção da cânula com álcool a 70%. Com uma seringa e agulha estéreis puncionar a cânula 
e retirar até 10mL de urina. Colocar em frasco estéril. 
 
2. Procedimento 
- Coloração de Gram: 
 Homogeneizar bem a amostra de urina (sem centrifugar); 
 Retirar 10µL da urina e colocar em uma lâmina, sem espalhar; 
 Deixar secar ao ar; 
 Reportar o número de microrganismos observados por campo de imersão (raros, alguns ou 
numerosos). 
- Semeadura em placa de Petri: 
 Homogeneizar a urina sem centrifugar; 
 Flambar a alça que será utilizada; 
 Imergir a alça calibrada de 1µL ou 10µL na urina de forma vertical; 
 Semear em ágar CLED; 
 Incubar em estufa de 35ºC (±1ºC) por 18 a 24 horas. 
Interpretação do resultado: 
 Crescimento com alça de 1µL → 1 colônia equivale a 1.000 ou 10³ UFC/mL. 
 Crescimento com alça de 10µL → 1 colônia equivale a 100 ou 10² UFC/mL. 
*UFC/mL= Unidades Formadoras de Colônias por mL de urina. 
Para uma interpretação mais adequada da cultura de urina devemos levar em consideração não 
só a contagem do microrganismo, mas também a presença ou ausência de leucócitos e se 
possível a sintomatologia clínica. 
 
Ágar CLED 
 
3. Como repostar o resultado 
 
Independente do tipo de coleta realizada, o resultado da cultura de urina deve sempre ser 
quantitativo em unidades formadoras de colônias por mililitro de urina (UFC/mL). 
Informe o método utilizado na coleta de urina. 
Em casos de dúvidas na interpretação, sugerir repetição do exame para esclarecimento 
diagnóstico. 
Cultura negativa – não houve crescimento de microrganismos. 
Cultura positiva - ≥ 100.000 UFC/mL. 
 
O próximo passo é identificar família, e consequentemente, a espécie da bactéria.

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