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ESCOLA DE MASSOTERAPIA SOGAB 
 www.sogab.com.br 
Prof: Pablo F. Flores Dias 
Profª: Cíntia Schneider 
1 
APOSTILA DE FISIOPATOLOGIA DO LINFEDEMA 
 
Anatomo-Fisiologia do Sistema Linfático: 
O sistema linfático é um sistema paralelo ao circulatório, constituído por uma vasta rede de 
vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o 
líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à 
circulação sangüínea. 
Capilares Sanguíneos: Os capilares são as porções mais finas do sistema vascular, sendo da 
espessura ou até mais finos que um fio de cabelo. Localizam-se entre as arteríolas (porções 
finais do sistema arterial) e as vênulas (porções iniciais do sistema venoso), e possuem apenas 
uma camada simples de endotélio fenestrado, ou seja, suas paredes finas apresentam 
perfurações, permitindo assim, trocas entre o meio intravascular e o meio intersticial (entre as 
células). Por este motivo, todas as trocas (gases, nutrientes, líquidos e substâncias em geral) 
ocorrem a nível dos capilares. 
 
O sistema linfático é constituído pela linfa, vasos e órgãos linfáticos. 
Órgãos Linfáticos: 
• Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem os linfócitos, principais 
células do sistema linfático. As amígdalas são pequenas estruturas 
arredondadas, localizados da parte de trás da boca, ao lado da garganta. 
As amígdalas também são chamadas de tonsilas palatinas e podem ser 
vistas quando se abre bem a boca. 
• Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto 
na circulação sangüínea. Possui grande quantidade de macrófagos que, 
através da fagocitose destroem restos de tecido, substâncias estranhas, 
células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, 
leucócitos e plaquetas. O baço também tem participação na resposta 
imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por 
alguns cientistas, um grande nódulo linfático. 
• Timo: Órgão linfático situado no mediastino, entre o esterno e a 
aorta, mais desenvolvido no período pré-natal e que involui desde o 
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nascimento até a puberdade. É chamado de berçário dos linfócitos T, pois é responsável 
pela maturação destes. 
• Linfonodos: Formações nodulares dispostas em cadeias ganglionares ao longo da 
rede de vasos linfáticos. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Neles 
ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos (células de defesa). 
A proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou 
substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se 
tornam dolorosos, formando a íngua. 
 
 
Vasos Linfáticos: 
Rede de vasos paralelos ao sistema sangüíneo, que 
coletam um ultrafiltrado de plasma sanguíneo por uma 
rede alternativa a partir dos capilares. O sistema 
linfático é composto de capilares (semelhante ao 
sangüíneo, com apenas uma camada de endotélio), 
vasos linfáticos (semelhante ao sanguíneo, formados 
por três camadas) e troncos linfáticos (como os troncos 
sanguíneos, com a túnica adventícia mais reforçada 
por tecido conjuntivo e muscular liso). Internamente 
possuem válvulas que contribuem para a progressão 
da linfa. Em seu percurso, os vasos linfáticos 
atravessam os linfonodos, que atuam como filtros de 
retenção e destruição de corpos estranhos e 
microrganismos, ao mesmo tempo em que põem em 
circulação grande número de linfócitos B e T, 
envolvidos nos mecanismos imunológicos. 
Linfa: 
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Líquido viscoso e transparente que circula através dos vasos linfáticos sendo recolhido no 
espaço intersticial. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, 
apesar de conter glóbulos brancos, dos quais 99% são linfócitos (No sangue os linfócitos 
representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos). É claro e incolor, exceto nos vasos do 
intestino nos quais é leitoso, principalmente após a digestão. 
Formação da linfa: 
A linfa é formada a partir do liquido intersticial (líquido entre as células), que é formado pelo 
plasma sanguíneo que sai dos vasos para nutrir os tecidos. Este líquido que fica entre as células 
é absorvido pelos capilares linfáticos e conduzido novamente à circulação sangüínea. 
A saída de líquidos dos vasos para o meio intersticial é regulada por duas pressões, a pressão 
hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é a própria pressão exercida pela 
passagem do sangue no vaso, esta 
favorece a saída de líquidos do meio 
intravascular para o interstício. A 
pressão oncótica é gerada pelas 
proteínas plasmáticas presentes no 
sangue, esta faz com que o líquido 
permaneça no ou entre para o meio 
intravascular. 
Nas arteríolas, a pressão hidrostática é maior que a pressão oncótica, o que faz com que certa 
quantidade de liquido extravase para o meio intersticial, banhando e nutrindo as células. A este 
processo chamamos de filtração arterial. Já nas vênulas, a pressão oncótica é maior, fazendo 
com que o líquido que banha as células (meio intersticial) retorne para o sistema venoso; 
processo denominado absorção venosa. Em geral, a filtração ocorre em maior quantidade em 
relação a absorção venosa, fazendo com que “sobre” líquido no meio intersticial. Porém, este 
desequilíbrio é revertido pelo sistema linfático, que auxilia na absorção venosa, captando o 
excesso de líquidos gerado pelo desequilíbrio venoso/arterial, e conduzindo-o novamente ao 
sistema sangüíneo, desembocando nas veias cavas. Portanto, o sistema linfático é um auxiliar 
na absorção venosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o desequilíbrio não é revertido, ocorre um acúmulo de líquido no espaço intersticial, 
formando o edema. 
Edema 
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É o acúmulo anormal de líquido no espaço intercelular. Pode se apresentar nas cavidades 
do corpo (articulação, pericárdio, pleura...). Resulta de um desequilíbrio das pressões 
(hidrostática e oncótica) que atuam para mover o líquido externamente ao capilar sanguíneo. 
Suas causas podem ser várias: 
� Obstrução venosa: dificulta a absorção venosa, sobrecarregando o sistema linfático, 
aumentando a quantidade de líquido entre as células. 
� Obstrução linfática: dificulta a absorção linfática, sobrecarregando o sistema venoso, que 
não dá conta de absorver todo o líquido intersticial. 
� Aumento da permeabilidade capilar arterial: excesso de líquido que extravasa do 
sistema arterial, sobrecarregando tanto o sistema venoso, quanto o linfático. 
� Hipoproteinemia: baixa concentração de proteínas no plasma sanguíneo, diminuindo a 
pressão oncótica, gerando um excesso de líquido no interstício. 
� Aumento da pressão hidrostática: aumenta a força que faz com que o líquido saia dos 
vasos, aumentando a quantidade de líquido no interstício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Linfedema: 
A capacidade de drenagem diária do Sistema Linfático é de até 30 litros por dia (condições 
extremas). Normalmente são drenados 2 a 3 litros por dia (condições fisiológicas). O 
linfedema decorre porque os limites de drenagem fisiológica do sistema são extrapolados. 
Pode-se classificar o linfedema em primário (precoce e congênito) e secundário. 
LINFEDEMA PRIMÁRIO: 
• Precoce: comum no sexo feminino no início da puberdade, idiopático. 
• Congênito:- Hereditário ou doença de Milroy: Presente desde o nascimento, se 
caracteriza por insuficiência valvular, diminuição do numero de linfáticos, 
linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos). 
• Congênito Simples: Idêntico a doença de Milroy, mas sem padrão hereditário. 
LINFEDEMA SECUNDÁRIO: 
• Por lesões teciduais locais 
• Por filariose (Elefantíase) 
• Recidivas de erisipela (Doença causada pela bactéria Streptococcus pyogenes que 
afeta a pele e o tecido subcutâneo, manifestando áreas edematosas elevadas, 
avermelhadas e dolorosas) 
• Celulite 
• Por estase venosa (diminuição do fluxo sanguíneo venoso) 
• Metástases de tumores malignos 
• Ressecção cirúrgica de gânglios e vasos linfáticos – Pós-mastectomia 
• Fibrose após radioterapia. 
• Por lesões teciduais locais: Linfangite Aguda (Inflamação nos vasos linfáticos) e em 
casos mais graves linfadenite (Inflamação nos linfonodos). 
 
