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Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
31
31
Aula 
02ETAPAS DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO 
Ao iniciar esta aula sobre instrumentos de aval-
iação é necessário deixar claro que os instrumentos 
não podem ser usados como um fim em si mesmo, ou 
seja, é necessário a anamnese, a observação, a escuta 
e o olhar psicopedagógico, livre de qualquer influência 
de terceiros ou do próprio “achismo”.
É necessário acima de tudo um olhar e uma 
escuta profissional, pois o diagnóstico nada mais é que 
uma investigação, ou seja, um estudo de caso, por 
meio do qual a partir da queixa, surgirão as hipóteses e 
somente a partir das hipóteses é que se poderá se tra-
çar o roteiro que irá seguir. Sendo assim, bom estudo!
Se ao final desta aula, surgirem dúvidas, vocês 
poderão saná-las através das ferramentas “FÓRUM” 
ou “QUADRO DE AVISOS” e através do “CHAT”.
Comecemos, então, analisando os objetivos da nossa aula.
Objetivos de aprendizagem:
•Verificar as etapas de um diagnóstico Psicopedagógico e seus Instrumentos.
 Ao término desta unidade, o aluno será capaz de: 
•Refletir sobre os métodos de investigação diagnóstica. 
•Analisar quais os melhores instrumentos a utilizar
Seções de estudo
Seção 1 Qual o melhor caminho a seguir
Seção 2 Alguns Instrumentos do Diagnóstico
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
32
SEÇÀO 1 : QUAL O MELHOR CAMINHO 
A SEGUIR
Os instrumentos de avaliação podem incluir 
diferentes modos de atividades e testes padronizados, 
utilizados de acordo com a habilitação profissional 
do psicopedagogo e da necessidade do caso em aten-
dimento.
Esse roteiro deve conter basicamente três aspectos:
1. Aspecto Pedagógico: deve-se verificar como está e como se dá a apren-
dizagem da criança, em que nível que se encontra, quais suas maiores dificuldades. 
Além de realizar uma análise do material escolar, os psicopedagogos se utilizam de 
alguns recursos como: entrevista; escrita livre e dirigida, visando avaliar a grafia, or-
tografia e produção textual (forma e conteúdo); leitura (decodificação e compreensão).
2. Aspecto Cognitivo: são as provas de avaliação do nível de pensamento 
e outras funções cognitivas; cálculos; jogos simbólicos e jogos com regras; provas 
operatórias.
3. Aspecto Afetivo Social: ao empregarmos as provas projetivas, podemos 
verificar como a criança elabora suas emoções de frustração, de ansiedade, curiosi-
dade, negativismo, baixa auto-estima, etc.
____________________________________________________________
FONTE: WEISS, 2001.
Nesse processo de avaliação é necessário deixar bem claro que na avaliação 
diagnóstica o psicopedagogo deve ter o olhar e a escuta psicopedagógica. 
Com crianças até 6 anos de idade são 
utilizadas com maior freqüência atividades para 
a observação da manifestação espontânea como 
o brincar, demonstrado através do jogo simbólico 
e dos desenhos, bem como do exame neuropsi-
cológico. 
Já com as crianças de 7 a 14 anos podem 
ser inseridas entrevistas, provas específicas, pro-
vas operatórias, jogos com regras, testes e outros. 
No caso dos adolescentes, de acordo 
com Bossa e Oliveira (orgs) et al (2003) as ativi-
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
33
dades são mais complexas, sendo incluídas 
as provas piagetianas de construção do 
pensamento hipotético-dedutivo, as quais 
avaliam a percepção do sujeito quanto 
às regularidades, às regras e as leis, a 
combinação das possibilidades entre si, 
enfim, detectando como raciocina. Além 
disso, são utilizados outros recursos como 
entrevista livre, jogos de regras, testes 
gráficos, teste do par educativo, avaliação 
do desempenho escolar e outros.
Um dos primeiros recursos de 
Investigação diz respeito a Observação.
OBSERVAÇÃO
A observação é outro instrumento muito 
utilizado e de grande importância no diagnóstico, pois 
tem como objetivo conhecer a dinâmica e a relação 
dentro do grupo-aula e, especificamente, conhecer 
a capacidade que a criança tem para aprender, bem 
como para receber ajuda individual.
Bassedas (1996) apresenta os seguintes tipos 
de observações:
• Observação de um grupo-aula: interes-
sando reter e analisar a atividade geral do grupo-aula sobre a delimitação do que é 
considerado relevante, podendo observar a atividade preparada, ou entrar na sala de 
aula durante um momento qualquer do período escolar.
• Observação de um aluno: observar aspectos sobre a atividade do aluno.
• Observação participativa: considera-se necessário, em alguns casos, 
trabalhar em conjunto com a criança de forma a verificar sua capacidade de admitir 
auxílio, como se organiza frente às sugestões e outras peculiaridades. Tem sido re-
alizada em situações de jogo, de resolução de um exercício de linguagem, de leitura 
e nas aulas de educação com portadores de necessidades especiais.
• Observações de seguimento: avaliar a situação em que se encontra o 
aluno após um período de ajuda.
Particularmente na clínica, Weiss (2001) sustenta que na primeira sessão 
diagnóstica deve- se observar no sujeito três aspectos:
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
34
• A temática, que revelará o significado do conteúdo das atividades em seu 
aspecto manifesto e latente ;
• A dinâmica, expressada através da postura corporal, gestos, tom de voz, 
modo de sentar, de manipular os objetos e outros;
• O produto feito pelo paciente, ou seja, a escrita, o desenho, as contas, a 
leitura, possibilitando também uma pré-avaliação do nível pedagógico.
Independente do âmbito seja ele na escola ou na clínica, a observação é um 
dos recursos indispensáveis, não só no primeiro contato, mas durante todo o trabalho.
Em seguida no processo de investigação temos a Entrevista, a qual vamos 
estudar a seguir.
A ENTREVISTA
O roteiro de entrevista será determinado pelo modelo que se irá seguir. 
Pode-se iniciar a entrevista com os pais através da anamnese, buscando entender 
inicialmente a queixa principal e a história de vida da criança; já alguns autores 
como Visca, preferem iniciar o diagnóstico com a EOCA, por entender que assim 
poderiam ter uma visão da criança sem a contaminação dos pais.
Segundo Chamat (2004), o psicodiagnóstico começa com a anamnese e 
termina com a devolutiva, o que não difere do modelo psicopedagógico de vários 
autores, com exceção de Visca (1987). Esse autor justifica que esse procedimento 
(EOCA) tem a finalidade de eliminar a contaminação a que o agente corretor fica 
exposto com a óptica dos pais, impedindo que o profissional “ se aproxime ingenu-
amente do paciente para vê-lo tal como ele é, para descobri-lo”.
Weiss (2001), na primeira sessão diagnóstica, tem algumas opções de en-
trevistas:
Entrevista Familiar Exploratória Situacional (E.F.E.S.): reúne os pais 
com a criança ou adolescente para uma sessão conjunta, tendo como objetivos a 
compreensão da queixa nas dimensões familiar e escolar, a captação das relações e 
expectativas familiares centradas na aprendizagem escolar, a expectativa quanto à 
atuação do terapeuta, a realização do contrato e enquadramento, esclarecendo o que 
vem a ser o processo de diagnóstico psicopedagógico.
Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA): para Visca, a 
EOCA deverá ser um instrumento de avaliação, rico em seus resultados. Consiste 
em solicitar ao sujeito que ele mostre o que sabe fazer, o que lhe ensinaram a fazer, 
e o que aprendeu a fazer, utilizando de materiais dispostos sobre a mesa.
Manifesto: Claro, evidente
Latente: Oculto, disfarçado, dissimulado.
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
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Em todo momento, a intenção é permitir ao sujeito construir a entrevista 
de maneiraespontânea, porém dirigida de forma experimental. Interessa observar 
seus conhecimentos, atitudes, destrezas, mecanismos de defesa, ansiedades, áreas de 
expressão da conduta, níveis de operatividade, mobilidade horizontal e vertical,etc. 
