Buscar

Estudo Dirigido de Farmacologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA – INTA
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
FRANCISCO LÍVIO DO NASCIMENTO
ESTUDO DIRIGIDO DE FARMACOLOGIA
SOBRAL - CE
2015
1 Pesquisar sobre o primeiro tratamento para sífilis ao tratamento atualmente recomendado.
	Mercúrio, arsênico, bismuto e iodetos foram inicialmente usados na tentativa de tratar a sífilis, mas mostraram baixa eficácia, toxidade e dificuldades operacionais. Também mostraram pouca eficácia tratamentos que, inspirados na pouca resistencia do T. Palllidum ao calor preconizavam o aumento da temperatura corporal por meios físicos como banhos quentes de vapor ou com a inoculação de plasmódios na circulação (malarioterapia).
	A crescente preocupação com o aumento dos casos mobilizou o trabalho de médicos e cientistas, entre eles, Paul Erlich, que em 1909, após 605 tentativas de modificar o arsênico, sintetizou um composto que foi denominado composto 606 ou salvarsan, o primeiro quimioterápico da história da medicina.
	Em 1928, a descoberta do poder bactericida do fungo Penicilium notatus, por Fleming, iria modificar a história da sífilis e de outras doenças infecciosas.
A penicilina age interferindo na síntese do peptidoglicano, componente da parede celular do T. pallidum. O resultado é entrada de água no treponema, o que acaba por destruí-lo. Em 1943, Mahoney mostrou que a peniclina agia em todos os estágios da sífilis. A sensibilidade do treponema à droga, a rapidez da resposta com regressão das lesões primárias e secundárias com apenas uma dose são vantagens que permanecem até hoje. A penicilina continua como droga de escolha, e até o momento não foram documentados casos de resistência.
A concentração sangüínea eficaz é de 0,03μ/cm3 e deverá ser mantida por maior tempo que o da divisão do treponema. Portanto, a escolha recai sobre a penicilina benzatina. O quadro 2 mostra o esquema recomendado pelo MS.
No tratamento da neurossífilis a droga escolhida é a penicilina cristalina pela capacidade de atravessar a barreira hemato-encefálica. A dose recomendada varia de 3 a 4.000.000UI, por via endovenosa, de quatro em quatro horas, no total de 18 a 24.000.000UI/dia por 10 a 14 dias.
Os casos de reação à penicilina são em sua maioria de natureza benigna com as reações anafiláticas ocorrendo entre 10 e 40 por 100.000 injeções aplicadas, com dois óbitos por 100.000. Nos casos de alergia à penicilina, o teste intradérmico deverá ser feito, bem como, nos casos comprovados, dessensibilização com a penicilina V oral, conforme recomenda- ções do MS. Caso essas medidas não sejam possíveis, deverão ser utilizadas drogas alternativas. A doxiciclina poderá ser utilizada na dose de 100mg/dia; a tetraciclina e a eritromicina (estearato) na dose de 500mg, de seis em seis horas, todas por 15 dias na sífilis. recente e 30 dias na tardia. A penicilina é a única droga considerada eficaz no tratamento de mulheres grávidas. O esquema terapêutico deverá ser empregado conforme o estágio da sífilis nas mesmas doses do tratamento padrão.
OUTRAS DROGAS
 O desconforto gerado pela aplicação intramuscular da penicilina benzatina, acaba por influenciar a aderência, sendo tentadas outras alternativas de tratamento. Drogas testadas mais recentemente foram ceftriaxone e azitromicina. Todas demonstraram atividade, mas não são superiores à penicilina, devendo ser mantidas como drogas de segunda linha.
2 Pesquisar sobre a história da descoberta da Penicilina e os antimicrobianos
Histórico
	A cena se passa em 1928, no hospital Saint Mary’s, em Londres, no bagunçado laboratório do especialista em bacteriologia Alexander Fleming, um simpático senhor escocês de cabelos brancos, olhos azuis, com jeitão de professor Pardal. Durante dias, ele observava uma colônia de Staphylococcus aureus, o temido bacilo que causa infecção generalizada. Numa certa manhã, ao chegar, percebeu que havia deixado a porta do laboratório aberta e, por isso, uma de suas placas de cultivo de micróbios apresentava manchas de bolor esverdeado. O fungo provavelmente entrara pelo corredor, proveniente do andar de baixo (onde funcionava justamente o laboratório de bolores). Fleming tinha esquecido de colocar a bandeja com a cultura do bacilo na incubadora, como de costume – cansado e doido para sair de férias, o professor até pensou em deixar tudo ali mesmo na bancada, onde os bacilos poderiam crescer mais rápido.
