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O DESENVOLVIMENTO DO CAFÉ NO PARANÁ
As condições favoráveis, sejam elas em relação a terra fértil, o clima propício, as terras ainda não exploradas, ou até mesmo as vantagens políticas trazidas especialmente pelo convênio de Taubaté, também acrescido das facilidades alcançadas pela chegada dos trilhos da estrada de ferro de. Sorocabana e as estradas de ferro de São Paulo, o desenvolvimento do norte do Paraná fica parecendo como algo natural de se ter ocorrido, e o café um mero agente desbravador desta região. Vale destacar também a importância das companhias colonizadoras, como a Companhia de Terras Norte do Paraná, que juntamente com o governo do Estado proporcionou que o café tivesse condições de crescer e se desenvolver ao longo do norte do estado. Mais detalhes sobre as companhias de colonização serão apresentados a seguir, na seção 3.3 deste mesmo capítulo. Mesmo o café sendo o responsável majoritário pelo desenvolvimento das terras do norte do Paraná, ele foi introduzido no estado como uma economia em substituição a um outro cultivo muito comum à região, o mate. Devido a sua relevância a próxima seção irá tratar deste ciclo econômico muito importante para o Paraná antes do ciclo cafeeiro.
3.1 SUBSTITUIÇÃO DO MATE PELO CAFÉ
Não é de se espantar que o mate tenha desenvolvido seu ciclo econômico
nas terras paranaenses, pois Segundo Francisco (2006, citado por RÊGO e 16
YOKOO, 2011), a erva-mate é uma "planta nativa do solo dos planaltos e planícies
meridionais do continente latino americano”.
Com isso o ciclo da erva-mate (1880 até 1930) foi o responsável pela formação das primeiras indústrias no Paraná, desencadeando assim o processo de urbanização desta região, mas mesmo resultando em tanto desenvolvimento econômico e social, este ciclo se esgota e chega ao fim para dar início a um outro ciclo que irá trazer um produto mais atraente ainda para os fins de cultivo, desenvolvimento econômico e social, o café.
O mate sendo originário desta área, costumava existir em quantidades abundantes pelo estado, situação que já não acontecia com o café, pois este foi introduzido na região por conta dos latifundiários mineiros e paulistas, além disso a erva era produzida, primeiramente, para o consumo interno, mas acabou ganhando mercado, no começo do século XVIII, e transbordando sua exploração a nível de comércio nacional e internacional, exercendo influência na economia do Paraná a partir de 1722. Sua expansão, de produção local e de consumo interno para principal produto de exportação do Paraná no século XIX, trouxe ganhos estruturais e econômicos para o estado, como a criação de estradas de ferro, portos dentre outros atraídos por conta do ciclo ervateiro.
Como confirma PADIS (2006, p.102) "Não obstante ainda se constituir na atividade mais importante do estado, a partir de 1914 o mate vai perdendo sua condição de atividade condutora da economia, dando lugar a uma participação cada vez maior do café.”
Referências ANDROCIOLI FILHO, Armando. Ajuste de densidade e espaçamento. Cafeicultura, 18 dez. 2005. Disponível em: . Acesso em: 22 nov. 2011. CANCIAN, Nadir Aparecida. Cafeicultura paranaense (1900-1970). Curitiba: Grafi par, 1981. GOMES, Paulo Catto. História e formação. 2010. Disponível em: . Acesso em: 23 nov. 2011. POZZOBON, Irineu. A época do café no Paraná. Londrina: Grafmark, 2006. PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 26. ed. São Paulo: Brasiliense, 1981. SIMONSEN, Roberto C. História econômica do Brasil (1500-1820). 7. ed. São Paulo: Ed. Nacional; Brasília: INL/MEC, 1977. WACHOWICZ, Ruy C. Norte Velho, Norte Pioneiro. Curitiba: Vicentina, 1987.
Consumo de café no Brasil mantém-se quase estável e acima de 20 milhões de sacas
O consumo interno de café no Brasil em 2013, registrou uma retração de  – 1,23%, totalizando 20,08 milhões de sacas, contra 20,33 milhões de sacas em 2012.