(VISCA, J. 1987, p.72 apud WEISS, 2003)
Segue modelo abaixo:
Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (E.O.C.A)
A Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem – E.O.C.A. é uma 
entrevista proposta por Visca (1987). É o primeiro contato com o sujeito, para o 
levantamento de hipóteses a respeito do caso.
1) Objetivo:
Detectar sintomas e, a partir deles, formular hipóteses sobre as causas das 
quais os sintomas emergem.
2) Materiais:
a) papel sulfite;
b) papel pautado;
c) folhas coloridas;
d) lápis preto novo sem ponta;
e) apontador;
f) borracha;
g) régua;
h) caneta esferográfica;
i) tesoura sem ponta;
j) cola;
k) livros;
l) revistas;
3) Instruções:
a) colocar o material sobre a mesa;
b) propor à criança: “Mostre-me o que sabe fazer, o que lhe ensinaram e o 
que você aprendeu”; “Esse material é para que você o use como quiser”. “Você já 
me mostrou como se lê e desenha, mostre-me outra coisa”.
4) Como analisar:
a) a temática (o significado do conteúdo das atividades – manifesto ou 
latente);
b) a dinâmica (através da postura corporal, gestos, tom de voz, modo de 
sentar e de
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
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manipular os objetos);
c) o produto (a escrita, o desenho, as contas, a leitura).
Entrevista de Anamnese
Um dos pontos cruciais para um bom diagnóstico, considerado por Weiss 
(Ibid), pois, possibilita a integração das dimensões de passado, presente e futuro do 
indivíduo.
Segue modelo abaixo:
ENTREVISTA DE ANAMNESE
I – IDENTIFICAÇÃO:
1.1 Nome: _________________________________________________________
1.2 Data de nascimento: _______/_______/_______
1.3 Idade: _________________________
1.4 Filiação:
1.4.1 Nome do Pai: __________________________________________________
1.4.2 Idade do Pai:___________________________________________________
1.4.3 Nome da Mãe: _________________________________________________
1.4.5 Idade da Mãe: __________________________________________________
1.5 Endereço: ______________________________________________________
__________________________________________________________________
1.6 Profissão do Pai: _________________________________________________
1.7 Profissão da Mãe: ________________________________________________
1.8 Religião: _______________________________________________________
II – QUEIXA PRINCIPAL E MOTIVO DA CONSULTA:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2.1. Quando começou?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2.2. Em que condições ocorre?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2.3. Com que frequência?
__________________________________________________________________
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
37
__________________________________________________________________
2.4. Como é a evolução ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2.5. Já tentou algum tratamento? Quando?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2.6. Com quem? Onde?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2.7. O que tomou?
__________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2.8. Obteve resultados?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2.9. O que achou do tratamento?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
III – DADOS PESSOAIS:
3.1. Concepção:
3.1.1. A criança foi desejada? (pergunta se a criança foi desejada ou se a mãe espe-
rava ficar grávida)
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3.2. Saúde da mãe durante a gravidez:
3.2.1. Como passou durante sua gestação? ________________________________
 __________________________________________________________________
3.2.9. Como foi a alimentação?_________________________________________ 
__________________________________________________________________
3.2.10. Quando fez pré-natal?__________________________________________ 
__________________________________________________________________
3.2.11. Época em que sentiu a criança mexer? _____________________________
__________________________________________________________________
_____________________________________
3.2.12. Sensações da mãe durante a gravidez? _____________________________
_____________________________________
3.3. Nascimento:
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
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3.3.1. Local: _______________________________________________________
3.3.2. Recebeu assistência médica? _____________________________________
3.3.3. Tipo de parto: _________________________________________________
3.3.4. Condições da criança (má formação, chorou logo, oxigênio, peso, altura, 
icterícia).__________________________________________________________
3.3.5. Atitude dos familiares: __________________________________________
3.3.6. Idade dos pais por ocasião do nascimento: ___________________________
3.4. Configuração Familiar:
3.4.1. Número de filhos:_______________________________________________
3.4.2. Idade dos filhos:________________________________________________
3.4.3. Posição dos filhos na ordem do nascimento: _________________________
3.4.4. Saúde dos filhos: ______________________________________________
3.4.5. Abortos: _____________________________________________________
3.4.6. Genetograma: _________________________________________________
IV – SONO
4.1. Como é o sono? _________________________________________________
4.2. Dorme bem? ____________________________________________________
4.3. Pula quando dorme? ______________________________________________
3.2.2. Teve enjôos? Quanto tempo?______________________________________
3.2.3. Doenças infecciosas (tipo e época)? ________________________________
3.2.4. Diabetes? _____________________________________________________
3.2.5. Traumatismos? ________________________________________________
3.2.6. Convulsões? __________________________________________________
3.2.7. RH?_________________________________________________________
3.2.8. Fez uso de alguma medicação? Qual?_______________________________
4.4. Baba à noite? ___________________________________________________
4.5. Tem sudorese noturna? ___________________________________________
4.6. Acorda várias vezes durante a noite e torna a dormir com facilidade? _______
4.7. Fala ou grita durante o sono? _______________________________________
4.8. Dorme do lado da cabeceirae acorda nos pés da cama? __________________
4.9. Mexe muito os braços? ___________________________________________
4.10. Faz outros movimentos sem acordar e sem se lembrar no dia seguinte? _____
_____________________________________________________________
4.11. Acorda quando tem algum sonho à noite e torna a dormir com facilidade? __
________________________________________________________________
4.12. Dorme em quarto separado dos pais? ________________________________
__________________________________
4.13. Até quando dormiu no quarto com os pais? ___________________________
_______________________________________
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
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4.14. Qual a atitude dos pais para separá-los de quarto? _____________________
_____________________________________________
4.15. Tem cama individual? ___________________________________________
4.16. Dorme sozinho ou com alguém no quarto? ___________________________
4.17. Acorda e vai para o quarto dos pais? ________________________________
V - ALIMENTAÇÃO
5.1. Foi amamentada? Por quanto tempo? ________________________________
5.2. Usou mamadeira? Por quanto tempo?________________________________
5.3. Teve reflexo de sucção? ___________________________________________
5.4. Quando ocorreu o desmame? Qual a atitude da criança? _________________
5.5. Quando foi dada a primeira alimentação? _____________________________
5.6. Quando foi introduzida a comida de sal e qual era a consistência? __________
________________________________________________________
5.7. Rejeitou algum tipo de comida? _____________________________________
5.8. Quando a criança começou a comer sozinha? __________________________
5.9. Como era e é o comportamento dela à mesa? __________________________
5.10. Necessita de ajuda à mesa? _______________________________________
5.11. Como é a alimentação atualmente? _________________________________
VI – DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
6.1. Época em que sorriu pela primeira vez? ______________________________
6.2. Época em que dirigiu-se ativamente às pessoas? ________________________
6.3. Quando sentou-se? _______________________________________________
VII – SOCIABILIDADE
7.1. Participa de jogos? _______________________________________________
7.2. Quais as brincadeiras de que mais gosta? _____________________________
7.3. Tem tendência a se dirigir às demais crianças? _________________________
7.4. Tem facilidade de fazer amigos? ____________________________________
7.5. Como é a adaptação ao meio (quando chegam visitas, em situações novas, etc.) 
__________________________________________________________________
VIII – DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
8.1. Época em que pronunciou as primeiras sílabas, primeiras bissílabas, primeiras 
frases. ____________________________________________________________
8.2. Época em que passou a pronunciar palavras completas e a fazer uma articulação 
correta.
