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1 Módulo 1 – Legislação 1.1 - Legislação do Imposto de Renda 1.2 - Regras de Obrigatoriedade 1.3 - Prazo Apresentação (Entrega) 1.4 - CONCEITO: Origem e Aplicação (Entrada e Saída de Recursos) 1.5 - Cálculo do Imposto Mensal 1.6 - Cálculo da Alíquota Efetiva 1.7 - Calculo do Imposto Anual - Ajuste entre as rendas mensal e anual 1.8 - Cálculo Anual - 2 Rendas na Faixa Isenta 1.9 - Cálculo Anual - 2 Tipos de Rendas Assalaria e Autônomo 1.10 - Cálculo Anual - Despesas Dedutíveis Anuais 1.11 - Cálculo Anual - Desconto Simplificado 1.12 - Simulação do Calculo - Site Receita Federal 1.13 - Parcela Isenta acima de 65 anos 1.14 - Tributação Para Profissionais de Serviços de Transportes (Motoristas) 1.15 - Imposto Complementar (Mensalão) 1.16 - Cruzamento de Informações 1.17 - Multa Por Atraso na Entrega da Declaração 1.18 - Despesas Dedutíveis - Legislação 1.19 - Despesas Dedutíveis - Tipos de Despesas 1.20 - Código de Acesso 1.21 - Agendamento Receita Federal 1.22 - Conceito de Ano Calendário e Exercício 1.23 - Relação de Documentos IRPF 5 6 9 10 11 13 14 15 16 18 19 21 22 24 26 27 30 32 33 36 37 38 39 Módulo 2 – Declaração na Prática 2.1 - Download do programa 2.2 - Cadastro 2.3 - Retificação 2.4 - Comprovante de Rendimentos 2.4.1 - Legislação Auxílio Emergencial 2.4.2 - Informe de Rendimentos Auxilio Emergencial 2.4.3 - Como Declarar o Auxilio Emergencial 2.5 - Comprovante Rendimento Aposentadoria - INSS 2.6 - Beneficiário de Pensão Alimentícia (Quem Recebe) 2.7 - Declaração de Espólio 2.8 - Conceito de Patrimônio 2.9 - Conceito de Origens e Aplicação - Despesas e Patrimônio 2.10 - Calculo da Evolução Patrimonial 2.11 - Como Declarar Bem Financiado 2.12 - Declaração do Contribuinte com 2 rendas 2.13 - Despesas Dedutíveis - Pagamento Pensão Alimentícia 2.14 - Pagamento de Aluguel 2.15 - Como Declarar Saque FGTS e Seguro Desemprego 2.16 - Doações 2.17 - SICALC - Cálculo de Impostos Federais em Atraso 2.18 - Declaração da Pessoa Física e do MEI 40 41 42 43 44 45 46 47 48 50 52 53 56 58 60 61 62 63 64 67 68 Módulo 3 – Carnê Leão 3.1 - O que é Carne Leão 3.2 - Carne Leão - Plano de Contas 3.3 - Carne Leão - Programa Carnê Leão 3.4 - Carne Leão - Escrituração das Despesas 3.5 - Carne Leão Demonstrativo de Apuração 3.6 - Carne Leão - Apuração Módulo 4 – Ganho de Capital 4.1 - Ganho de Capital Introdução 4.2 - Ganho de Capital - Alienação de Bens 4.3 - Ganho de Capital - Alienação Imóvel Único 4.4 - Ganho de Capital - Isenção Imóveis Residenciais 4.5 - Ganho de Capital - Fatores de Redução Módulo 5 – Produtor Rural 5.1 - Produtor Rural Conceitos Iniciais 5.2 - Produto Rural - Legislação 5.3 - Produtor Rural- Nota Fiscal 5.4 - Receitas - Produtor Rural 5.5 - Produtor Rural - Despesas Módulo 6 – Malha Fina 6.1 - O que fazer para não cair na malha fiscal 69 74 75 76 79 80 81 82 84 85 86 88 90 91 92 94 95 Nós temos diversas leis que tratam do imposto de renda pessoa física, mas devemos atentarmos a apenas 2: Aula 1.1 – Legislação do Imposto de Renda 1 - Decreto do Imposto de Renda 9.580. 2 - As normas da receita federal. Ver decreto Ver site das normas O decreto do imposto de renda consolida toda a legislação do imposto de renda até 31/12/2016. 5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/consulta.action Existem 7 regras da obrigatoriedade. Aula 1.2 – Legislação do Imposto de Renda 1º REGRA: Renda tributável acima de R$28.559,70 a) salários e pró-labore; b) resgate de previdência privada; c) prestação de serviços de autônomos; d) rendimentos recebidos do exterior; e) recebimento de pensão alimentícia; f) distribuição de lucros acima do permitido. 2º REGRA: Renda isenta acima de R$40.000,00 a) Bolsas de estudo e de pesquisa; b) Recebimento de apólices e prêmios de seguro; c) Indenizações por rescisão de contrato de trabalho e por acidente de trabalho; d) FGTS; e) Ganho de capital (isento); f) Lucros e dividendos recebidos; g) Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia grave ou aposentadoria ou reforma por acidente em serviço; h) Doações e heranças; 6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm i) Parcela não tributável correspondente à atividade rural; j) IR de anos-calendário anteriores compensado judicialmente neste ano-calendário; k) 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda estrangeira por servidores de autarquias ou repartições do governo brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais; l) Incorporação de reservas ao capital/bonificações em ações; m) Meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade familiar; n) Rendimento bruto, até o máximo de 90%, da prestação de serviços decorrente do transporte de carga e com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados; o) Rendimento bruto, até o máximo de 40%, da prestação de serviços decorrente do transporte de passageiros; p) Restituição do imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores. 3º REGRA: Quem possui o total de bens acima de R$300.000,00 Soma de todos os bens incluindo direitos como saldo em conta bancária, investimentos e empréstimos. 4º REGRA: Renda bruta de atividade rural acima de R$142.798,50 5º REGRA: Ter investido qualquer valor em renda variável Inclui investimento em operação comum, day trade e fundos imobiliários. 7 6º REGRA: No ano que passou a condição de residente no Brasil Pode ser brasileiro ou estrangeiro. 7º REGRA: Teve Ganho de Capital (tributável) Ganho de capital na venda de bens ou direitos sujeitos ao pagamento de imposto de renda. 8 Considere o prazo de apresentação da declaração de imposto de renda 2021 sendo de: Aula 1.3 – Prazo de Apresentação (entrega) 01/03/2021 até 30/04/2021 No mês de Fevereiro a Receita Federal prevê apresentar uma Instrução Normativa com os prazos oficiais. 9 Aula 1.4 – Conceito entre Origem e Aplicação (entrada e saída de recursos) Toda origem de um recurso é proveniente de uma renda, seja ela isenta ou tributável. Já vimos alguns tipos de rendas tributáveis como salário, pró- labore, prestação de serviços como autônomo, recebimento de aluguéis e rendimento do exterior. E já vimos alguns tipos de rendas isentas como FGTS, doação, herança, prêmio de seguro. Com essa origem podemos fazer aplicação desse recurso, como: comprar uma casa, um carro, pagar as contas de casa. A Receita Federal fiscaliza os dois lados da conta... A Receita Federal quer saber de onde veio o dinheiro e quer saber para onde vai o dinheiro. Portanto, não existe Aplicação Sem Uma Origem. ORIGEM APLICAÇÃO 10 O primeiro passo para fazer o cálculo do imposto de renda mensal é encontrar a base de cálculo. Para encontrarmos a base de cálculo temos que deduzir alguns tipos de despesas permitidas da renda bruta, como: Aula 1.5 – Cálculo do Imposto Mensal Exemplo: O contribuinte tem um salário (renda bruta) de R$5.000,00 e tem dois filhos, então para encontrarmos a base de cálculo é: Salário (-) INSS (-) Dependentes Base de Cálculo R$ 5.000,00 R$ 700,00 R$ 379,18 R$ 3.920,82 O segundo passo é saber qual a faixa da tabela do imposto de renda para fazermos o cálculo. De acordo com o Art. 122 VI do decreto 9.580 a última tabela do imposto de renda é essa: INSS Dependente Pensão Alimentícia TABELA PROGRESSIVA DO IR - MENSAL FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF 1° Faixa Até R$1.903,98 - R$ - 2° Faixa De R$1.903,99 até R$2.826,65 7,50% R$ 142,80 3° Faixa De R$2.826,66 até R$3.751,05 15,00% R$ 354,80 4° Faixa De R$3.751,06 até R$4.664,68 22,50% R$ 636,13 5° Faixa Acima de R$4.664,68 27,50% R$ 896,36 11 Veja que o valor da base de cálculo do nosso exemplo está na quarta faixa, onde temos a alíquota de 22,50% de imposto e R$636,13 de parcelaestá tudo certo. Atenção: o problema é sonegar renda e não pagar imposto, lembre-se disso! Porque no fim das contas, o que a Receita Federal quer é DINHEIRO! 