Buscar

06_Administracao_de_Materiais_e_Recursos_Patrimoniais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

. 1 
 
Capa 
 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação de materiais, atributos para classificação de materiais permanentes e de consumo ...... 1 
 
Recebimento, armazenagem e distribuição - entrada, conferência, objetivos da armazenagem, critérios 
e técnicas de armazenagem, arranjo físico (leiaute) ................................................................................. 7 
 
Gestão patrimonial - tombamento de bens, controle de bens, inventário de material permanente, 
cadastro de bens, movimentação de bens, depreciação de bens, alienação de bens e outras formas de 
desfazimento de material, alterações e baixa de bens ........................................................................... 15 
 
Questões ........................................................................................................................................... 27 
 
Respostas .......................................................................................................................................... 29 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
 
 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em 
contato, informe: 
 
- Apostila (concurso e cargo); 
 
- Disciplina (matéria); 
 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. 
O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
 
Bons estudos! 
 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 1 
 
 
 
Existem diversos tipos de recursos em uma organização, como recursos financeiros, recursos 
humanos, recursos tecnológicos etc. Quando falamos de recursos materiais, estamos nos referindo aos 
elementos físicos que são utilizados pela empresa na sua atuação. 
Assim sendo, a gestão de materiais engloba o planejamento, a execução e o controle de todas as 
atividades que possibilitam o adequado suprimento para a organização desses recursos materiais 
necessários ao seu funcionamento. De acordo com Viana1, a administração de materiais é, “o 
planejamento, a coordenação, a direção e o controle de todas as atividades ligadas à aquisição de 
materiais para a formação de estoques, desde o momento de sua concepção até seu consumo final”. 
A Administração de Materiais é fundamental em qualquer entidade pública e privada, pois é através 
dela que a organização adquire os insumos de que necessitará para produzir um produto ou fornecer um 
serviço. 
A meta principal de uma empresa é maximizar o lucro sobre o capital investido. Espera-se então, que 
o dinheiro que está investido em estoque seja necessário para a produção e o bom atendimento das 
vendas. Contudo, a manutenção de estoques requer investimentos e gastos elevados; evitar a formação 
de estoques ou tê-los em número reduzidos de itens e em quantidade mínimas, sem que em 
contrapartida, aumente o risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários é o conflito que a 
administração de materiais visa solucionar. 
O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios 
internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido. A grande questão é poder 
determinar qual a quantidade ideal de material em estoque, onde tanto os custos, como os riscos de não 
poder satisfazer a demanda serão os menores possíveis. 
Para Viana, um bom método de classificação deve ter algumas características: 
Abrangência: deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir apenas materiais para 
serem classificados; 
Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação de modo que se obtenha 
ampla visão do gerenciamento do estoque; 
Praticidade: a classificação deve ser simples e direta. 
 
Para atender às necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie os vários tipos 
de classificação. 
 
Tipos de Classificação2 
 
Segundo Viana, existem 8 principais tipos de classificação de materiais. São eles: 
• Por tipo de demanda 
• Materiais Críticos 
• Perecibilidade 
• Quanto à periculosidade 
• Possibilidade de fazer ou comprar 
• Tipos de estocagem 
• Dificuldade de aquisição 
• Mercado fornecedor 
 
 
1
 VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
2
 MACIEL, P. O. Classificação de materiais. 2011. Disponível em: <http://oadministradormoderno.blogspot.com.br/2011/11/classificacao-de-
materiais.html>. Acesso em: 12 mai. 2015. 
Classificação de Materiais, Atributos para Classificação de 
Materiais Permanentes e de Consumo. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 2 
 
Por tipo de demanda 
 
Essa classificação é bastante usada nas empresas e se subdivide em materiais de estoque e materiais 
não de estoque. 
 
- Materiais de estoque 
São materiais que devem existir em estoque e para os quais são determinados critérios e parâmetros 
de ressuprimento automático, com base na demanda e na importância para a empresa. 
 
- Materiais não de estoque 
São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para 
ressuprimento automático. A aquisição desses materiais somente é feita por solicitação direta do usuário, 
na oportunidade em que se constata a necessidade deles. Devem ser comprados para utilização imediata 
e são debitados no centro de custo de aplicação. 
 
Quanto à aplicação: 
 
Materiais produtivos - ligado direta ou indiretamente ao processo de fabricação. 
• Matéria-prima - materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do 
processo produtivo da empresa. 
• Produtos em fabricação - são os que estão sendo processados ao longo do processo produtivo da 
empresa. 
• Produtos acabados - produtos já prontos para comercialização. 
• Materiais de manutenção - materiais de consumo, com utilização repetitiva, aplicados em 
manutenção. 
 
Materiais improdutivos - qualquer material não incorporado às características do produto fabricado. 
Ex.: materiais para limpeza, de escritório. 
 
Materiais de consumo - materiais de consumo, com utilização repetitiva, aplicados em diversos 
setores da empresa, para fins que não sejam de manutenção. 
 
Materiais Críticos 
 
São aqueles materiais de reposição específica de um equipamento ou de um grupo de equipamentos 
iguais, cuja demanda não é previsível e cuja falta causa grande risco às empresas. Classificação muito 
utilizada por indústrias. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer 
estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência. 
A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro de uma empresa deve ser mínima. 
 
Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios: 
• Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado; 
estratégico e de difícil obtenção ou fabricação. 
• Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de 
transporte. 
• Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de alta periculosidade, 
elevado peso ou grandes dimensões. 
• Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso 
• Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposiçãoou para equipamento vital da 
produção. 
 
Perecibilidade 
 
Não só a deterioração das propriedades físico-químicas dos materiais influem nesse tipo de 
classificação, como também a ação do fator tempo. 
Dessa forma, quando a empresa adquire determinado material para ser utilizado em data oportuna, e, 
se por ventura não houver mais consumo, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza 
a estocagem por longos períodos. 
 Alguns materiais apresentam recomendações quanto à sua preservação e sua adequada embalagem, 
como forma de proteção contra a umidade, oxidação, poeira, choques mecânicos, pressão, etc. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 3 
 
Quanto à perecibilidade os materiais podem ser classificados em: 
- Perecíveis; 
- Não perecíveis. 
 
Os materiais perecíveis podem ser classificados: 
 
- Pela ação higroscópica – materiais que possuem grande afinidade com a água (vapor d´água). 
Ex.: sal marinho, cal virgem etc.; 
 
- Pela limitação do tempo – materiais com prazo de validade. Ex.: remédios, alimentos etc; 
 
- Instáveis – produtos sujeitos a reações químicas. Ex.: peróxido de éter, óxido de etileno etc; 
 
- Voláteis – produtos que se evaporam naturalmente. Ex.: amoníaco; 
 
- Por contaminação pela água – materiais que se degradam pela adição de água. Ex.: óleo para 
transformadores; 
 
- Por contaminação por partículas sólidas – materiais que perdem suas propriedades físicas ou 
químicas se contaminados por partículas sólidas. Ex.: graxas; 
 
- Pela ação da gravidade – materiais que se deformam se estocados incorretamente. Ex.: eixos de 
grande comprimento; 
 
- Pela queda, colisão ou vibração – materiais de grande sensibilidade ou fragilidade. Ex.: vidros, 
cristais, instrumentos de medição etc.; 
 
- Pela mudança de temperatura – materiais que perdem suas características se mantidos em 
temperaturas diferentes da requerida. 
Ex.: selantes para vedação, anéis de vedação de borracha, etc.; 
 
- Pela ação da luz – materiais que se degradam pela incidência direta da luz. Ex.: filmes fotográficos; 
 
- Por ação de atmosfera agressiva – materiais que sofre corrosão quando em contato com atmosfera 
com grande concentração de gases ou vapores (de água ou ácidos); 
 
- Pela ação de animais – materiais sujeitos ao ataque de insetos ou outros animais, durante o estoque. 
Ex.: grãos, madeiras, peles, etc. 
 
A adoção da classificação por perecimento permite: 
a. Determinar lotes de compras mais racionais; 
b. Programar revisões periódicas para detectar falhas de estocagem; 
c. Selecionar adequadamente os locais de estoque, utilizando técnicas adequadas de manuseio e 
transporte de materiais. 
 
Quanto à periculosidade 
 
A adoção dessa classificação visa à identificação de materiais, como, por exemplo, produtos químicos 
e gases, que, por suas características físico-químicas, possuam incompatibilidade com outros, 
oferecendo riscos à segurança. Essa classificação é útil para o manuseio, transporte e armazenagem 
desses materiais. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da Norma NBR-7502, aborda o 
transporte de cargas perigosas e a Norma P-NB-98 classifica os líquidos inflamáveis. 
 