__________________________________________________________________
8.3. Uso do pronome eu. ______________________________________________
6.4. Quando engatinhou? _____________________________________________
6.5. Quando andou? _________________________________________________
6.6. Caía muito? ____________________________________________________
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
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6.7. Sofreu algum acidente? Em caso afirmativo, quais as conseqüências?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
6.8. Machucava-se muito? ____________________________________________
6.9. Apresenta tiques? Qual a atitude dos pais? ____________________________
6.10. Fez uso da chupeta? Por quanto tempo? _____________________________
6.11. Quando foi o início da erupção dos dentes? __________________________
6.12. Ri e chora normalmente? _________________________________________
6.13. Parece não expressar nenhum desejo? _______________________________
6.14. Tem tendência a se isolar e/ou permanecer inativo? ____________________
6.15. Repete seguidamente os mesmos gestos, gritos ou palavras? _____________
6.16. É exageradamente carinhosa? _____________________________________
6.17. Apresenta outros comportamentos considerados problemas? Quais?
__________________________________________________________________
1 0 . 3 . N a s e s c o l a s q u e f r e q ü e n t o u c o m o e r a o a p r o v e i t a m e n-
to?_____________________________________________________
10.4. Apresentou alguma dificuldade? ___________________________________
10.5. Quais as dificuldades em relação à vida escolar? _______________________
___________________________________________
10.6. Qual a atitude dos pais diante das dificuldades da criança? _______________
___________________________________________________
10.7. Como é a participação dos pais na vida escolar? _______________________
___________________________________________
XI – ATIVIDADES ROTINEIRAS
11.1. Toma banho sozinha? ____________________________________________
11.2. Penteia-se? ____________________________________________________
11.3. Troca-se de roupa sozinha? _______________________________________
11.4. Roe unhas freqüentemente? _______________________________________
11.5. Os pais atribuem alguma tarefa à criança? Qual?_______________________
______________________________________
11.6. A criança executa com responsabilidade as tarefas a ela atribuí-
das?_________________________________________________________
11 .7 . A c r i ança pa r t i c i pa de a lguma r ec r eação fo r a da e sco-
la?____________________________________________________________
8.4. Uso da linguagem falada entendida somente por pessoas íntimas? __________
________________________________________________________
8.5. Entende o que lhe é dito? __________________________________________
8.6. Como faz para que entendam o que quer? _____________________________
8.7. Apresentou algum distúrbio na fala, como: gagueira, nasalização excessiva, 
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
41
etc.? ______________________________________________________________
8.8. Como é a comunicação e a expressão da criança atualmente? ______________
____________________________________________________
8.9. Quais línguas ouve falar em casa? ___________________________________
IX – CONTROLE DOS ESFINCTERES
9.1. Como foi ensinado o controle dos esfíncteres? _________________________
9.2. Qual a atitude dos pais diante das falas da criança? ______________________
____________________________________________
9.3. Atualmente necessita de ajuda para ir ao banheiro? ______________________
____________________________________________
9.4. Tem enurese noturna? ____________________________________________
9.5. Apresenta curiosidade sexual? ______________________________________
9.6. Masturba-se com freqüência? ______________________________________
X – ESCOLARIDADE
10.1. Idade em que entrou na escola? ____________________________________
10.2. Tipo de escola? _________________________________________________
XIV – DINÂMICA FAMILIAR
14.1. Como é o relacionamento dos pais?_________________________________
__________________________________________________________________
_____________________________
14.2. Como é o relacionamento entre os pais e os fils?________________
__________________________________________________________________
_____________________________________________
XII – ENFERMIDADES
12.1. Quais as doenças que a criança já teve?______________________________
________________________________
12.2. Em caso de doença grave detalhar a evolução da mesma: __________________________________________________________________
12.3. Procurou atendimento médico? ____________________________________
12.4. Medicamentos que tomou ou está tomando? __________________________
________________________________________
12.5. Que impressões a família tem sobre a visão, a audição e a inteligência da criança?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
XIII – MANUTENÇÃO FAMILIAR
13.1. Quem mantém a família? _________________________________________
13.2. A criança participa e conhece a situação econômica da família? ___________
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
42
_______________________________________________________
13.3. Como ela reage? _______________________________________________
___________________
Já conhecemos os caminhos que podemos seguir, ou seja, a observação e a 
entrevista, passamos agora a conhecer outros instrumentos do diagnóstico. 
SEÇÃO 2 – ALGUNS INSTRUMENTOS DO DIAGNÓSTICO
JOGOS
O jogo tem sido freqüente-
mente utilizado por psicólogos no que 
tange ao psicodiagnóstico, bem como 
no tratamento de problemas emocio-
nais, e também por psicopedagogos 
no diagnóstico psicopedagógico e no 
trabalho com dificuldades de apren-
dizagem.
Contudo, nos limitaremos ao 
papel da psicopedagogia neste contexto. O jogo supõe uma forma de expressão 
da linguagem afetiva inserindo-se na estrutura do símbolo, e para Piaget (1946) 
caracteriza-se por uma atividade que reflete os estados internos do sujeito frente a 
uma realidade vivida ou imaginada. Sendo assim, tem como função a assimilação 
do real ao eu como um processo individual e específico. 
Ainda nos descritos de Piaget (1946), o jogo de regras se diferencia do jogo 
simbólico, pois, o primeiro por ser constituído pela 
estrutura de regras, revela a forma de expressão 
cognitiva se caracterizando quanto a sua natureza 
lógica e social.
Pain (1985) apresenta uma proposta de 
diagnóstico fundamentada pelas teorias psicanalíti-
cas, piagetiana e pelo materialismo histórico. Para 
a autora, o jogo é uma atividade predominante-
mente assimilativa. E à observação do jogo com 
interesse para diagnóstico denominou por “hora 
do jogo”, que tem como meta averiguar como a 
criança manipula o jogo e em que condições é 
capaz de fazê-lo.
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
43
 Desse modo, descreve o transcurso normal do jogo e sua seqüência lógica, 
sendo caracterizado por três momentos:
• O primeiro distingue-se pelo inventário, onde a criança classifica o con-
teúdo da caixa lúdica, sugerindo possibilidade de ação.
• No segundo momento ocorre a postulação do jogo, o qual é construído em 
torno de um esboço de seqüência coerente com a hipótese escolhida pela criança.
• No terceiro é realizada a aprendizagem propriamente dita, ocorrendo a 
integração da experiência atual e resultando no conhecimento.
Em crianças com problema de aprendizagem observam-se perturbações em 
qualquer desses momentos. Pain (Ibid) alerta que a “hora do jogo” pode ser realizada 
somente até os nove anos de idade, e a partir dessa idade deve ser substituída pela 
entrevista do tipo “motivo da consulta”.
Quanto aos jogos de regras, Weiss (2003) afirma que são utilizados com 
maior freqüência em adolescentes possibilitando-lhes ao mesmo tempo brincar e 
competir com o terapeuta. Propõe jogos que envolvem bastante raciocínio, atenção, 
antecipação de situações e diferentes estratégias.
 Ex.: Jogo de dama. Além 
dos jogos de regras, a autora utiliza 
também da “hora de jogo diagnósti-
ca”, cujo propósito está na verifica-
ção dos aspectos afetivos gerais da 
aprendizagem. A autora denominou 
esse momento diagnóstico de “Ses-
são Lúdica Centrada na Aprendiza-
gem”.
Brenelli (2001) ressalta a 
relevância do jogo de regras no diagnóstico psicopedagógico propondo como recurso 
complementar aos testes e provas. Analisa a possibilidade de averiguar os procedi-
mentos que os sujeitos utilizam numa situação de jogo proposto ou ainda do jogo 
espontâneo, visto que na situação de jogo as regras são construídas pelas próprias 
crianças. Adverte que as possibilidades do jogo não estão inseridas nele mesmo, 
mas nas atividades da crianças, ou melhor, “no como suas ações e representações se 
manifestam e se organizam quando inseridas num contexto lúdico” (BRENELLI, 
2001, p.185).
Portanto, ainda segundo o autor acima citado, os estudos demonstram que 
por meio dos jogos pode–se inferir a respeito da estruturação cognitiva da criança 
ou do adolescente neutralizando as resistências dos sujeitos com dificuldades, pois, 
no caso de situações diretivas podem reviver os fracassos experimentados na escola.
Abaixo segue os exemplos dos jogos e das sessões lúdicas.
