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PENAS ALTERNATIVAS APLICABILIDADE_SISTEMA PRISIONAL_ALCANCES E LIMITES NA REALIDADE BRASILEIRA.pdf

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1 
 
 
PENAS ALTERNATIVAS: APLICABILIDADE – SISTEMA PRISIONAL ALCANCES E LIMITES NA 
REALIDADE BRASILEIRA 
 
 
 
Ana Maria Augusta dos Santos¹ 
Lucilene Mol Roberto² 
 
 
 
RESUMO 
 
Essa prática investigativa realizou um estudo exploratório, que propõe refletir sobre a 
temática das penas alternativas a partir de uma contextualização do sistema prisional 
brasileiro, suas precariedades e seus reflexos na sociedade como um todo. O estudo retrata 
ainda, a aplicação das alternativas penais, como uma possibilidade de uma intervenção 
diferenciada no âmbito das execuções penais. 
 
Palavras-chave: Ressignificação, Reflexão, Pena Alternativa e Criminalidade. 
 
 
 
 
 
_______________ 
¹Graduada em Serviços pela PUC Minas, com Especialização em Intervenção Psicossocial no 
Contexto das Políticas Públicas pelo Centro Universitário UNA- BH. Atuou como Assistente 
Social da Casa de Passagem da Secretária Municipal de Desenvolvimento Social de Santa 
Luzia. Atualmente trabalha como Técnica Social do Programa Fica Vivo! no Aglomerado da 
Serra. 
² Graduada em Serviços pela PUC Minas. Atualmente trabalha como Técnica Social do 
Programa CEAPA. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O artigo em questão tem como fundamento a temática “Penas Alternativas: 
Aplicabilidade – Sistema Prisional, Alcances e Limites da Realidade Brasileira”. Tal processo 
de investigação e reflexão surgiu de interesses pessoais em trabalhar este tema, visto que o 
assunto tem sido pouco abordado, além da possibilidade de novas percepções acerca dos 
resultados na execução das Penas e Medidas Alternativas no contexto brasileiro. 
Para compreendermos a ampliação do modelo de Penas Alternativas é importante 
destacar que, a prisão, em seu nascimento surge como uma medida ressocializadora para a 
humanidade, fazendo com que aqueles, que não cumprissem minimamente as regras 
estabelecidas pelo contrato social, fossem retirados do convívio social até que estivessem 
prontos para voltar a viver sociedade. 
O tratamento oferecido pelo sistema carcerário aos condenados é em sua maioria 
inadequado, pois os resultados obtidos através da privação da liberdade não são os 
esperados pela sociedade. Esse ambiente permite a estes cidadãos a sujeição na intimidade 
da prisão, a maus tratos, corrupção e perda vagarosa de suas aptidões para o trabalho, além 
de carregarem o estigma que a sociedade impõe, definindo-os como "ex-presidiários". Tal 
convivência, naturalmente, afeta a subjetividade daquele que a priori era passível de 
recuperação, como também facilita o surgimento nas prisões de organizações criminosas. 
Nesse sentido, há uma falência explicita do sistema prisional, produzindo então um 
fomento para a criação das penas alternativas, com o intuito de trazer novamente à tona, o 
papel resignificador das penas aplicadas aos sentenciados. O surgimento das penas 
alternativas está fundamentado no principio de que os sujeitos podem ter seus direitos 
restritos no meio em que convivem, podendo ser responsabilizados pelo ato cometido, e ao 
mesmo tempo resignificar suas práticas em liberdade, no contexto de sua trajetória. 
A responsabilidade é o principio da aplicação das penas alternativas, pois esta 
abrange simultaneamente a reflexão sobre o ocorrido, mas na perspectiva de convivência 
social combinado com o padrão civilizatório democrático adotado. 
A política de penas alternativas é uma sanção realizada pelo Estado ao autor de um 
delito, buscando aprimorar-se para um bem maior a sociedade junto ao infrator. Além de 
considerá-lo como sujeito de sua própria mudança, dentro da complexidade das relações 
sociais em sociedade. 
O papel das penas alternativas é fomentar a responsabilização e a participação do 
usuário no contexto reflexivo/ativo em predomínio ao princípio da punição, uma vez que no 
sistema prisional vigente, prevalece à punição sobre outras possibilidades de intervenção. 
Todavia é importante ressaltar o caráter reflexivo das penas alternativas. Essa política 
é apresentada como uma alternativa de desafogamento do sistema carcerário brasileiro 
para delitos de menor potencial ofensivo. Além de contribuir com a redução da 
criminalidade e com a não reincidência de crimes praticados, possibilita, sobretudo, a maior 
participação do usuário neste processo. 
A política de penas alternativas conta para sua plena efetivação com a parceria de 
instituições, as quais possuem papel primordial no processo de resignificação do sujeito 
beneficiário. Essa tem como intuito a possibilidade de contribuir para um maior 
envolvimento do usuário em seu contexto societário. 
As penas alternativas surgem, então, como um novo modelo de intervenção entre o 
sentenciado e a própria lei. Possibilita uma responsabilização mais humanizada na execução 
penal, implicando o sujeito em todo o processo, focalizando a pessoa que cometeu o delito e 
não seu crime. A pena alternativa determina como finalidade a reflexão enquanto 
possibilidade, a fim de sensibilizar o transgressor a respeito de novas perspectivas, na 
tentativa de prevenir a reincidência, fomentando novas participações e implicações para o 
sujeito. 
 