Em vez de se chatear com o incidente da pesquisa embolorada, Fleming resolveu tirar proveito dele e observar o que tinha acontecido ali. Percebeu que o fungo Penicillium notatum havia matado as bactérias. A partir dele, extraiu a penicilina. Mas, afinal, o que havia de tão revolucionário nessa substância? Simples: como a penicilina é um bactericida que não é tóxico para o ser humano, pode ser usada para combater infecções sem enfraquecer as defesas do organismo. “Não inventei a penicilina”, dizia Fleming. “A natureza é que a fez. Eu só a descobri por acaso.”
Fleming, aliás, era o rei do acaso. Anos antes, em 1922, ele estudava a proliferação de micróbios em colônias cultivadas a partir de secreções nasais e, sem querer, por estar resfriado, deixou cair uma lágrima sobre a placa. No dia seguinte, notou que o local onde a lágrima havia caído estava isento de micróbios. Foi então que ele descobriu que tecidos e secreções do corpo humano possuem uma substância – a lisoenzima – que tem a capacidade de dissolver certas bactérias.
Em 1929, Fleming publicou, em suas observações, a ação inibitória do Penicillium notatum no crescimento de estafilococos. Sua descoberta não teve aplicação prática imediata, pois foi incapaz de isolar a penicilina e produzir com bons rendimentos. Esta tarefa coube a Florey e Chain, dez anos depois. Em 1944, Moyer e Coghill descobriram que a cultura em extrato de milho aumentava a produção de penicilina em 1000%. Em 1959 os Laboratórios Beecham obtiveram o ácido 6-aminopenicilânico (6-APA). Com este se tornou possível a introdução das penicilinas semi-sintéticas. Em 1939, Dubos isolou a tirotricina. Pouco depois Waksman isolou diversos antibióticos: actinomicina (1940), estreptomicina (1943) e neomicina (1949). Na década de 1950 foram introduzidos alguns antibióticos, como oxitetraciclina, eritromicina, oleandomicina, canamicina e rifamicina. Na década de 1960 foram introduzidos lincomicina, gentamicina e capreomicina.
3 história da descoberta da vimblastina e da vincristina os primeiros antineoplásicos.
A descoberta de novos anticancerígenos de origem vegetal tem incentivado as pesquisas nessa área. Um dos exemplos mais importantes é o da Catharanthus roseus, conhecida também como Vinca, que é utilizada pela população de Madagascar no tratamento de diabetes. Durante os testes de atividade hipoglicemiante, os extratos dessa espécie produziram granulocitopenia em consequência da supressão da medula óssea dos animais, sugerindo avaliação em modelos de leucemias e linfomas.
 A confirmação da atividade nesses modelos levou ao isolamento dos alcaloides vimblastina e vincristina que, atualmente, são de grande utilidade no tratamento de linfoma de Hodgkin, sarcoma de Kaposi, câncer de ovário e testículos e leucemia linfoblástica aguda infantil. Outra descoberta importante na área de câncer foi a das substâncias presentes em espécies do gênero Podophyllum, tais como P. peltatum e P. emodii, utilizadas pelas populações nativas da América e da Ásia no tratamento do câncer de pele e verrugas. A partir da podofilotoxina, uma lignana ariltetralínica, foram obtidos o etoposídeo.
Os alcaloides da Vinca atuam ligando-se às β-tubulinas inibindo a polimerização dos microtúbulos. Os representantes naturais, vimblastina e vincristina, dessa classe foram isolados das folhas da espécie Catharanthus roseus (L.) G. Don. (Apocynaceae), antigamente chamada de Vinca rosea L. e popularmente conhecida como Vinca.
