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Resumo microbiologia clínica AV2

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Resumo Microbiologia Clínica AV2
Diagnóstico microbiológico das infecções do sistema nervoso central
- A meningite aguda é a infecção mais comum do SNC. Sua origem pode ser bacteriana, viral (asséptica)
- O principal material coletado para análise é o líquor (LCR), que deve ser coletado em tudo estéril e enviado ao laboratório imediatamente em temperatura ambiente. 
- Na hora de fazer a análise deve escolher sempre o tubo mais turvo, pois tem mais contaminantes.
Parâmetros que auxiliam na interpretação da cultura de LCR: 
Contagem de leucócitos
Células predominantes
 Dosagem de proteínas
 Dosagem de glicose
Dosagem de lactato.
Esses parâmetros dizem se o paciente tem meningite asséptica, bacteriana, fúngica, ou não tem infecção. 
Identificação dos principais patógenos
- Streptococcus pneumoniae
Coloração de gram
Padrão de hemólise
Susceptibilidade à optoquina
- Haemophilus influenzae
Necessidade de fatores X e V
Prova do Satelismo
Fermentação de glicose, xilose, frutose e sacarose
Catalase +
- Neisseria meningitidis
Oxidase e catalase +
Gram –
Fermentação de glicose e maltose
- Streptococcus agalactiae
Gram +
CAMP +
Sensível a NaCl 6,5%
Hemocultura
- Coleta simultânea em dois frascos para fazer cultura. (um aeróbio e outra para anaeróbio). 
- Bacteremia: Bactéria circulando no sangue (transitório).
- Septicemia: Bactéria circulando e se multiplicando no sangue (processo infeccioso sistêmico).
Procedimento:
- Punção venosa
-Geralmente 2 amostras são o suficiente, porém se houver necessidade de uma 3º amostra, repetir o procedimento após 15 a 20 min ou em 24 h.
- Os frascos contendo as amostras devem ser enviados ao laboratório em temperatura ambiente, até 12h após a coleta. 
- Não é recomendado realizar coloração de Gram pois não tem valor diagnóstico, pq as vezes apresenta pouca bactéria por ml de sangue, dando um resultado falso negativo. Só terá valor diagnostico depois que você incubar os frascos, pois nesse caso já terá crescimento bacteriano.
 