Possibilidade de fazer ou comprar 
 
Essa classificação visa determinar quais os materiais que poderão ser recondicionados, fabricados 
internamente ou comprados. A recuperação de um material deve ter custo inferior à compra de um novo 
item. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 4 
 
Material que após a sua utilização passou por um processo de beneficiamento, permitindo a sua 
reutilização sem que suas qualidades originais fossem diminuídas. 
a. Fazer internamente – materiais que são fabricados na empresa; 
b. Comprar – são materiais que devem ser adquiridos no mercado, para os quais não há a 
possibilidade de fabricação na empresa; 
c. Decidir por fazer ou comprar – são materiais que estão sujeitos à análise de fazer internamente 
ou comprar; 
d. Recondicionar – materiais passíveis de recuperação que devem ser recondicionados após 
desgaste e uso, não devendo ser comprados nem feitos internamente. 
 
Tipos de estocagem 
 
- Estocagem permanente – materiais com ressuprimento constante do estoque (renovação 
automática), devendo sempre existir saldo no almoxarifado; 
 
- Estocagem de consumo – são materiais de utilização imediata, ou seja, de não estoque, que ficam 
estocados no almoxarifado somente até a sua utilização. 
 
Dificuldade de aquisição 
 
As dificuldades na obtenção de materiais podem provir de: 
• Fabricação especial: envolve encomendas especiais, com cronogramas de fabricação longos e 
acompanhamentos e inspeções nas diversas fases da fabricação; 
• Escassez: há pouca oferta no mercado, o que pode comprometer a produção; 
• Sazonalidade: a oferta sofre alterações durante o ano; 
• Monopólio ou tecnologia exclusiva: há um único fornecedor; 
• Logística sofisticada: transporte especial, ou difícil acesso para a retirada ou entrega; 
• Importações: dependem da liberação de verbas ou financiamentos externos. 
 
Quanto à dificuldade de aquisição os materiais podem ser classificados em: 
• Fácil aquisição 
• Difícil aquisição 
 
A classificação “dificuldades de aquisição” proporciona alguns benefícios à organização: 
• Dimensionar os níveis de estoque; 
• Fornecer subsídios aos gestores de estoque para a seleção do método a ser adotado para o 
ressuprimento; 
• Propiciar maior experiência aos compradores em materiais com maior grau de dificuldade; 
• Propicia maior experiência, pois tais materiais necessitam de ações ágeis e prioritárias. 
 
A classificação de materiais está relacionada à catalogação, especificação, normalização e 
codificação, a seguir apresentaremos cada uma delas: 
 
Catalogação: é a primeira fase do processo de classificação de materiais e consiste em ordenar, de 
forma lógica, todo um conjunto de dados relativos aos itens identificados, codificados e cadastrados, de 
modo a facilitar a sua consulta pelas diversas áreas da empresa. É importante ressaltar, que quando 
simplificamos um material, favorecemos sua normalização, reduzimos as despesas ou evitamos que elas 
oscilem. Por exemplo, cadernos com capa, número de folhas e formato idênticos contribuem para que 
haja a normalização. Ao requisitar uma quantidade desse material, o usuário irá fornecer todos os dados 
(tipo de capa, número de folhas e formato), o que facilitará sobremaneira não somente sua aquisição, 
como também o desempenho daqueles que se servem do material, pois a não simplificação 
(padronização) pode confundir o usuário do material, se este um dia apresentar uma forma e outro dia 
outra forma de maneira totalmente diferente. 
 
Especificação: consiste em uma simplificação da especificação do material, que é uma descrição 
minuciosa para possibilitar melhor entendimento entre consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de 
material a ser requisitado. 
 
Normalização: maneira pela qual devem ser utilizados os materiais em suas diversas finalidades e da 
padronização e identificação do material, de modo que tanto o usuário como o almoxarifado possam 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 5 
 
requisitar e atender os itens utilizando a mesma terminologia. A normalização é aplicada também no caso 
de peso, medida e formato. 
 
Codificação: é a apresentação de cada item através de um código, com as informações necessárias 
e suficientes, por meio de números e/ou letras. É utilizada para facilitar a localização de materiais 
armazenados no almoxarifado, quando a quantidade de itens é muito grande. 
Trataremos mais profundamente da codificação, pois uma boa classificaçãodo material, parte da 
codificação do mesmo, ou seja, representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas 
por meios de números e/ou letras. 
 
Os métodos de codificação mais comumente usados são: 
 
- Número Sequencial 
É o método pelo qual se distribui sequencialmente números arábicos a casa material que se deseja 
codificar. Este método embora simples, não deixa de ser bastante eficaz, especialmente em empresas 
de pequeno e médio portes. 
 
- Método Alfabético 
A codificação pelo sistema alfabético é a que utiliza letras em vez de números, para a identificação 
dos materiais. É um sistema bastante limitado especialmente hoje, quando as máquinas que não aceitam 
símbolos alfabéticos já são tão largamente aceitas nas empresas modernas. No sistema alfabético o 
material é codificado segundo uma letra, sendo utilizado um conjunto de letras suficientes para preencher 
toda a identificação do material. Pelo seu limite em termos de quantidade de itens e uma difícil 
memorização, este sistema está em desuso. 
 
- Método Alfanumérico ou Misto 
Este método caracteriza-se pela associação de letras e algarismos. Permite certa flexibilidade 
porquanto as letras que antecedem os números poderão indicar lotes ou representar a inicial do material 
codificado. Apesar de ser o método mais difundido no Brasil, apresenta o problema da não aceitação das 
letras pelos sistemas mecanizados. 
O sistema alfanumérico é uma combinação de letras e números e permite um número de itens em 
estoque superior ao sistema alfabético. Normalmente é dividido em grupos e classes, assim: 
A C --- 3721 
(classe, grupo e código indicador) 
 
- Método decimal (simplificado) 
Este método de codificação apoia-se na “Decimal Classification”, do famoso bibliotecário norte 
americano Melville Louis Kossuth Dervey. É uma adaptação de ideia genial de Dervey, uma simplificação 
de seu sistema. Consiste basicamente na associação de três grupos e sete algarismos. É o método mais 
utilizado nos almoxarifados para a codificação dos materiais. 
1º Grupo-00 - Classificador: designa as grandes “Classes” ou agrupamentos de materiais em estoque; 
2º Grupo-00 - Individualizador: identifica cada um dos materiais do 1º grupo; 
3º Grupo-000 - Caracterizador: descreve os materiais pertencentes ao 2º grupo, de forma definitiva, 
com todas as suas características, a fim de torná-los inconfundíveis. 
Sendo o mais usado nas empresas, pela sua simplicidade e com possibilidades de itens em estoque 
e informações incomensuráveis. 
 
Mercado fornecedor 
 
• Mercado nacional: materiais fabricados no próprio país; 
• Mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país; 
• Materiais em processo de nacionalização: materiais para os quais se estão desenvolvendo 
fornecedores nacionais. 
 
Metodologia de cálculo da curva ABC 
 
A Classificação ABC permite identificar aqueles itens em estoque que necessitam de atenção maior 
em razão da representatividade de cada um em relação aos investimentos feitos em estoque. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 6 
 
A importância da Classificação ABC reside no fato de que em um estoque com milhares de itens é 
inviável dar a mesma atenção a todos os itens, por isso identificar o valor ou importância dos principais 
itens facilita a gestão de estoque. 
Na Classificação ABC, os itens são divididos em três classes: 
 
1. Classe A: pequeno número de itens responsáveis por alta participação no valor total dos estoques. 
Justificam procedimentos meticulosos no seu dimensionamento e controle (mais importantes). 
2. Classe B: são itens intermediários entre as classes A e C. Os procedimentos de dimensionamento 
e controle não precisam ser tão meticulosos (importância intermediária). 
3. Classe C: são itens de menor importância, que não justificam procedimentos rigorosos de 
dimensionamento e controle, devendo predominar a adoção de estoques elevados (pouco importantes). 
A Classificação ABC pode ser feita de diversas formas, mas a mais difundida e assimilada é a que 
considera o valor de custo da demanda anual de cada material em estoque. 
 
Os elementos necessários para que a classificação possa ser feita são: 
1. Relação de todos os materiais em estoque; 
2. Preço unitário de aquisição de cada material; 
3. Demanda ou consumo anual de cada material; 
4. Montante do capital investido no exercício para a aquisição desses materiais. 
 
Com esses elementos, é possível calcular o valor do consumo anual, a relação de materiais em ordem 
decrescente de capital investido e a relação de valores acumulados de capital investido. 
Dessa forma, procede-se listando todos os itens que estão em estoque durante um determinado 
período de tempo. Para cada linha de produto, insira as seguintes colunas: descrição, preço unitário, 
quantidade e valor total (preço unitário X quantidade). 
Inclua uma nova coluna para classificar os itens pelo valor total, em ordem numérica. Em seguida, 
utilize essa coluna para reorganizar os produtos de acordo com seu valor total, em ordem decrescente. 
Adicione outra coluna para inserir o valor total acumulado, ou seja, o valor do produto em questão 
somado ao valor de todos os itens anteriores. 
Por último, inclua uma coluna extra para calcular a porcentagem que o valor de cada item representa 
em relação ao valor total acumulado de todos os produtos. Com a planilha organizada desta forma, você 
terá à sua disposição uma classificação para gerenciar os produtos de acordo com sua prioridade. 
Ao somar a porcentagem de cada tipo de produto sobre o valor total acumulado, por exemplo, sua 
empresa será capaz de identificar que itens deve controlar para gerenciar 80% do valor estoque (Classe 
A). Esses itens deverão ser acompanhados de perto por seus funcionários e dispor de um estoque de 
segurança reduzido. 
Já os itens da classe C (5% do valor) podem ter controles mais simples e estoques de segurança 
ampliados, enquanto a classe B (15% do valor) pode ter uma estratégia intermediária de gerenciamento. 
 