2. REALIDADE DO SISTEMA PRISIONAL E AS POLÍTICAS DE ALTERNATIVAS PENAIS A 
PRISÃO 
 
2.1 – Contextualização da realidade do sistema prisional 
 
 No livro “Prisões Abertas” de Medeiros (1985), o autor aponta a partir de 
experiências de trabalho em alguns presídios no Brasil, a importância de mudanças urgentes 
no sistema penitenciário vigente, pois acredita que as instituições carcerárias se tornaram 
escolas do crime. Nesse sentido, ele faz apresentações de situações vivenciadas nesse 
ambiente, apontando as precariedades existentes descrevendo alternativas ao sistema 
carcerário. 
Investiga o cotidiano dos presos, apresenta como as instituições não conseguem 
garantir os direitos mínimos de cidadãos. Relata as experiências em países da Europa e 
América do Norte, que iniciaram com o processo das prisões abertas, as quais eram 
reservadas aos presos considerados não perigosos. O autor indica essa mudança como uma 
alternativa para a ressocialização e humanização do regime. 
Dessa maneira, exemplifica como uma das alternativas, as prisões albergues, onde o 
sentenciado pode trabalhar durante o dia. Trabalho este, realizado fora do presídio, sem 
vigilância policial e com remuneração, mas no final de suas atividades o indivíduo tem que 
retornar ao presídio. 
No livro “Direito Penal de Emergência e Alternativas à Prisão”, de Leonardo Sica 
(2002), o autor descreve os processos de penalização, a partir do contrato social, onde as 
práticas que velam pelo bem-estar assumem uma postura rígida diante dos 
comportamentos desviantes, até mesmo, a utilização das penas como método de controle 
social punitivo, beneficiando a classe dominante.·. 
Relata e propõe uma análise histórica, onde a pena aflitiva tem um caráter de 
vingança privada à vingança pública, contextualizando o embate travado historicamente 
entre a população nobre que ante uma situação diferenciada do tradicional constituído, vem 
criticar, penalizar e reprimir atitudes advindas dos submissos, em represália ao instituído, 
agindo de maneira a contrariar a norma. Neste contexto, a prisão é colocada como uma 
“alternativa” a esse comportamento desviante e, significa uma ação central do sistema 
punitivo. 
Atualmente a prisão é bastante utilizada como uma uniformidade para a questão 
penal, mas no seu bojo não retrata uma manifestação de recuperação, de responsabilização 
do ato, mas sim um espaço desumano, revoltante. E, além de tudo, reprodutor desta atitude 
considerada como desviante ao sistema. Há de um lado a “necessidade” de punir e, do 
outro, a propostade resignificação e responsabilização, que é esquecida diante desse 
panorama de segregação e dessocialização, não visível, ou até mesmo camuflada. 
Sica (2002) aborda ainda, a temática do simbolismo, da função ilusória da pena, além 
da emergência do direito penal, já que a criminalidade toma uma relevância, uma 
abrangência tão grande, que forma um medo social, fazendo da pena uma solução 
emergencial. Agora com uma definição com finalidades mais justificáveis, os fins da pena 
ganham maior legitimidade, diminuindo a questão da seletividade, superando a filosofia do 
castigo e reforçando o caráter reflexivo. 
Nas conclusões, Sica (2002) analisa os projetos e as leis que vêm tentar superar o 
quadro emergencial da criminalidade. Ressalta a questão de uma reforma penal ideal, onde 
a harmonia encontre alternativas eficazes ao sistema punitivo, levando a uma tomada de 
responsabilização do autor do fato, e que este possa na maioria das vezes, não resultar na 