O consumo per capita resultou em 4,87 kg café torrado/habitante.ano, (6,09 kg café verde/habitante.ano), em comparação com os 4,98 kg café torrado/habitante.ano em 2012.
Novas categorias de produtos concorrem na mesa do café da manhã
A ABIC atribui esta ligeira retração ao fato de que a mesa do café da manhã ganhou inúmeras novas opções de bebidas prontas para o consumo, como sucos, achocolatados, bebidas a base de soja, cuja penetração no mercado ainda é pequena comparada ao café, mas que tem apresentado um crescimento bastante elevado e concorrem com o cafe.
Enquanto a penetração do café no consumo doméstico permaneceu elevada (95%), mas estável, os outros produtos ou categorias novas cresceram acima de 20%, como foi o caso do suco pronto (25%) e as bebidas a base de soja (29%), segundo pesquisas complementares da Kantar Worldpanel. Essas categorias de maior valor agregado desafiam a indústria de café para a inovação e para a retomada de índices de crescimento maiores, o que pode ocorrer com a oferta de cafés de melhor qualidade, diferenciados e certificados.
Os preços do café nas prateleiras do varejo diminuíram ao longo de 2013, com o valor médio de R$ 14,82/kg em Janeiro/2013 e de R$ 12,55/kg em Dezembro/2013, com queda de 15%, para os cafés tipo Tradicionais, segundo pesquisas feitas no varejo paulistano. Esta queda, entretanto, não serviu para ampliar o consumo. O café em pó representou 87,4% das vendas em valor. Enquanto isto, os novos produtos como cápsulas, café com leite e cappuccinos, representam cerca de 3,5% em valor, mas cresceram até 33%, em função de forte procura.
O café continua sendo um produto barato para os consumidores, considerando principalmente o seu custo por xícara após a preparação. Nas prateleiras, o aumento do produto variou de R$ 10,15/kg, nos cafés tipo Tradicionais, em Janeiro/2008, para R$ 12,65/kg em Janeiro/2014, um acréscimo de somente 24,6% em 6 anos. Ele refletiu a alta do grão no início de 2013,  mas depois recuou.
O grande consumo ainda se concentra nas classes C e D, que segundo a AC Nielsen, vem procurando produtos com melhor qualidade, mesmo com preço superior, o que representa uma mudança de padrão de compra importante. Cafés Fortes tem aumentado a procura em detrimento dos Extra Fortes, que normalmente são mais baratos. Cafés Gourmet e certificados parecem ser a nova tendência dos consumidores para os anos futuros, em um movimento natural de valorização da qualidade e da certificação. Cerca de 81% dos gastos na categoria café são feitos em supermercados, para abastecer principalmente o lar. Fora do lar, o principal canal de vendas são as padarias, que respondem por 64% dos gastos da categoria café. As cafeterias, apesar do seu crescimento vertiginoso, ainda respondem por 50% dos gastos da categoria café. Isto significa que consumidores degustam café em padarias e em cafeterias, no mesmo dia.
A ABIC estima que o volume de vendas do setor de torrado e moído em 2013 tenha sido de R$ 7,3 bilhões.
Diminui o número de indústrias de café no País
Contribuiu para esta redução, a constatação da diminuição do número de empresas de pequeno porte, cuja quantidade produzida esta sendo reavaliada, o que levou a ABIC a considerar uma queda no volume que era atribuído a este grupo de empresas neste levantamento. Em final de 2012, a entidade contabilizava 1.490 indústrias no País, de todos os portes, que atuaram no mercado nos últimos 4 anos, e em final de 2013 esse número foi de 1.428.
A ABIC defende uma ampliação forte dos investimentos em marketing e publicidade
A redução no volume do consumo interno leva a ABIC a reforçar a sua tese de que é preciso estimular o consumo de café investindo muito mais em marketing, publicidade , diferenciação e inovação de produtos.O comportamento dos consumidores tem sido o de ampliar a experimentação e valorizar os produtos com melhor qualidade, certificados e sustentáveis. Esta opção pelo café precisa ser estimulada utilizando-se recursos da publicidade para orientar, educar e difundir conhecimentos sobre café e suas qualidades.