Dessa forma, as letras ABC servem para classificar cada grupo de item estocado, levando em conta a 
quantidade armazenada e seu respectivo valor (custo): 
 
A: são os itens de alta prioridade. Corresponde a 80% do valor do estoque distribuídos em 20% dos 
itens; 
B: são os itens intermediários. Representa 15% do valor disseminados em 30% dos itens; 
C: são os itens de baixa prioridade. Condiz a 5% do valor partilhado em 50% das mercadorias. 
A classificação ABC ou análise ABC é uma ferramenta muito utilizada na gestão de estoques. O uso 
dessa ferramenta permite dar uma atenção especial no controle de acordo com a importância dos 
produtos estocados, espaço de tempo e consumo, valor monetário e quantidade. Os itens da classe A 
são classificados como itens responsáveis pela alta participação no valor total dos estoques, conforme 
alternativa A). Os itens da classe B são intermediários entre as classes A e C, os procedimentos de 
dimensionamento e controle não precisam ser meticulosos e seu método pode variar. Os itens C são de 
menor importância, que não justificam procedimentos. 
 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 7 
 
 
 
 
Armazenagem3 
 
A armazenagem nada mais é do que um conjunto de funções que tem nele a recepção, descarga, 
carregamento, arrumação e conservação de matérias – primas, produtos acabados ou semiacabados. 
Este processo envolve mercadorias, e apenas produz resultados quando é realizado uma operação com 
o objetivo de lhe acrescentar valor. 
 
A armazenagem pode ser definida como o compromisso entre os custos e a melhor solução para as 
empresas. Na prática isso só é possível se tiver em conta todos os fatores que influenciam os custos de 
armazenagem, bem como a importânciarelativa dos mesmos. 
 
As atividades que compõem a armazenagem são: 
 
Recebimento: é o conjunto de operações que envolvem a identificação do material recebido, analisar 
o documento fiscal com o pedido, a inspeção do material e a sua aceitação formal. 
 
Estocagem: é o conjunto de operações relacionadas à guarda do material. A classificação dos 
estoques constitui-se em: estoque de produtos em processo, estoque de matéria – prima e materiais 
auxiliares, estoque operacional, estoque de produtos acabados e estoques de materiais administrativos. 
 
Distribuição: está relacionada à expedição do material, que envolve a acumulação do que foi recebido 
da parte de estocagem, a embalagem que deve ser adequada e assim a entrega ao seu destino final. 
Nessa atividade normalmente precisa-se de nota fiscal de saída para que haja controle do estoque. 
 
 
 
3
 SANT’ANA, V. A armazenagem de materiais. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/a-armazenagem-de-
materiais/63976/>. Acesso em: 12 mai. 2015. 
Recebimento, Armazenagem e Distribuição - Entrada, Conferência, 
Objetivos da Armazenagem, Critérios e Técnicas de Armazenagem, 
Arranjo Físico (Leiaute). 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 8 
 
Tipos de armazenagem 
 
Existem dois tipos de armazenagem: a temporária e a permanente. 
 
Armazenagem temporária: tem como função conseguir uma forma de arrumação fácil de material, 
como por exemplo a colocação de estrados para uma armazenagem direta entre outros. 
 
Armazenagem permanente: tem um local pré-definido para o depósito de materiais, assim o fluxo do 
material determina a disposição do armazém, onde os acessórios do armazém ficarão, assim, garantindo 
a organização do mesmo. 
 
Técnicas de armazenagem4 
 
As técnicas de armazenagem são compostas por 3 princípios: 
 
1) Princípio de economia de escala na movimentação – princípio que se baseia no trabalho com o uso 
do palete (material de madeira usado para armazenar as mercadorias); 
2) Princípio da continuidade do movimento – aquele operador com ou sem equipamento, mas, que 
quem começou o movimento termina. Não se trabalha o movimento em divisão com outra pessoa, pois 
ocorre perda de tempo e risco maior de acidentes; 
3) Princípio de redução do esforço – cargas com maior peso, maior volume ou maior rotatividade, 
devem ficar armazenados sempre na parte inferior. 
 
Arranjo físico 
 
Dentro do quadro geral de uma empresa, um papel importante está reservado ao arranjo físico (layout). 
Fazer o arranjo físico de uma área qualquer é planejar e integrar os caminhos dos componentes de um 
produto ou serviço, a fim de obter o relacionamento mais eficiente e econômico entre o pessoal, 
equipamentos e materiais que se movimentam. 
Dito de uma forma simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, 
máquinas, equipamentos e pessoal da produção. 
O arranjo físico procura uma combinação ótima das instalações industriais e de tudo que concorre para 
a produção, dentro de um espaço disponível. 
Visa harmonizar e integrar equipamento, mão de obra, material, áreas de movimentação, estocagem, 
administração, mão de obra indireta, enfim todos os itens que possibilitam uma atividade industrial. 
Ao se elaborar, portanto, o arranjo físico deve-se procurar a disposição que melhor conjugue os 
equipamentos com os homens e com as fases do processo ou serviços, de forma a permitir o máximo 
rendimento dos fatores de produção, através da menor distância e no menor tempo possível. 
 
Princípios do Arranjo Físico 
 
Para se conseguir os seus objetivos, o arranjo físico se utiliza dos seguintes princípios gerais, que 
devem ser obedecidos por todos os estudos. 
 
Integração: Os diversos elementos (fatores diretos e indiretos ligados a produção) devem estar 
integrados, pois a falha em qualquer um deles resultará numa ineficiência global. Todos os pequenos 
pormenores da empresa devem ser estudados, colocados em posições determinadas e dimensionados 
de forma adequada; como por exemplo, a posição dos bebedouros, saídas do pessoal, etc. 
 
Mínima Distância: O transporte nada acrescenta ao produto ou serviço. Deve-se procurar uma 
maneira de reduzir ao mínimo as distâncias entre as operações para evitar esforços inúteis, confusões e 
custos. 
 
Obediência ao fluxo das operações: As disposições das áreas e locais de trabalho devem obedecer 
as exigências das operações de maneira que homens, materiais e equipamentos se movem em fluxo 
contínuo, organizado e de acordo com a sequência lógica do processo de manufatura ou serviço. Devem 
ser evitados cruzamentos e retornos que causam interferência e congestionamentos. Eliminar obstáculos 
 
4
 CORRÊA, E.; VIEIRA, V. Armazenagem de Materiais, 2012. Disponível em: <http://armazenagemdemateriais2.blogspot.com.br/>. Acesso em: 
12 mai. 2015. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 9 
 
a fim de garantir melhores fluxos de materiais e sequência de trabalho dentro da empresa, reduzindo 
materiais sem processo mantendo-os contínuo movimento. 
 
Racionalização de espaço: Utilizar da melhor maneira o espaço e se possível as 3 dimensões. 
 
Satisfação e segurança: A satisfação e a segurança do homem são muito importantes. Um melhor 
aspecto das áreas de trabalho promove tanto a elevação da moram do trabalhador quanto a redução de 
riscos de acidentes. 
 
Flexibilidade: Este é um princípio que, notadamente na atual condição de avanço tecnológico, deve 
ser atentamente considerado pelo projetista de layout. São frequentes e rápidas as necessidades de 
mudança do projeto do produto, mudanças de métodos e sistemas de trabalho. A falta de atenção a essas 
alterações pode levar uma empresa ao obsoletismo. No projeto do layout deve-se considerar que as 
condições vão mudar e que o mesmo deve ser fácil de mudar e de se adaptar as novas condições. 
 
Tipos de Arranjo Físico 
 
Depois que o tipo de processo foi selecionado, o tipo básico de arranjo físico deve ser definido. O tipo 
de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da operação e é em grande parte 
determinado pelo tipo de produto, tipo de processo de produção e volume de produção. Existem quatro 
tipos básicos de arranjo físico dos quais a maioria dos arranjos se derivam: 
 
- arranjo posicional ou por posição fixa 
- arranjo funcional ou por processo 
- arranjo linear ou por produto 
- arranjo de grupo ou celular 
 
- arranjo posicional ou por posição fixa  Os produtos ficam parados enquanto os funcionários se 
movem ao redor deles. 
Ex.: construção de avião. 
 