reincidência do crime. Mas, enquanto isso não é possível, que pelo menos ocorra uma 
discussão sobre uma nova racionalidade penal. 
 “A questão penitenciária”, de Augusto F. G. Thompson, realça a importância para o 
embasamento deste artigo. Thompson (1976) descreve a realidade das prisões brasileiras a 
partir de uma ótica diferenciada. Como trabalhador do sistema penitenciário brasileiro 
vivenciou durante muito tempo a dinâmica prisional. 
A princípio, o autor descreve sobre a sobrecarga destas instituições que, por 
consequência da constante demanda de vagas, pode vir a desenvolver um ciclo, onde os 
sujeitos que passam pelas prisões, depois de vivenciar tal realidade, são com frequência 
despejados no contexto social, estimulados e sujeitados a prática da reincidência criminal. 
Reflete sobre a difícil tarefa de se estabelecer uma reforma no sistema carcerário do 
Brasil. Neste sentido o maior e mais árduo trabalho seria, então, desenvolver capacidade e 
espaço para absorção desta demanda, que não pode se opor ou restringir as atividades dos 
Tribunais de Justiça. 
Atualmente, o sistema penitenciário não consegue desenvolver resultados positivos 
com os internos, já que seu espaço na maioria das vezes consiste em um ambiente 
promiscuo, ocioso, perverso, corrompido e de tratamento desumanizado, incapaz de 
propiciar atividades voltadas à recuperação ou sensibilização do sujeito que cometeu um ato 
infracional. 
O autor aponta que nesta perspectiva, que os fins destinados à prisão dissertam 
sobre a punição do autor do delito, realçando a prevenção de posteriores infrações e, a 
regeneração/ressocialização deste sujeito nesta realidade complexa. 
Desta forma a idéia de reabilitação do interno é esquecida frente a constantes 
implicações de procedimentos coletivos no contexto do cárcere. Não existe uma harmonia 
entre punição e tratamento, mas sim uma sobreposição da prática do castigo à ideologia de 
reintegração deste. Tornando desta maneira impossível, uma articulação ou coerência 
destas ações tão antagônicas entre si. 
Thompson (1976) defende a idéia de que o cárcere é um sistema social de 
convivência. Este consiste em uma instituição, na qual um grupo determinado de pessoas 
expostas a uma nova realidade vão estabelecer um regime interno de convivências, capaz de 
ordenar todas as ações que naquele espaço serão legitimadas. Reconhecendo ou não as 
normas já estabelecidas na instituição, estes indivíduos irão posicionar-se enquanto uma 
hierarquia e um sistema de poder estruturado. 
O autor aponta que, estar contido em um regime de poderes tão bem estabelecidos 
como o sistema prisional, aponta a hipótese de que não é somente a solidão destes detentos 
que os trás angústias, mas também há um constrangimento no que se refere à convivência 
em massa. 
Mesmo que no contexto de aprisionamento não exista de fato uma transformação 
positiva ou negativa do sujeito que nele está inserido, este sempre sofre influências do meio. 
Thompson levanta ainda, que questões como a submissão a papéis inferiores, o 
desenvolvimento de novos hábitos e de um linguajar local, acarretam em mais um ponto de 
estigmatização e exclusão por parte da sociedade como um todo. E que, ainda que este 
sujeito não tenha introjetado à criminalidade de fato, será tipificado como participante do 
sistema prisional, voltando a ser objeto de pré conceitos, sofrendo a totalidade dos efeitos 
do aprisionamento. 
A impossibilidade de um tratamento coerente individualizado dentro do sistema 
prisional dificulta a responsabilização deste sujeito penalizado, que não tendo identificado o 
