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VIVENCIANDO O MEIO AQUÁTICO

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TÍTULO:VIVENCIANDO O MEIO AQUÁTICO 
AUTORES 
José Lúcio Santos Muniz 
Christiane Freitas Luna 
INSTITUIÇÃO:UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA 
ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE 
 
 
Jequié / BA 
Outubro de 2002 
 
 
 
 
JUSTIFICATIVA 
 
Arqueólogos calculam 9.000 anos antes da nossa era, a ilustração mais antiga 
conhecida como da arte de nadar, que nos mostra desde então a proximidade do homem 
com a água. As origens da natação são tão remotas que, segundo alguns autores, dentre 
eles CATTEAU (1990), se confundem com as origem da humanidade. Seja por 
necessidade ou por prazer o homem sempre encontrou na água causas para sua relação, 
sobrevivência, fuga, subsistência alimentar etc, foram alguns motivos que levaram o 
homem a se lançar ou a se banhar em rios, lagos, mares. 
Atualmente podemos dizer que essa necessidade é mais por prazer ou por lazer, já 
que imersos nos espaços urbanos temos lugares que nos propiciam o contato direto com a 
água , que são as piscinas, ou em alguns casos, rios, lagos, mares etc. 
Elemento cultural da humanidade, a natação foi sistematizada em quatro tipos de 
nados (crawl, peito, costa, borboleta) que são utilizados essencialmente para deslocamento 
na água, se transformando em estilos com técnicas e regras próprias. 
Ensinados, basicamente em piscina, esses estilos da natação, ainda não vieram a ser 
oportunizados a uma grande parcela da sociedade e respeitando os diferentes momentos 
históricos, a natação é uma atividade elitista. Na realidade atual são poucos os que tem 
acesso a piscinas. É necessário ser sócio de um clube, arcando com despesas como 
matrícula, mensalidades, materiais de uso como pranchas, etc. Custos estes que não 
permitem que grande parte da população possa usufruir deste conhecimento, tornando as 
pessoas pertencentes a uma classe econômica desfavorecida a margem deste elemento 
cultural. 
Dentre as atividades físicas sistematizadas a natação destaca-se por contemplar 
componentes da aptidão física relacionados a saúde de forma integrada, como por exemplo, 
o aumento das capacidades cardio respiratórias e o desenvolvimento e/ou manutenção da 
força. Aspectos estes importantíssimos para a contribuição na promoção da saúde dos 
indivíduos. 
 
 
 
Diante deste relato, propomos um curso de Extensão, que se compõe de aulas para 
alunos da comunidade das imediações do clube dos maçons ministrado por professores do 
curso de Educação Física que trabalham com a disciplina Metodologia da Natação e 
Natação, e alunos da graduação enquanto bolsistas. 
Este curso é de grande valor para as crianças e adolescentes (prioritariamente) desta 
comunidade que saíram deste curso sabendo deslocar-se em meio líquido, onde a 
Universidade cumpre seu papel social e o curso de licenciatura em Educação Física tira 
proveitos, pois cria possibilidades de interação dos alunos do curso com um corpo discente 
real, aprimorando o aprendizado na futura prática pedagógica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO GERAL 
 
 
¾ Oportunizar aos moradores da comunidade das imediações do clube dos maçons 
que não tem condições de acesso à piscinas o ensino sistematizado da natação, na 
tentativa de minimizar esta limitação sócio-econômica, trazendo a estes um 
conhecimento cultural significativo. Como também contribuições à promoção da 
saúde desta população a partir desta prática. 
 
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 
¾ Ensinar técnicas de adaptação ao meio líquido, como equilíbrio, respiração e 
flutuação na tentativa de subsidiar o contato com os nados. 
 
¾ Possibilitar aos alunos experiências corporais aquáticas na tentativa de 
fundamentação e sistematização dos estilos crawl, costas, peito e borboleta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
Os professores e monitores trabalharam numa perspectiva pautada na visão crítico 
superadora apontada no coletivo de autores. Entendendo a natação como um elemento da 
cultura corporal que deve ser disponibilizado para o aluno através de vivências corporais 
respeitando a individualidade e limitações dos mesmos, tendo o professor um papel de 
mediador do processo de aprendizagem. Lançando mão a ludicidade nas atividades do 
curso (aulas) na intenção de tornar o aprendizado mais prazeroso, facilitando a descoberta 
do conhecimento. 
Fugindo de uma teorização abstrata apontamos caminhos de práticas didático-
metodológicas que não terminaram em velhas e conhecidas receitas. Foram traçados 
princípios que nortearam nossa proposta metodológica que foi elemento de reflexão nos 
momentos da prática em aula. 
Nós, enquanto professores, tivemos o papel de intermediar a leitura de uma nova 
realidade, subsidiando para que em um segundo momento, o aluno por ele próprio pudesse 
reformular seu entendimento sobre ela. 
Os conteúdos selecionados, organizados e sistematizados ofereceram conhecimentos 
significativos, por isso o método teve que apontar o incremento de atividades criadoras e de 
um sistema de relações sociais. 
A metodologia utilizada baseada na perspectiva crítico superadora implicou “em um 
processo que acentue, na dinâmica da aula, a intenção prática do aluno para aprender a 
realidade. Por isso entendemos a aula como um espaço intencionalmente organizado para 
possibilitar a direção da apreensão pelo aluno, do conhecimento específico da Educação 
Física e dos diversos conhecimentos das suas práticas na realidade social”. (COLETIVO 
DE AUTORES,1990) 
Objetivamente, foram utilizadas ações pedagógicas como, conversação com alunos 
sobre as formas de nadar- descobrindo possibilidades, exercitação com materiais (prancha, 
arcos etc.), exercícios em grupos, além de incentivo à trabalhos escritos ou com desenho 
como relato dos exercícios e das sensações sentidas. 
 