73 Aula 3.2 – Plano de Contas O sistema de carnê leão é um dos mais simples disponibilizados pela Receita Federal. Ao abrir pela primeira vez, é possível importar os dados do ano anterior. No carnê leão, é preciso informar a ocupação principal do contribuinte, junto com o nome completo e os endereços. Entre as profissões mais comuns, estão advogados, dentistas, professores e jornalistas. É importante se atentar às diferentes fontes de rendimento, sendo que a renda maior deverá ser apontada como ocupação profissional. Na aba de Plano de contas, é possível visualizar todas as possíveis despesas dedutíveis e despesas não dedutíveis. Cabe ao profissional que está gerando o carnê leão verificar se as despesas são de fato dedutíveis, dependendo da rotina do contribuinte. Também é possível incluir novos serviços não descritos pelo próprio programa da Receita Federal. 74 Aula 3.3 – Programa do Carnê Leão No Programa do Carnê Leão você insere a renda do contribuinte, suas despesas, e o próprio programa já realiza o cálculo dos impostos que ele precisa pagar. Além de calcular, ele ainda permite que você imprima a guia do DARF desse imposto a ser pago. Baixe o Programa do Carnê Leão https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao 75 https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao Aula 3.4 – Escrituração das Despesas O autônomo é equiparado à uma empresa, só que ele é uma pessoa física (ele não regularizou suas atividades e não abriu um CNPJ). Talvez porque a atividade que ele exerce não permita (ex.: perito judicial, dono de cartório, etc...) ou tenha outros motivos. É fato que ele possui a mesma estrutura de uma empresa: Receita Custo Despesa Lucro (que seria o salário) Então a legislação nos permite deduzir da renda dele todas as despesas que ele teve, para só depois apurar o cálculo. O autônomo tem o benefício fiscal de poder incluir nas despesas dele todo tipo de despesa que ele teve para conseguir executar o serviço na qual foi contratado. Lembra do exemplo do prestador de serviço de manutenção de ar-condicionado? Neste caso, ele pode deduzir na declaração todos os custos que teve com parafusos, tubulação, canos e equipamentos que teve que comprar para executar seu serviço. E para facilitar a sua vida, existe o programa citado anteriormente chamado Carnê Leão que já faz todos esses cálculos para você. Apesar da legislação conceder o benefício fiscal de poder deduzir do imposto de renda as despesas que o contribuinte autônomo tem, nem tudo é dedutível! Isso se deve ao fato de que só pode ser deduzido despesas que tem ligação direta com a atividade que o profissional exerce. Se a despesa fugir um pouquinho dessa regra, ela não pode ser deduzida! 76 E para visualizar isso, veja este exemplo: SITUAÇÃO 1 - MÉDICO Um médico compra um terno para se vestir no seu ambiente de trabalho. Porém esse terno não faz, de fato, parte da atividade que ele exerce. Então não pode ser dedutível. SITUAÇÃO 2 - ADVOGADO Já um advogado, compra um terno para se vestir no seu ambiente de trabalho. Porém, esse mesmo terno pode ser usado para outras finalidades, como: frequentar uma festa, ir a uma casamento, ir a um evento, etc... Então também não pode ser dedutível! É um pouco complicado, mas a ideia é simples: qualquer despesa que você precise pensar se é dedutível ou não, provavelmente não é dedutível. ATENÇÃO: E para definir esse critério, não existe uma tabela que define quais despesas são dedutíveis ou não no Carnê Leão, então isso é totalmente interpretativo! Por outro lado, despesas comuns como água, aluguel, luz, internet e outras, são 100% dedutíveis. Não importa o valor, essas despesas podem ser deduzidas no Carnê Leão. 77 Como fazer o lançamento no Carnê Leão? Para fazer o lançamento é preciso descrever o item da compra, o número da nota fiscal ou do recibo, e o nome da empresa. Esse padrão não é obrigatório, mas é bem aceito pelos fiscais da Receita Federal! Lembre-se de guardar todos esses documentos que comprovem a compra, como recibos e notas fiscais por pelo menos cinco anos. No caso de gerar um grande número de carnê leão, fica mais fácil adotar um padrão para que nada seja esquecido durante o preenchimento. No caso de pagamento para autônomos, é preciso agora também informar o CPF do prestador de serviço. Após realizar os lançamentos, é possível visualizar um resumo do carnê leão. 78 Aula 3.5 – Carnê Leão: Demonstrativo de Apuração A empresa é responsável por recolher o imposto da prestação de serviço que um contribuinte pessoa física fez para ela. Sempre que houver a prestação de serviço a uma empresa, essa se torna responsável por fazer a retenção do imposto. Porém, quando a prestação de serviços é de uma pessoa física para outra, o pagador é o responsável por fazer a retenção do imposto. Tanto os serviços recebidos e executados pelo autônomo devem ser lançados no livro-caixa/escriturário. Todos os autônomos que prestam serviços para pessoas físicas são obrigados a entregar o carnê leão, já os autônomos que prestam serviços para pessoas jurídicas não são obrigados. No caso do autônomo prestar serviços para ambos, não é necessário informar os serviços prestados para as empresas. Em todos os casos, é preciso se atentar se o valor está abaixo do valor mínimo da tabela progressiva. 79 Aula 3.6 – Carnê Leão: Apuração O Carnê Leão um documento muito importante e por isso é aconselhável salvar sempre uma cópia de segurança, no seu computador, de todas as informações enviadas para a geração do carnê leão. Ao enviar o carnê leão pelo programa, é indicado uma revisão ampla caso algum campo necessário não tenha sido preenchido. No final dos lançamentos, é importante imprimir o livro caixa, assim como acontece com a contabilidade de empresas. Como forma também de sanar a maioria das dúvidas, há um sistema de ajuda completo que auxilia seu correto preenchimento disponível no programa da Receita Federal. É importante sempre lembrar que o carnê leão é usado somente para lançamentos de pessoas físicas. Os lançamentos por parte das pessoas físicas devem ser retidos na fonte, como descrito nas normas da Receita Federal. É essencial explicar essas peculiaridades do programa para os contribuintes, a fim de evitar mal entendidos. No caso do pagamento do INSS, o correto é lançar também os pagamentos para serem dedutíveis. O mesmo vale para pagamentos de pensões, doações e outras despesas dedutíveis. 80 Aula 4.1 – Ganho de Capital: Introdução Ganho de Capital se refere à uma venda de um bem, no qual você obteve lucro. Um ganho de capital é alcançado quando se obtém um lucro através de alguma operação, como venda, aluguel ou prestação de serviços. Quando você tem um bem (ex.: carro), você vende ele e obtém lucro, você teve um ganho de capital. Também é possível conseguir um ganho de capital através da compra de uma moeda, como o dólar, e depois vender por um preço superior. Todo o ganho de capital é tributado em 15% pela Receita Federal, e é classificado como Tributação Exclusiva. 