No final dos anos 50, foi descoberta a propriedade antimitótica desses alcaloides e, a vimblastina e vincristina foram aprovadas como agentes anticancerígenos,pelo FDA em 1963 e 1965, respectivamente. Desde então, vários análogos semissintéticos têm sido pesquisados, alguns com resultados muito favoráveis, como vinorelbina, vindesina e vinflunina.
Vimblastina liga-se às β-unidades de tubulinas em sítios específicos para tais alcaloides e a ligação é rápida e reversível, induzindo mudanças conformacionais na tubulina e dificultando a associação com outras moléculas iguais. A ligação também pode ser feita diretamente aos microtúbulos pela extremidade terminal positiva, sendo que aproximadamente duas moléculas de vimblastina em cada unidade já são capazes de desestabilizar 50% dos microtúbulos, sem necessariamente causar a despolimerização.
Na tentativa de síntese da vimblastina, observou-se que o atropoisômero desta substância não apresentava os mesmos efeitos biológicos esperados para o esqueleto natural e que esse isômero não poderia ser considerado um pró-fármaco da vimblastina, visto que ele precisaria de temperatura de 100 °C para sua interconversão.
Vindesina, ou sulfato de 4-desacetilvimblastinamida (Eldisina®), é também um derivado semissintético da vimblastina. É relatado como ativo em câncer de mama, melanoma, adenocarcinoma de pulmão e malignidades hematológicas, especialmente naquelas resistentes à vincristina. Essa interrompe a mitose de forma dose-dependente e reversível com a retirada da mesma.
A descoberta dos primeiros agentes antineoplásicos ocorreu durante a 2ª guerra mundial, promovendo um progresso ímpar na Oncologia. Nas décadas que se seguiram, houve um rápido desenvolvimento da quimioterapia antitumoral com a descoberta de novos agentes. Entretanto, apesar do forte investimento da ciência para combater o câncer, a doença é uma das que mais preocupa neste século XXI. Ainda hoje vários grupos de estudo e indústrias farmacêuticas se esforçam para entender a gênese dos diferentes tipos de cânceres e para contribuir no desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas.
4 Pesquisar sobre a história do ácido acetilsalicílico.
O ácido acetilsalicílico é provavelmente a droga mais associada com 
plantas, embora ele seja uma substância sintética. Sua síntese, no entanto, foi 
totalmente feita com base na estrutura química de uma substância natural 
isolada do salgueiro branco, a Salix alba. As virtudes do salgueiro, porém, antecedem o uso da aspirina
 
A história deste ácido, muito bem documentada, teve início no século V 
a.C. com Hipócrates, filósofo e médico grego, considerado o pai da medicina moderna. Hipócrates prescrevia preparações que incluíam cascas e folhas do salgueiro para o tratamento de febres e para aliviar as dores do parto. Assim como Hipócrates, Dioscórides, um dos mais notáveis médicos da Antiguidade, que viveu na Grécia no século I da era cristã e autor da obra "De Materia Medica", cujo uso se estendeu até o início do Renascimento, receitava emplastros feitos com cascas e folhas do salgueiro para o tratamento de dores reumáticas.
	Foi em 1828 que o farmacêutico francês Henri Leroux e o químico italiano Raffaele Piria isolaram de forma cristalina o principio ativo da casca do salgueiro e que chamaram de salicina ou ácido salicílico. Em 1859 o químico alemão Herman Kolbe descobriu a estrutura química desse ácido e encontrou a forma de reconstruí-lo artificialmente em laboratório. 
Em 1874, a Companhia Heyden começou a produzir o ácido salicílico como um agente para aliviar a dor. A droga funcionava, mas tinha efeitos colaterais desagradáveis; ela irritava o estômago e muitas pessoas eram incapazes de tomá-la. Existem controvérsias com relação a quem foi o inventor do método que criou o ácido acetilsalicílico. De acordo com o Laboratório Bayer, foi Felix Hoffmann em 1897, mas, de acordo com vários peritos, o inventor foi Arthur Eichengrun. 