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
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Sessão Lúdica Centrada na Aprendizagem
a) Objetivo: a Sessão Lúdica Centrada na Aprendizagem foi proposta por 
Weiss (1997, p.72), com o objetivo “de se compreender, basicamente o funciona-
mento dos processos cognitivos e afetivo-sociais em suas interferências mútuas, no 
Modelo de Aprendizagem do paciente”.
b) Materiais:
- folhas de papel (sulfite branco, colorido, pautado, seda, etc.)
- lápis preto novo sem ponta.
- Apontador
- Borracha
- Régua
- Canetas esferográfica e hidrocor
- Lápis de cor
- Lápis de cera
- Tesoura sem ponta
- Cola
- Revistas para recortar
- 04 livros infantis no mínimo (01 somente com figuras, 01 com 
figuras e pouco texto, 01 com figuras e textos em quantidade igual, 01 somente com 
texto).
- Material de sucata
- Fantoches ou dedoches
- Miniaturas, animais, etc.
- Uma caixa de tamanho que comporte todo esse material dentro.
c) Procedimento:
Colocar parte do material sobre a mesa, sem uma ordenação ou classifica-
ção, e deixar parte dele dentro da caixa. Propor à criança que utilize o material para 
brincar como quiser e que quando estiver próximo ao final da sessão avisará.
d) Análise:
- A escolha do material e da brincadeira (atividade);
- O modo de brincar;
- A relação com o psicopedagogo.
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
45
 DESENHOS
Através do desenho a criança 
tem a oportunidade de manifestar-se 
cognitiva e afetivamente. Numa aval-
iação é importante observar a capacid-
ade de envolvimento, de concentração 
e de prazer em criar demonstrados por 
ela. Desse modo, Bossa e Oliveira et 
al (2002), baseando-se numa leitura 
psicanalítica, acreditam que o desenho 
livre possibilita maior expressão de 
seus sentimentos e, por conseguinte, dados sobre seu desenvolvimento afetivo-
emocional, intelectual, perceptivo e motor.
Para Paín (1986), o que podemos avaliar através do desenho é a capacidade 
do pensamento para construir uma organização coerente e harmoniosa e elaborar 
emoção, o que também permitirá avaliar a deteriorização que se produz no próprio 
pensamento.
A proposta de avaliação psicopedagógica apresentada pelas autoras su-
pracitadas refere-se a crianças até 6 anos de idade, e sustentam que por meio da 
observação e da análise da expressão gráfica há possibilidade de encontrar respostas 
para a seguinte pergunta: “A criança representa sua realidade de forma simbólica?” 
(BOSSA e OLIVEIRA et al, 2002, p. 47).
Ainda nos descritos das autoras, caso a criança represente simbolicamente 
sua realidade, a observação estará pautada em como ela representa? A realidade se 
manifesta em suas representações lúdicas? Aparece de forma esparsa ou cenas com-
plexas? A realidade é apresentada de forma caótica ou organizada? Como se utiliza 
dalinguagem enquanto produz? Utiliza suas lembranças pessoais para criar? Como 
se organiza perante o inesperado? E o que a criança representa na expressão gráfica? 
A si mesma? Quais os temas predominantes? Como ela lida com eles? Que pessoas 
são representadas e quais são omitidas? Caso não consiga representar e já esteja com 
a idade próxima ou superior a 2 anos é recomendável que haja uma complementação 
na avaliação diagnóstica.
O procedimento adequado sobre a avaliação gráfica acarreta uma entrevista 
a priori com os pais e um contato com a escola, para dessa forma, realizar a avaliação 
denominada por Bossa e Oliveira et al (2002) como Interação-Brinquedo-Desenho 
(I.B.D.), que consiste em verificar como a criança se organiza de maneira espontânea 
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
46
diante do material lúdico e gráfico. Em geral, o material consiste em peças figurativas 
(bonecos, carrinhos, etc.), não figurativos (sucatas, módulos, etc.) e jogos, além do 
material gráfico: giz de cera, lápis de cor, papel sulfite e borracha.
Desse modo, o observador deverá ter uma presença discreta, intervindo 
somente quando solicitado, de forma não diretiva, tendo por último fim averiguar 
como a criança lida com o material, sua forma de combiná-lo e significá-lo.
Além do desenho livre existem outras expressões gráficas utilizadas para 
crianças a partir de 7 anos até a adolescência como: teste da figura humana; teste do 
par educativo; teste da família prospectiva e outros. Esses instrumentos serão também 
explorados na próxima Aula.
PROVAS PROJETIVAS PSICOPED-
AGÓGICAS
As provas projetivas psicopedagógi-
cas foram propostas por Visca (1995), com o 
objetivo de analisar:
• Vínculos escolares: par educativo, 
eu com meus companheiros, o plano da sala 
de aula.
• Vínculos familiares: o plano de minha casa, os quatro momentos de um 
dia, família educativa;
• Vínculos consigo mesmo: desenho em episódios, o dia do meu aniversário, 
em minhas férias, fazendo o que mais gosto. 
Assim, entende-se por projetivas, pois no desenho e em algumas provas 
especificas a criança se projeta emocionalmente, ou seja, demonstra a sua vida afetiva 
através deste instrumento.
Abaixo estão listadas todas as provas propostas pelo autor.
1) Par Educativo:
- Objetivo: investigar o vínculo de aprendizagem.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha.
- Aplicação: pedir ao sujeito que desenhe duas pessoas – uma que ensina 
e outra que aprende, indicando o nome e a idade, dando um título para o desenho e 
relatando o que se passa.
2) Eu com meus companheiros:
- Objetivo: investigar o vínculo com os companheiros de sala.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha.
- Aplicação: pedir ao sujeito que desenhe seus companheiros de sala, in-
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
47
dicando quem são eles, como se chamam e a idade das outras pessoas e fazer um 
comentário sobre seus companheiros.
3) O Plano da sala de aula:
- Objetivo: conhecer a representação do campo geográfico sala de aula e as 
posições, reais e desejadas na mesma.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha, régua.
- Aplicação: pedir ao sujeito que desenhe o plano da sala de aula fazendo uma 
cruz no lugar onde senta e se a escolha do lugar foi sua ou do professor; perguntar 
se gostaria de sentar em outro lugar e por que, indicar quem são as outras pessoas 
falando algo sobre elas, fazer um comentário sobre a aula.
4) O plano de minha casa:
- Objetivo: conhecer a representação do campo geográfico do lugar onde 
mora e a posição real dentro do mesmo.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha e régua.
- Aplicação: pedir ao sujeito que desenhe o plano de sua casa colocando 
o nome dentro de cada ambiente, perguntar de quem é cada quarto e se gostaria de 
ocupar outro quarto e por quê; fazer outras perguntas que considere necessárias.
5) Os quatro momentos de um dia:
- Objetivo: investigar os vínculos durante um período da vida.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha.
- Aplicação: o entrevistador dobra uma folha em 4 partes iguais e pede que 
o sujeito faça o mesmo com outra folha, pedir que desenhe 4 momentos de seu dia 
desde a hora que desperta até a hora de dormir; dizer o que está acontecendo no de-
senho em cada cena; podem-se realizar outras perguntas que se fizerem necessárias.
6) Família Educativa:
- Objetivo: estudar o vínculo de aprendizagem com o grupo familiar e cada 
um dos integrantes do mesmo.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha.
- Aplicação: pedir ao sujeito que desenhe sua família fazendo o que cada um 
sabe fazer, indicando a idade e o nome de cada um; pedir que comente sobre cada 
pessoa; perguntar se o que sabem fazer ensinam a quem não sabe e como ensinam; 
pode-se fazer outras perguntas se julgar necessário.
7) Desenho em episódios:
- Objetivo: analisar a organização espaço-temporal do sujeito através do 
tema das cenas.
- Material: folhas de sulfite branco dobrada em 6 partes, lápis preto, borracha.
- Aplicação: dobrar a folha em 6 partes na frente e na posição horizontal; 
pedir que desenhe uma pessoa que tem um dia livre desde o momento em que se 
levanta (indicar o quadro do canto superior esquerdo) até a hora em que vai dormir 
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
48
(indicar o quadro do canto inferior direito), comentando sobre o que desenhou.