81 Aula 4.2 - Ganho de Capital: Alienação de Bens Isento Tributável Tabela Progressiva Recolher Imposto Mês Seguinte Até R$ 35.000 Por Mês ALIENAÇÃO DE BENS Para a Receita Federal, é considerado isento qualquer ganho de capital até R$35.000. Até R$5.000.000 15% Até 10.000.000 17,5% Até R$30.000.000 20% Acima de R$30.000.000 22,5% TABELA PROGRESSIVA SOBRE GANHO DE CAPITAL Veja um exemplo prático de isenção: BEM CUSTO DE AQUISIÇÃO VALOR ALIENAÇÃO LUCRO / GANHODE CAPITAL CARRO R$ 25.000 R$ 30.000 R$ 5.000 ISENTO 82 Veja um exemplo prático de rendimento de tributação definitiva: DESCRIÇÃO VALOR Ganho Capital – Carro R$ 15.000 Imposto 15% Valor a Recolher R$ 2.250,00 BEM CUSTO DE AQUISIÇÃO VALOR ALIENAÇÃO LUCRO / GANHO DE CAPITAL CARRO R$ 25.000 R$ 40.000 R$ 15.000 83 Aula 4.3 - Ganho de Capital: Alienação Imóvel Único Regra de Isenção do Ganho de Capital para um Único Imóvel: LUCRO ISENTO Possuir um único imóvel Alienação até R$440.000,00 Acima de R$440.000,00 Não realizou outra alienação nos 5 últimos anos Faz tributação normal O IMÓVEL PODE SER: TERRENO GALPÃO COMERCIAL INDUSTRIAL RURAL SITUAÇÃO 1 CASA CUSTO R$ 200.000,00 LUCRO R$ 100.000,00 ALIENAÇÃO R$ 300.000,00 LUCRO TRIBUTÁVEL DEFINITIVA SITUAÇÃO 1 CASA CUSTO R$ 450.000,00 LUCRO R$ 50.000,00 ALIENAÇÃO R$ 500.000,00 84 Aula 4.4 - Ganho de Capital: Isenção Imóveis Residenciais Regra de Isenção do Ganho de Capital para Imóveis Residenciais: Na aquisição de outro imóvel residencial Dentro de 180 dias Pode ter vários imóveis Não utilizou benefício fiscal nos últimos 5 anos O contribuinte pode ter diversos imóveis Terrenos A isenção aplica-se apenas para imóvel residencial Garagens Galpão Outros Não tem isenção 85 Aula 4.5 - Ganho de Capital: Fatores de Redução 1° LEI 7.713/88 Art. 18 – 5% a 100% 2° FR1 – 01/96 até 11/05 3° FR2 – 12/05 até Data Alienação LE I 1 1.1 96 /0 5 1° LEI 7.713/88 Art. 18 ANO AQUISIÇÃO PERCENTUAL DE REDUÇÃO ANO AQUISIÇÃO PERCENTUAL DE REDUÇÃO 1969 100% 1979 50% 1970 95% 1980 45% 1971 90% 1981 40% 1972 85% 1982 35% 1973 80% 1983 30% 1974 75% 1984 25% 1975 70% 1985 20% 1976 65% 1986 15% 1977 60% 1987 10% 1978 55% 1988 5% O fator de redução pode variar entre 5% a 100%, e existem três fatores de redução que hoje podem ser aplicados. Vale ressaltar que são fatores de redução, e não de isenção dos impostos devidos. 86 Aplica-se para imóveis adquiridos de janeiro/96 até 11/2005. Fórmula para determinar o percentual de redução. 1 1,0060 m¹ M¹ - número de meses da data de aquisição até 11/2005 Aplica-se para imóveis adquiridos à partir de 12/05 até a data da alienação. Fórmula para determinar o percentual de redução 1 1,0060 m² M¹ - número de meses da data 12/05 (data de aquisição até a data de alienação) Fatores de Redução – FR1 Fatores de Redução – FR2 Redução Lei 7713/88 FRI 1 FRI 2 30/06/19 R$ 500.000,00R$ 100.000,00 Imóvel 1980 Alienação de Espólio 87 Aula 5.1 - Produtor Rural: Conceitos Iniciais O produtor rural tem várias peculiaridades em relação à declaração de imposto de renda. O produtor rural é definido como uma pessoa física que exerce uma atividade rural em qualquer propriedade. Eles atuam na agricultura, pecuária e pesca, em sua maioria. O que diferencia um produtor rural das outras atividades da produção, é que o produtor rural trabalha apenas com produtos in natura, ou seja, na sua forma mais natural sem acrescentar nada e nem modificar as propriedades. O artigo 50 da lei 9.250 de 1995, especifica detalhadamente as atividades dos produtores rurais. A lei indica que atividades realizadas após a produção natural da matéria prima, como a comercialização dos insumos, não é considerada atividade rural. As atividades de exploração do solo também não é considerada atividade rural, e nem os serviços prestados diretamente a animais. Por exemplo, a atividade que os veterinários exercem não são consideradas atividades rurais. Nem mesmo o turismo que tem como principal atividade conhecer instalações em fazendas e campos. A apuração do produtor rural é diferente dos outros tipos de contribuintes! O produtor rural pode ter prejuízo e não só apenas lucro como os assalariados. 88 Dessa forma, caso em algum ano o produtor rural tenha prejuízo em suas atividades, ele pode considerar esse prejuízo nos próximos anos de declaração, através da Tabela Progressiva do Imposto de Renda. Também no caso do produtor rural também ser um assalariado, pode ser usado esse prejuízo para abater em seus pagamentos para a declaração. Mas para isso, é preciso fazer o Livro Caixa do Produtor. Nesse caso, ele pode tributar de forma simplificada, tributando 20% da renda bruta. E ao optar pela tributação simplificada, não é possível compensar os prejuízos dos anos anteriores. O produtor rural é dispensado de fazer o livro caixa quando a renda bruta for até R$56.000. Mas mesmo não sendo obrigado a fazer o livro caixa, é preciso ter toda a documentação dos insumos utilizados. Para o produtor rural, o livro caixa não precisa ter obrigatoriedade de registro, ao contrário do livro caixa gerados pelas empresas contábeis. 89 Aula 5.2 - Produto Rural: Legislação A Instrução Normativa nº 83, de 11/10/2001, trata sobre a tributação dos resultados das atividades rurais. Nessa instrução, é possível entender melhor as definições das atividades enquadradas como rurais, inclusive a distinção dos produtos agrícolas com os produtos industrializados. Por exemplo, a transformação de derivados do leite, como requeijão e manteiga, ainda é considerado atividade rural. Também informa algumas atividades que não são atividades rurais. Tenha essa instrução normativa com um guia para você checar sempre! 90 Aula 5.3 - Produtor Rural: Nota Fiscal O produtor rural deve sim preencher nota fiscal na venda de seus produtos. Segundo instrução normativa nº 83, de 11/10/2001, os produtores rurais devem fornecer a nota fiscal assim como aconteceria em qualquer outra atividade de venda. O produtor rural poderá emitir a nota fiscal a partir do mesmo meio dos outros comerciantes. Quase em todos municípios do Brasil, a emissão ocorre a partir do Portal da Prefeitura do Município. E em muitas cidades também já está disponível a possibilidade da nota fiscal eletrônica. É importante que o produtor rural sempre tenha em mãos os comprovantes de compra, inclusive as notas fiscais dos insumos comprados. Para a emissão, é preciso solicitar a autorização da Secretaria de Fazenda de cada estado, que regulamenta a autorização desse tipo de nota fiscal. Após esse credenciamento, é necessário o produtor rural obter um certificado digital. Após o credenciamento e a assinatura digital, é possível que o produtor rural comece a emitir a nota fiscal. Há muitos programas pagos que fazem a emissão, porém, o SEBRAE disponibiliza um programa que faz muito bem essa função de forma gratuita. 91 Aula 5.4 – Produtor Rural: Receitas Diferente dos assalariados, os produtores rurais precisam fazer a apuração somente de forma anual. A receita bruta da atividade rural, basicamente, é a venda dos produtos gerados na atividade rural. Os produtores rurais geralmente recebem subsídio do Governo, e esse é tratado também como receita. Muitos produtores rurais também fazem permuta de seus produtos, e esses também são considerados como receita. Ao fazer permuta, os produtos recebidos devem ser considerados como bens, e não é possível emitir nota fiscal dele, pois o produtor que recebeu esse produto não é o produtor. Muitos produtores rurais abrem cooperativas, tendo assim uma integralização do capital com bens e direitos. Ao integralizar o bem para essa nova empresa, os valores dos bens podem ser considerados como receita. E muitas vezes, os produtores rurais fazem seguros para seu plantio ou criação. Caso tenha sido acionado esse seguro, esse valor é considerado como receita, ao contrário dos assalariados, cujos seguros são considerados como valores não tributáveis. A diferença se deve pela diferença do uso do valor - os produtores rurais têm essa como principal atividade, já os assalariados não, esse valor apenas será usado para reaver o bem perdido no caso. As receitas na atividade rural podem ser vendidas a prazo, e deve considerar os recebimentos das parcelas em suas contas. E também podem ser vendidas para entregafutura, onde só se considera a entrada dos valores quando há a entrega o produto. 