sentido verdadeiro da punição, desacredita e deslegitima este sistema de “justiça”. O autor 
relata ainda, que o detento percebe somente as metas da prisão relacionadas ao 
impedimento de fugas e manutenção da ordem interna, sem vislumbrar o plano da 
recuperação e ressocialização. 
Descreve como outra grande dificuldade de sucesso do sistema penitenciário, o papel 
dos agentes penitenciários. Estes possuem sempre uma capacitação reduzida e, 
consequentemente pisos salariais desmotivante. A falta de orientações, condições 
inadequadas ao exercício profissional e a pressão psicológica do ambiente, limitam a 
atuação destes profissionais há apenas uma ação de repressão dos presos, deixando para o 
plano inferior o caráter resignificativo da punição. 
Além disso, as constantes ameaças sofridas por estes agentes e a ocorrência de 
desordens internas vão estabelecer um risco constante, levando-os até mesmo às agressões 
e também à morte. Neste sentido cabe a eles somente a manutenção da passividade local 
sem qualquer interesse com relação ao passado ou futuro criminal daqueles que são por 
eles observados, dependendo também da cooperação dos internos. 
Como relação aos técnicos que atuam no sistema, Thompson (1976) realiza uma 
análise acerca das dificuldades de atuação dentro do sistema prisional. Nesse sentido ele 
discorda da hipótese reformista que julga ser o número insuficiente destes profissionais, o 
fator principal da dificuldade em realizar os efeitos terapêuticos ou resignificantes da 
punição. O autor descreve que o número destes profissionais é sim um dificultador, mas não 
estabelece como a causa principal deste fracasso. 
 A princípio, não se sabe qual seria o número ideal de funcionários necessários para 
abarcar toda a demanda de trabalho. Por ser de qualificação superior, há também um 
montante de recursos a ser investido, o que dificulta em boa parte, a contratação de novos 
profissionais especializados. Além disso, existe uma imensa dificuldade em se estabelecer 
plenamente um trabalho significativo para os detentos dentro do cárcere e diante da 
situação de privação da liberdade. 
 Subordinados a essa política hierarquizada e conflitante, desmotivados pela demanda 
e as condições de trabalho e conscientes da ineficiência de muitas ações, o autor aponta que 
os técnicos vão muitas vezes ao encontro do comodismo e da realização de tarefas 
puramente burocráticas, desestimulados a execução do trabalho subjetivo e minimizador 
dos sofrimentos do cárcere. 
 Mergulhados no contexto de exclusão e submetidos ao aprisionamento sem um 
acompanhamento necessário, os detentos, de acordo com o autor, perdem boa parte de sua 
identidade e de seus significados, além do direito a sua intimidade, ao exercício da sua 
individualidade, estabelecendo um conceito de si como um “resto” que não coube à 
sociedade. 
 Retrata que a impossibilidade de obter recursos, tomar decisões, de prover seu 
sustento, de ser responsável, de fazer escolhas, traz ao preso à idéia de castração. Em casos 
de abuso, a denúncia muitas vezes não pode ser feita, a resistência é dificilmente conseguida 
e o que lheresta é somente a submissão à violência, ao abuso e à humilhação. 
 Nesse sentido Thompson afirma que a prisão deve ser encarada como um espaço 
somente de exigências relacionadas à segurança e a disciplina e, repensada enquanto uma 
instituição de caráter reformativo. Pois a ilusão de que ela possa ser um ambiente de 
punição e reforma não trás benefícios e muito menos solução a esse problema tão 
alarmante. 
 