8) O dia do meu aniversário:
- Objetivo: conhecer a representação que tem de si e do contexto sócio-
dinâmico na transição de uma idade para outra.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha.
- Aplicação: pedir que o sujeito desenhe o dia do aniversário de um menino 
ou menina (do mesmo sexo) perguntando a idade do aniversário e das outras pessoas 
e qual a relação que têm com o aniversariante; pergunta-se sobre outras coisas que 
se passaram no dia e fazem-se outras perguntas que se fizerem necessárias.
9) Em minhas férias:
- Objetivo: estudar as atividades escolhidas durante o período de férias 
escolares.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha.
- Aplicação: pedir que faça uma fotografia do que fazia nas férias e relate 
o que fez; podem-se fazer outras perguntas caso se faça necessário.
10) Fazendo o que mais gosto:
- Objetivo: investigar o tipo de atividade de que mais gosta.
- Material: folhas de sulfite branco, lápis preto, borracha.
- Aplicação: solicitar que desenhe fazendo o que mais gosta e comentar (o 
que e quando ocorre), caso se faça necessário fazem-se perguntas complementares.
11) O faz de conta:
- Objetivo: investigar a vida da criança.
- Material: entrevista abaixo.
- Aplicação: solicitar que a criança responda conforme as informações 
abaixo.
Eu conheço um (a) menino (a) chamado (a) Roberto (Maria) e você vai 
imaginar como ele (a) é e por que ele (a) faz coisas assim. Diga-me a primeira coisa 
que você pensar:
01) Roberto não tem tempo de ouvir música. Por quê?
02) Roberto não jantou ontem. Por quê?
03) Roberto não brinca com outros meninos. Por quê?
04) Roberto não foi ao cinema domingo. Por quê?
05) A professora disse que queria falar com ele depois da aula. Por quê?
06) Quando o pai de Roberto chegou ontem o que aconteceu?
07) Roberto levantou-se durante a noite. Por quê?
08) Quando Roberto abriu a porta o que foi que ele viu?
09) Roberto não fez nenhuma lição de casa. Por quê?
10) Roberto uma noite sonhou. Com o quê?
11) Roberto trouxe ontem suas notas. Que aconteceu?
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12) A mãe de Roberto vestiu o casaco e saiu. Por quê?13) Roberto chegou chorando em casa. Por quê?
14) Roberto ficou com raiva de sua mãe. Por quê?
15) Roberto queria ser mais sabido do que é. Por quê?
16) Roberto foi para seu quarto. Por quê?
17) Roberto está com medo de alguma coisa. O que é?
18) Às vezes alguém aborrece Roberto e ele fica triste. Por quê?
19) Roberto queria ser mais forte do que é. Por quê?
20) A mãe de Roberto está muito preocupada com alguma coisa. O que é?
21) Roberto não veio jantar em casa. Por quê?
22) Ontem aconteceu alguma coisa ruim. O que foi?
23) Roberto não gosta de alguma coisa em seu pai. O que é?
24) Roberto pensa que seu pai e sua mãe não gostam dele. Por quê?
25) Roberto não quer ir à escola hoje. Por quê?
26) Roberto não gosta de recitar poesias (falar na frente) em classe. Por quê?
27) Roberto gostaria às vezes de ser menina. Por quê?
28) Roberto gostaria de ser maior do que é. Por quê?
29) Roberto gosta de uma coisa em sua professora. O que é?
30) Roberto às vezes fica com raiva na escola. Por quê?
31) Roberto às vezes não faz o que sua mãe manda. Por quê?
32) Roberto prefere brincar com meninos ou meninas. Por quê?
33) Roberto não gosta de um menino de sua classe. Por quê?
34) Roberto às vezes fica nervoso e preocupado na escola. Por quê?
35) Certo dia Roberto e sua mãe brigaram seriamente. Por quê?
36) Um dia Roberto quis fugir de casa. Por quê?
37) Roberto não gosta de alguma coisa em sua professora. Por quê?
38) Roberto às vezes fica muito triste. Por quê?
39) Roberto gosta de ficar sozinho. Por quê?
40) Roberto acha uma pessoa da escola muito boa. Quem é?
41) Quantos anos você pensa que Roberto tem?
42) Se Roberto fosse grande e forte, que faria que não pode fazer agora?
43) Se Roberto fosse rico, que faria que não pode fazer agora?
44) Se Roberto fosse sabido, que faria que não pode fazer agora?
45) Se Roberto pudesse fazer tudo o que quisesse, que faria que não pode 
fazer agora?
46) O que Roberto quer acima de tudo (O que Roberto mais quer na vida?)
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50
PROVAS OPERATÓRIAS
Para se obter um diagnóstico operatório o psicopedagogo dispõe de algu-
mas provas piagetianas, as quais estão condizentes com o nível em que a criança ou 
adolescente se encontram.
Segundo Weiss (2001, p.105) “Por exemplo, um aluno de 1ª série em nível 
pré-operatório que não tenha atingido a conservação de conjuntos discretos não terá 
condições cognitivas para compreender de imediato exercícios de numeração no 
trabalho de sala de aula”.
Criado por Piaget, as provas operatórias partem de um método clínico, de 
conversação livre com a criança sobre um tema dirigido pelo interrogador que segue 
as respostas da criança, que lhe pede que justifique o que diz. O exame clínico tem 
a ver ao mesmo tempo com a experiência, na medida em que o interrogador faz 
hipóteses, faz variar as condições em jogo, testa a constância, faz contra-sugestões, 
controla pelos fatos cada hipótese etc., e ao mesmo tempo com a observação direta.
As provas operatórias têm como meta principal determinar o grau de 
aquisição de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, revelando o nível 
de pensamento atingido pela criança.
Desse modo citaremos algumas provas operatórias piagetianas:
1. Prova de Classificação:
a) Material: blocos lógicos de duas espessuras (grossa e fina), de três cores 
(azul, vermelha e amarela), de quatro formas (quadrada, retangular, triangular e 
circular) e de dois tamanhos (pequeno e grande).
b) Aplicação: colocar sobre a mesa vários blocos lógicos e pedir à criança 
que: 1º - diferencie as formas geométricas; 2º - compare as semelhanças e diferencie 
entre as peças, explicando-as. Apresentar questões como: “O que tem de igual?”; 
“O que tem de diferente?”, mostrando à criança, por exemplo, duas peças que estão 
sobre a mesa. Depois, apontar à criança todos os blocos lógicos e solicitar que reúna, 
em grupos, as peças parecidas, dizendo: “Como você pode arrumar essas peças de 
modo que fiquem juntas as que combinam?” Depois que o sujeito executar o que lhe 
é pedido, perguntar: “Há outro jeito de arrumá-las?” Em seguida, solicitar à criança 
que dê um nome a cada coleção.
c) Avaliação: os critérios de classificação são os mesmos adotados por Piaget 
e Inhelder (1983) que são:
Nível I: a criança tende a organizar o material classifacável, não numa hier-
arquia de classes e subclasses baseada em semelhança e diferença entre os objetos, 
mas de acordo com o que Piaget e Inhelder (1983) chamam de coleções figurais. 
Isso significa que o comportamento de classificação tem características próprias. 
Primeiro trata-se de um comportamento não planejado, que se dá por etapas, nas quais 
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
51
o critério de escolha muda constantemente. Segundo, a classificação não obedece a 
um plano geral e a coleção finalmente formada não é uma classe lógica, mas uma 
configuração complexa (ex.: casa, trem, etc).
Nível IIa: as coleções figurais são substituídas por coleções não figurais. 
Isso significa que a criança passa a formar grupos de objetos com base apenas em 
semelhanças de atritos e tentar relacionar cada objeto a um dos grupos. Entretanto, a 
criança ainda utiliza um critério único de classificação (cor, forma, etc.), mas ainda 
sem hierarquias.
Nível IIb: a criança começa a utilizar pelo menos dois critérios de clas-
sificação.