- arranjo funcional ou por processo  Processos similares ou com necessidades similares são 
localizados juntos. Os produtos percorrem o roteiro de acordo com suas necessidades. Apresenta alto 
grau de complexidade. 
Ex.: estampagem de camisetas. 
 
- arranjo linear ou por produto  Cada produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro 
pré-definido o qual a sequência dos processos foram arranjados fisicamente. 
Ex.: montagem de automóveis. 
 
- arranjo de grupo ou celular  Máquinas são agrupadas em células. São formadas para produzir 
uma família de peças, que exijam as mesmas máquinas e têm configurações similares. 
 
Vantagens: 
 
• mudanças de máquinas são simplificadas; 
• período de treinamento é menor; 
• custos de manuseio de materiais reduzidos; 
• menor tempo de despacho de peças; 
• menor quantidade de estoque intermediário; 
• maior facilidade de automatização da produção. 
 
Ex.: construção de uma rodovia 
 
 
 
1113428 E-book gerado especialmentepara ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 10 
 
Vantagens e desvantagens dos layouts 
 
Layout Vantagens Desvantagens 
Posicional 
Flexibilidade de mix 
Produto não movido 
Variedade de tarefas 
Custo unitário alto 
Programação de espaços e atividades 
complexa 
Movimentação de equipamentos e mão-
de-obra 
Funcional 
Flexibilidade de mix 
Boa reação no caso de paradas para 
manutenção 
Supervisão facilitada 
Baixa utilização de recursos 
Estoques elevados 
Fluxo complexo 
Celular 
Flexibilidade de mix 
Lead-time baixo 
Trabalho em grupo 
Reconfiguração de equipamentos (custos) 
Pode requerer capacidade adicional 
Pode reduzir utilização dos recursos 
Por 
Produto 
Baixo custo unitário 
Especialização de equipamento 
Fluxo continuado 
Baixa flexibilidade de mix 
Trabalho repetitivo 
Susceptível a paradas para manutenção 
 
Administração de materiais, gestão de estoques e armazenagem 
 
O estoque é composto por materiais ou produtos que ficam fisicamente disponíveis pela empresa, até 
o momento de ingressarem no processo produtivo ou seguirem para a comercialização direta ao 
consumidor final. Os estoques podem ser de matérias-primas e outros insumos, produtos em processos 
(produtos semiacabados), produtos acabados disponíveis para a comercialização e todos os demais 
materiais e insumos que a empresa utiliza e que necessitam estar armazenados nas suas dependências. 
Um dos itens mais importantes do Ativo de uma empresa comercial é o estoque. Essa importância 
advém não só de sua alta participação percentual no total do Ativo, mas também do fato de ser a partir 
dele que se determina o custo das mercadorias ou produtos vendidos. 
Segundo Oliveira, o estoque representa o custo das mercadorias possuídas por uma empresa numa 
data especifica. Ou seja, é uma conta que registra os bens adquiridos para serem revendidos ou 
transformados. 
O tipo de estoque que uma empresa possui, depende do seu objetivo social: se for uma empresa que 
comercializa produtos, ela compra e vende os mesmos produtos e seu estoque é constituído de 
mercadorias. Assim sendo, a venda de estoques gera receita de vendas, custo de mercadorias ou 
produtos vendidos e estoque final. 
Os estoques existem por duas razões, incerteza e economia de escala. As incertezas surgem por 
diversas razões: incerteza na demanda, pois existe uma margem de erro ao prever a demanda; incerteza 
no fornecimento, pois, a depender do relacionamento com o fornecedor, não há garantia de que o material 
sempre será entregue no momento exato, motivo pelo qual as empresas mantém um estoque de matéria-
prima; e, finalmente, incerteza no nosso próprio processo produtivo, já que podemos atrasar a entrega, 
máquinas podem quebrar, peças podem ser produzidas com defeito, pode haver greve, etc. Quanto a 
economia de escala, se for feita uma remessa de material para determinada região, por que não fechar 
uma carga completa de transporte, já que o carreto já está pago, diminuindo o custo unitário de 
transporte? Para não trabalhar com estoques muito grandes, pode-se comprar em parceria com outras 
empresas, para ganhar no custo do frete. Produzir em lote, muitas vezes excedendo o pedido feito pelo 
cliente, pode significar redução de custos ligados a produção, como água e energia, que seriam utilizados 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 11 
 
na mesma quantidade, mesmo produzindo menos, e as peças produzidas a mais vão para estoque em 
uma tentativa de reduzir os custos de set up, as eficiências, evitar paradas desnecessárias, etc. 
Assim, o estoque existe justamente devido às falhas que existem em nosso processo. O que leva à 
primeira percepção: para reduzir os estoques, é preciso criar sistemas e mecanismos de minimização de 
falhas. Esta foi a primeira lição desenhada pelo modelo japonês de produção e todos os processos que 
envolvem a gestão pela qualidade total. 
Com base nessa justificativa para a existência de estoques é possível desdobrar uma série de 
estratégias para a sua melhor utilização. A melhoria das formas de previsão de demanda, por exemplo, 
é uma maneira de racionalizar os estoques de produtos acabados e permitir um fluxo mais contínuo de 
material com melhor atendimento ao cliente. Assim, os modelos de previsão de demanda, sejam 
subjetivos ou objetivos irão determinar um papel crucial para a gestão dos estoques e da demanda. As 
ferramentas de melhoria da produção como qualidade total, seis sigma, teoria das restrições, etc. 
terminam sempre resultando em níveis mais adequados de fornecimento com a mínima utilização de 
recursos. 
O termo Custo de Mercadorias entende-se que é o preço pago pela mercadoria, acrescido de outras 
despesas para movimentação do estoque, deduzido os impostos recuperáveis e o valor de mercado. 
O princípio básico é que o custo das mercadorias adquiridas deve compreender todos os gastos que 
a empresa realiza para adquiri-las e colocá-las em condições de serem vendidas. Para uma empresa que 
compra e vende mercadorias, tais custos incluem o preço de compra e os gastos com transporte, 
recepção, inspeção e colocação nas prateleiras, além de custos administrativos associados ao controle 
dos estoques5. 
Diante da existência do custo das mercadorias e do valor de mercado, surge a necessidade de escolher 
o menor valor para avaliar o estoque. O problema para se chegar a essa conclusão, prende-se ao fato da 
empresa ter em estoque o mesmo produto adquirido em datas distintas, com custos unitários diferentes. 
Se a empresa conseguir identificar qual unidade foi vendida e quais unidades ficaram em estoque no 
final do período, a mensuração do custo das mercadorias vendidas e do estoque final não apresenta 
problemas. 
A semelhança física entre unidades de alguns produtos, entretanto, cria dificuldades para a 
identificação de quais unidades foram vendidas e quais ficaram em estoque. Mesmo quando avanços na 
tecnologia permitem que a empresa acompanhe cada item de seu estoque, ela pode preferir não fazê-lo, 
dados os custos envolvidos6. 
Desta forma, surge a dúvida sobre qual preço unitário deve ser atribuído a tais estoques na data do 
balanço. Favaro destaca que: “o importante é que de acordo com os princípios contábeis (do custo original 
como base de valor), deve se trabalhar com os valores de aquisição (entradas) das mercadorias, o que 
pode variar é o critério adotado para sua valoração”7. 
Considerando esse ponto de vista são várias as possibilidades de atribuição desse valor. Qualquer um 
dos métodos de valoração dos estoques, quando utilizados nas mesmas condições de quantidades e 
preços, manterá a situação real das empresas nas mesmas igualdades, com a mesma quantidade de 
estoque, porém ainda segundo Favaro, os resultados são influenciados pelos diferentes critérios de 
valoração de seus estoques, que provocam diferença no custo das mercadorias vendidas interferindo 
assim na obtenção do lucro bruto na Demonstração de Resultado do Exercício. 
Isso quer dizer que os resultados obtidos são diferentes, em consequência dos critérios de atribuição 
de custos utilizados, embora todos tenham como base o mesmo custo de aquisição. 
 
Alguns critérios de avaliação de estoques: 
 
- Método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), do inglês, FIFO (first-in, first-out), ou seja, os 
primeiros artigos a entrarem no estoque, serão aqueles que sairão em primeiro lugar, deste modo o custo 
da matéria-prima deve ser considerado pelo valor de compra desses primeiros artigos. 
O estoque apresenta uma relação forte com o custo de reposição, pois esse estoque representa os 
preços pagos recentemente, adotar este método, faz com que haja oscilação dos preços sobre os 
resultados, pois as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principaisrazões pelas quais alguns se mostram contrários a este método. 
As vantagens o desse método consistem no controle preciso dos materiais, pois são ordenados em 
uma base contínua de acordo com sua entrada, o que é importante, quando se trata de produtos sujeitos 
a mudança de qualidade, decomposição, deterioração etc.; o resultado obtido revela o custo real dos 
artigos específicos utilizados nas saídas; os artigos utilizados são retirados do estoque e a baixa dos 
mesmos é dada de uma maneira sistemática e lógica. 
 
