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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 1 INTRODUÇÃO Difração é o nome genérico dado aos fenômenos associados a desvios da propagação da luz em relação ao previsto pela óptica geométrica (ou seja, de raios retilíneos) e que põem de manifesto a natureza ondulatória da luz. Fenômenos de difração são observados para todos os tipos de ondas. Raramente observamos a difração da luz no cotidiano. Entretanto, a difração das ondas sonoras é difícil de ser evitada; o som contorna obstáculos de tamanhos relativamente grandes, tais como pessoas, árvores e mobílias de uma sala. 2 OBJETIVOS Obter figuras de difração com fenda simples; Observar os máximos e os mínimos de difração; Medir a intensidade relativa dos máximos de difração; Verificar a expressão da intensidade da difração de Fraunhofer. 3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS Uma rede de difração é muito apropriada para determinar comprimentos de onda de uma luz. É um dispositivo que tem múltiplas fendas ou ranhuras paralelas, eqüidistantes e de mesma largura. Um feixe de luz que incide nesta rede é difratado e os raios provenientes das diversas fendas interferem formando uma figura de intensidade variável. Esta figura apresenta máximos de intensidade em diversas posições sempre que a diferença de caminho ótico (DCO = d senƟ) entre os raios provenientes de duas fendas adjacentes, distantes d entre si, for igual a um número inteiro (m = 0, 1, 2, ...) de comprimentos de onda λ. Portanto, ocorrem máximos de intensidade quando onde, Ɵ é o ângulo de difração para o máximo de ordem m. Esta equação vale apenas quando os raios incidem normalmente sobre a rede e os raios difratados podem ser considerados paralelos (difração de Fraunhofer). Um feixe de luz monocromática de comprimento de onda λ passa por uma fenda de largura b e atinge um anteparo a uma distância z. O feixe incidente tem frentes de onda planos, paralelos à fenda, e a distância z é suficientemente grande como para considerar planos também os frentes de onda no anteparo (condição de difração de Fraunhofer). As ondas originárias em cada ponto da abertura interferem entre si e produzem o padrão de difração. Assim, ocorre um máximo central com intensidade I0 e pontos onde a intensidade luminosa se nula. A intensidade de luz em uma posição y = r sinθ sob o anteparo é dada por Esta equação se origina de : sen(a+b) = sen a . cos b + sen b . cos a + I α Er2 Da mesma forma, 4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 4.1 Materiais Utilizados Laser de diodo 3 mW, 𝜆=670 nm; Fotodetector 400 nm a 800 nm; Suportes PHYWE n° 11602.00; Adaptadores ɸ12 mm PHYWE n°41736.4E; Conjunto de fendas simples; Plataformas de metalom PHYWE n°139.019; Translador com passo de 0,5 mm (optrom); Amperímetro digital. 4.2 Descrição do Procedimento Prendeu-se o translador 1 na plataforma de metalom 1. Em seguida fixou-se o adaptador 1 no translador 1. O suporte 1 foi colocado na plataforma de metalom 2 e utilizando o adaptador 2 prendeu-se o laser no suporte 1. Ligou-se o laser e alinhou-se o sistema fazendo o feixe incidir no centro do adaptador 1. O fotodetector foi preso no adaptador 1 e ligado ao amperímetro digital sendo posicionado na posição de corrente máxima. Prendeu-se o conjunto de fendas no suporte 2 e o colocou entre o laser e o fotodetector a 10 cm de distância do laser variando a inclinação da fenda até se obter a corrente máxima. Prendeu-se também uma fenda estreita na frente do fotodetector, posicionando-o no primeiro mínimo de difração e girando o parafuso do translador de uma em uma volta, de tal maneira que o fotodetector deslocasse na direção do máximo central. 5 RESULTADOS D = 575mm ∆y = 6,7 mm 𝜆 = 670 x 10-9 Intensidade máxima = 14,2 mA Assim, Ɵ = 0,334 Assim, a= 1,15 x 10-4 Assim, encontramos Ɵ1, Ɵ2, Ɵ3... Assim, encontramos ɸd1, ɸd2, ɸd3... Assim, encontramos I/I01, I/I02, I/I03... Tabela 1 – Cálculos N° de voltas Ɵ ɸd I/I0 1 0,0498 0,9374 0,92888 2 0,0996 1,8747 0,73936 3 0,1495 2,8140 0,49171 4 0,1993 3,7513 0,25864 5 0,2491 4,6887 0,09313 6 0,2989 5,6261 0,01316 7 0,3488 6,5653 0,00183 Assim, obtem-se a curva teórica: Figura 1 – Pontos Teóricos. Tabela 2 - Dados Experimentais N° de Voltas (Esq) Intensidade I/I0 (Esq) N° de Voltas (Dir) Intensidade I/I0 (Dir) 1 13,5 0,9507 1 13,1 0,9225 2 11,5 0,8099 2 10,9 0,7676 3 8,7 0,6127 3 7,9 0,5563 4 5,8 0,4085 4 5,0 0,3521 5 3,4 0,2394 5 2,8 0,1972 6 1,8 0,1268 6 1,3 0,0915 7 1,0 0,0704 7 0,6 0,0423 Assim, obtem-se a curva prática. Figura 2 – Pontos experimentais 6 CONCLUSÃO Com base nos resultados obtidos, podemos dizer que o experimento foi importante para fixaçãodos conceitos teóricos sobre o processo de difração por uma fenda simples, assim como definirexpressões matemáticas algébricas e trigonométricas que possam correlacionar à abertura da fenda poronde a luz é difratada, a distância entre a fenda e o anteparo, e as distâncias entre o máximo central e osmínimos parciais.Dessa forma, como o fenômeno de difração é um fenômeno ondulatório, foi importante avisualização do feixe de luz de um semicondutor em um anteparo, para que os alunos observassem a‘olho nu’ a divisão dos raios luminosos, e a formação da fenda, bem como a intensidade de cada máximo,ou seja, de cada luminosidade que aparecia após o máximo central. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Halliday-Resnick, "Fundamentos da Física ",Vol. 3, 3° ed, Rio de Janeiro, 1983.
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