Salvo melhor juízo, a tendência maior fica para o lado de Felix Hoffmann, haja vista, ele já ter realizado trabalhos onde adicionava o grupo acetil (CH3CO) a drogas na tentativa de aumentar sua potência e diminuir a sua toxicidade. Ele havia feito esses trabalhos porque seu pai sofria com uma artrite severa. Como ele trabalhava na Bayer, uma companhia química e farmacêutica alemã, seu trabalho consistia em modificar compostos conhecidos na esperança de que essas mutações gerassem novas drogas ainda mais potentes e com efeitos colaterais indesejáveis diminuídos. Ele adicionou o grupo acetil ao ácido salicílico e obteve o ácido acetilsalicílico. 
O diretor do laboratório farmacêutico Bayer, Heinrich Dresser, testou a substância em si próprio, realizou uma série de experiências com animais e, posteriormente, um conjunto de testes clínicos e concluiu que esse composto era um analgésico altamente efetivo e apresentava efeitos colaterais amplamente reduzidos. 
A descoberta de Hoffmann ficou conhecida mundialmente, mas a patente européia da Bayer com o nome aspirina – a de acetil, spir do nome científico da planta Spiraea ulmaria e in que era um sufixo utilizado na época, foi rejeitado. Um químico Frances chamado Charles Gerhardt que tinha feito uma versão impura do ácido acetilsalicílico, conseguiu a patente americana com o nome de Ácido acetilsalicílico e passou a divulgá-lo em todo o mundo. 
5 Pesquisar sobre a história da descoberta da Captopril
A história da invenção do captopril inicia-se em duas cidades do interior paulista. Em Ribeirão Preto, SP, mais precisamente na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), onde o Professor Maurício Oscar Rocha e Silva decide continuar seus estudos, iniciados na capital, sobre os efeitos farmacológicos do veneno da jararaca (Bothrops jararaca) e em Franca, não muito distante da Faculdade de Medicina da USP-RP, onde nasceu Sérgio Henrique Ferreira (SHF), em 1934. 
Nos idos de 1960, SHF realiza seus estudos médicos nesta Faculdade de Medicina e se junta ao grupo de pesquisa do Professor Rocha e Silva aonde conclui seu doutoramento, estudando os efeitos de peptídeos do veneno da jararaca na severa necrose tissular e profunda hipotermia provocada pela picada da serpente. Neste trabalho, identificou o fator de potencialização da bradicinina (BPF), peptídeo que parecia atuar, possivelmente, na inibição da enzima que a inativa. Algum tempo após, SHF ingressa no Institute of Basic Medical Sciences do Royal College of Surgeons, em Londres, Inglaterra, como pós-doutor, passando a trabalhar no laboratório de John Robert Vane, Professor de Farmacologia Experimental, que vinha dedicando esforços de pesquisa para identificar as causas da hipertensão.
 Em seu projeto, Ferreira estudava os efeitos do extrato do veneno em potencializar os efeitos da bradicinina e investiga sua ação sobre a enzima conversora de angiotensina (ECA), foco principal dos interesses de pesquisa de Vane. Os resultados indicaram potente efeito inibidor desta enzima, entusiasmando o grupo de pesquisas. Nesta época, Vane era também consultor científico dos laboratórios Squibb em New Brunswick, New Jersey, onde durante um seminário apresentou os efeitos anti-hipertensivos do teprotídeo, um nonapeptídeo cuja estrutura Glu-Trp-Pro-Arg-Pro-Gln-Ile-Pro-Pro (C53H76N14O12) fora elucidada, em Londres, no seu grupo de pesquisa, como sendo o BPF. Na platéia encontravam-se vários cientistas da Squibb, dentre os quais Miguel A. Ondetti, David W. Cushman e Bernrd Rubi, que em seguida passaram a estudar a obtenção de derivados sintéticos, inspirados no teprotídeo, devido aos importantes efeitos que apresentou sobre a pressão arterial em bioensaios com ratos e cães, capazes de preservarem seus efeitos inibidores e que permitissem seu emprego como fármaco de uso oral no controle da hipertensão. 
O árduo trabalho da equipe de pesquisadores da Squibb, liderados por estes cientistas, os levaram a obter diversos pequenos peptídeos modificados, resistentes a hidrólise ácida do trato gastrointestinal, autênticos peptóides. Chegaram ao derivado 2-metil-succinilprolina, com uma única ligação amídica, que em função da presença dogrupo metila próximo à função amidíca da molécula que foi ativa em inibir a ECA, ainda que modestamente. 