 
5
 STICKNEY; Weil. Contabilidade Financeira: Uma introdução aos Conceitos Métodos e Usos; ed. São Paulo: Atlas, 2001 
6
 Ibidem 
7
 FAVARO, H.L; LEONARDONNI, C. S; et al. Contabilidade: Teoria e pratica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 12 
 
- Método UEPS (último a entrar, primeiro a sair), do inglês LIFO (last-in first-out) é um método de avaliar 
estoque bastante discutido. O custo do estoque é obtido como se as unidades mais recentes adicionadas 
ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas). 
Pressupõe-se, deste modo, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao 
custo das mesmas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos artigos vendidos (saídas) 
tende a refletir no custo dos artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos). Também 
permite reduzir os lucros líquidos expostos. 
As vantagens de utilização deste método consistem na apuração correta de seus custos correntes; o 
estoque é avaliado em termos do nível de preço da época em que o UEPS foi introduzido; é uma forma 
de se custear os artigos consumidos de uma maneira realista e sistemática; em períodos de alta de 
preços, os preços maiores das compras mais recentes, são ajustados mais rapidamente às produções, 
reduzindo o lucro. No entanto, não é aceito pela legislação brasileira. 
 
- Custo Médio é o método utilizado nas empresas brasileiras para atendimento à legislação fiscal. 
Empresas multinacionais com operações no Brasil frequentemente têm de avaliar o estoque segundo o 
método da matriz, e também segundo o custo médio para atendimento à legislação brasileira. 
Esse método permite que as empresas realizem um controle permanente de seus estoques, e que a 
cada aquisição, o seu preço médio dos produtos seja atualizado, pelo método do custo médio ponderado. 
 
Geralmente as empresas que não possuem uma boa política de estocagem e vivem um dilema: quanto 
a empresa deve estocar para que seus interesses e os dos seus clientes sejam atendidos de forma 
satisfatória? A esse respeito, o Planejamento é um dos principais instrumentos para o estabelecimento 
de uma política de estocagem eficiente. Pois, o departamento de vendas deseja um estoque elevado para 
atender melhor o cliente e a área de produção prefere também trabalhar com uma maior margem de 
segurança de estoque. 
Em contrapartida, o departamento financeiro quer estoques reduzidos para diminuir o capital investido 
e melhorar seu fluxo de caixa. Segundo Erasmo8, planejar esta atividade é fundamental, porque de um 
bom planejamento virão, por exemplo, uma menor necessidade de capital de giro e uma margem de lucro 
maior”. Por esse motivo, os empresários devem estar atentos aos objetivos da empresa para definir as 
quantidades corretas de cada mercadoria que deve estar no estoque em um determinado período de 
tempo, para que a empresa não sofra nenhum prejuízo. 
E, já que o alto custo do dinheiro não permite imobilizar grandes quantias em estoque e que manter 
uma empresa com uma boa variedade de produtos exige uma imobilização elevada de capital de giro, ele 
deve saber exatamente o equilíbrio entre a quantidade de compras suficiente para um determinado 
período de vendas e a variedade de artigos para que os clientes tenham opção de escolha. 
Para que isso aconteça, é importante que o empresário levante periodicamente a média mensal de 
compras para compará-las com as vendas e, com isso, saber se o investimento em mercadorias está 
tendo o retorno desejado. 
O ato de comprar deve ser sempre precedido de um bom planejamento. De acordo com Stickney9: "A 
compra de mercadorias envolve a colocação do pedido, o recebimento e a inspeção das mercadorias 
encomendadas e o registro da compra. Rigorosamente, o comprador de uma mercadoria somente deveria 
registrar a compra quando a propriedade legal da mercadoria adquirida passasse do vendedor para o 
comprador. 
Caracterizar quando isso acontece envolve tecnicalidades legais associadas ao contrato entre as duas 
partes". E para que isso aconteça, é de grande importância a elaboração de uma previsão de compras. 
Nas empresas comerciais, essa previsão é complicada, pois o número de mercadorias comercializadas 
é muito grande. Como observa Stickney10, “as empresas preferem vender tanto quanto possível, com um 
número mínimo de capital ‘empatado’ em estoque”. Por isso, a previsão deve ser elaborada pelos diversos 
setores funcionais da empresa, observando-se as características e peculiaridades do mercado fornecedor 
e do comportamento das vendas. 
É aconselhável que sejam feitas previsões individuais para cada setor ou departamento e reuni-las 
posteriormente em uma só, facilitando o planejamento das compras. Depois de preparada a previsão de 
compras, esta deve ser ajustada ás condições financeiras da empresa. Isso deve ser feito em reunião 
com os encarregados de compras, os encarregados de vendas e os encarregados pelo controle financeiro 
para que se encontre um equilíbrio entre os setores. 
A empresa que não faz a previsão de compras encontra dificuldades para manter seus estoques de 
forma equilibrada. Acabam comprando mercadorias de acordo com as necessidades surgidas correndo 
o risco de não ter produtos em épocas que o volume de vendas cresce. 
Perdendo dessa forma, oportunidade de aumentar suas vendas, perdendo clientes e, 
consequentemente, diminuído o lucro da empresa. E não tendo a previsão correta de compras, ele pode 
 
8
 Operações com estoques. Disponível em: <http://pessoal.sercomtel.com.br/carneiro/contII>. Acesso em: 12 mai. 2015. 
9
 STICKNEY; Weil. Contabilidade Financeira: Uma introdução aos Conceitos Métodos e Usos; ed. São Paulo: Atlas, 2001 
10
 Ibidem 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 13 
 
comprar um volume inadequado de mercadorias aumentando o custo de manutenção dos estoques. Para 
Stickney11: "Manter estoques – ou como também se diz, carregar estoques - gera custos". 
Isso ocorre, porque quanto maior a quantidade de mercadorias estocadas, maior será o espaço físico 
necessário para guardá-las, maior o número de funcionários necessários e maiores os gastos para 
controle do estoque. 
Além disso, o mesmo autor destaca que pelo menos uma pequena quantidade de mercadorias precisa 
ser mantida em estoque para satisfazer às necessidades dos clientes à medida que elas apareçam. 
 
Métodos de previsão de estoques: 
 
Método do último período: Esse método esse consiste apenas em repetir o consumo do último período. 
Se, por exemplo, o consumo em um mês qualquer for de 50, você repete o mesmo valor no estoque para 
o próximo mês. 
 
Método da média móvel: Deve-se determinar um período para se efetuar a previsão de consumo do 
próximo período, o período deve levar em consideração a sazonalidade do produto. Exemplo: Uma loja 
de brinquedos tem suas vendas aumentadas no dia das crianças e no natal. 
 
Exemplo: 
2014 
- fevereiro – Consumo de 160 
- março – Consumo de 165 
- abril – Consumo de 170 
- maio – Consumo de 165 
- junho – Consumo de 160 
- julho – Consumo de 170 
- agosto – Consumo de 165- setembro – Consumo de 170 
- outubro – Consumo de 200 
- novembro – Consumo de 170 
- dezembro – Consumo de 170 
Calcule a previsão para janeiro de 2015, utilizando todo o período apresentado. Deve-se somar os 
valores dos 11 períodos apresentados e posteriormente dividir por 11: 
 
160+165+170+165+160+170+165+170+200+170+170= 1865/11= 169,54 
 
Como não se pode ter metade de um produto, devemos arredondar para 170. De acordo com esse 
método da média móvel, a previsão de consumo médio para janeiro de 2015, é de 170. 
 
Método da média móvel ponderada: São estabelecidas porcentagens colocando as maiores nos 
períodos mais próximos do que será previsto. Considere os dados da Tabela 1. Prever o mês de Janeiro 
do Ano 2 utilizando a média móvel trimestral com fator de ajustamento 0,9 para Dezembro, 0,7 para 
Novembro e 0,8 para Outubro. 
 
 
De acordo com esse método da média móvel ponderada, a previsão de consumo médio para janeiro 
do Ano 2 é de 300. 
 
Diante dos fatos apresentados, fica claro que a utilização correta do estoque de mercadorias é fator 
determinante para a lucratividade das empresas comerciais. A escolha de um bom critério para atribuição 
dos custos das mercadorias é um dos passos importantes para uma política de estoque eficiente. Pois, 
mesmo que todos os critérios tenham como base o mesmo custo de aquisição, tornando suas situações 
 
11
 Ibidem 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 14 
 
reais idênticas, os resultados obtidos são diferentes influenciando na lucratividade e na carga tributária 
da empresa. 
 