2.1.1 – Poder do sistema prisional 
 
Foucault (1987) em seu livro “Vigiar e Punir” apresenta a evolução da legislação penal 
e os métodos punitivos dos últimos séculos. Descreve as transformações nos modelos de 
punição dos criminosos, dos suplícios até o surgimento do sistema prisional do século XXI. 
Evidencia que, inicialmente, as penas aplicáveis aos criminosos tinham caráter 
aflitivo, eram impostas sobre o corpo do condenado, predominando, as sanções corporais e 
capitais. Passa, então, por períodos intermediários: decadência das penas corporais, 
extinção, em alguns países, da própria pena de morte, surgimento da pena privativa de 
liberdade até chegarmos ao momento em que predomina esta espécie de sanção penal. 
Duas formas de poder são apresentadas à luz do direito penal: nos regimes 
absolutistas, é delineado um poder que se exercia e se reafirmava por meio do severo 
exercício da punição; no mundo emergente pós-revolução francesa, vemos à caracterização 
daquilo que Foucault chama de sociedade disciplinar, uma modalidade de poder que 
perduraria até nossos dias e que tem como viés em relação ao direito penal, a preocupação 
com o vigiar e disciplinar. 
 No livro, o autor aponta a questão do poder como um instrumento de análise capaz 
de explicar a produção de saberes. O indivíduo é fixado dentro do sistema de produção, 
construindo sua visão de mundo dentro das normas e saberes constituídos. Opera-se uma 
inclusão por exclusão. 
 O sistema punitivo seria um sistema que fomentaria o sistema de produção 
capitalista, cujas formas de punição estabelecem o poder sobre o corpo do indivíduo. As 
relações de saber e de controle do sistema punitivo, torna-se estratégia das classes 
dominantes para produzir a alma, como prisão do corpo do condenado. 
Foucault relata que a prisão ao gerar o isolamento, possibilitaria que o sujeito 
refletisse sobre seu ato e livrá-lo dos efeitos externos que o levaram ao cometer o delito. As 
penas ao serem cumpridas deveriam corresponder ao tempo necessário para a reinserção 
na sociedade, não possuindo somente o caráter retributivo do delito cometido. 
A prisão fundamenta-se, primeiramente, no fato de que a liberdade é um bem 
pertencente a todos e da mesma maneira, logo, a sua privação teria um “preço” equivalente, 
sendo um castigo igualitário. Como complemento a sua base de fundamentação, a prisão 
tem o papel de transformar o indivíduo, impondo-lhe disciplina. Um dos responsáveis por 
essa transformação é o trabalho prisional, cujo sentido não estaria ligado à aprendizagem de 
um ofício, mas a noção própria de virtude do trabalho, dando aos indivíduos a forma ideal 
do trabalhador. 
O trabalho prisional não seria “nem uma adição nem um corretivo ao regime de 
detenção”, ele teria uma função diferente da punição. Como bem destaca, sob o prisma da 
socialização a punição não visa "apagar um crime", mas sim "transformar um culpado" por 
meio de uma "técnica corretiva" que o torne "dócil" aos fins sociais a que se destina. 
Foucault relata que a prisão, onde gerava o isolamento, possibilitaria que o sujeito 
refletisse sobre seu ato e livrá-lo dos efeitos externos que o levaram ao cometer o delito. 
O autor aponta a prisão como necessária à sociedade, mesmo tendo se tornado um 
ambiente perigoso ao invés de útil e essencial. 
Vale lembrar que o autor traz o conceito de disciplina ou técnicas de controle e 
sujeição dos corpos com o fim de tornar o indivíduo dócil e útil, acreditando-se que o pior 
dos presos deveria ser respeitado, mesmo quando punido. A humanidade deveria enxergá-lo 
como um cidadão, pois o homem, que foi descoberto como criminoso, torna-se alvo da 
intervenção penal, sendo o objeto que pretende corrigir e transformar. 
Goffman (1961) aborda em seu livro as questões das instituições como locais onde há 
um elevado número de indivíduos em circunstância semelhantes tornando-se isolados do 
restante da sociedade por um determinado tempo. Neste sentido, o autor dá ênfase às 
instituições totais e fechadas. 
De acordo com o autor, as instituições fechadas são como barreiras à sociedade. As 
suas grades, portas fechadas, muros, paredes altas tem o intuito de isolar o internado para 
além dos seus limites. O presídio é considerado uma instituição fechada, na qual é 
organizado para proteger a sociedade de indivíduos que geram perigo. 
As instituições totais rompem os papéis do internado com o mundo exterior, 
resultando num retorno com extensas barreiras, não conseguindo reestruturar e dar sentido 
pelo Eu do ex-internado, colocando-lhe num processo doloroso. Aponta que os presos não 
perdem somente sua liberdade, mas alguns direito de cidadão como votar, trabalhar, tirar 
fotografia, adoção e, consequentemente terão alguns direitos negados permanentemente. 
Os internados submetidos às instituições totais, segundo Goffman (1961) sofrem uma 
violação do Eu, onde dos sujeitos ao entrarem na instituição, são retirados suas roupas, seus 
objetos, seu visual. Os indivíduos são padronizados com os princípios da instituição. 
Os internados tendem a constituir táticas de resistências, de forma a preservar o Eu 
individual. Denomina estas estratégias de ajustamento primário ou secundário. Enquanto 
que as primeiras desenvolvem-se quando o indivíduo colabora com as normas institucionais, 
tornando-se um colaborador. Já a segunda estratégia, consiste em quebras e a não adesão 
às normas. 
Goffman salienta que só se pode explorar eficazmente um sistema quando o conhece 
profundamente. Assim, os internados há mais tempo nas instituições, eram os melhores que 
desenvolviam os ajustamentos secundários e que melhor quebravam as regras. 
 