92 Essa diferença se deve pela possível mudança dos valores até a entrega do produto. Falando de arrendamento de imóveis para os produtores rurais, se esse arrendamento for somente como aluguel, esse valor deverá ser informado no Carnê Leão como um aluguel simples. Mas se for firmado uma parceria entre o produtor rural, onde o dono do imóvel irá ganhar uma porcentagem da produção, esse contribuinte é considerado como produtor rural simples. Como um contrato de parceria cobra menos impostos, é importante analisar se o caso do seu cliente seja realmente esse, e não um simples aluguel. 93 Aula 5.5 - Produtor Rural: Despesas As despesas do produtor rural possuem algumas regras específicas da sua atividade. As despesas de custeio e investimento são todos os valores usados para conseguir exercer a atividade. São consideradas as benfeitorias, a aquisição de bens, os valores pagos por um serviço técnico especializado, entre outros. É importante que todas as despesas estejam realmente relacionadas com as atividades exercidas. Os bens adquiridos do consórcio para produtores rurais, são consideradas despesas no livro caixa, mas só devem ser lançados após a aquisição do bem. No caso de financiamentos, as despesas devem ser lançadas no mês de aquisição do bem. Isso ocorre porque nesse momento ele já pode lançar integralmente a nota fiscal do bem. Porém, o valor do juros de cada parcela deve ser lançado a cada mês vigente do contrato do financiamento, e esse também é considerado como despesa. No caso de bens adquiridos a prazo, que não sejam financiamentos nem consórcios, deve ter o lançamento no mês do pagamento. Devem ser consideradas despesas todas as devoluções feitas pelos produtores rurais, e essas devem ser lançadas no mês da devolução. 94 Aula 6.1 - O que fazer para não cair na Malha Fiscal A maioria das pessoas caem na malha por dois tipos de imprecisões: Por erros bobos Esconder informações Preencher informações erradas Preencher os campos incorretamente Na maior parte das vezes, os contribuintes caem somente por preenchimentos equivocados, ou seja, que não possuem como objetivo esconder informações. E para evitar esses erros, é preciso atentar-se a alguns pontos importantes. Em muitos casos, os próprios fiscais indicam o que deve ser alterado. E quando não, eles podem até desconsiderar essas pequenas falhas. Um dos maiores erros é esquecer de declarar o resgate do título de previdência privada, independente do valor. Mesmo sendo de pouco valor, é preciso informar na declaração do imposto de renda! Por isso, sempre pergunte aos seus clientes antes de entregar a declaração se houve algum tipo de resgate. Um erro que também acontece é preencher o mesmo dependente, tanto na declaração da mãe quanto na do pai. É importante saber que o dependente deve estar em somente uma declaração. 95 E para evitar esse problema, basta conversar com os clientes que você irá considerar o filho dele como dependente em apenas uma das declarações. Também é importante considerar a renda do dependente, quando este começa a trabalhar. E mesmo que seja um período curto, é necessário indicar essa pouca renda. Um terceiro erro muito comum diz respeito aos erros de digitação. Para isso, é necessário comprar uma impressora e imprimir as informações antes de realizar o envio, para que todos os pontos possam ser analisados antes do envio. Não podemos deixar de falar também sobre os vilões da receita federal! Esse tipo de contribuinte, assim como todos nós, não gosta de pagar impostos. Mas o não gostar não desobriga o pagamento. Nesse caso, sempre vale a pena lembrar o contribuinte que está cada vez mais moderno o Sistema de Rastreio de Valores, por isso dificilmente a prestação de uma informação errada passará despercebida. Vale a pena também informar que existe um prazo de cinco anos para que a Receita atue um contribuinte, e que não é porque uma declaração foi processada ela não possa ser revista pelos fiscais. Também existem muitos clientes que preferem fazer o pagamento somente anual, e como muitas vezes esses valores são altos, por isso podem persuadir o cliente a fazer lançamentos errados. Como profissional, é importante sempre entender que a responsabilidade da transmissão da declaração é do contribuinte. Muitos profissionais liberais tentam informar as rendas falsas, colocando sempre valores menores para diminuir o valor dos impostos. 96 Mas saiba que o lançamento de informações erradas de forma intencional é um erro que quase nunca passa despercebido, por isso nunca vale a pena. Também vale notar que essa prática é considerada Fraude Fiscal, e é um crime muito grave! E mesmo que não possa ser gerado inquérito, a multa geralmente é muito maior do que o valor que seria pago se o lançamento fosse feito corretamente desde o começo. E para finalizar, uma última dica: não se esqueça de verificar as pendências apontadas no programa da Receita Federal, sempre antes mesmo do envio. 97a deduzir do imposto. Vamos apurar o imposto: Base de Cálculo Alíquota do Imposto Imposto (-) Parcela a Deduzir Imposto a Recolher R$ 3.920,82 22,50% R$ 882,18 R$ 636,13 R$ 246,05 Parece até aquelas regrinhas de matemática da 5º série, depois que você fizer algumas vezes esse tipo de cálculo manual irá ficar surpreso como é simples. 12 Conhecida a tabela de alíquota progressiva, agora vamos conhecer a alíquota efetiva. Para calcular o imposto efetivo, basta pegar o imposto a ser pago (conhecido no tópico anterior) e dividir pelo salário, ou a renda bruta tributável. No caso acima, o valor do salário foi de R$5.000, logo a conta ficaria: Esse valor é muito inferior ao da quarta faixa da tabela, 22,50% de alíquota de imposto. Aula 1.6 – Cálculo da Alíquota Efetivo R$ 246,05 R$5.000,00 4,92% Importante citar que as deduções sempre diminuem a alíquota efetiva. E quanto maior a renda, mais próximos esses valores serão. Apenas para exemplificar, uma renda de R$ 20.000 geraria uma alíquota efetiva de 26,43%. 13 O cálculo do imposto anual é importante para ajustar os valores dos impostos pagos durante o ano. Ele tem o objetivo de ajustar qualquer diferença entre o que foi pago e o valor devido anualmente. Aula 1.7 – Cálculo do Imposto Anual – Ajuste entre as Rendas Mensal e Anual Como exemplo de uma situação em que esse cálculo é útil e pode ser compreendido, consideramos um funcionário que não trabalhou todos os meses do ano. Se esse funcionário tiver ganho R$5.000 por mês durante 3 meses, o valor total do ganho será de R$15.000. Valor menor ao de R$22.847,77 - primeira faixa do imposto de renda anual, nesta situação não há imposto devido. Porém, como a lei afirma que o pagamento deve ser mensal, ele deve sim pagar o imposto em relação ao período trabalhado. TABELA PROGRESSIVA DO IR - ANUAL FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF 1° Faixa Até R$22.847,76 - R$ - 2° Faixa De R$22.847,77 até R$33.919,80 7,50% R$ 1.713,58 3° Faixa De R$33.919,81 até R$45.012,60 15,00% R$ 4.257,57 4° Faixa De R$45.012,61 até R$55.976,16 22,50% R$ 7.633,51 5° Faixa Acima de R$55.976,16 27,50% R$ 10.432,32 O ajuste serve para alinhar as oscilações de renda nos meses durante o ano calendário. 