 Existem 2 metodologias para hemocultura:
Manual
 
- Mínimo de 7 dias de incubação a 35 - 37°C.
- Ágar sangue ou ágar chocolate.
Procedimento:
Coleta o sangue em frascos
Incubar por 24h a temperatura de 35 - 37°C
Plaquear no meio de cultura
Se crescer, selecionar a bactéria e fazer teste de gram, antibiograma e teste bioquímico e emite um laudo parcial.
Se não houver crescimento fazer um novo plaqueamento, se der positivo vai identificar, se der negativo incuba até 7 dias,depois plaqueia.
Se der positivo emite o laudo parcial e se der negativo o paciente não tem bactéria e deve incubar a 30°C por 10 dias para verificar se é fungica. 
Automatizada
- Vantagens: rapidez e diminuição do trabalho técnico.
- Periodo de incubação é de 5 dias.
- O aparelho é baseado na detecção de gases produzidos durante o metabolismo bacteriano
 Procedimento: 
Faz coloração de gram: se der positivo emite um laudo parcial, e se for negativo deve recolocar o frasco no aparelho. 
Plaquear e incubar por 37°C: 
- Gram negativo e cultura negativa: reincubar a placa.
- Gram + e cultura negativo: semear em anaerobiose e fazer a identificação + TSA.
- Gram + e cultura +: Identificação + TSA.
As enterobactérias são bacilos gram negativos fermentadoras de glicose e com oxidase negativa.
Tuberculose 
Os agentes etiológicos
Mycobacterium tuberculosis, bovis e o mais raro o avium. 
- Crescimento lento . 
- Coram- se mal pelo gram.
Mycobacterium tuberculosis
Causa tuberculose
É uma micobactéria BAAR (bacilo ácool ácido resistente)
Parasito intracelular obrigatório
A parede celular é o fator de virulência mais importante nesta bactéria
Mycobacterium leprae
Micobactéria ainda não cultivada
Causadora de hanseníase
Só cresce se estiver cultivando uma célula
Parasita os macrófagos e as células de Schwann, que formam a bainha de mielina, levando a disfunção dos nervos, e, conseguentemente, a perda de sensibilidade.
Amostra para diagnóstico: BIÓPSIA DO TECIDO
Diagnóstico laboratorial da tuberculose
Material: ESCARRO pela manhã, pois tem maior concentração de microrganismos, fezes frescas, líquor e sangue.
 Cultura em caldo, em Agar, Bio Mol
Realizar uma descontaminação do material para matar bactérias comensais.
Coloração de BAAR
Ziehl Neelsen (coloração a quente)
- Se ficar vermelho é micobacteria.
- Se ficar azul são outras bactérias.
- Só vai diagnosticar com tuberculose se tiver 1 – 9/9 campos.
Para ter um diagnostico rápido basta fazer PCR. 
Diagnóstico microbiológico das infecções do trato urinário 
URINOCULTURA
Agentes etiológicos:
E. Coli (principal)
Klebsiella Pneumoniae
Proteus sp
Enterobacter sp.
Coleta do material:
- Primeira urina do dia em um frasco estéril, anterior ao uso de antibióticos.
- Tipos de coleta:
Jato médio: mais indicado para cultura
Primeiro jato: infecção de uretra 
Qualquer jato: saco coletor (crianças e idosos)
Punção suprapúbica: Agressivo, quando o paciente não consegue urinar. Tem valor diagnostico para coloração de Gram, pois a amostra é difícil de ser contaminada.
Procedimento laboratorial
Microscopia pelo método de gram:
- Só tem valor diagnóstico em caso de amostras coletadas atraves de punção supra-púbica, pois é mais dificil contaminar com microbiota comensal. 
- Em casos de cocos gram positivos vai reportar a presença dos microrganismos.
- Em casos de bacilos gram negativos vai reportar o número dos microrganismos. 
Cultura:
Só vai ter infecção se for acima de 20.000 UFC. 
Identificação dos principais microrganismos
Família Enterobacteriacea:
TSI
- Produção de gás 
- Fermentação de glicose, lactose e sacarose.
- Produção de H2S.
SIM
- Produção de Indol 
- Motilidade 
- Produção de H2S
Citrato 
- O meio verde (-) vira azul (+), devido a liberação do grupo amina pela utilização do citrato.
Degradação de uréia
- Rosa (positivo) e amarelo (negativo)
Oxidase 
- Enterobactérias são oxidase negativa.
- Roxo (positivo)
Staphylococcus saprophyticus:
- Catalase positiva
- Coagulase negativa 
- Resistência a novobiocina
S. Agalactiae:
- Teste de CAMP
- Sorologia
Enterococos:
- Prova da catalase 
- Padrão de hemólise
- Motilidade
Importante:
- A punção supra-púbica é a única que vai ter valor diagnostico para coloração de gram.
- A semeadura primária geralmente é feita em um meio seletivo, que vai ver a quantidade de colônias (UFC) – acima de 20.000 é uma infecção e segue para os testes bioquimicos. 
- Principal microrganismo que acomete infecção de urinocultura é a E. Coli. 
Diagnóstico microbiológico das infecções do trato intestinal
COPROCULTURA
Gastroenterite: Infecção intestinal com diarréia, náuseas, dores abdominais, vômitos.
Diarréia: Descarga fecal múltipla com distúrbios hidro-eletrolíticos 
Disenteria: Infecção intestinal com presença de muco e sangue nas fezes.
Os 3 principais agentes que podem produzir doença entérica:
E. Coli
Salmonella – S. Typhi – febre tifóide
Shigella.
Coleta do material
- As fezes devem ser colhidas no inicio da doença diarreica e antes de qualquer tratamento.
- Semear em meio seletivo pois tem muitos microrganismos para selecionar (microbiota).
- Quando tiver a presença de muco, pele ou pedaço de epitélio deve escolher essas porções para fazer a semeadura.
Critérios de rejeição da amostra
Amostras sem conservante obtida há mais de 3h
Amostras contaminadas com urina
Fezes liquidas colhidas em fraldas
EX: Shigella: houve no meio TSI, base amarela, ápice vermelho com ausência de rachaduras no meio e enegrecimento, ausência de SIM e motilidade, não teve quebra de uréia e de citrato.
Salmonella: base amarela, ápice vermelho, com rachaduras no meio e enegrecido, presença de turbidez, não degrada citrato e uréia e não tem indol.
Testes de susceptibilidade aos antimicrobianos – TSA ou antibiograma
Bactericida: Morte da célula bacteriana.Bacteriostático: Inibe o crescimento bacteriano.
Local de ação dos antibióticos:
Parede celular: inibe a transpeptidase, não tem a formação de peptideoglicano. (anel beta lactâmico)
Membrana celular: Provoca a formação de poros, e ocorre extravazamento do material citoplasmático, fazendo com que a célula morra. 
Síntese proteica: Pode fazer com que as subunidades dos ribossomos não se fixem não tendo leitura, pode fazer com que a leitura seja errada tendo uma proteina não funcional.
DNA: Geram produtos tóxicos que quebram o DNA, pode ter a inibição da DNAgirase, bloqueio da RNA polimerase.
- Principais métodos: 
Discos difusão - qualitativo
Macro e microdiluição - quantitativo
E-teste (epsilométrico)- quantitativo
Qualitativo– Vê a ação de diferentes antibióticos
Quantitativo – Vê a concentração ideal de antibióticos que inibem o crescimento bacteriano.
- Tem que medir o halo de inibição e verificar na tabela para obter o resultado.
Controle de qualidade
- Observar se os meio de cultura e os antibiótico estão no prazo de validade
- Observar se a estufa está a 37°C
- Verificar se os antibióticos estão funcionando (através de cepas padrões (ATCC) se não estiver de acordo não está funcionando)
Procedimento laboratorial
Método qualitativo disco difusão: Plaqueia a bactéria na placa de cultura, crescimento bacteriano, aplica os discos e incuba e depois faz a leitura.
Método quantitativo:
Macrodiluição em caldo: É feita em tubos de ensaio, vai fazer uma diluição seriada, colocar na estufa e verificar qual a concentração mínima inibitória.
Microdiluição em caldo: É feito em placa (96poços), faz uma diluição seriada e coloca na placa e faz um inóculo e incuba e pode fazer a leitura por absorvância.
E-test: É feito em placa de petri, coloca uma fita contendo um único antibiótico que tem várias concentrações diferentes, e consegue ver a concentração mínima inibitória.
Interpretação do antibiograma
- Sensível: Bactérias que não crescem na presença do antibiótico.
- Resistente: O alo de inibição vai ser inferior ao da tabela, consegue crescer na presença de antibiótico.
- Intermediário: Fica na faixa sensível e resistente, vai depender da concentração e da dose.

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