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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS NATURAIS O que é saúde: Segundo a OMS, é um estado de completo bem-estar físico, psíquico e social, e não apenas a ausência de doenças. O que é doença: É o desequilíbrio entre o agente, o hospedeiro e o meio ambiente, levando a uma modificação do estado fisiológico tido como normal. A doença ocorre quando a infecção resulta em qualquer alteração de um estado de saúde. Contaminação: entrada de micro-organismo (m.o.) ou substância indesejada em determinado local; Colonização: estabelecimento de um grupo de m.o. sem causar prejuízos; Patologia: estudo dos aspectos estruturais e funcionais da doença; Patogenicidade: capacidade de causar doença; Patogenia: etapas ou mecanismos envolvidos no desenvolvimento de uma doença; Patógeno: m.o. causador de doenças. Infecção: penetração, multiplicação e/ou desenvolvimento de um agente infeccioso em determinado hospedeiro. O organismo infectante procura utilizar recursos do hospedeiro para se multiplicar (com evidentes prejuízos para o hospedeiro), interfere na fisiologia normal do hospedeiro e pode levar a diversas consequências; Doença infecciosa: qualquer doença causada por um agente biológico como por exemplo vírus, bactérias ou parasitas, resultado entre as defesas do organismo e a capacidade de ataque dos m.o. (patógenos); O micro-organismo pode se “alojar” em um local anatômico onde é capaz de se multiplicar . Muitos patógenos precisam se fixar a específicos receptores locais (descritos posteriormente ) antes que sejam capazes de se multiplicar e causar dano. Fatores antibacterianos que destroem ou inibem o crescimento de micro-organismos (por exemplo,a lisozima presente nas lágrimas ,saliva e suor ) podem estar presentes no local onde o patógeno se aloja. A microbiota endógena local pode produzir fatores antibacterianos ( proteínas denominadas bacteriocinas ) que destroem o patógeno recém –chegado . De maneira geral, o estado nutricional e a saúde do indivíduo freqüentemente influenciam as consequências do encontro patógeno/hospedeiro. A pessoa pode estar imune ao patógeno específico,talvez como consequência de infecção anterior com o referido patógeno ou por ter sido vacinada contra ele. Os leucócitos fogocíticos (fagócitos) presentes no sangue e em outros tecidos podem englobar e destruir o patógeno antes que ele tenha oportunidade de se multiplicar ,invadir o organismo e causar doença. infecções localizadas: Uma vez que um processo infeccioso tenha sido iniciado, a doença pode permanecer localizada ou se espalhar, Espinhas,furúnculos e abscessos; Quando uma infecção se espalha por todo o corpo, é chamada infecção sistêmica ou generalizada. Por exemplo, a bactéria que causa tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) pode se espalhar por muitos órgãos internos, condições conhecida como tuberculose miliar. Infecções latente, primária, secundária Infecção Latente: persistência do agente infectante na intimidade de tecidos sob forma quiescente. Ex: herpes simples, Toxoplasma gondii. Infecção primária: infecção que se estabelece em indivíduo anteriormente livre de infecções; Infecção secundária: ocorre durante ou após o tratamento de uma infecção primária. Ex: Infecção viral primaria e a pneumonia bacteriana é a secundaria. Período de incubação: tempo entre a chegada do patógeno e o aparecimento dos sintomas. Depende do micro-organismo específico envolvido, de sua virulência (grau de patogenicidade), do número de m.o. infectantes e da resistência do hospedeiro (estado nutricional e imunológico); Período prodrômico: o paciente se sente “indisposto” mas ainda não demonstra reais sintomas da doença. Período de estado ou de doença: quando se manifestam todos os sintomas e sinais próprios de cada doença; enfermidade propriamente dita; Período de Convalescênça: caracteriza-se pela diminuição progressiva de todos os sinais e sintomas, até que se dá a cura; Ocorre devido ao tratamento a que se submeteu o doente, ou em alguns casos, sem a necessidade de tratamento. Doença aguda: tem início repentino, seguindo se uma recuperação também rápida. Têm um curso acelerado, terminando com convalescença ou morte em menos de três meses; Ex.: vírus, bactérias, infecções gastrointestinais, traumas físicos, infarto, hemorragia, etc. Doença crônica: tem início insidioso, evolução lenta, por isso não são emergências médicas. No entanto, podem ser extremamente sérias, e várias causam morte