14 Um caso típico dessa situação são os professores, que possuem 2 rendas. Pode acontecer de ambas as rendas separadas não atingirem o valor mínimo para o pagamento do imposto. Mas quando somadas passam do valor mínimo, é obrigatório o pagamento do imposto. Nesse caso, ele deve seguir a tabela de base de cálculo normalmente. E ainda, como o valor ganho de apenas uma fonte de renda é menor do que os R$ 22.847,77 (primeira faixa do imposto de renda anual), não é obrigatório o recolhimento. Como cabe ao contribuinte fazer o recolhimento, ele deve ser o responsável pelo pagamento na declaração de ajuste do imposto de renda - DAA. Uma explicação simples pode fazer toda a diferença para esse tipo de contribuinte, que poderá se sentir confuso a respeito da obrigatoriedade ou não desse recolhimento. Aula 1.8 – Cálculo Anual – 2 rendas na Faixa Isenta 15 Se você pretende vender seus serviços de declaração de imposto de renda, provavelmente pode aparecer 2 tipos de clientes para você: Você pode ajudar o assalariado declarando uma renda à mais que "não existe", somente para ajudar essa pessoa a aumentar a renda final e conseguir o financiamento. No caso do autônomo, você pode demonstrar os cálculos para ele na planilha em Excel e expor todos os impostos que ele será obrigado a pagar, por estar fazendo a declaração pela primeira vez e também por não ter preenchido o carnê leão durante o ano-calendário. Em ambas as situações, o seu cliente terá que pagar mais impostos e é a sua obrigação mostrar isso para ele! Obs: não vá preenchendo logo a declaração, faça uma demonstração na planilha. Nem sempre o cliente está disposto a pagar os impostos que serão gerados, e você não pode perder tempo fazendo algo que a pessoa não vai aceitar depois. Aula 1.9 – 2 Tipos de Renda: Assalariado e Autônomo O AUTÔNOMO Quer comprar um carro e precisa de um financiamento do banco. O banco solicitou a declaração de imposto de renda desse contribuinte, porém ele não possui/nunca declarou. O ASSALARIADO Este também precisa apresentar sua declaração de imposto de renda para o banco, mas a renda é insuficiente para o financiamento que ela deseja. 16 Se você não quiser se manter em encrenca, faça apenas aquilo que está na lei e que você sabe que é correto! Cuidado ao fazer tudo que o cliente pede, isso pode te prejudicar no futuro. Atenção 17 Existe mais de uma forma de identificar se há imposto a pagar para o contribuinte. E até agora você já teve a oportunidade de conhecer uma delas: as despesas dedutíveis mensais. Agora você irá conhecer uma outra forma de fazer as deduções, que é usando as Despesas Dedutíveis do Cálculo do Imposto Anual. Essas são todas elas: Dedução por Dependentes Despesas com Instrução (creche, escola e faculdade) Despesas Médicas e Plano de Saúde Previdência Privada - PGBL (até 12% sobre a renda) Todas essas despesas reduzem consideravelmente a base de cálculo do contribuinte, e por esse motivo é importante você inseri-las no preenchimento da declaração. Aula 1.10 – Cálculo Anual - Despesas Dedutíveis Anuais Essas despesas servem para reajustar a base de cálculo do imposto anual, ajustar a faixa de alíquota, e finalmente alterar o imposto a pagar. E geralmente pode dar no final até imposto a restituir, já que houveram muitas despesas no ano e elas serão deduzidas do imposto. 18 Existe uma grande diferença entre a Declaração Completa e a Declaração Simplificada, e cada uma se dispõe de diferentes deduções para o cálculo do imposto. Confira: Aula 1.11 – Cálculo Anual: Desconto Simplificado Declaração Completa Declaração Simplificada É quando você utiliza todas as despesas dedutíveis para calcular o imposto. Não utiliza nenhuma despesa dedutível, mas usa um benefício fiscal de desconto simplificado de 20% para calcular o imposto. Um contribuinte que não tem dependentes, que não tem despesas médicas, que não tem plano de saúde, e não paga pensão alimentícia, pode usar o desconto simplificado para pagar menos imposto na declaração de IRPF. A legislação dá um benefício fiscal onde podemos usar as despesas dedutíveis (dedução legal) ou o desconto simplificado. Por isso é muito comum um contribuinte que só tem o informe de rendimento, a opção tributária dele na declaração ser por desconto simplificado. Dessa forma, ele não vai restituir todo o valor que pagou, mas vai conseguir uma parte. E para fazer esse cálculo, é necessário usar a tabela progressiva anual e descontar 20% do Desconto Simplificado do Salário Anual deste contribuinte, ficando assim: Homem de 30 anos que recebe um salário anual de R$60.000,00 Desconto Simplificado 20% Base de Cálculo de R$48.000 19 Agora é necessário voltar para a tabela do imposto de renda anual e analisar em qual faixa esse contribuinte está inserido, e neste caso é a 4º faixa: TABELA PROGRESSIVA DO IR - ANUAL FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF 4° Faixa De R$45.012,61 até R$55.976,16 22,50% R$ 7.633,51 Então para realizar o cálculo é necessário multiplicar a base de cálculo desse contribuinte (R$48.000) com a alíquota da 4º faixa (22,50%), ficando dessa forma: R$48.000 x 22,50% = R$10.800 Agora, é necessário subtrair o resultado desse cálculo (R$10.800) com a Parcela a Deduzir do IRPF (R$7.633,51), sendo assim: R$10.800 – R$7.633,51 = R$3.166,49 Ou seja, o contribuinte terá um imposto a pagar de R$3.166,49 anualmente neste exemplo. Atenção: o desconto simplificado tem um limite de R$16.754,34 a ser deduzido no rendimento do cliente. Nesse valor é o mesmo que uma pessoa com uma renda de R$83.771,72 poderia obter. Acima dessa renda o valor do desconto simplificadofica limitado a R$ 16.754,34 e não pelo 20% desconto. Interessante saber No caso de muitas despesas dedutíveis, é recomendado fazer uma declaração completa. E para facilitar a vida de quem declara, no próprio programa de declaração do imposto de renda já é exibido qual opção é a mais vantajosa para o cliente. 20 Aula 1.12 – Simulação do Cálculo no Site da Receita Federal Para descobrir facilmente o percentual de imposto que iremos pagar sobre a nossa renda, o melhor local para fazer uma simulação é no Site da Receita Federal, usando o Simulador do Cálculo da Alíquota Efetiva. Através desse programa é possível saber de antemão o valor a ser pago e se os cálculos que você fez usando a sua planilha estão coerentes. Clique aqui para acessar o Simulador http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/Simulador/simulador.asp?tipoSimulador=M Existe a opção de realizar simulações tanto mensais quanto anuais dentro da plataforma da Receita Federal. Basta clicar em uma dessas barras acima do simulador para selecionar qual opção você deseja: 21 http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/Simulador/simulador.asp?tipoSimulador=M Aula 1.13 – Parcela Isenta acima de 65 anos Após completar os 65 anos de idade, o contribuinte recebe um benefício fiscal muito importante do Governo. É possível incluir uma parcela isenta para deduzir da base de cálculo do imposto de renda. Muitas pessoas acham que esse benefício fiscal serve apenas para aposentados. Mas a grande verdade é que essa parcela de isenção