Outro fator na determinação da lucratividade da empresa é o bom planejamento da previsão de 
compras. Sendo o planejamento bem feito, fica fácil fazer as compras, já que toda empresa organizada 
tem seus fornecedores tradicionais cadastrados. O encarregado de compras deve acompanhar 
permanentemente os pedidos, principalmente, aqueles que não foram atendidos, pois se os prazos de 
entrega não forem cumpridos pelos fornecedores, a previsão de compras pode ser prejudicada e, 
consequentemente, a produção e as vendas da empresa também. Mais um fato notado, é que estocar 
mercadorias por muito tempo é um fator de diminuição da lucratividade das empresas. Os produtos devem 
ser estocados o menor tempo possível, visto que reduz custo de manutenção e indica que o investimento 
feito pela empresa na compra das mercadorias retornou rapidamente. 
Enfim, conclui-se que o estoque garante os objetivos principais das empresas comerciais e quando o 
planejamento é adequado, através de uma política de estoques eficiente, a empresa não fica à mercê da 
sorte, podendo controlar seus gastos e aumentar sua lucratividade. 
Adaptação do texto de: Ivan Gonçalves dos Santos 
 
Lote Econômico de Compras refere-se à quantidade ideal de material a ser adquirida em cada 
operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os respectivos custos de 
estocagem são mínimos para o período considerado. Este conceito aplica-se tanto na relação de 
abastecimento pela manufatura para a área de estoque, recebendo a denominação de lote econômico de 
produção, quanto à relação de reposição de estoque por compras no mercado, passando a ser designado 
como lote econômico de compras. 
 
Os Sistemas de Controle de Estoque permite que o poder público controle seu estoque com maior 
eficiência e agilidade, o controle pode ser feito por programas de computador institucionais ou não 
institucionais. Os sistemas de controle de estoque fazem controle das entradas e saídas dos produtos 
permitindo a identificação das unidades que tiveram suas entradas e saídas e a identificação dos produtos 
e permitem a emissão de vários relatórios para conferencia do estoque. 
 
O nível de serviço logístico refere-se à qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado, 
ao tempo necessário para se entregar um pedido ao cliente, em outras palavras o somatório das 
atividades relacionadas com a transação do produto divididas em elementos pré-transação, transação e 
pós-transação12. 
 
Diversos fatores tornam importante o nível de serviço oferecido por uma empresa. A logística concentra 
uma série de constatações que podem ratificar tal importância, como: 
• o nível de serviço influencia a escolha do cliente; 
• o nível de serviço é importante elemento de satisfação do cliente; 
• as vendas tendem a aumentar se o serviço for melhorado além daquele já oferecido por fornecedores 
concorrentes; 
• níveis baixos e ruins de serviço geram diminuição nas vendas; 
• compradores são sensíveis aos níveis de serviço que recebem de seus fornecedores; 
• melhores níveis de serviço podem significar menores custos de estoque; 
• níveis de serviço adequados, combinados para o cliente, de maneira balanceada com preço, 
qualidade são armas importantes para a competitividade da empresa; entre outros. 
 
O baixo Nível de Serviço resulta em prejuízo para a organização. Por isso, é importante encontrar um 
equilíbrio saudável, entre custo e um bom nível de serviço. A organização deve procurar uma boa relação 
entre custo x nível de serviço, para isso deve-se considerar as necessidades de serviço dos clientes, que 
devem ser satisfeitas dentro de limites negociáveis de custo, ou seja, no melhor custo benefício do serviço 
x lucro gerado, e quando o nível de serviço já se encontrar em patamares elevados, suas melhorias são 
mais caras e devem ser analisadas, quanto a serem ou não implementadas. 
 
 
 
 
 
12
 BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. Editora Bookman Companhia Ed, 2006. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 15 
 
 
 
Gestão patrimonial13 
 
A Gestão Patrimonial compreende o planejamento, a estruturação de funções e o controle, com o 
conjunto racional de técnicas, operações e procedimentos, desde a aquisição de bens até sua destinação 
final. 
Dentre os bens móveis permanentes estão às mobílias, equipamentos e utensílios, sendo uma das 
responsabilidades do administrador de patrimônio, fazer o acompanhamento através dos bens móveis 
que compõem o acervo patrimonial da organização, tanto através da gestão operacional quanto da gestão 
administrativa. 
O Controle Patrimonial14 busca identificar e catalogar todos os bens disponíveis e verificar o preço 
atual de cada um deles. Tendo o conhecimento do preço de cada um dos bens disponíveis e somando 
os seus valores, pode-se ter uma ideia exata do valor de mercado da empresa. 
Baseado no Manual de Administração Patrimonial de Bens Móveis do Ativo Permanente15, estudar as 
operações patrimoniais. 
 
Tombamento 
 
Tombamento é o processo de inclusão (entrada) de um bem permanente no sistema de controle 
patrimonial da organização e, em alguns casos, no seu balanço contábil. Isso significa dizer que o bem 
que entra no acervo da instituição, apresentará igualmente um aporte de recursos no balanço patrimonial. 
Por interferir no balanço patrimonial, essa operação é atribuição exclusiva do responsável pelo controle 
patrimonial da unidade. 
O tombamento deve ser realizado sempre no momento em que o bem entra fisicamente na instituição. 
A modalidade do tombamento é escolhida conforme a documentação referente ao bem permanente, 
que indica a fonte de recursos e a origem física do bem. 
 
Aquisição 
 
Aquisição é a modalidade de tombamento realizada quando o bem é adquirido através de recursos 
orçamentários ou extra orçamentários. 
Toda aquisição de material através de despesa orçamentária é realizada por empenho. 
 
Comodato e Cessão 
 
Comodato e Cessão são denominações dadas ao empréstimo gratuito de umbem permanente que 
deve ser restituído após determinado prazo. 
O Comodato é o empréstimo realizado entre a Instituição e empresas privadas, enquanto a Cessão é 
o empréstimo entre a instituição e outros órgãos públicos. 
 
13
 COPAM. Gestão Patrimonial. Disponível em: <http://www.copaminformatica.com.br/tombo.php>. Acesso em: 12 mai. 2015. 
14
 MOTA, M. O Controle Patrimonial e as Empresas. Disponível em: <http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/gestao-e-administracao/controle-
patrimonial-empresas/>. Acesso em: 12 mai. 2015. 
15
 Brasil. Ministério da Educação. Manual de Administração Patrimonial de Bens Móveis do Ativo Permanente. 1. ed. Manaus, 2012. Disponível 
em:<http://www.ifam.edu.br/portal/images/file/MANUAL%20PATRIMONIO%20IFAM.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2015. 
Gestão Patrimonial - Tombamento de bens, Controle de bens, 
Inventário de Material Permanente, Cadastro de bens, 
Movimentação de bens, Depreciação de bens, Alienação de bens e 
Outras formas de Desfazimento de material, Alterações e Baixa de 
bens. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 16 
 
Ambos são realizados através de contrato ou convênio. Como a posse do bem não pertence à 
instituição, um bem tombado por comodato não tem seu valor adicionado ao montante de entradas no 
acervo patrimonial da instituição. Quando ocorrer o retorno do bem ao seu proprietário, deverá ser 
realizada uma baixa por devolução. Caso o bem seja doado definitivamente à instituição o comodato 
deverá ser alterado para Doação. 
 
Doação 
 
A doação significa a transferência da propriedade de bens permanentes para a instituição. O termo de 
doação deve ser emitido pela entidade doadora e deve apresentar todos os elementos identificadores do 
bem tais como descrição detalhada, valor de aquisição, data de aquisição ou de entrega do bem à 
instituição. 
 
Fabricação 
 
Como o próprio nome indica o tombamento por fabricação ocorre quando bem tiver sido fabricado por 
alguma unidade da instituição. 
Pelo fato de a origem dos recursos de um tombamento por fabricação ser sempre a própria Instituição, 
não há necessidade de informar o documento relativo a esta origem. A IN 205/88 no seu item 6.4 
esclarece que: 
A inclusão em carga do material produzido pelo órgão sistêmico será realizada 
à vista de processo regular, com base na apropriação de custos feita pela unidade 
produtora ou, na falta destes, na valoração efetuada por comissão especial, 
designada para este fim.” 
 
E ainda em seu item 6.4.1, que, “O valor do bem produzido pelo órgão sistêmico será igual à soma 
dos custos estimados para matéria-prima, mão-de-obra, desgaste de equipamentos, energia consumida 
na produção, etc.”. 
 
Incorporação 
 
O tombamento por incorporação é feito a partir de um ofício do dirigente da unidade determinando a 
operação (este documento, por convenção, equivale ao documento de origem do bem). Um tombamento 
por incorporação ocorre quando não é possível identificar a origem dos recursos de um bem que se 
encontre pelo menos a dois exercícios (anos) no acervo da unidade ou órgão. 
Para proceder ao tombamento por incorporação deveremos igualmente observar o disposto o item 6.4 
da IN 205 que determina que na falta de possibilidade de apropriar custos de bens, deverá ser realizada 
avaliação por comissão especial que, após análise, arbitrará o valor de tombamento. 
 