certa. Um sintoma existe continuamente, e mesmo não pondo em risco a saúde física da pessoa, são extremamente incômodas levando à diminuição da qualidade de vida e atividades das pessoas. Ex.: câncer, hipertensão, doenças autoimunes, tuberculose, sífilis, SIDA, etc. Sintomas: evidências de que a doença é experimentada ou percebida pelo paciente, algo subjetivo; Sinais: toda manifestação de doença que tem evidência objetiva, perceptível; Doença assintomática (ou doença subclinica) é aquela que não apresenta qualquer sintoma, passando despercebido pelo paciente. Etapas na patogenia das doenças infecciosas. Entrada do patógeno no organismo. Ex: pelas mucosas, inalação, ingestão etc; Fixação do patógeno a algum(ns) tecido. Multiplicação do patógeno em um local - infecção localizada (abscesso), ou em vários locais do corpo (infecção sistêmica); Invasão/ disseminação do patógeno. Evasão das defesas do hospedeiro; Dano ao(s) tecidos(s) do hospedeiro. Pode ser tão extenso que causa a morte; Obs: Nem todas as doenças infecciosas envolvem todas as etapas. Virulência Capacidade que os m.o. tem de se desenvolver num organismo, secretar suas toxina e nele provocar um estado patológico Termo usado para expressar uma medida ou grau de patogenicidade. Fatores de virulência: Os atributos físicos ou as propriedades que permitem aos patógenos escaparem dos vários mecanismos de defesa do hospedeiro e causar doença. Fatores de virulência Receptores e Adesinas: molécula na superfície da célula hospedeira que um determinado patógeno é capaz de reconhecer e fixar; FÍmbria Bacteriana (Pili): projeções longas, finas, flexíveis, semelhante a pêlos, compostas principalmente de um arranjo de proteína chamada pilina. Permitem que as bactérias se fixem ás superfícies, incluindo vários tecidos no interior do corpo humano; Cápsulas: consideradas fatores de virulência porque servem a uma função antifagocítica. Fatores de virulência LPS (Lipopolissacarídeos): molécula constituída de um lípidio e um polissacarídeo, um dos componentes principais da membrana exterior de bactérias gram- negativas. Evita ataques químicos, facilita mimetismo. Biofilmes. Mimetismo antigênico: sucessivas gerações sofrem variação gênica e passam a não ser reconhecidas pelo sist. Imune. Seus antígenos tornam-se semelhantes ao do hospedeiro; Captação de antígeno do hospedeiro: mascaramento pela aquisição de revestimento de superfície com proteínas constituintes do hospedeiro. Fatores de virulência Mecanismo de sobrevivência Intracelular: parede celular resistenteá digestão (bactéria Mycobacterium Tuberculosis) e outros sobrevivem por mecanismos ainda não conhecido; Flagelos: conferem mobilidade, permitem às bactérias invadir áreas aquosas do corpo onde as bactérias não flageladas (imóveis) não o conseguem. Escapam da fagocitose. Fatores de virulência Exoenzimas ou exotoxinas: produtos elaborados por alguns tipos de bactérias e fungos, são produzidas dentro das células e lançadas para fora delas, onde exercem papel tóxico. Enzimas Necrosantes: são exoenzimas que causam morte celular e destroem tecidos; Coagulase: ou fator aglutinante, capaz de coagular o plasma sanguíneo através de um mecanismo similar ao da coagulação normal. Fatores de virulência Quinases: ou fibrinolisias possuem efeito oposto ao da coagulase. São enzimas que lisam os coágulos, consequentemente os patógenos que produzem quinases são capazes de escapar dos coágulos; Hialuronidase: “fator de disseminação” que permite que os patógenos se espalhem através do tecido conjuntivo dissolvendo o ácido hilurônico ,o “cimento “ polissacarídico que mantém agrupadas as células do tecido. Fatores de virulência Colagenase: destrói o colágeno (proteína de sustentação encontrada nos tendões ,cartilagens e osso), possibilitando a invasão dos tecidos; Hemolisinas: enzimas que lisam os eritrócitos do hospedeiro, prejudicando não somente a ele, mas também fornece uma fonte de ferro aos patógenos; Lecitinase: degrada os fosfolipídios, coletivamente chamados de lecitina, Importante constituinte das membranas celulares, causando a lise de células teciduais, eritrócitos e leucócitos. Fatores de virulência Endotoxinas: ou toxinas intracelulares, fazem parte da parede celular bacteriana, especificamente no LPS, e são liberadas após a morte celular. A maior parte é termo resistente, suportando até 121°C por 20 min. Apresentam baixa toxicidade, provocando geralmente febre, calafrios e mal estar.
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