Dessaforma, a entidade esta debruçada sobre a elaboração de um plano de marketing que destaque os atributos do café com seus benefícios para a saúde, energia e bem-estar, que serão os princípios a explorar neste período da Copa do Mundo e posteriores, de modo a criar uma relação estreita entre a vida saudável, com energia e prazer, que o consumo de café traz. E busca recursos no FUNCAFE que podem se somar as contrapartidas das empresas.
Consumo fora do lar continua em crescimento
Por outro lado, o consumo de café fora do lar segue crescendo, representando 36% do consumo total, com um número cada vez maior de cafeterias, restaurantes, padarias e pontos de dose, quase todos eles oferecendo cafés de qualidade boa a ótima. Da mesma forma, o consumo dos cafés porcionados, seja em sachês ou em cápsulas, bem como, a forma tradicional de café torrado em grão para uso em máquinas automáticas e profissionais, alcançam níveis de crescimento acima de 20% ao ano, embora ainda sejam a menor parte do mercado. As cápsulas estão presentes em 0,6% dos lares, segundo pesquisa da AC Nielsen, em 2012/2013. Isto mostra que há muito campo para explorar e que os consumidores estão reconhecendo e valorizando a qualidade, e que a indústria precisa estar atenta para oferecer estes produtos.
O número de máquinas de café expresso domésticas ultrapassam 850 mil unidades, conforme levantado pela Kantar Worldpanel em final de 2012. E os novo tipos de equipamentos para preparação de cafés filtrados, em sachês por exemplo, ultrapassam as 300.000 unidades.
No caso dos cafés em cápsulas, a evolução deste segmento foi muito acentuada no ano 2013. Surgiram novas empresas importadoras de cápsulas e de máquinas, bem como, outras que já montaram suas instalações industriais e produzem localmente. Cerca de 10 novas empresas já atuam neste mercado, o que vai tornar a concorrência bastante intensa num segmento de alta tecnologia e alto valor agregado. Enquanto as vendas dos cafés tradicionais em pó ampliaram 4,7% em 2013, os cafés em cápsulas ganharam 36,5% em vendas.
Outra inovação importante foram as lojas virtuais, servindo como canal de distribuição para cafés de alta qualidade, de origens brasileiras e estrangeiras bem como, máquinas e acessórios ou equipamentos para preparo de cafés filtrados e espressos. Por esta razão, o volume de importação de café industrializado em 2013 chegou a US$ 32,8 milhões contra US$ 15,7 milhões em exportações de café torrado/moído.
Os consumidores brasileiros têm a sua disposição centenas de cafés de alta qualidade, os chamados cafés gourmet ou especiais. O Brasil tornou-se o país produtor que mais fornece grãos especiais e de alta qualidade para o mundo e esta qualidade chegou à mesa do consumidor brasileiro, com centenas de marcas de cafés gourmet disponíveis em todo País. Somente a ABIC certifica e monitora cerca de 125 marcas de café gourmet.
A expectativa da indústria para 2014, é a de contornar eventuais dificuldades com o suprimento de matéria-prima, em função das notícias de possível redução da safra de café afetada pela seca deste início de ano. Os custos aumentarão e as empresas eventualmente deverão reavaliar suas operações. Oferecer produtos de maior valor agregado é uma forma importante de escapar de crises no setor e por isso, a indústria precisa estar atenta aos efeitos da seca na qualidade da safra que será colhida no ano.
Em 2014, a ABIC estima a retomada do crescimento do consumo interno de café, ao nível de 3% a 4%, com maior procura por cafés de melhor qualidade, desde os tradicionais até os gourmet.
Takamitsu Sato
Presidente
Luciano Inácio
Vice-Presidente de Economia e Estatística
Consumo de café no brasil
Os números revelam que o consumo da bebida no Brasil entre novembro de 2022 e outubro de 2023 registrou um aumento de 1,64% em relação ao período anterior, considerando dados de novembro de 2021 a outubro de 2022. Este volume representa 39,4% da safra de 2023, que foi de 55,07 milhões de sacas, segundo a Conab, mantendo o Brasil como o maior consumidor dos cafés nacionais. No período anterior, o volume consumido no Brasil representou 41,9% da safra, que foi de 50,9 milhões de sacas, também considerando os dados da Conab.