Nível III: a classificação é formada de classes propriamente lógicas, sub-
divididas em subclasses e com quantificação das inclusões. A ele se concentram a 
mobilidade nas mudanças possíveis de critério e facilidade de construir sistemas 
multiplicativos (tabelas de dupla entrada, etc.).
2. Prova de Seriação:
a) Material: 10 bastonetes de 4 cm.
b) Aplicação: convidar a criança para fazer um jogo ou brincadeira. Apre-
sentar-lhe os bastonetes dizendo: “Esses pauzinhos chamam-se bastonetes. Você 
pegar esses bastonetes e fazer com eles uma bonita escada (ou fileira) colocando os 
bastonetes em ordem, um ao lado do outro”.
Observar e anotar como a criança escolhe os bastonetes e os ordena. Se a 
criança fizer uma escada sem base comum sugerir: - “Você não poderia fazer sua 
escadinha mais bonita?”. Quando a criança terminar pergunta-lhe: “Como você fez 
para escolher os bastonetes?” Anotar o desempenho da criança ao construir a série 
de bastonetes: nenhum ensaio de seriação – pequenas séries – tentativa de seriação 
ou seriação assistemática – êxito sistemático.
c) Avaliação:
Nível I: A criança não possui a noção de seriação operatória quando não 
tem êxito
na construção da série.
Nível II: A criança está no estágio de transição quando acerta algumas das 
fases e erram outras.
Nível III: A criança possui a noção de conservação operatória quando tem 
êxito sistemático na construção da série. Além disso, ela deve compreender que 
qualquer um dos elementos medianos da série é ao mesmo tempo maior do que o 
seu antecessor e menor do que seu sucessor.
3. Prova de Conservação de Comprimento:
a) Material: palitos de fósforo de dois tamanhos diferentes.
b) Aplicação:
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
52
1ª situação: colocar sobre a mesa duas fileiras paralelas (A e B) de palitos 
de fósforo (uma com 8 palitos grandes e outra com 10 palitos pequenos, mas ambas 
com o mesmo comprimento), dizendo: “Vamos fazer de conta que essas fileiras são 
duas estradas. Diga-me, elas têm o mesmo comprimento?” Após anotar a resposta 
da criança, certificando-se de que a mesma concorda em terem as fileiras o mesmo 
comprimento, passar para a situação seguinte.
2ª situação: deixar a fileira A como na primeira situação e deslocar a fileira 
Bpara a direita. Depois, perguntar: “Qual dessas duas estradas é mais comprimida? 
Ou elas têm o mesmo comprimento? Como você sabe disso?” Em seguida, anotar 
a resposta da criança.
3ª situação: deixar a fileira A na primeira situação e arruma a fileira B em 
ziguezague. Depois, perguntar: “Se você fosse andar nessas duas estradas, em qual 
você andaria mais? Ou você andaria o mesmo tanto? Elas têm o mesmo comprimento? 
Como você sabe disso?” Em seguida, anotar a resposta da criança.
4ª situação: deixar a fileira A como na primeira situação e arrumar a fileira 
B de forma não retilínea. Depois perguntar: “Se você fosse andar nessas duas estra-
das em qual você andaria mais? Ou você andaria o mesmo tanto? Elas têm o mesmo 
comprimento? Como você sabe disso?” Anotar a resposta da criança.
Devem ser criadas ainda mais duas situações, nas quais a fileira B é disposta 
de diferentes maneiras, mas com uma configuração não retilínea.
c) Avaliação: são utilizados os mesmos critérios adotados por Inhelder, 
Bovet e Sinclair (1977), os quais estão relacionados a seguir:
Nível I: Não conservação - a criança julga os comprimentos conforme o 
critério da coincidência das extremidades. Dessa forma, após a mudança da configu-
ração de uma das fileiras passa a negar que ambas tenham o mesmo comprimento.
Nível II: Condutas intermediárias - a criança ora diz que as fileiras têm o 
mesmo comprimento, ora diz que não têm.
Nível III: Conservação - a criança começa a afirmar que as duas fileiras 
têm o mesmo comprimento, mesmo que ambas possuam configurações diferentes.
4. Prova de Conservação de Massa:
a) Material - dois bastonetes de massa de modelar, preferencialmente da 
mesma cor.
b) Aplicação - apresentar à criança duas bolinhas com a mesma quantidade 
de massa e perguntar: “Essas duas bolinhas são iguais?” “Elas têm a mesma quan-
tidade (ou o mesmo tanto) de massa?” “Você tem certeza?”
1. “Se eu der esta bolinha para você e ficar com esta pra mim, qual de nós 
ganha a bola que tem mais massa? Ou nós ganhamos o mesmo tanto? Por quê?”. Obs: 
Se a criança responder que uma vai ganhar uma bola maior que a outra, perguntar: 
“Então elas não são iguais?”.
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
53
2. Transformar uma das bolas em salsicha colocando-a horizontalmente na 
mesa e perguntar: “E agora tem mais massa? Ou tem o mesmo tanto de massa nas 
duas?”. “Por quê? Ou como você sabe disso?”.
3. Transformar a salsicha em bolinha novamente e perguntar: “Estas duas 
bolinhas são iguais? Elas têm a mesma quantidade (ou o mesmo tanto) de massa? 
Você tem certeza?”.
4. Transformar a bolinha em salsicha colocando-a verticalmente sobre a 
mesa e então perguntar: “E agora onde tem mais massa? Ou tem o mesmo tanto de 
massa nas duas? Por que? Ou como você sabe disso?”.
5. Transformar a salsicha em bolinha novamente e perguntar: “Estas bolinhas 
são iguais? Elas têm a mesma quantidade (ou o mesmo tanto) de massa? Você tem 
certeza?”.
6. Dividir uma das bolinhas em quatro ou cinco pedaços iguais fazendo com 
eles bolinhas menores, em seguida perguntar: “E agora onde tem mais massa? Nesta 
bola grande ou em todas estas bolinhas juntas? Ou tem o mesmo tanto de massa nas 
duas? Por quê? Ou como você sabe disso?”
c) Classificação:
Nível I: Não-conservação: a criança não tem noção de conservação de massa 
quando admite que a quantidade de massa se altera quando a bolinha é transformada.
Nível II: Condutas intermediárias: a criança está em fase de transição quando 
admite a conservação de massa em algumas situações e a nega em outras.
Nível III: Conservação: a criança tem a noção de conservação de massa 
quando afirma que as bolinhas transformadas continuam tendo a mesma quantidade 
de massa e justificam suas afirmações com argumentos lógicos de identidade, re-
versibilidade simples e reversibilidade por reciprocidade.
5. Prova de Conservação de Líquido:
a) Material: dois copos idênticos, um copo mais estreito e mais alto, um 
copo mais largo e mais baixo.
b) Aplicação: inicialmente conversar com a criança e a convidar para 
brincar ou fazer um joguinho dizendo: “Vou colocar água nestes dois copos (A e A’) 
quando eles estiverem com a mesma quantidade (ou o mesmo tempo) de água você 
me avisa? Olhe bem!”.
1. Colocar água até mais ou menos metade dos copos e perguntar: “Estão 
iguais? Tem a mesma quantidade de água nos dois copos?”. “Você tem certeza? Por 
quê?”. “Se você tomar a água deste copo (A) e tomar a água deste (A’) qual de nós 
dois (duas) toma mais água? Por quê?”.
2. Transvasar a água de A para B e depois perguntar: - “E onde tem mais 
água?”, “Por quê?” Ou – “Como você sabe disso?”. Contra-argumentação: se a cri-
ança demonstrar que não possui a noção de conservação dizer: “Outro dia eu estava 
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
54
brincando com um (a) menino (a) que tem a sua idade e ela me disse que nestes dois 
copos tem a mesma quantidade de água porque a gente não pôs e nem tirou. Você 
acha que aquela menina estava certa ou errada? Por quê?”. Se a criança demonstrar 
que possui a noção de conservação dizer: “Outro dia eu fiz esta brincadeira com um 
(a) menino (a) do seu tamanho e ele me disse que neste como (B) havia mais água, 
porque nele a água estava mais alta. O que você acha desse (a) menino (a), ele (a) 
estava certo ou errado? Por quê?”.