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AVALIAÇÃO DO LINFEDEMA 
Edema com e sem cacifo – Sinal de Godet 
Quando há um aumento de líquidos no espaço intersticial, é possível utilizar o sinal de Goted 
para a avaliação do linfedema (também chamado de cacifo). Este sinal é observado pela 
compressão da área edemaciada; quando comprimida a região (geralmente com o polegar), a 
área permanece deprimida por alguns segundos. A demora no retorno da área comprimida 
(acima de 5 segundos) identifica o edema. Porém, em casos de linfedema crônico não é possível 
observar o cacifo. Isto ocorre, pois, o excesso de líquidos no interstício, bem como a estase 
deste fluxo por períodos prolongados favorece a formação de um processo inflamatório, gerando 
assim, formação de fibrose no tecido conjuntivo intersticial afetado. Portanto, em geral, os 
edemas crônicos são “duros”, ou seja, o tecido não se deprime à pressão do dedo, é o edema 
sem cacifo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Perimetria 
Pode-se fazer uso de uma fita métrica para avaliar inicialmente um membro afetado, medindo 
sua circunferência, e utilizando a comparação com o membro saudável, medindo exatamente 
nas mesmas regiões. Este tipo de avaliação pode também ser utilizado para verificar a melhora 
no tratamento, por exemplo: Em sessões de drenagem linfática, inicialmente realiza-se a 
perimetria do membro a ser tratado; após algumas sessões repete-se o exame. Se a medida da 
perimetria diminuir, significa que houve resultado positivo no tratamento. 
Porém, deve-se ter extremo cuidado para que as medições sejam feitas sempre nas mesmas 
regiões, para que não haja erro de avaliação; para isto pode-se usar estruturas próprias do corpo 
para marcar a região a ser medida, por exemplo, a tuberosidade da tíbia, a região dos maléolos 
etc. 
 
TRATAMENTOS 
TRATAMENTO CONSERVADOR: 
• Tratamento Medicamentoso: Com o objetivo de combater as infecções e inflamações e 
redução do edema através do aumento do fluxo linfático. 
• Fisioterapia: Exercícios Isométricos, cinesioterapia específica e eletroterapia 
Massoterapia: * Drenagem Linfática: “...uma técnica de compressão manual dos tecidos, que 
utiliza pressões intermitentes e tem como objetivo o aumento da circulação linfática...” 
• Mecanoterapia: Compressas e enfaixamento 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
• Anastomoses veno-linfáticas 
• Técnica de Thompson: remoção do tecido fibroedematoso. 
• Realizada somente quando não há resultado no tratamento conservador.

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