Tais dados tratados pela ABIC reforçam o papel do café como um alimento de extrema relevância tanto para os brasileiros, como para a indústria nacional. Além do consumo de café seguir o seu ritmo com um leve aumento (1,64%), as indústrias associadas também apresentaram crescimento, de 2,25%.
A posição de segundo maior consumidor de café do mundo está mantida pelo Brasil. A diferença para o primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, é de 5,2 milhões de sacas. Se compararmos o consumo per capita do Brasil com EUA (4,9 kg.hab.ano), o valor brasileiro é superior.
O consumo per capita no país, entre novembro de 2022 a outubro de 2023, foi de 6,40 kg por ano de café cru e 5,12 kg por ano de café torrado e moído, um crescimento de 7,47% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que é justificado pela base populacional do IBGE.
Sobre o consumo regional, a região Sudeste responde por 41,8% do total nacional, enquanto a região Nordeste por 26,9%, a região Sul por 14,7%, a região Norte por 8,6% e a Centro-Oeste por 8,0%.
Atualmente, as indústrias associadas da ABIC respondem por 71,1% da produção do café torrado em grão e/ou moído, e representam 86,5% de participação (share) no varejo supermercadista. A ABIC registra em seu banco de dados 2.937 produtos certificados.
Faturamento da indústria de café
Estima-se que as vendas da indústria de café em 2023 alcançaram R$22,9 bilhões, uma leve queda de 2,78% se comparado a 2022. A variação é justificada pela redução de preço do produto na gôndola. 
Variação do preço médio do café torrado e moído no varejo
A ABIC monitora as vendas no varejo, através de mais de 2 milhões de notas fiscais coletadas mensalmente em check outs de todo o Brasil, com o apoio sistema da Horus.
O preço médio dos cafés Especiais sofreu um aumento de 3,15%, quando comparado o período de janeiro de 2023 com dezembro de 2023. Já a categoria de cafés Gourmet, registrou uma queda de 10,71%. O preço da categoria de cafés Superior também sofreu queda (11,78%). O mesmo aconteceu com os cafés Tradicionais e Extraforte, que tiveram queda de 10,21%. Os cafés em cápsula também registraram uma queda nos preços (7,76%).
Nos últimos três anos, em média, a matéria-prima aumentou 107% e o café no varejo aumentou 73%. Sendo que, no último ano, a variação de preço ao consumidor do café torrado e moído, foi de -13,5%, uma queda maior do que a média da cesta básica (-5,0%) e do que a média dos produtos como Leite, Arroz, Feijão e Óleo de Soja (-6,6%).
Ticket médio gasto com café em 2023
No atacarejo, o valor do ticket médio gasto em café nas cestas é o mais alto. No entanto, ao comparar dezembro de 2022 com o mesmo período de 2023, é possível identificar que o que teve aumento foi de mercados com até 4 check-outs de R$ 18,33 para R$ 18,80. Ao comparar os tipos de café, percebe-se que o valor do ticket médio dos cafés em cápsulas é o mais alto (25,52) e o que aumentou foi em grãos (20,94), enquanto o de café em pó (19,54) diminuiu.
Ao analisar o gasto médio em café nos carrinhos por região, o Centro-Oeste foi o que registrou o maior gasto por compras (22,09). Já no quesito socioeconômico, as classes AB foram as que mais gastaram com café (19,95).
Dados de certificação e associados
Em 2023, a ABIC registrou um aumento de 61% no número de produtos certificados, sendo Tradicional (37%), Extraforte (20%), Superior (16%), Gourmet (24%), Especial (0,01%) – certificação lançada em outubro de 2023, Cápsula (3%) e Cafés Sustentáveis (4%). A Associação aumentou em 7% o seu quadro associativo. A divisão por porte dos associados é a seguinte: Nano (até 5 sacas ) = 10 %, Micro (6 a 50 scs) = 20%, Pequena (51 a 1000 scs) = 51%), Média (1001 a 5000 scs) = 13% e Grande (acima de 5000 scs) = 6%.