pode ser aplicada para qualquer pessoa que completar os 65 anos, independente de estar trabalhando em empresa privada ou ser aposentado. O valor da parcela isenta coincidentemente é o mesmo valor que a 1º Faixa da Tabela Progressiva do IR Mensal, sendo portanto: Dito isso, é permitido usá-lo para diminuir o valor da base de cálculo do contribuinte. O valor máximo dessa dedução anualmente, em outras palavras, o teto, é este valor: Essa dedução é bem simples quando o contribuinte tem apenas uma fonte de renda. Mas se ele possui mais de uma, pode se tornar complicado... Isso se deve ao fato de que só é possível usar apenas uma vez essa isenção! Se o contribuinte trabalhar para duas empresas, só poderá deduzir os R$1.903,98 do salário de uma delas. A explicação para isso é que o Governo concede o benefício fiscal por contribuinte, e não por empresa. R$1.903,98 R$24.751,74 22 O maior erro que as pessoas cometem é preencher na declaração essa parcela de isenção nas duas empresas que o contribuinte trabalha. E sabe o que é pior nisso tudo? O programa da declaração não diz que está errado! Cabe a você interpretar e saber como preencher corretamente. Portanto, para que nada dê errado, no preenchimento de uma segunda declaração, deve-se descontar também essa parcela de isenção. Mas como ele só vale para uma vez por contribuinte, é necessário indicar novamente esse valor no campo de rendimentos recebidos. Para entender melhor como funciona a dedução por várias fontes pagadoras, acesse a Jurisprudência abaixo sobre o Imposto de Renda para maiores de 65 anos: Clique aqui para acessar a Jurisprudência https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=IMPOSTO+DE+RENDA+ISEN%C3%87%C3%83O+MAIOR+65+ANOS 23 https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=IMPOSTO+DE+RENDA+ISEN%C3%87%C3%83O+MAIOR+65+ANOS Aula 1.14 - Tributação Para Profissionais de Serviços de Transportes (Motoristas) Conforme consta no Decreto do Regulamento do Imposto de Renda 9.580/2008 no Art. 39, é descrito que: São tributáveis os rendimentos de serviços de transporte em 10% tanto para quem trabalha com máquinas agrícolas (produtor rural), quanto para quem trabalha com transporte de cargas. De tal forma que para os condutores de passageiros o percentual é de 60%. Quais veículos/condutores fazem transporte de passageiros? Van ou perua escolar Van de transporte ou viagem escolar Motorista de Uber Todos eles têm em comum o uso de veículo próprio para realizar as suas atividades. A lei considera que estes motoristas já possuem grandes despesas todos os meses. Seja com combustível, pedágio, manutenção do veículo, reparos, entre outros. Portanto, eles já tem garantido a isenção de 40% do valor do imposto. E como esse motorista é autônomo, é obrigação dele fazer o próprio recolhimento do imposto usando o Carnê Leão. No caso de transporte de carga como insumos de indústria, a isenção do imposto é mais benéfica ainda! Em outras palavras, se um motorista de transporte de passageiros faturou R$10.000 no mês, a declaração de imposto de renda tributável será de R$6.000. Todas as deduções, como dependentes e contribuição do imposto do INSS será feito em cima desse valor de R$6.000. 24 Por exemplo, se o motorista receber R$ 15.000 ao mês, o valor a ser considerado como base do imposto de renda será de 10% desse valor (R$ 1.500,00). A lei considera que este motorista é o que possui mais custos, quando comparados aos outros. Como você pode perceber, o valor final (R$1.500,00) fica tão abaixo da 1º Faixa da Tabela (R$1.903,98) que este contribuinte está isento do imposto. Nesse caso, somente com um salário alto, a partir de R$25.000, ele seria obrigado a recolher o imposto de renda. O recolhimento para esses contribuintes, como já dito, deve ser feito através do Carnê Leão, e preenchido na declaração do imposto de renda no campo de Trabalho Não Assalariado. É importante citar que o acréscimo de patrimônio, como bens e direitos, só é aceito a partir do imposto devidamente tributável. Caso queira acrescentar mais que esse valor de patrimônio, deve ser tributável um valor maior. 25 Aula 1.15 – Imposto Complementar (Mensalão) O Imposto Complementar é um recolhimento facultativo que pode ser efetuado pelo contribuinte para antecipar o pagamento do imposto de renda devido na Declaração de Ajuste Anual, no caso de recebimento de duas ou mais fontes pagadoras. Em outras palavras, é uma opção mais tranquila de pagar os impostos. Onde o contribuinte pode pagar mensalmente o imposto referente à renda que tem a cada mês. Nesse caso, um DARF é gerado para os pagamentos em parcela como forma de imposto complementar. Esse método é muito utilizado e até sugerido para aquelas pessoas que acham pesado pagar o imposto cheio na Declaração de Ajuste Anual. Na tabela em anexo, é possível simular o valor dos pagamentos feitos de forma mensal ou anual, para ajudar o cliente a analisar qual forma de pagamento será a melhor para sua condição financeira. Mas é importante frisar que não existe benefício fiscal em recolher esse imposto antecipadamente. Então as vezes o melhor a se fazer é guardar o valor do imposto todos os meses na poupança, ou investi-lo em algum fundo de investimento e sacá-lo no dia que for necessário pagar o valor cheio. Pelo menos você teve durante o ano, mesmo que baixo, algum rendimento desse dinheiro guardado, ao invés de só entrega-lo para o Governo todos os meses. 26 Aula 1.16 – Cruzamento de Informações Aqui iremos abordar o Cruzamentos de informações fiscais entre a Receita Federal e a pessoa física. De antemão, a maneira mais simples de não cair na Malha Fina é preencher na Declaração IRPF 2021 o que a Receita Federal já sabe sobre você! Você sabia que a Receita Federal às vezes tem mais informações suas do que você acha que ela tem? Isso se deve ao fato de que ela recebe informações de diversas fontes de dados, e pode facilmente saber todo seu histórico de vida. O que acontece é: O contribuinte (pessoa física) informa os dados da declaração de imposto de renda de ajuste anual, uma vez por ano. A Receita Federal possui um dos melhores sistemas de computadores para processar esses dados, já que são armazenadas informações de milhões de pessoas lá. E de uns tempos para cá, depois da redução do uso de papel e coisas manuais para armazenar esses dados, ficou cada vez mais fácil fazer o cruzamentodas informações da pessoa pelos meios digitais. Hoje em dia, 80% do trabalho do contador é direcionado praticamente para gerar informações do contribuinte para o Governo. O Governo quer saber através do acesso a todos esses dados se o contribuinte (PF ou PJ) está: mentindo sonegando imposto omitindo informações etc... 27 E tudo isso quem faz não são os Auditores Fiscais, mas sim o T-REX, que é o nome do sistema que processa todas essas informações. Uma coisa importante que todas as pessoas devem saber é que qualquer movimentação financeira, principalmente feita em bancos, o T-REX ficará sabendo. Ou seja, por mais que você não coloque na sua declaração, o Governo já sabe que existe uma renda ou uma movimentação, ele só não sabe da onde veio aquele dinheiro. Então é necessário ficar atento à movimentações altas, principalmente em cartão de crédito, quando a quantia é desporporcional/exorbitante ao valor que você declara receber todos os meses. Todas essas instituições fornecem os dados do contribuinte para a Receita Federal: Bancos Detrans Adm. Cartões Imobiliárias Hospitais, Clínicas e Planos de Saúde Cartórios