Controle de bens 
 
É o conjunto de procedimentos, adotados pela Coordenação de Almoxarifado e/ou Patrimônio, voltado 
à verificação da localização e do estado de conservação dos bens patrimoniais. 
O controle físico tem caráter permanente, em decorrência da própria necessidade de 
acompanhamento da posição físico-financeira do ativo imobilizado. 
 
Inventário 
 
Inventário físico é o instrumento de controle que permite o ajuste dos dados escriturais com o saldo 
físico do acervo patrimonial em cada unidade gestora, o levantamento da situação dos bens em uso e a 
necessidade de manutenção ou reparos, a verificação da disponibilidade dos bens da unidade, bem como 
o saneamento do acervo. 
Tem também a função de analisar o desempenho das atividades do setor de patrimônio através dos 
resultados obtidos no levantamento físico. 
De acordo com a Instrução Normativa 205/88 da Secretaria de Administração Pública16, são cinco os 
tipos de inventários físicos: 
 
16
 Brasil. Instrução Normativa nº 205, de 08 de Abril de 1988. Disponível em: <http://www.daf.unb.br/images/DGM/inst_norma_205_88.pdf>. 
Acesso em: 12 mai. 2015. 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 17 
 
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada 
unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício - constituído do inventário anterior e 
das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. 
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro dos bens 
sob sua responsabilidade; 
c) de transferência de responsabilidade- realizado quando da mudança do dirigente de uma unidade 
gestora; 
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da unidade gestora; 
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por 
iniciativa do órgão fiscalizador. 
 
Movimentação de bens 
 
A movimentação de bens móveis na unidade gestora dar-se-á por: 
I – empréstimo; 
II – transferência de carga patrimonial; 
III – necessidade de reparo e manutenção. 
 
O controle das movimentações e alterações ocorridas no parque de bens patrimoniais móveis da 
unidade gestora é feito mediante a comunicação por memorando a Coordenação de Almoxarifado e/ou 
Patrimônio que irá registrar no sistema informatizado de gestão de patrimônio. 
Nenhum bem pode ser reparado, restaurado ou revisado sem consulta prévia à Coordenação de 
Almoxarifado e/ou Patrimônio e do Responsável, e ainda deve se verificar a existência de garantia ou a 
existência de contrato de manutenção preventiva ou corretiva. 
O orçamento da necessidade de serviço deverá ser realizado nas dependências da unidade gestora, 
sob a vistoria de servidor designado para esse fim, preferencialmente conhecedor do problema do bem. 
A retirada de um bem para reparo deve ser feita mediante atribuição de responsabilidade ao servidor 
encarregado do respectivo serviço ou envio do bem para manutenção externa e esta deve ser precedida 
de autorização do gestor autorizando a execução do serviço. 
A Solicitação de Serviços deve ser preenchida e assinada pelo Responsável mediante provocação 
escrita do Titular do Setor, constando o(s) número(s) de Patrimônio e descrição(ões) dos materiais e 
equipamentos a serem consertados, encaminhadas a Coordenação de Almoxarifado e/ou Patrimônio. 
Bem com situação patrimonial “ociosa” ou que apresente alguma avaria que impeça seu uso normal, 
deve ser recolhido ao Depósito do Patrimônio. 
O recolhimento de bens em período de garantia deve ser aprovado pelo dirigente de cada unidade 
Gestora. 
O remanejamento de bens pode ocorrer em três modalidades: 
I - Transferência entre Detentores de Carga Patrimonial sem movimentação física, também chamada 
de transferência de titularidade de função de confiança. 
II - Transferência entre Detentores de Carga Patrimonial com movimentação física. 
III - Somente a movimentação física do bem. 
 
Depreciação de bens 
 
O desaparecimento de um bem patrimonial móvel – total ou parcial –, por furto, roubo, depredação ou 
qualquer outro sinistro, deverá de imediato ser comunicado, pelo responsável da Carga Patrimonial e à 
Coordenação responsável pelo Almoxarifado e Patrimônio,observando-se os seguintes 
encaminhamentos e providências: 
I. o responsável da Carga Patrimonial deverá informar o ocorrido à Coordenação responsável pelo 
Almoxarifado e/ou Patrimônio que por sua vez deverá registrar a ocorrência em livro próprio e emitir 
Extrato de Ocorrência encaminhando – o ao dirigente máximo da unidade gestora. 
II. O dirigente máximo da unidade gestora encaminhará ofício ao Departamento de Policia Federal 
solicitando providências. 
III. A Diretoria de Administração ou órgão equivalente deverá montar processo nesse sentido, 
comunicar o fato aos superiores hierárquicos, solicitar a nomeação da Comissão de Sindicância, com 
vistas a apurar as responsabilidades. 
 
O processo, acompanhado de parecer conclusivo da Comissão de Sindicância, e homologado pela 
autoridade máxima da unidade gestora deverá ser encaminhado à Coordenação de Almoxarifado e/ou 
Patrimônio, para providencias que se fizerem necessárias. 
No caso de parecer pela reposição ou recuperação do bem pelo responsabilizado, devidamente 
homologado pela autoridade competente da unidade gestora, o processo deverá ser encaminhado à 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 18 
 
Coordenação de Almoxarifado e Patrimônio, que expedirá comunicação oficial estipulando o prazo de 30 
dias, a contar da data do recebimento, para as providências necessária 
No caso de parecer pela baixa patrimonial, devidamente homologado pela autoridade competente, 
depois de esgotadas todas as possibilidades de apuração de responsabilidades, visando à reposição do 
bem, com a consequente garantia de integridade do acervo patrimonial da unidade gestora, o processo 
deverá ser recepcionado pela Diretoria de Administração e Planejamento ou equivalente, e encaminhado 
à Coordenação de Almoxarifado e Patrimônio, que o instruirá para ser homologado pelo(a) responsável 
de Administração e Planejamento. 
O bem reposto pelo responsabilizado ficará no depósito patrimonial da unidade gestora, em local com 
condições adequadas, até que se encerrem os procedimentos administrativos para os registros de 
controle na Coordenação de Almoxarifado e/ou Patrimônio. 
 
Alienação 
 
Todo bem patrimonial, em razão de seu estado de conservação poderá sofrer alienação, sendo 
excluídos da carga patrimonial do órgão. 
Este procedimento precisa de uma avaliação técnica, normalmente feita por uma comissão específica, 
que avaliará as condições reais do bem e indicará a melhor forma de desfazimento do mesmo. 
Atenta-se para o fato da baixa patrimonial se dar pelo valor inscrito na contabilidade da instituição, e 
não pelo valor da alienação. 
 
Desfazimento 
 
O desfazimento de bens consiste no processo de exclusão de um bem do acervo patrimonial da 
instituição, de acordo com a legislação vigente e expressamente autorizada pelo responsável da 
organização. 
Após a conclusão do processo de desfazimento deverá ser realizada a baixa dos bens nos registros 
patrimoniais. 
A seguinte norma regula o desfazimento de bens pela Administração Federal. 
 
DECRETO No 99.658, DE 30 DE OUTUBRO DE 1990. 
 
Regulamenta, no âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação 
e outras formas de desfazimento de material. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da 
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990, no Decreto-Lei nº 200, 
de 25 de fevereiro de 1967, e no Decreto-Lei nº 2.300, de 21 de novembro de 1986, 
 
DECRETA: 
 
Art. 1º O reaproveitamento, a movimentação e a alienação de material, bem assim outras formas de 
seu desfazimento, no âmbito da Administração Pública Federal, são regulados pelas disposições deste 
decreto. 
 
Art. 2º Este decreto não modifica as normas específicas de alienação e outras formas de desfazimento 
de material: 
I - dos Ministérios Militares e do Estado-Maior das Forças Armadas; 
II - do Departamento da Receita Federal, referentes a bens legalmente apreendidos; 
III - dos órgãos com finalidades agropecuárias, industriais ou comerciais, no que respeita à venda de 
bens móveis, por eles produzidos ou comercializados. 
 
Art. 3º Para fins deste decreto, considera-se: 
I - material - designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, acessórios, 
veículos em geral, matérias-primas e outros itens empregados ou passíveis de emprego nas atividades 
dos órgãos e entidades públicas federais, independente de qualquer fator; 
II - transferência - modalidade de movimentação de material, com troca de responsabilidade, de uma 
unidade organizacional para outra, dentro do mesmo órgão ou entidade; 
III - cessão - modalidade de movimentação de material do acervo, com transferência gratuita de posse 
e troca de responsabilidade, entre órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta, 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 19 
 
autárquica e fundacional do Poder Executivo ou entre estes e outros, integrantes de qualquer dos demais 
Poderes da União; 
IV - alienação - operação de transferência do direito de propriedade do material, mediante venda, 
permuta ou doação; 
V - outras formas de desfazimento - renúncia ao direito de propriedade do material, mediante 
inutilização ou abandono. 
Parágrafo único. O material considerado genericamente inservível, para a repartição, órgão ou 
entidade que detém sua posse ou propriedade, deve ser classificado como: 
a) ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado; 
b) recuperável - quando sua recuperação for possível e orçar, no âmbito, a cinquenta por cento de seu 
valor de mercado; 
c) antieconômico - quando sua manutenção for onerosa, ou seu rendimento precário, em virtude de 
uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo; 
d) irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina devido a perda de 
suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação. 
 