 
O jogo foi uma constate, pois atividades lúdicas são componentes importantes para 
atrair interesse, e ao mesmo tempo capazes de utilizar movimentos específicos da natação. 
Além de tudo o nosso trabalho com crianças “não deveria ser mecânico, estressante e 
alienante. Toda atividade baseada em modelos abstratos corre o risco de afastar as pessoas 
do mundo da imaginação, fantasia, criatividade e ludicidade.” (SANTOS, 1996), 
fundamentais no desenvolvimento da criança. Guardando as diferenças no tratamento com 
o idoso essa filosofia se aplica também a esta faixa etária. 
 Dentro das concepções do ensino da natação, a que mais se destaca por seu estilo 
criativo e inovador é a concepção moderna, que para se chegar aos objetivos propostos, 
ensino dos nados, utiliza como referencial a evolução da teoria da natação como também a 
evolução da prática pautada na ciência do ensino das técnicas utilizando para isto a 
experimentação de gestos diversos que não interfiram no desenvolvimento psicomotor do 
aluno. 
 Esta concepção tem como prática a satisfação das necessidades do aluno realizando 
circuitos de aprendizagem que irão possibilitar a interação do aluno com o meio líquido na 
intenção de formalização dos componentes básicos para o ensino, que são o equilíbrio, a 
respiração e a propulsão que darão suporte prático à descoberta dos nados. 
 Dentro deste contexto, para que o ensino da natação se tornasse mais prazeroso 
utilizamos na consolidação da concepção moderna (CATTEAU, GARROFF, 1990) o jogo, 
que se tornou componente imprescindível nas aulas. Pois como invenção do homem, o jogo 
satisfaz necessidades nas crianças, especialmente a necessidade de ação, com isso 
facilitando o aprendizado e envolvendo as mesmas na consecução dosobjetivos propostos 
neste projeto, como também auxiliando no desenvolvimento dos mesmos. 
O trato metodológico foi orientado nestes termos, para que o meio aquático seja um 
espaço de prazer, de práticas saudáveis, de sociabilização encaminhando o aluno para 
educação integral e melhor qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS 
 
 
 Em primeiro plano conseguimos inserir crianças, adolescentes e adultos de 
comunidades periféricas em um ambiente até então distante, inacessível como o clube e 
especificamente a piscina. Pudemos perceber durante o processo que os alunos integraram-
se ao meio líquido, conseguindo se deslocar e uma parte apresentando conhecimento dos 
nados sistematizados, sendo que, com as atividades vivenciadas, que se pautaram em 
momentos de ajuda e cooperação, alcançamos a socialização entre os participantes os quais 
puderam conhecer locais diferentes e alunos de outros projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
CATTEAU, Raymond e GARROFF, Gerard. O ensino da natação. São Paulo, Manole, 
1990. 
 
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, 
Cortez, 1992. 
 
DAMASCENO, Leonardo Graffius. Natação, psicomotricidade e desenvolvimento. 
Campinas: Autores Associados, 1997. 
 
FREIRE, João Batista Freire. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação 
Física. São Paulo: Scipione, 1997. 
 
KCKERT, Helemm. Desenvolvimento motor. São Paulo: Manole, 1993. 
 
PALMER, Mervyn L. A Ciência do Ensino da Natação. São Paulo, Manole.1990. 
 
SANTOS, Carlos Antonio. Natação: ensino e aprendizagem. Rio de Janeiro: Sprint, 
1996. 
 
TUBINO, Manoel J. G. Dimensões sociais do esporte. São Paulo: Cortez/Autores 
Associados, 1992. 
 
VELASCO, Cacilda Gonçalves. Natação segundo a psicomotricidade. 2.ed. Rio de 
Janeiro, 1997.

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