e Empresas em Geral T-REX 28 E todos esses dados são processadas pelo T-REX e encaminhadas para órgãos do Governo, como: COAF Ministério Público Polícia Federal Juízes Estados e Municípios Então, quando um contribuinte é "pego" fazendo grandes movimentações de dinheiro, sem declarar, ou algum órgão precisa das informações dele para fiscalizar, está tudo disponível para o acesso. Literalmente tudo! Dito isso, mostre para o seu cliente a realidade do sistema do Governo e faça apenas aquilo que é certo. Do contrário, existe a possibilidade de cair na malha fina. 29 Aula 1.17 – Multa por Atraso na Entrega da Declaração O prazo para entrega da Declaração todos os anos é até o dia 30 de Abril, como você já aprendeu até aqui. Todos os contribuintes que entregam a declaração após esse prazo precisa pagar uma Multa por Atraso na Entrega. O valor mínimo da multa é de R$165,74, e o valor máximo é de 20% do valor do imposto devido. Para calcular o valor da multa, é somado 1% do valor do imposto devido a cada mês de atraso na entrega. Ou seja, se a declaração for entregue 3 meses após Abril, será cobrado 3% do imposto devido. O que você precisa ficar atento é que para contribuintes que possuem rendimentos elevados, o imposto devido pode ser alto também, e a multa ultrapassar o valor mínimo. 29 Quando esse contribuinte demora muito tempo para entregar, vai se somando 1% a ser cobrado à mais desse imposto devido em cada mês. Lembre-se, o valor mínimo é de R$165,74, mas não significa que é um valor fixo de multa! Veja o exemplo de um contribuinte que tem uma renda de R$50.000,00 e seu imposto devido deu R$8.610,23 (considere apenas como um exemplo): Se ele entregar a declaração após 3 meses, esse será o valor da multa: Dessa forma fica mais fácil entender que o mínimo a se pagar é R$165,74, mas é possível ultrapassar o valor de multa a ser pago quando o contribuinte tem um imposto devido elevado. R$8.610,23 x 3% = R$258,30 30 É importante lembrar que essa multa é aplicada independente se há valores a serem restituídos pela receita para a contribuinte. E para fazer o pagamento da multa, o DARF é gerado automaticamente após a entrega, com um mês de prazo para o pagamento. Caso não seja pago até o vencimento, um novo boleto pode ser gerado, acrescido de juros. 31 Aula 1.18 – Despesas Dedutíveis: Legislação As despesas dedutíveis do imposto de renda podem ser encontradas no Decreto nº 9.580 de 22 de Novembro de 2018 do Regulamento do Imposto de Renda. No Capítulo II desse decreto, é possível encontrar quais são as deduções mensais do rendimento tributável. Em outras palavras, quais são as despesas dedutíveis para encontrar a base de cálculo do imposto de renda. Na primeira sessão do Decreto, nós temos as Contribuições Previdenciárias, tanto as públicas quanto as privadas. Na sessão II estão as Despesas Escrituradas no Livro-caixa, que servem para donos de cartório, trabalhador não assalariado e leiloeiros. Na sessão III nós temos as Despesas por Dependentes, que a nível de curiosidade, desde 2015 não é atualizado o valor devido sobre cada dependente, que até o presente momento é de R$189,59. E na sessão IV nós temos a Pensão Alimentícia. Por outro lado, no Capítulo III, temos falando sobre as despesas dedutíveis anuais, que são: Despesas Médicas Despesas com Instrução a as Despesas Com Fundo De Aposentadoria Programada Individual (FAPI) Confira cada um dessas despesas dedutíveis, acessando o link abaixo: Clique aqui para acessar o Decreto http://planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm 32 http://planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm Aula 1.19 – Despesas Dedutíveis: Tipos de Despesas Como já dito anteriormente, existem diversos tipos de despesas dedutíveis. As mensais: pensão alimentícia, livro-caixa, previdência privada, previdência social e dependentes. E as anuais: despesas com instrução e despesas médicas. O valor da dedução mensal por dependentes é de R$189,59, enquanto que a anual é de R$2.275,08 (R$189,59 x 12). Para essa categoria de dedução, não há limite para dependentes. Ou seja, você pode incluir quantos filhos você quiser/tiver. Quem pode ser dependente? VIVE JUNTO HÁ MAIS DE 5 ANOS OU POSSUI FILHOS COM A PESSOA. ATÉ 21 ANOS INCAPACITADO QUALQUER IDADE MAIORES DE 21 E MENORES DE 24 ESTUDANDO CÔNJUGUE/COMPANHEIRO FILHOS/ENTEADO PAIS/AVÓS/BISAVÓS SOMENTE COMA GUARDA JUDICIAL RENDIMENTOS MENORES QUE R$1.903,98/mês R$22.847,76/ano OUTROS DEPENDENTES FINANCEIROS 33 Em uma situação em que o casal se separou e não há consenso sobre quem irá pagar a pensão alimentícia e o valor a ser cobrado, é necessário contratar um advogado para resolver a situação, e é o juiz quem irá determinar cada coisa. Sendo caracterizada, portanto, como Decisão Judicial. Por outro lado, quando o casal se separa e tem um consenso, eles combinam um valor e fazem o chamado Acordo Homologado. Eles somente levam esse acordo para o juiz homologar/assinar. Existe ainda uma terceira opção que é a de Escritura Pública, onde o casal vai no cartório e assina a escritura, sem a necessidade do juiz. Porém, esse último caso só é válido quando o casal não tem filho. Você só pode deduzir a pensão alimentícia na declaração se ela for homologada pelo juiz. Se for somente um acordo de boca ou sem comprovação judicial, não é possível deduzir do imposto de renda. Não existe um valor mínimo nem um máximo para essa dedução, é o juiz quem determina o valor da pensão alimentícia. Outro detalhe importante é que essa despesa é dedutível para o contribuinte que está pagando, mas ela é tributável para quem está recebendo (o beneficiário). Em outras palavras, quem está pagando a pensão alimentícia não vai pagar o imposto, mas quem recebe sim. Quais tipos de Despesas Médicas são dedutíveis? Todas aquelas que estão no regulamento do imposto de renda! São resumidamente as consultas médicas de qualquer especialidade, sendo elas: Atenção 34 Exames laboratoriais e radiológicos Despesas hospitalares Aparelhos/Próteses Ortopédicos ou Dentários Plano de saúde Cirurgias Plásticas Reparadoras Existem ainda as Despesas com Instrução, que são as despesas que você tem com ensino e conhecimento. Vale lembrar que é válido somente para ensino regular como creche, escola e faculdade. Cursos livres e materiais escolares não são dedutíveis. E o valor dedutível é de até R$3.561,50. 35 O e-CAC é o Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal. Através dele é possível fazer diversas coisas que envolvem a Declaração de Imposto de Renda. Para você acessar essa plataforma, você precisa de uma senha chamada Código de Acesso. Se você deseja entrar no e-CAC, geralmente significa que você tem alguma pendência para resolver.Então, tecnicamente, você já entregou alguma declaração. E para gerar esse código de acesso, o contribuinte tem que ter entregue no mínimo 2 declarações, sendo uma delas entregue no ano-calendário. Porque para gerar essa senha, você precisa do recibo de uma dessas declarações. Se o contribuinte nunca entregou uma declaração, ele não tem o código de acesso assim como não tem nenhuma pendência no e-CAC. Para gerar o código de acesso, tenha o recibo da declaração em mãos e clique no botão abaixo: Para acessar o e-CAC, clique no botão abaixo: É importante lembrar que não é possível acessar todas as opções no e-CAC somente com o código de acesso. Para algumas funções como "Imprimir Declaração" ou "Cópia da Declaração" é necessário ter o Certificado Digital. Aula 1.20 – Código de Acesso