A partir do conhecimento de que a ECA era uma metalo-enzima, dependente de zinco, os químicos medicinais da Squibb, decidiram incluír um grupamento tiol primário, grupo funcional relativamente raro em fármacos, à época, de forma a favorecer as interações efetivas do candidato a fármaco com a enzima-alvo, explorando a forte coordenação entre S-Zn. Desta forma substituiram ao grupamento carboxílico terminal do derivado succínico pelo tio-álcool obtendo o precursor do captopril, SQ-14.225, que se mostrou seletivo e potente, não apresentando atividade sobre outras peptidases, incluindo outras metalo-peptidases, e.g. carboxipeptidase-A. 
Quando testado por via oral, em ensaios pré-clínicos, ainda na forma racêmica, foi muito ativo apresentando IC50 sobre a ECA de pulmão de coelhos de 2,4 microM, sendo seus efeitos amplificados para 0,02 microM quando a forma enatiopura foi bioensaiada, surgindo, em 1975, o captopril que teve sua patente concedida em 1976 e passou a ser comercializado um ano após com o nome fantasia de CapotenR. Em 1980, a agência regulatória norte-americana, Food and Drug Administration (FDA) autoriza o uso do captopril para controle e tratamento da hipertensão nos EUA. Este fármaco foi o primeiro blockbuster da Squibb, superando a marca de US$ 1 bilhão em vendas anuais, até 1996 quando se tornou um medicamento genérico. Assim como outras inovações terapêuticas, o captopril inspirou o surgimento de vários outros fármacos me-too que compõem a classe dos inibidores da ECA.
6 Pesquisar a história da descoberta da metformina.
A descoberta desta droga pode ser seguida de volta ao trabalho de abertura de caminhos com extractos dos officinalis do Galega da erva, que conduziram à caracterização do sangue que abaixa efeitos de um ingrediente activo nomeado galegine.
A metformina (dimetilbiguanida) é um derivado da guanidina, o composto ativo hipoglicemiante da Galega officinalis. Essa erva medicinal, também conhecida como Lilac francês, foi usada por séculos na Europa como tratamento do diabetes desde a época medieval. O uso das guanidinas e de seus derivados (fenformina, buformina e metformina) como agentes terapêuticos para DM data do início do século passado. Apesar da longa história e de décadas de sucesso no uso clínico da metformina como tratamento para DM2, seu mecanismo de ação permanece um enigma. Nem mesmo todo avanço da bioquímica e da biotecnologia conseguiu determinar exatamente seu alvo de atuação.
Em estudo do Diabetes Prevention Program Research Group, foi demonstrado que tanto a administração de metformina como a mudança no estilo de vida (dieta e exercício físico) reduziram a incidência do DM2 em 31% e 58%, respectivamente, quando comparados ao grupo controle. O estudo também mostrou que tanto a metformina quanto a rigorosa mudança no estilo de vida foram capazes de reduzir significativamente a glicemia de jejum e a porcentagem de hemoglobina glicada. Esse resultado pode não ser apenas casual, pois recentemente mostrou-se que a proteína quinase ativada por AMP (AMPK), uma enzima celular que é estimulada pelo exercício físico, também é possivelmente o alvo de ação da metformina.
7 Pesquisar sobre a história da descoberta dos anticoncepcionais.
As primeiras tentativas
A anticoncepção tem uma história milenar. Hipócrates (460-377 a.C.) já sabia que a semente da cenoura selvagem era capaz de prevenir a gravidez. No mesmo período, Aristóteles mencionou a utilização da Mentha Pulegium como anticoncepcional, no ano 421 A.C. O uso de anticoncepcionais feitos de plantas naturais parece ter sido tão difundido na região do Mediterrâneo, que no século II A.C., Políbio escreveu que as "famílias gregas estavam limitando-se a ter apenas um ou dois filhos."
Os antigos egípcios também utilizavam tampões vaginais ou tampas feitas de excremento de crocodilo, linho e folhas comprimidas.
A anticoncepção masculina também era praticada na antiguidade. No século I A.C. Dioscórides afirmou que tomar extratos de uma planta considerada variação da madressilva (Lonicera periclymenum) durante 36 dias, podia causar a esterilidade masculina.