2.2 – Política de penas alternativas a prisão 
 
 Até o século XIX, poucas eram as argumentações a cerca do cumprimento de penas 
sem o contexto da privação de liberdade. Todavia, a Organização das Nações Unidas (ONU), 
na década de cinqüenta, demonstrava uma preocupação relevante com o tema. Mas, foi 
somente em 1990 que a Assembléia Geral da ONU acatou a Resolução 45/110, na qual são 
estabelecidas as Regras Mínimas das Nações Unidas para a Elaboração de Medidas não 
Privativas de Liberdade (Regras de Tóquio). 
As penas alternativas eram pouco aplicadas no Brasil, embora previstas na Lei de 
Execução Penal (Lei nº 7.910, de 1984), devido à dificuldade do Poder Judiciário e do 
Ministério Público na fiscalização do seu cumprimento e a sensação de impunidade que a 
sociedade apresentava em relação às estas medidas. É nesse panorama, que se insere o 
processo de responsabilização e reflexão do indivíduo em condições de privação da 
liberdade, apresentando-se como um dos principais focos de preocupação, tanto das 
esferas governamentais como da sociedade de uma forma geral. Fomentando e 
desenvolvendo as possibilidades de medidas e penas alternativas à prisão. 
Neste sentido, pensar a punição estatal dissociada de seu fim reflexivo, representava 
uma traição ao objetivo maior dado à pena, que consiste na reforma do comportamento 
desviante do transgressor, a fim de propiciar e potencializar seu posterior retorno ao 
convívio social. No que tange ao processo resignificante da pena, esta busca atribuir à sua 
execução uma mesma função primordial: a de responsabilização e reflexão do sujeito que 
cometeuo delito. O aspecto positivo da proposição e aplicação de programas e projetos 
nesta perspectiva, não está unicamente na sensibilização e no reconhecimento por parte 
dos usuários acerca do objetivo da punição, mas, sobretudo, na mentalidade dos que se 
colocam prontos a contribuir para possíveis processos de mudança destes sujeitos. 
Diante de um cenário de aumento global da criminalidade e do fracasso dos diversos 
sistemas punitivos em preveni-la, foram elaboradas as “Regras de Tóquio”, editadas no início 
da década de 90, como citada anteriormente. As “Regras de Tóquio” constituem um 
conjunto de princípios básicos para promover o emprego de medidas não privativas de 
liberdade, assim como garantias básicas para as pessoas submetidas às medidas 
substitutivas à prisão, garantindo a participação da comunidade, fortalecendo os vínculos 
comunitários, além de ser uma oportunidade para que a comunidade contribua para a 
proteção de todos. 
Impulsionados pela tendência mundial contemporânea, além da observância de uma 
falência do sistema prisional vigente, o Brasil encontrava-se na emergência para adoção da 
aplicação das Penas e Medidas Alternativas. 
O retorno dos sujeitos encaminhados ao sistema prisional, muitas vezes não 
retratava o sucesso da intervenção, destacando a ineficácia da instituição que, tornou-se um 
ambiente, no qual são altos os gastos na manutenção, justificando novos aumentos de 
recursos investidos na segurança. 
O modelo da pena restritiva de liberdade apresenta como conseqüência principal a 
intimidação aos infratores, sem preocupar-se com o sujeito condenado. Já a pena alternativa 
sugere um maior acompanhamento do usuário, trabalhando na minimização dos fatores de 
risco e vulnerabilidades, potencializando fatores de proteção e otimizando processos de 
sensibilização na trajetória do sujeito. 
 