3. Transvasar a água de B para A, mostrar à criança então os copos A e A’ 
e perguntar: “E agora onde tem mais água?” e depois: “Se eu beber esta água (A) e 
você esta (A’) quem bebe mais, eu ou você? Por quê?”.
4. Transvasar a água de A para C e depois perguntar: “E agora onde tem 
mais água? Por quê?” ou “Como você sabe disso?”. Fazer uma contra-argumentação 
igual à do item 2.
c) Avaliação:
Nível I: a criança não possui a noção de conservação quando afirma que a 
quantidade de água não é a mesma em B e C.
Nível II: A criança está em fase intermediária ou de transição quando admite 
a conservação da quantidade em alguns transvasamentos e nega em outros.
Nível III: A criança possui a noção de conservação do líquido quando afirma 
que os copos A e B e A e C tem a mesma quantidade de água e para justificar suas 
afirmações apresenta os seguintes argumentos: - Identidade: “Tem a mesma quan-
tidade porque não se pôs e nem tirou”. – Reversibilidade simples: “Tem a mesma 
quantidade porque se pusermos a água deste copo (B) neste (A) fica tudo igual outra 
vez”. – Reversibilidade por reciprocidade: “Tem a mesma quantidade porque este 
copo (B) é estreito e nele a água sobe e este é mais largo e a água fica mais baixa”.
6. Prova de Conservação de Quantidades Discretas:
a) Material: 10 fichas em forma circular de cor rosa, 10 fichas em forma 
circular de cor azul.
b) Aplicação:
Primeira situação:
- Dispor sobre a mesa 5 fichas azuis, alinhando-as, e pedir à criança para 
compor uma coleção equivalente numericamente com fichas cor-de-rosa: “Coloque 
aqui na mesa o mesmo número (mesmo tanto) de fichas cor-de-rosa, assim como eu 
pus as azuis, nem mais, nem menos”.
- Dispor, se for necessário, as fichas azuis e cor-de-rosa termo a termo e 
assegurar-se de que a criança acerta a equivalência das coleções.
- Fazer uma modificação de disposição, espaçando as fichas de uma das 
coleções ou unido-as mais, de modo a formar uma linha mais comprida ou mais 
curta. Em seguida, perguntar: “E agora, tem o mesmo número (mesmo tanto) de 
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
55
fichas azuis e cor-de-rosa ou não? Onde tem mais? Como você sabe?”.
Segunda situação:
- 8 fichas (idem procedimento da primeira situação).
Terceira situação:
- Colocar de 6 a 8 fichas sobre a mesa em círculo e procedercomo na 
primeira situação. Contra-argumentação (deve ser utilizada nas três situações acima):
- Se a resposta da criança é conservativa, chamar sua atenção sobre a con-
figuração das duas coleções: “Olha como essa linha é comprida, será que não tem 
mais fichas do que a outra?”.
- Se a resposta é não conservativa, lembrar a equivalência inicial: “Você 
se lembra, antes a gente tinha posto uma ficha vermelha diante de cada azul, e uma 
criança me disse que daquele jeito tinha o mesmo tanto de fichas azuis e cor-de-rosa 
ou não?”.
c) Classificação:
Nível I: Não-conservação: a criança não tem conservação de quantidades 
discretas quando admite que o número de fichas se altera após a transformação de 
uma das fileiras (espaçamento ou união das fichas).
Nível II: Condutas intermediárias: a criança está em fase de transição 
quando admite a conservação de quantidades discretas em algumas situações e a 
nega em outras.
Nível III: Conservação: a criança tem a conservação de quantidades dis-
cretas quando afirma que mesmo após a transformação de uma das fileiras continua 
existindo o mesmo número de fichas.
7. Prova de Imagem Mental:
a) Material: duas garrafas iguais transparentes, com paredes paralelas, lápis, 
borracha e uma folha de papel sulfite com desenhos de garrafas em várias posições.
b) Aplicação: deixar sobre a mesa duas garrafas: uma com água e outra 
vazia. Em seguida, mostrar à criança a garrafa vazia dizendo: “Vamos supor que 
esta garrafa estivesse cheia de água, assim como esta (aponte a garrafa cheia). Como 
ficaria a água se eu virasse a garrafa de várias maneiras?”.
Inclinar a garrafa vazia para a direita e perguntar: “Como vai ficar a água se 
eu a colocar deste jeito?”. Em seguida, dizer: “E se eu virar a garrafa assim, como 
a água vai ficar?”, mostrando agarrafa inclinada para a esquerda.
Além das posições citadas anteriormente, a garrafa deve ainda ser colocada 
nas seguintes posições: deitada, com o gargalo para baixo e em pé.
Depois de mostrar à criança a garrafa em diferentes posições e perguntar 
como a água vai ficar em cada uma das situações, oferecer-lhe a folha com desenhos, 
pedindo-lhe para desenhar como a água ficará em cada caso.
c) Classificação: são utilizados os mesmos critérios adotados por Piaget e 
Diagnóstico Psicopedagógico - Adriana Sordi - UNIGRAN
56
Inhelder (1948):
Nível I: as crianças revelam-se incapazes de representar planos. Assim, 
a água na garrafa é representada por uma garatuja, na qual é impossível discernir 
qualquer nível, em qualquer orientação.
Nível II: os níveis são representados toscamente, tendo como referencial a 
própria garrafa, e não as coordenadas externas. Desse modo, o nível da água é quase 
sempre considerado como perpendicular aos lados, independentemente da maneira 
como a garrafa está inclinada. Para representar o que pensa, a criança geralmente 
desenha a água paralela à base da garrafa. Se em algumas situações a criança repre-
senta o nível da água corretamente, em outras acaba por representa-lo incorretamente.
Nível III: as crianças desse estágio, em suas construções, baseiam-se na 
referência espacial mais ampla, usando, por exemplo, o nível da mesa como um guia 
na previsão do nível da água.
8. Prova de Inclusão de Classes:
a) Material: 10 fichas quadradas na cor rosa, 10 fichas quadradas na cor 
verde.
b) Aplicação: Mostrar as fichas e perguntar: “Quais as cores destas fichas?” 
(Obs.: se a criança não souber identificar as cores, dizer a ela: “Estas fichas são cor-
de-rosa e estas são verdes”).
3. “Separe estas fichas por cor em dois montes para mim”.
4. Colocar sobre a mesa 7 fichas (5 rosas e 2 verdes) e perguntar: “Aqui na 
mesa tem mais fichas rosas ou mais fichas?” “Como você sabe?” ou “Como você 
faria para explicar isso que você me disse a um amigo seu?”.
5. Nove fichas: 4 rosas e 5 verdes (idem à questão 4).
6. Sete fichas: 2 rosas e 5 verdes (idem à questão 4).
7. Nove fichas: 6 rosas e 3 verdes (idem à questão 4).
8. Oito fichas: 4 rosas e 4 verdes (idem à questão 4).
Classificação das respostas do sujeito: foram utilizados os mesmos critérios 
adotados por Piaget e Inhelder (1983):
1. Ausência de qualificação inclusiva: a criança mostra-se incapaz de 
comparar o número de elementos de uma subclasse ao de uma classe mais geral na 
qual ela está inclusa; ela faz sistematicamente a comparação das duas subclasses, 
respondendo então que há mais quadrados verdes.
2. Condutas intermediárias: a criança hesita diante da questão que lhe é 
feita e, ora responde que tem mais quadrados rosas (ou verdes), ora responde que 
tem mais quadrados verdes.
3. Acerto da quantificação inclusiva: todas as perguntas obtêm respostas 
corretas.
9. Prova de Eqüidistância:
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a) Material: são utilizados animais em miniatura e uma lagoa, feita em 
cartolina azul, em formato circular.
b) Aplicação: a experimentadora apresenta à criança os animais e a lagoa. 
Em seguida, solicita a mesma que coloque os animais a uma mesma distância da 
lagoa (ponto central). Inicia a prova dando 2 animais à criança.