Assim que foi estabelecida a relação do sêmen com a gravidez. O método anticoncepcional masculino mais conhecido era o coito interrompido, método citado na Gênesis relacionando Onân, ao derramar suas sementes no chão.
O primeiro preservativo
Acredita-se que o preservativo remonte aos tempos da Roma antiga, quando eram utilizadas bexigas de animais para proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. 
Os envoltórios ou preservativos de linho foram descritos em 1564 pelo anatomista italiano Falópio. No século XVIII, pedaços das vísceras de animais eram utilizadas para produzir os chamados "preservativos de pele".
A borracha vulcanizada foi inventada em 1844, impulsionando a fabricação de preservativos mais aceitáveis e baratos que os preservativos de crepe de borracha. O desenvolvimento do poliuretano facilitou o lançamento do primeiro preservativo feminino em 1992.
O diafragma
A ideia do diafragma moderno surgiu com um alemão, Friedrich Adolf Wilde, que sugeriu que fosse feita impressão em cera da cérvice de cada mulher. A partir desse molde seria confeccionada barreira anticoncepcional de borracha. Somente em 1870, o Dr. Mesinga desenvolveu o diafragma de borracha fina com um aro circular endurecido para cobrir a saída da vagina.
Possivelmente, o primeiro dispositivo intra-uterino (DIU) foi usado em pacientes por Hipócrates há mais de 2500 anos, que inseria objetos no útero com a ajuda de tubo de chumbo. Entretanto, o primeiro DIU clinicamente aceito, a Alça de Lippes, só foi amplamente adotado em 1962.
Atualmente, existem dispositivos de cobre em diferentes formatos, entre os quais o mais popular é o em forma de "T".
O nascimento da pílula
Em 1921, Haberlandt provocou a infertilidade temporária em coelhas nas quais havia implantado ovários retirados de outras coelhas. Ele sugeriu que os extratos de ovários poderiam ser anticoncepcionais eficientes.
A noretisterona, um hormônio sintético semelhante à progesterona (daí ser chamado de progestógeno) foi sintetizada em 1950 por Djerassi, a partir da diosgenina, planta derivada da batata-doce mexicana com propriedades esteroidais.
Outro investigador, Colton, produziu outro progestógeno, o noretinodrel, que foi combinado a estrogênio sintético, o mestranol na composição da primeira pílula anticoncepcional combinada (contraceptivo oral combinado - COC), em 1960. Foi Gregory Pincus quem realizou a maioria dos estudos com os primeiros COCs, tornando-se o médico conhecido como "o pai da pílula". A primeira pílula que continha somente o progestógeno (depois chamada de Minipílula) foi lançada apenas oito anos mais tarde.
O implante
A inovação contraceptiva seguinte foi pequeno implante que continha o hormônio levonorgestrel. Esse implante deve ser inserido sob a pele da face interna do antebraço, tendo sido projetado para ser eficaz por cinco anos. Entretanto, sua inserção e extração requerem pessoal médico treinado, o que limita seu uso. O hormônio é liberado na musculatura e então passa à corrente sanguínea, podendo circular por todo o organismo e provocar alguns efeitos adversos.
O endoceptivo
O endoceptivo (contraceptivo endógeno - sistema de liberação intra-uterino) desenvolvido e patenteado pelo grupo Schering, inaugura uma fase inovadora na contracepção feminina. Consiste basicamente em um sistema que é inserido no útero da mulher e libera o hormônio levonorgestrel gradativamente em doses idealmente mais baixas, por um período de cinco anos. O método é altamente eficaz e totalmente reversível, sendo especialmente indicado para mulheres com filhos que desejam adiar uma nova gravidez por um longo prazo.
8 Pesquisar sobre a história da descoberta dos psicotrópicos
A descoberta que existem substâncias psicoativas em plantas e animais parece terocorrido desde os albores do surgimento da espécie humana. O Homo sapiens e seus predecessores, os hominídeos, aprenderam desde muito cedo a explorar a Natureza em busca dessas substâncias. Foram achadas evidências, por exemplo, de que o Homem de Neandertal utilizava plantas para alguns tipos de doenças. Entre os pertences achados junto ao caçador neolítico apelidado de Ötzi, descoberto em 1991 em surpreendente estado de conservação em uma geleira austríaca, mais de 5.000 anos depois de sua morte, estava uma pequena bolsa de couro com fungos com propriedades medicinais.
