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Mack Considerações gerais sobre as teorias dos complexos

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Considerações gerais sobre as teorias dos complexos
			
			Aparelho psíquico
			Três instâncias interligadas:
Consciência - ego ( centro da personalidade consciente)
 Inconsciente pessoal - complexos (	 dissociabilidade: traço inerente do psiquismo
 Inconsciente coletivo – arquétipos (	estruturas vazias; imagem e instinto) 
			Complexo ou complexo afetivo 
			“Todos temos complexos, mas os complexos podem ter-nos”
Conceito:
			O complexo é um fator psíquico que, em termos de energia, possui um valor que supera , às vezes os de nossas intenções conscientes.
			Um complexo ativo nos coloca por algum tempo num estado de não-liberdade, de pensamentos obsessivos e ações compulsivas.
			É a imagem de uma determinada situação psíquica de forte carga emocional.
			É incompatível com as disposições ou atitude habitual da consciência
			Esta imagem é dotada de poderosa coerência interior e tem sua totalidade própria e goza de um grau relativamente elevado de autonomia
			Esta imagem está sujeita ao controle das disposições da consciência até um certo limite, e por isso se comporta , na esfera do consciente, como um corpo estranho, animado de vida própria.
			Com algum esforço de vontade, pode-se reprimir o complexo, mas é impossível negar sua existência, e na primeira ocasião ele volta à tona com toda a sua força original 
			Nos sonhos aparecem em forma personificada, quando são reprimidos por uma consciência inibidora
			Nas psicoses podem aparecer como “vozes” que apresentam características de pessoas. (Os complexos “falam alto” nas psicoses)
			Complexos são aspecto parciais da psique dissociados.
			Etiologia: um trauma, um choque emocional, ou coisa semelhante que arrancou fora um pedaço da psique.
			Uma das causas mais freqüentes é um conflito moral, que reside uma impossibilidade aparente de aderir à totalidade da psique.
			Há uma inconsciência pronunciada a respeito dos complexos e isso lhes confere uma liberdade ainda maior.
			O complexo possui uma força de assimilação e pode assimilar o eu, resultando daí uma modificação momentânea e inconsciente da personalidade, chamada identificação com o complexo.
		Exemplos:
		O médico diz à paciente histérica: “Suas dores não são reais. A senhora imagina que sofre.”
			Os complexos possuem autonomia, as dores sem fundamento orgânico, consideradas imaginárias causam sofrimento tanto quanto as verdadeiras.
			O medo da infecção é uma fantasia arbitrária em um doente.
			A fobia de uma doença não revela a mínima tendência a desaparecer ainda que o médico ou até o próprio paciente assegurem que ela é imaginação.
			Dissociação neurótica da personalidade: o complexo se instala na superfície da consciência, não sendo mais possível evitá-lo e progressivamente assimila a consciência do eu.
			Os complexos constituem objetos da experiência interior 
			É dos complexos que depende o bem estar ou a infelicidade de nossa vida pessoal.
			Estrutura: 
 
			 Cada complexo é constituído de um ‘elemento nuclear’ ou ‘portador de significado’ original associado a um afeto.
			Uma série de associações se ligam ao núcleo, oriundas, em parte, de uma base arquetípica, e, em parte, das vivências ambientalmente condicionadas do indivíduo.
			Características:
			 Apresentam diferentes graus de autonomia frente à consciência;
 			Quando negativos, são contrários à capacidade de adaptação do ego; 
 Apresentam caráter obsessivo ou possessivo, devido à sua natureza emocional (reatividade); 
			
			Complexos negativos _podem ser “terríveis parasitas”. Compara os complexos com infecções ou tumores malignos que nascem sem a mínima participação da consciência.
			Complexos são manifestações vitais próprias da psique. São unidades vivas da psique inconsciente 
			A via régia para o inconsciente são os complexos que produzem sonhos e sintomas.
			Os complexos, contudo levam a atalhos ásperos que não deixam chegar ao centro do inconsciente (arquétipos, especialmente o self).
			A consciência está invariavelmente convencida de que os complexos são inconvenientes e por isso devem ser eliminados. 
			A consciência tem medo dos complexos e este medo provoca violenta resistência quando investigamos os complexos.
			Análise é um diálogo que se aventura nos domínios protegidos pelo medo e pela resistência. Mas a análise visa o essencial e impelindo um dos parceiros à integração de sua totalidade, obriga também o outro a uma tomada de uma posição mais total, sem a qual ele não estaria em condição de conduzir o diálogo até aqueles desvãos da psique povoado de mil temores.
			A liberdade do eu cessa onde começa a esfera dos complexos.
			Relação do ego com o complexo:
 	a) total inconsciência de sua existência;
			b) Identificação do ego com o complexo (inflação);
			c) projeção de partes do complexo (sombra);
			d) confrontação (conflito e integração ao ego).
			Energia psíquica - leve a moderada: 
			 o complexo é inconsciente, e não tem energia suficiente para se manifestar de forma autônoma; ainda assim, interfere em alguma medida no fluxo psíquico natural.
			 o complexo é inconsciente, mas já tem energia suficiente para se manifestar como um segundo eu em oposição ao ego.
			 o complexo tem energia suficiente para ganhar total autonomia em relação ao ego.
			Energia psíquica - alto nível de energia:
			 o complexo “arrasta” ou assimila o “eu” consciente para dentro de seu campo de atração: identificação ou inflação.
			 o complexo apresenta-se como forte projeção sobre um objeto externo ou uma pessoa.

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