Art. 4º O material classificado como ocioso ou recuperável será cedido a outros órgãos que dele 
necessitem. 
1º A cessão será efetivada mediante Termo de Cessão, do qual constarão a indicação de transferência 
de carga patrimonial, da unidade cedente para a cessionária, e o valor de aquisição ou custo de produção. 
2º Quando envolver entidade autárquica, fundacional ou integrante dos Poderes Legislativo e 
Judiciário, a operação só poderá efetivar-se mediante doação. 
 
Art. 5º Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional 
informarão, mediante ofício ou meio eletrônico desde que certificado digitalmente por autoridade 
certificadora, credenciada no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - BRASIL, à 
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 
a existência de microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e demais equipamentos 
de informática, respectivo mobiliário, peças-parte ou componentes, classificados como ocioso, 
recuperável, antieconômico ou irrecuperável, disponíveis para reaproveitamento. 
§ 1º As entidades indicadas no art. 22, quando optarem pela doação desses bens, poderão adotar os 
mesmos procedimentos previstos no caput. 
§ 2º A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação indicará a instituição receptora dos bens, 
em consonância com o Programa de Inclusão Digital do Governo Federal. 
§ 3º Não ocorrendo manifestação por parte da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação no 
prazo de trinta dias, o órgão ou entidade que houver prestado a informação a que se refere o caput poderá 
proceder ao desfazimento dos materiais. 
 
Art. 6º (REVOGADO) 
 
Art. 7º Nos casos de alienação,a avaliação do material deverá ser feita de conformidade com os preços 
atualizados e praticados no mercado. 
Parágrafo único. Decorridos mais de sessenta dias da avaliação, o material deverá ter o seu valor 
automaticamente atualizado, tomando-se por base o fator de correção aplicável às demonstrações 
contábeis e considerando-se o período decorrido entre a avaliação e a conclusão do processo de 
alienação. 
 
Art. 8º A venda efetuar-se-á mediante concorrência, leilão ou convite, nas seguintes condições: 
I - por concorrência, em que será dada maior amplitude à convocação, para material avaliado, isolada 
ou globalmente, em quantia superior a Cr$ 59.439.000,00 (cinquenta e nove milhões, quatrocentos e trinta 
e nove mil cruzeiros); 
II - por leilão, processado por leiloeiro oficial ou servidor designado pela Administração, observada a 
legislação pertinente, para material avaliado, isolada ou globalmente, em quantia não superior a Cr$ 
59.439.000,00 (cinquenta e nove milhões, quatrocentos e trinta e nove mil cruzeiros); 
III - por convite, dirigido a pelo menos três pessoas jurídicas, do ramo pertinente ao objeto da licitação, 
ou pessoas físicas, que não mantenham vínculo com o serviço público federal, para material avaliado, 
isolada ou globalmente, em quantia não superior a Cr$ 4.160.000,00 (quatro milhões, cento e sessenta 
mil cruzeiros). 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 20 
 
1º A Administração poderá optar pelo leilão, nos casos em que couber o convite, e, em qualquer caso, 
pela concorrência. 
3º O material deverá ser distribuído em lotes de: 
a) um objeto, quando se tratar de veículos, embarcações aeronaves ou material divisível, cuja 
avaliação global seja superior à quantia de Cr$ 199.000,00 (cento e noventa e nove mil cruzeiros); 
b) vários objetos, preferencialmente homogêneos, quando a soma da avaliação de seus componentes 
for igual ou inferior a Cr$ 199.000,00 (cento e noventa e nove mil cruzeiros), ou se compuser de jogos ou 
conjuntos que não devam ser desfeitos. 
3º Os valores estabelecidos neste artigo serão revistos, periodicamente, e fixados em Portaria, pelo 
Secretário da Administração Federal. 
4º A alienação de material, mediante dispensa de prévia licitação, somente poderá ser autorizada 
quando revestir-se de justificado interesse público ou, em caso de doação, quando para atendimento ao 
interesse social, observados os critérios definidos no art. 15 deste decreto. 
 
Art. 9º A publicidade para os certames licitatórios fora do Distrito Federal será assegurada com a 
publicação de resumo do edital no Diário Oficial da União, da seguinte forma: 
I - na concorrência três vezes no mínimo, com intervalo de sete dias; 
II - no leilão duas vezes no mínimo, com intervalo de cinco dias; 
III - no convite uma única vez. 
Parágrafo único. A Administração poderá utilizar outros meios de divulgação para ampliar a área de 
competição, desde que economicamente viável, em cada processo. 
 
Art. 10. Os prazos para a realização dos certames, contados da primeira publicação no Diário Oficial 
da União, serão, no mínimo, de: 
I - trinta dias para a concorrência; 
II - quinze dias para o leilão; e 
III - três dias úteis para o convite. 
 
Art. 11. Quando não acudirem interessados à licitação, a Administração deverá reexaminar todo o 
procedimento, com objetivo de detectar as razões do desinteresse, especialmente no tocante às 
avaliações e à divulgação, podendo adotar outras formas, nas tentativas subsequentes para alienação do 
material, em função do que for apurado sobre as condições do certame anterior. 
 
Art. 12. Qualquer licitante poderá oferecer cotação para um, vários ou todos os lotes. 
 
Art. 13. 0 resultado financeiro obtido por meio de alienação deverá ser recolhido aos cofres da União, 
da autarquia ou da fundação, observada a legislação pertinente. 
 
Art. 14. A permuta com particulares poderá ser realizada sem limitação de valor, desde que as 
avaliações dos lotes sejam coincidentes e haja interesse público. 
Parágrafo único. No interesse público, devidamente justificado pela autoridade competente, o material 
disponível a ser permutado poderá entrar como parte do pagamento de outro a ser adquirido, condição 
que deverá constar do edital de licitação ou do convite. 
 
Art. 15. A doação, presentes razões de interesse social, poderá ser efetuada pelos órgãos integrantes 
da Administração Pública Federal direta, pelas autarquias e fundações, após a avaliação de sua 
oportunidade e conveniência, relativamente à escolha de outra forma de alienação, podendo ocorrer, em 
favor dos órgãos e entidades a seguir indicados, quando se tratar de material: 
I - ocioso ou recuperável, para outro órgão ou entidade da Administração Pública Federal direta, 
autárquica ou fundacional ou para outro órgão integrante de qualquer dos demais Poderes da União; 
II - antieconômico, para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal, empresas públicas, 
sociedade de economia mista, instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo Governo 
Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público; 
III - irrecuperável, para instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo Governo 
Federal, e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público; 
IV - adquirido com recursos de convênio celebrado com Estado, Território, Distrito Federal ou Município 
e que, a critério do Ministro de Estado, do dirigente da autarquia ou fundação, seja necessário à 
1113428 E-book gerado especialmente para ADRIANO DE SOUZA SANTOS
 
. 21 
 
continuação de programa governamental, após a extinção do convênio, para a respectiva entidade 
convenente; 
V - destinado à execução descentralizada de programa federal, aos órgãos e entidades da 
Administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e aos 
consórcios intermunicipais, para exclusiva utilização pelo órgão ou entidade executora do programa, 
hipótese em que se poderá fazer o tombamento do bem diretamente no patrimônio do donatário, quando 
se tratar de material permanente, lavrando-se, em todos os casos, registro no processo administrativo 
competente. 
Parágrafo único. Os microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e demais 
equipamentos de informática, respectivo mobiliário, peças-parte ou componentes, classificados como 
ociosos ou recuperáveis, poderão ser doados a instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade 
pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público que participem de 
projeto integrante do Programa de Inclusão Digital do Governo Federal. 
 
Art. 16. Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de material classificado como 
irrecuperável, a autoridade competente determinará sua descarga patrimonial e sua inutilização ou 
abandono, após a retirada das partes economicamente aproveitáveis, porventura existentes, que serão 
incorporados ao patrimônio. 
1º A inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que ofereça ameaça vital para 
pessoas, risco de prejuízo ecológico ou inconvenientes, de qualquer natureza, para a Administração 
Pública Federal. 
2º A inutilização, sempre que necessário, será feita mediante audiência dos setores especializados, 
de forma a ter sua eficácia assegurada. 
3º Os símbolos nacionais, armas, munições e materiais pirotécnicos serão inutilizados em 
conformidade com a legislação específica. 
 
Art. 17. São motivos para a inutilização de material, dentre outros: 
I - a sua contaminação por agentes patológicos, sem possibilidade de recuperação por assepsia; 
II - a sua infestação por insetos nocivos, com risco para outro material; 
III - a sua natureza tóxica ou venenosa; 
IV - a sua contaminação por radioatividade;

Continue navegando