A experimentação empírica com os elementos do seu ambiente rendeu a praticamente todos os povos primitivos um acervo considerável de substância psicoativas, que passaram a ser usadas para diversos fins. Entre o povo amazônico Kraô, por exemplo, pesquisadores brasileiros identificaram cerca de 400 plantas de uso medicinal, das quais uma grande parte (138), parece ter alguma ação sobre o sistema nervoso. O motivo para tão surpreendente proporção pode ser o fato de que as ações destes fitoquímicos no comportamento pode ser observada de forma muito mais fácil e rápida do que em outros sistemas orgânicos, estabelecendo-se assim um nexo causal.
A fase mágico-religiosa é tão antiga quanto a humanidade, e surgiu simultaneamente com a religião e a prática organizada da medicina e da religião nas tribos, através dos shamans, pajés, e outros líderes espirituais que acumulavam freqüentemente as duas funções. Isso ocorreu pois a mente primitiva atribuia boa parte do que desconhecia à ação dos espíritos e deuses que eles acreditavam habitar e possuir todo o mundo material (animismo). Assim, as doenças, e mais especificamente, as doenças mentais, eram atribuidas à possessão por espíritos malévolos, que deveriam ser expulsos (exorcizados) para que a saúde retornasse. As doenças mentais, pelo fato de alterarem enormemente e de forma inexplicável o comportamento de um membro da tribo afetado por ela, eram as mais identificadas com possessões (isso ainda acontece até hoje, e mesmo no mundo ocidental racional muitas supostas "bruxas", na realidade doentes mentais, foram queimadas na fogueira por isso, pela Inquisição).
Logo os shamans descobriram plantas que modificavam o comportamento, e que podiam ser usadas em rituais de comunhão com os espíritos e deuses, tornando-se sagradas. Assim, por exemplo, a psilocibina e a mescalina eram usadas por sacerdotes dos povos que habitavam o México antigo. Por serem psicotomiméticas, ou seja, promoverem alterações sensoriais e comportamentais que imitam as psicoses, tornaram-se objeto de culto e também como drogas terapêuticas. Talvez por causarem em grandes doses o mesmo resultado que a psicose, os curandeiros acreditassem que pequenas doses a curasse. Este raciocínio não é surpreendente, pois muitos psiquiatras do século XX também pensaram o mesmo, ao propor o uso do LSD no tratamento de psicoses.
O início dos tratamentos psiquiátricos data da década de 1920, com a Malarioterapia: inoculação do agente causador da malária para o tratamento da demência causada pela Sífilis em estágio avançado. Com a descoberta da insulina veio a Insulinoterapia, destinada ao tratamento de pacientes psicóticos, principalmente os esquizofrênicos. Ao final da década de 30, veio a Eletroconvulsoterapia, os famosos Eletrochoques para pacientes esquizofrênicos e com depressão aguda. São usados até hoje em pequena escala. A princípio, substituíram a Insulinoterapia.
Psicoestimulantes, as Anfetaminas, usados no tratamento de déficit de atenção, são conhecidos desde a década de 30. Alguns dos utilizados ainda hoje foram descobertos na década de 50. Assim, embora novos medicamentos tenham surgido, com características mais específicas, a linha de tratamento continua a mesma.
A primeira geração dos psicotrópicos, como conhecemos hoje, surgiu na década de 1950, com a descoberta dos primeiros Antidepressivos e Neurolépticos, que vieram com o intuito de substituir a terapia de Eletrochoques.
Os mais recentes estudos apontam para uma redução cada vez maior dos efeitos colaterais nos psicotrópicos de última geração: “No caso dos Antidepressivos, há menos efeitos colaterais cardiovasculares. Nos Neurolépticos, menores efeitos colaterais relacionados à obesidade e às alterações hormonais. Não se pode esquecer também que, alguns deles apresentam melhores efeitos sobre tipos de Esquizofrenia de pior prognóstico, as que causam maiores alterações estruturais cerebrais

Outros materiais