2.3 – O assistente social na política de penas alternativas 
 
Carvalho e Mendes (2009), em artigo apresentado no Simpósio Mineiro de 
Assistentes Sociais, dissertam sobre a importância das penas alternativas e o papel de 
relevância dos assistentes sociais na efetivação dessa política, visto que a sociedade se 
encontra num momento de auge da violência, aonde o combate a esta, vai além de reclusão. 
No referido artigo, apresenta-se a construção da política de penas e medidas 
alternativas, as leis que a colocaram em vigor, além da definição do público beneficiado e os 
tipos de penas. Neste sentido é destacada a importância da reflexão/responsabilização para 
os indivíduos que cometeram delitos de menor potencial ofensivo, sendo o sistema 
prisional, a última opção a ser estabelecida, somente nos casos onde as penas alternativas 
de fato não se adequarem. 
As autoras relatam ainda que, no ano de 2006, a Central de Apoio e 
Acompanhamento das Penas e Medidas Alternativas (CEAPA) iniciou a aplicação de grupos 
reflexivos temáticos como uma medida alternativa à prisão. A medida foi realizada com 
beneficiários, que praticaram delitos de violência contra a mulher e, também delitos de 
trânsito, com grupos distintos, tendo como perspectiva gerar uma reflexão humanizada 
acerca dos seus atos. 
Dessa forma, é importante ressaltar o papel da rede social que foi a todo o momento 
acionada na busca de parceiras para o pleno êxito do cumprimento das penas e medidas 
alternativas a prisão. Tudo isso, além da essencial atuação do Serviço Social para a 
concretização desta política através de acompanhamentos e realização de 
encaminhamentos necessários às instituições, aos usuários e à família, na garantia plena dos 
seus direitos. 
Robson Sávio (2006), no artigo “O Serviço Social na Prevenção à Criminalidade: 
Relato de Experiências” apresenta os projetos de prevenção à criminalidade por meio de 
vivências de estagiários e profissionais do Serviço Social. Questão da violência na sociedade 
brasileira tem tornado-se um grande dificultador na tentativa de viabilização da dignidade 
humana, pois atinge principalmente os indivíduos das classes sociais mais vulneráveis. 
Desta maneira, a construção de projetos, que contribuem para fomentar a 
viabilização da cidadania nos processos de sensibilização, reflexão e responsabilização, é 
fundamental para o sucesso nas intervenções direcionadas às Penas e Medidas Alternativas. 
Perspectivas estas, propostas pela CEAPA (Central de Apoio e Acompanhamento às Penas e 
Medidas Alternativas), onde o Serviço Social juntamente com outros profissionais 
acompanham diversos casos de usuários em situação de Penas e Medidas Alternativas. 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A prática investigativa realizada tem como intuito contribuir para uma maior 
compreensão das questões inerentes ao sistema prisional vigente no Brasil, bem como, 
fomentar a discussão acerca da temática das penas alternativas como uma possibilidade 
diferenciada e em potencial. 
Pode-se verificar que no contexto da execução penal brasileira foram diversas as 
ampliações e os avanços na aplicação de penas e medidas alternativas no Brasil. A legislação 
desenvolveu em muito na perspectiva das alternativas penais, mas a sociedade ainda 
carregada de estigmas e preconceitos referentes aos sujeitos considerados “criminosos”, 
