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CURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA
NOME DO ALUNO
MÓDULO 21 – PSICANÁLISE E TERAPIA FAMILIAR
Palmas – TO
2024
PSICANÁLISE E TERAPIA FAMILIAR
O Grupo Familiar: Normalidade e Patologia da Função Materna
​ Grupo familiar 
A influência do grupo familiar é fundamental na construção do psiquismo da criança, sendo crucial para o desenvolvimento de sua personalidade na fase adulta. Isso engloba a importância dos pais, irmãos, interações familiares e outras figuras próximas, como avós, babás e professores, que influenciam diretamente a criança.
A unidade familiar se configura como um ambiente cheio de movimento, em que há elementos tanto evidentes quanto latentes. A criança não apenas é impactada pela família de forma passiva, mas também se mostra como uma força transformadora atuante nas relações entre os membros e na estrutura global do núcleo familiar.
O grupo familiar está sempre em constante mudança. É relevante ressaltar três elementos fundamentais: 1) as características individuais dos pais e a dinâmica entre eles. É crucial considerar a imagem e a valorização mútuas, pois esses aspectos influenciarão significativamente a forma como o filho perceberá seus pais e, consequentemente, a si mesmo. 2) Esse processo está intimamente ligado às identificações, fundamentais para o desenvolvimento do sentimento primordial de identidade e autoestima. 3) A atribuição e definição de papéis (como o de "bode expiatório", "orgulho da mãe", "doente da família", entre outros) tanto dentro quanto fora do núcleo familiar.
A maneira como os agrupamentos familiares se constituem tem passado por mudanças ao longo das gerações, o que pode resultar em importantes impactos no bebê, na criança, no adolescente e no futuro adulto, não apenas no que se refere à construção de sua identidade pessoal, mas também em relação à identidade do grupo e a sua inserção na sociedade. Algumas das influências culturais e sociológicas que colaboram para essa realidade incluem os seguintes aspectos: 
Uma nova concepção de família surge, trazendo consigo valores, expectativas e papéis inovadores a serem desempenhados. A emancipação feminina se faz mais presente, exigindo das mulheres malabarismos para conciliar as demandas maternas e profissionais, visto que frequentemente atuam no mercado de trabalho. Por outro lado, percebe-se uma mudança significativa no papel dos homens, com uma menor presença na esfera econômica do lar e um maior envolvimento nas tarefas domésticas e no cuidado com os filhos. Os avós também enfrentam uma realidade diferente, com menos disponibilidade para interagir ativamente com os netos. O aumento dos divórcios e recasamentos evidencia a complexidade das relações familiares, especialmente quando envolvem a fusão de famílias e a convivência entre os respectivos filhos.
Cada vez mais mães jovens e solteiras estão surgindo. Uma mentalidade consumista em constante crescimento, amplamente influenciada pela mídia, que desempenha um papel importante na formação dos valores ideológicos. A difícil convivência com a violência urbana também é uma realidade angustiante, juntamente com uma generalização das preocupações de ordem econômica, entre outros fatores relevantes.
A transgeracionalidade é outro aspecto a ser levado em consideração - cada um dos pais da criança carrega consigo as influências de suas respectivas famílias de origem, com seus valores, estereótipos e conflitos correspondentes. Existe uma tendência de que pais que não resolveram suas questões com seus próprios pais, incluindo os conflitos edípicos, possam reviver essas situações nos filhos. Além disso, a transmissão de valores e significados, sejam eles pulsionais, egóicos, provenientes do superego ou do ideal do ego, também pode ocorrer nesse processo.
As famílias se organizam com perfis característicos que podem variar de uma para outra, mas cada uma possui sua própria especificidade única. Para que uma família seja bem estruturada, é necessário preencher algumas condições fundamentais, como a existência de uma hierarquia na distribuição de funções, espaços, posições e responsabilidades, mantendo um ambiente de liberdade e respeito mútuo entre os seus membros. 
Função Materna 
Função materna diz respeito à mãe ou a qualquer outra pessoa que desempenhe esse papel de forma profunda e sistemática. Uma maternagem eficaz implica em não frustrar nem gratificar em excesso, permitindo assim o saudável crescimento do filho. Suas responsabilidades incluem desde prover as necessidades básicas do filho (tanto físicas quanto psicológicas), como também atuar como um filtro para os estímulos que o ego ainda em desenvolvimento da criança não consegue processar devido à sua imaturidade neurofisiológica. Além disso, propiciar uma conexão adequada com as sensações corporais se torna de extrema importância na infância, especialmente porque a criança não consegue identificar a origem das sensações e as diferenças entre elas. Cabendo à mãe o compartilhamento temporário de seu corpo com o bebê (através da harmonização de seus corpos ao embalar, fazer a higiene ou o segurar no colo). 
