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Mack Arquétipo paterno e funções arquetípicas do pai

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Arquétipo paterno e funções arquetípicas do pai
			No dinamismo patriarcal o ego (eu) se desenvolve como centro da consciência. (centroversão).
			Self (si mesmo) é o arquétipo da totalidade e rege todos os dinamismos inconscientes. Tem também a função de enviar para o ego impulsos e imagens para serem reconhecidos, traduzidos de sua linguagem simbólica, elaborados e integrados à consciência.
			A experiência de unicidade, de ser si mesmo, de encontrar um centro de sustentação esta baseada no contato com o self.
			Ego é uma pequena parte do self que se desloca em direção à consciência. Forma-se então um eixo ego-self (eu – si mesmo), que permite o diálogo consciente – inconsciente.
			Qualquer que seja seu representante, o pai é um protótipo para o desenvolvimento do ego dentro do modo patriarcal de desenvolvimento da consciência.
		Exemplo: o pai arquetípico se faz representar inicialmente pela própria mãe pessoal, com seu discurso, sua linguagem, sua ideologia, seu exemplo.
		O pai arquetípico (arquétipo paterno), através de suas representações é um paradigma para a formação e para o desenvolvimento do ego e da consciência e sua modalidade patriarcal.
		No dinamismo matriarcal a orientação da consciência é introvertida (voltada para o inconsciente), no dinamismo patriarcal a orientação da consciência é extrovertida, a libido (energia psíquica) é direcionada para o mundo externo. A tarefa é de adaptação.
		Dinamismo matriarcal: privilégio ao prazer, à saciedade, ao conforto.
		Dinamismo patriarcal: Privilégio da realidade e uma “correta” relação com ela, segundo os critérios estabelecidos pela cultura. (função paterna).
		Dinamismo matriarcal: gratificação imediata.
		Dinamismo patriarcal: promessa de gratificação futura.
		As leis que regem o desenvolvimento do ego são subordinadas ao inconsciente e ao self.
		A personalidade centrada no ego e na consciência vai caracterizar a primeira metade da vida.
		Dinamismo patriarcal predomina a relação compensatória entre consciência e inconsciente.
		As principais delimitações são consciência/inconsciente, eu/outro, dentro/fora.
		Da natureza de eros, da participation mystique distingui-se - e a ela por vezes se sobrepõe- o caráter de logos.
		Em lugar da reciprocidade (união dual) que se encontrava na relação primal, divisa-se agora a separabilidade e o assujeitamento estabelecendo-se uma relação de assimetria (hierárquica) entre pai e filho.
		O pai estritamente patriarcal recomenda a independência em relação à mãe e a dependência em relação à sua orientação, sem que se experimente o tipo de reciprocidade conhecido anteriormente.
		O pai discrimina o mundo em categorias, tornando-o compreensível e, portanto utilizável.
	
		O pai interrompe o que até então era natural para instaurar o deliberado, o escolhido, o consciente.
		Patologias:
		Ausência paterna: se faltam regras e limites o filho se dilui no mundo em lugar de se relacionar com o mundo. 
		A recomendação do pai é paradoxal: “seja igual a mim, sem me superar”.

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