ainda não legitima essa prática tida como inovadora e humanizada. 
Nesse sentido, o sistema prisional ainda é um grande desafio, pois consiste muitas 
vezes, em um ambiente desumanizado, de aplicação da punição voltada principalmente ao 
castigo, ao sofrimento e a minimização do sujeito que está nele inserido. Nesta perspectiva, 
a utilização da medida de restrição total da liberdade, tem sido aplicada de maneira 
excessiva, resultando em um sistema superlotado e incapaz de estabelecer de fato as 
ideologias de punição e ao mesmo tempo a prática de responsabilização e ressocialização 
deste detento. 
A sociedade, que diante da conjuntura sócio econômica, de concentração de 
riquezas, aumento das desigualdades, crescimento constante das cidades sem o 
acompanhamento de políticas sociais necessárias, aumento do desemprego devido à brusca 
modificação nas bases econômicas; silencia e acomoda-se sem imaginar os impactos e 
amplitude deste contexto que atinge principalmente as parcelas sociais mais desfavorecidas. 
Tornando assim, responsável imediata pelo aumento da criminalidade, legitimando 
condições e tratamentos dispensados pelo sistema prisional, impulsionada muitas vezes pelo 
sensacionalismo da mídia. 
Na busca de minimizar este cenário carcerário, que é violador contínuo dos Direitos 
Humanos e que retrata verdadeiramente a questão social desta sociedade tão desigual e 
repleta de excluídos, a aplicação de penas alternativas, tenta intervir de maneira 
diferenciada, no contexto de responsabilização deste sujeito, respeitando sua 
individualidade e explorando suas potencialidades. 
Nesse sentido, a atuação dos profissionais envolvidos neste processo é de 
fundamental importância. Pois são eles que estabelecerão um diálogo com as instâncias 
governamentais na busca de possibilidades de minimização dos efeitos negativos 
relacionados à execução penal e, que poderão contribuir de fato com a proposição de 
políticas de abarquem esta demanda crescente de necessidades. Além disso, um trabalho 
realizado de maneira qualificada com estes sujeitos pode levá-los a uma reflexão crítica e 
uma provável resignificação quanto às perspectivas futuras desvinculadas do crime. 
É importante que o acompanhamento e execução das Penas e medidas Alternativas 
sejam constantemente discutidos, para que não haja uma banalização desta política 
apontada como rica possibilidade, bem como não se torne ineficaz e desumanizada como 
alternativas antes pensadas, estimulando ainda, um maiorenvolvimento da sociedade 
nestas discussões. 
Neste sentido, a política de prevenção a criminalidade é por nós também ressaltada 
enquanto grande potência na minimização dos conflitos sociais, da criminalidade e das 
formas de violência como um todo. Mas é no investimento em políticas sociais básicas e na 
promoção plena de direitos fundamentais como saúde, educação, esporte, lazer, cultura, 
alimentação, habitação, que apostamos nossas fichas. É através da plena manutenção destes 
direitos básicos, que acreditamos que a população poderá realizar um movimento de 
empoderamento enquanto sujeitos de direitos, reconhecendo seus deveres e participando 
ativamente da sociedade. Sendo protagonista de sua própria história e, principalmente da 
história de uma sociedade mais justa, igualitária, mais humana e menos excludente. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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