Entender e interpretar a linguagem corporal primitiva do bebê é essencial, pois essa linguagem evolui gradualmente desde os primeiros reflexos sensoriais e motores até o desenvolvimento neuronal e cerebral. Uma das formas de comunicação do bebê com a mãe é através do choro, sendo responsabilidade dela decifrar suas necessidades.
A presença constante da mãe, que compreende e satisfaz as necessidades básicas do bebê, ajudará a criança a desenvolver um senso de continuidade, criando a agradável sensação de que sua existência perdura. Uma maternidade adequada não se restringe apenas à presença materna, mas também inclui sua habilidade de se ausentar, promovendo assim a necessária "desilusão das ilusões" de forma gradual. Isso destaca o papel essencial da maternidade de adequar frustrações. Tais frustrações, além de serem inevitáveis, são cruciais para o crescimento emocional e cognitivo da criança. O ato da mãe conter as projeções identificatórias é reconhecido como fundamental para estabelecer uma estrutura saudável na criança. A capacidade de conter, ou "rêverie" (como Bion denomina), demonstra o exercício da função alfa pela mãe.
Quando um bebê chega ao mundo, ele não está só. Desde o nascimento, sua existência está intrinsecamente ligada à sua fonte de cuidado materno. É na dinâmica entre mãe e bebê que o indivíduo começa a se definir e a existir. É crucial satisfazer essa dependência total para que o bebê possa gradualmente se tornar mais independente e, eventualmente, um adulto autossuficiente. Muitas das doenças e problemas emocionais que enfrentamos têm suas raízes na carência afetiva vivida na infância. Quando conseguem sobreviver, essas crianças crescem para se tornarem adultos carregando uma mistura de emoções ambíguas, batalhas internas e conflitos com os outros. Alguns procuram ajuda profissional, na esperança de encontrar alívio para a dor que os consome. Enquanto isso, outros se veem perdidos, imersos em alternativas como uso de drogas e consumismo, oferecidas pela sociedade. Algumas desistem, enquanto diversos adentram no sombrio universo da psicopatia. A ausência de amor e acolhimento são gatilhos para a doença e o sofrimento, ao passo que a presença destes sentimentos é o antídoto.
Assim, quando surge uma condição patológica devido a uma deficiência na função da mãe, cabe ao terapeuta assumir o papel do Outro primordial, atuando diretamente na função materna comprometida, com o objetivo de possibilitar o surgimento de um sujeito por meio da intervenção psicomotora.
Árvore Genealógica 
O conhecimento acerca da minha origem inicia com o meu bisavô materno, que era cigano e encontrou em uma de suas andanças a minha bisavó, que na época do fato, era ainda adolescente, pertencente a uma tribo indígena. Ele a retirou ela da tribo, pegou ela no laço levou para casa e a “domesticou” e então casou-se com ela, dando origem a minha avó. Posteriormente, minha mãe,que foi a terceira filha do casal, teve filhos, na qual sou uma destes. Minha mãe era do lar e moramos por um tempo em fazendo, posteriormente mudamos para a cidade de Porto Nacional, me casei e tive meus filhos. Da minha raiz paterna soube muito pouco, apenas que meu avô paterno era descendente de Português e que após casar com minha avó, moraram na cidade Anápolis –GO. 
Abaixo, fiz a representação familiar para descrever minha origem. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando um bebê está sendo gerado, seus pais também estão em processo de gestação, lidando com as questões internas e aprendizados sobre o papel de ser mãe e pai, para assim desenvolver sua própria maternidade e paternidade. Esse período de gestação pode ou não se concretizar dependendo das condições emocionais, financeiras e ambientais dos envolvidos, havendo a possibilidade de os pais não se desdobrarem nesses papéis. 
Portanto, mesmo que a parentalidade se estabeleça, isso não garante que eles irão desempenhar suas funções conforme a sociedade ou a psicanálise propõem para o bem-estar dos filhos. Não conseguir atender aos padrões esperados da maternidade ou paternidade não necessariamente indica falta de amor, mas pode refletir a ausência de estabilidade emocional ou suporte necessário para exercer essa função de forma adequada. Sendo a análise um caminho possível para melhorar as condições da função familiar materna. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ZIMERMAN, David E. Fundamentos psicanalíticos [recurso eletrônico]: teoria, técnica e clínica: uma abordagem didática / David E. Zimerman – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2007.
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