A primeira instrução é a seguinte: “Nesta fazenda existem vários animais. 
Todos os dias eles gostam de ir até esta lagoa para beber água. De que forma você 
pode colocar os animais para que cada um ande o mesmo tanto até chegar à lagoa?”.
Após a primeira situação idealizada pela criança, a experimentadora per-
gunta:
“Da forma como você colocou os animais, eles andam o mesmo tanto até 
chegarem à lagoa?”
“Como você fez para saber que eles andam o mesmo tanto?”
“Tem outro jeito de colocar os animais, para que eles andem o mesmo tanto 
até chegarem à lagoa?
Procede-se dessa forma nas demais situações sucessivamente apresentadas 
ao sujeito (5 animais e uma lagoa; 8 animais e uma lagoa; 10 animais e uma lagoa).
Em cada situação, insiste-se para que a criança demonstre pelo menos 5 
maneiras de colocar os animais.
c) Critérios de classificação para as respostas dos sujeitos: são utilizados os 
mesmos critérios adotados por Piaget (1985):
Nível Ia: a criança faz uma reunião dos animais, seja através de um alin-
hamento vertical ou horizontal, figuras em curva, ziguezague, animais em desordem 
e perto da lagoa.
Nível Ib: as crianças começam a fazer configurações fechadas, mas não 
circulares, que envolvem a lagoa; ou seja, elas comparam a distância entre a lagoa e 
cada um dos animais individualmente, sem levar em conta os outros animais envolvi-
dos. Contudo, existe ainda um predomínio de retas e amontoados como no nível Ia.
Nível II: a criança trabalha predominantemente com formas, podendo apre-
sentar o círculo como solução, ou não, mas considerando uma forma entre outras.
Nível III: as únicas construções aceitas são o círculo ou o semicírculo, que 
já aparecem desde as primeiras construções, e as únicas variações são aquelas nas 
quais a criança aumenta ou diminui o raio do círculo.
10. Prova das Posições dos Dados Sobre um Suporte:
a) Material: são utilizados três suportes coloridos (círculo amarelo, 
quadrado vermelho, triângulo azul) e nove dados, cujas faces são de cores diferentes 
(branco, preto, rosa, verde, vermelho, amarelo).
b) Aplicação: a experimentadora coloca um dos suportes sobre a mesa e 
entrega três dados à criança, dizendo “Coloque estes três dados de todas as maneiras 
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sobre este cartão”.
Após a execução da tarefa pela criança, ela pergunta: “Pode ser de outro 
jeito?”.
Caso a criança argumente que não há outras maneiras, a experimentadora 
insiste: “Faça agora de um jeito bem diferente”.
E continue, fazendo as seguintes solicitações:
“Vocêacha que existem jeitos certos ou errados de colocar os dados?”
“Então mostre-me um jeito certo de colocar os dados”.
“Agora mostre-me um outro jeito certo”.
“Mostre-me um jeito errado de colocar os dados”.
“Agora mostra-me um outro jeito errado”.
“De quantos jeitos você acha que pode colocar esses dados sobre este cartão? 
Como você sabe? Você conseguiria fazer todos esses jeitos?
A criança é incentivada a demonstrar todas as posições em que ela pensar. 
Todas as suas condutas devem ser anotadas.
O mesmo procedimento é adotado para outros dois suportes.
c) Critérios de classificação para as respostas dos sujeitos: são utilizados os 
mesmos critérios propostos por Piaget (1985):
Nível Ia: a criança combina pequenas diferenças com semelhanças (pro-
cedimentos analógicos), e seus argumentos caracterizam-se pela presença de pseu-
donecessidades. Além disso, ela trabalha apenas com uma família de co-possíveis.
Nível Ib: a criança trabalha com duas famílias de co-possíveis.
Nível II: a criança busca mais variações e apresenta co-possíveis antecipa-
dos. Nesse nível, ela já trabalha com três famílias de co-possíveis.
Nível III: a criança argumenta que existem maneiras ilimitadas de colocar 
os dados (copossíveis quaisquer).
__________________________________________________________________
FONTE: http://geocities.yahoo.com.br/simarapsicopedagoga/pro-
vas_operatorias.htm.
Para o adolescente de acordo com Barros e Oliveira (Orgs) et al (2003), é 
utilizada a prova de diagnóstico operatório, Piaget descreve duas provas a da 
permutação e a da combinação, sendo possível avaliar se a estruturação mental 
alcançou o nível das operações formais.
É interessante notar que tanto as provas operatórias quanto as específicas não 
devem ser vistas como instrumentos infalíveis, absolutos, porque o desenvolvimento 
operatório, resultante da interação indivíduo-meio, está sujeito a progressos após o 
momento das provas. Assim, deve-se considerar sempre o melhor nível de resposta 
obtida ao longo do processo. Por conseguinte, o conhecimento das estruturas cog-
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nitivas das crianças ou adolescentes permite levantar hipóteses para compreensão 
de sua conduta escolar.
Essas provas podem ser acessadas através do site: http://geocities.yahoo.
com.br/simarapsicopedagoga/provas_operatorias.htm.
Abaixo uma tabela para melhor visualização dos resultados:
 
TABELA DA PAG.55 DO MATERIALANTIGO
Em nossa próxima aula, vamos estudar mais um pouco dos instrumentos 
de avaliação diagnóstica.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASSEDAS, Eulália et al. Intervenção educativa e diagnóstico psicopedagógico. 
3. ed. Porto Alegre: Artmed, 1996.
BRENELLI, R. P. Espaço lúdico e diagnóstico em dificuldades de aprendizagem: 
contribuições do jogo de regras. In: SISTO, F. F. et al. Dificuldade de aprendizagem 
no ocntexto psicopedagógico.Petrópolis: Vozes, 2001. p. 185.
BOSSA, Nádia A.; OLIVEIRA, Vera B. (Orgs.). et al. Avaliação psicopedagógica 
da criança de zero a seis anos. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
______. Avaliação psicopedagógica do adolescente. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
CHAMAT, Leila S. J. Diagnóstico psicopedagógico. São Paulo: Vetor, 2004.
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PAIN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1986.
PIAGET, J. A epistemologia genética. Petrópolis: Vozes, 1972.
______. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e 
representação. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1990.
VISCA, J. Clínica psicopedagógica: epistemologia convergente. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1991.
WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia clínica: Uma visão diagnóstica dos prob-
lemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
______. Psicopedagogia e informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
YAEGASHI, S. F. R. Aprendizagem de possíveis e inclusão de classes. Campinas: 
Faculdade de Educação/UNICAMP, 1992 (Dissertação de mestrado em Psicologia 
Educacional). Disponível em, http://geocities.yahoo.com.br/simarapsicopedagoga/
provas_operatorias.htm.
______. O fracasso escolar nas séries iniciais: um estudo com crianças de escolas 
públicas. Campinas: Faculdades de Educação/UNICAMP, 1997 (Tese de Doutorado 
em Psicologia Educacional). Disponível em, http://geocities.yahoo.com.br/simarap-
sicopedagoga/provas_operatorias.htm.
RETOMANDO A CONVERSA INICIAL
 
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar esse tópico, vamos 
recordar:
Seção 1 Qual o melhor caminho a seguir
Os instrumentos de avaliação podem incluir diferentes modos de atividades 
e testes padronizados, utilizados de acordo com a habilitação profissional do psi-
copedagogo e da necessidade do caso em atendimento.
Esse roteiro deve conter basicamente três aspectos: aspecto pedagógico, o 
aspecto cognitivo, o aspecto afetivo social.
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Seção 2 Alguns Instrumentos do Diagnóstico
Nesta seção de estudo, podemos estudar os Jogos, os desenhos, as provas 
projetivas psicopedagogicas e as provas operatórias.
SUGESTÕES DE LEITURAS, SITES E FILMES: 
LEITURAS
WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia clínica: Uma visão diagnóstica dos prob-
lemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
 SITES
http://www.psicopedagogia.com.br 
 FILMES
QUE TAL UM FILMINHO? 
→ Céu de outubro

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