Tal aumento é fruto do esforço da ABIC em aqui acolher um perfil mais abrangente de associado,passando a incluir cafeterias e produtores que torram seus cafés.
	Classificação Atual
	UF
	EMPRESA
	1
	CE
	CAFE TRES CORACOES S/A
	2
	SP
	JACOBS DOUWE EGBERTS BR COM. DE CAFES LTDA
	3
	SP
	MELITTA DO BRASIL IND. E COM. LTDA.
	4
	SE
	INDS. ALIMENTS. MARATA LTDA.
	5
	MG
	CAMIL ALIMENTOS S.A.
	6
	PB
	SAO BRAZ S_A IND. E COM. DE ALIMENTOS S.A
	7
	MG
	COOP. REGIONAL DE CAFEICULTORES EM GUAXUPE LTDA. – COOXUPE
	8
	GO
	CAFE RANCHEIRO AGRO INDL. LTDA.
	9
	SP
	MASSIMO ZANETTI BEVERAGE BRASIL LTDA
	10
	MG
	FOODS IND. E COM. LTDA
	
	
	
 
https://www.unioeste.br/portal/central-de-noticias/57997-cesta-basica-cafe-da-manha-dos-paranaenses-esta-mais-caro 
A cafeicultura paranaense tornou-se a riqueza do estado e trouxe o desenvolvimento e o crescimento da economia estadual. O ciclo da cafeicultura no estado pode ser dividido em três distintas fases. A primeira, de 1900 a 1945, é marcada pelo desbravamento e implantação da cultura; a segunda, de 1946 a 1974 é de expansão e racionalização e, a terceira, de 1975 a 2000, de retração e adequação tecnológica.
Londrina foi responsável, na década de 1960, por cerca de 51% do café produzido no mundo. Enquanto na década de 1950 o Paraná tinha 300 mil hectares dedicados ao plantio do café, em 1962, saltou para 1,6 milhão de hectares plantados.
Foi no período áureo do café que teve início a construção, em Londrina, do Edifício América, um prédio de 17 andares, que concentrava corretoras, exportadoras, escritórios, bolsa de mercadorias – ou seja, todo o mercado da comercialização do café. “O Edifício América, não só ele como o seu entorno, acomodou as maiores filas compradoras de café do mundo, no fim dos anos 50, 60 e até hoje. Aqui foi o centro da capital mundial do café. Para conseguir adquirir uma sala comercial no Edifício América era muito concorrido e caro. Se fosse transformar em valores atuais, uma sala pequena, de 40 metros quadrados, não sairia menos do que três milhões de reais. Para entrar no prédio formavam-se filas e mais filas, de tantos corretores e produtores que circulavam aqui dentro”, conta o corretor de cafés, presidente da A Rural Corretora de Cafés e Cereais e ex-presidente do Sindicato dos Corretores de Café no Estado do Paraná (Sincafé), Carlos Antonio Amaral Monteiro.
Declínio
A decadência da cafeicultura paranaense ocorreu, principalmente pelas fortes geadas de 1963, 1964 e 1966; pela devastadora Geada Negra de 1975, pelo medo generalizado de que uma nova geada ocorresse e pelo desenvolvimento da soja como um produto agrícola de grande aceitação, além do trigo e da pecuária. “O que me vem à memória do dia 18 de julho de 1975 é o preto do café geado, necrosado. No começo da madrugada e pela manhã os cafezais estavam cheios de gelo e brancos, depois começaram a ficar pretos ao longo do dia, conforme o sol batia. Foi uma visão desoladora: a lavoura inteira preta e depois o cheiro da folha necrosando, o cheiro de morte, de algo apodrecendo”, relembra a produtora de café, proprietária da Fazenda Palmeira e, há época adolescente, Cornélia Margot Gamerschlag.
https://www.sescpr.com.br/2023/12/a-memoria-do-cafe/ 
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