Quero gerar o código de acesso https://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ssl/atbhe/codacesso.app/PFCodAcesso.aspx Quero acessar o e-CAC https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login 36 https://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ssl/atbhe/codacesso.app/PFCodAcesso.aspx https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login O agendamento serve para você conseguir pegar pessoalmente na Receita Federal a cópia das últimas declarações do contribuinte. O responsável por fazer a declaração (você) deve ir na Receita Federal com a procuração que lhe confere a autorização para administrar interesses em nome de outra pessoa, nesse caso o contribuinte (cliente). Obs: se você for fazer sua própria declaração, não é necessário a procuração. Você irá preencher todos os campos solicitados pelo agendamento com os seus dados como representante e os do seu cliente. Assim como também definir qual serviço você deseja agendar: Demonstrativo e Cópia da Declaração ou Cópia do Recibo de Entrega. Lembre-se: a Receita só irá atender referente ao agendamento do serviço que você fez. Não adianta chegar lá e querer outras coisas. Assim que você concluir o agendamento, o comprovante será emitido e você pode imprimir para apresentá-lo no dia em questão. Aula 1.21 – Agendamento Receita Federal Clique aqui para fazer seu agendamento https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/saga/agendamento/RegrasAgendamento.aspx 37 https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/saga/agendamento/RegrasAgendamento.aspx O ano-exercício é o ano em que se apresenta todas essas informações para o Fisco. Então, se estamos falando sobre o exercício no ano de 2021, tudo que ocorreu do dia 01/01/2020 até o dia 31/12/2020 deve ser informado na Declaração de Imposto de Renda 2021. Em resumo, o que você precisa analisar é: Se você tem um bem, à partir do dia 01/01, você precisa colocá- lo como Saldo Anterior. Se no dia 31/12 você ainda possuir esse bem, você precisa colocá-lo no Saldo Final. Se não possuir, coloque zero. Se você nunca declarou um bem, não declare ele em um único ano, como por exemplo um carro. Porque você não adquiriu ele da noite pro dia. Então se houver um bem a ser declarado esse ano, mas você já o possuía anteriormente, o correto a se fazer é declarar o Saldo Anterior desse bem e retificar nas declarações anteriores colocando o saldo de cada ano. E para te ajudar nisso, é interessante que seja feito um acompanhamento dos cálculos na planilha em Excel. O ano-calendário é referente ao ano em que o contribuinte está recebendo a sua renda, referente a aquisição de bens, patrimônio, despesas e etc. Aula 1.22 – Conceito de Ano Calendário e Exercício 38 Você também precisa solicitar todos os informes de rendimento que ele recebeu referente ao ano-calendário. E não se esqueça de perguntar também se ele fez algum investimento em renda variável, pois precisa ser declarado. Fazer esse questionamento com seu cliente é muito importante, para que nada "passe batido" e fique sem declarar, gerando pendências no futuro. Aula 1.23 - Relação de Documentos IRPF Se o cliente fez as declarações dos anos anteriores, esse é o principal documento que você precisa para fazer a declaração de imposto de renda dele. Agora, se o contribuinte nunca tiver entregado a declaração de imposto de renda, você precisa solicitar todos os documentos que estão descritos no arquivo em PDF "Relação de Documentos“ do Curso IRPF, sendo eles referentes aos: Dados Pessoais Renda Patrimônio e Despesas Dedutíveis 39 Clique no botão abaixo para acessar o site da Receita Federal e baixar o programa de Declaração do Imposto de Renda 2021: Aula 2.1 – Download do Programa Fazer o download do Programa IRPF 2021 https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf 40 https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf O primeiro passo para iniciar o preenchimento da declaração corretamente é realizar o Cadastro do Contribuinte no Programa IRPF 2021. E antes de iniciar o cadastro, é necessário importar a Declaração de Imposto de Renda do ano anterior dentro do programa (caso haja). Você poder fazer o cadastro do contribuinte dentro do programa, na primeira ficha chamada Identificação do Contribuinte. Nessa ficha, você irá inserir todas as informações referentes ao contribuinte, como: CPF, endereço, título de eleitor, data nascimento, etc... Fique atento apenas a parte de "Ocupação principal" onde você precisa selecionar a atividade desse profissional. É importante ressaltar que existem profissões como a de Médico, sendo principalmente profissional liberal, onde até o recibo que ele emite é dedutível do imposto de renda. Então o programa já envia um alerta amarelo para a Receita Federal. Aula 2.2 – Cadastro Isso se deve ao fato de que algumas profissões são mais fiscalizadas do que outras. E se você não encontrar especificamente a ocupação profissional do contribuinte, selecione a mais próxima. Afinal de contas, o programa não tem todas as atividades de trabalho do mundo. 41 É possível fazer a retificação/alteração na Declaração antes de transmiti-la, caso tenha faltado declarar algo ou precise fazer ajustes em alguma informação. Mas a grande dúvida é: como fazer a retificação de uma declaração e depois transmiti-la corretamente? É necessário acessar o Recibo de Entrega da Declaração Original do contribuinte. Na segunda página desse documento, é possível encontrar o Número do Recibo da Declaração. E é através dele que você consegue fazer ajustes e retificar a declaração original. Veja um exemplo prático: Digamos que você esqueceu de declarar um carro que possui. Você deve seguir esse passo a passo para retificar sua declaração: 1. Copiar o número do recibo; 2. Selecionar no programa IR a opção "Declaração Retificadora", dentro da Ficha Identificação do Contribuinte; 3. Inserir o número do recibo no campo que o solicita; 4. Ir na ficha de Bens e direitos e declarar o carro. Vale ressaltar que a declaração retificadora substitui todas as informações da declaração anterior, ou seja, você altera, acrescenta ou remove o que precisa ser ajustado e pronto. Aula 2.3 – Retificação Não mexa nas outras informações, pois elas continuaram cadastradas. Ao concluir os ajustes, basta clicar em Transmitir Declaração e estará tudo concluído. 42 Aula 2.4 – Comprovante de Rendimentos O Comprovante de Rendimentos é um comprovante que declara toda renda paga ao contribuinte e o imposto que foi retido. Quem é que retém imposto? Somente as empresas, pessoas jurídicas. O motivo para ser as empresas à fazer esse serviço e que é mais fácil para a Receita Federal fiscalizar 1 milhão de empresas, do que fiscalizar 200 milhões de contribuintes. É mais fácil centralizar a cobrança de impostos do que fazer fragmentado para cada contribuinte. Portanto, toda empresa é obrigada a entregar no mês de Fevereiro do ano seguinte o Informe de Rendimentos para esse contribuinte que prestou serviço para ela. Por curiosidade, na parte do Informe de Rendimento tem o campo "Natureza do Rendimento” quemostra se a pessoa que prestou o serviço é autônoma, assalariado ou é um aluguel. Sendo esses 3 supracitados os mais conhecidos, existem muitas outras naturezas de rendimento, que você pode conhecer acessando o material dessa aula no curso. Fique atento que o informe de rendimento precisa ser do ano- calendário 2020 e exercício 2021, para você não fazer a declaração do ano errado! E para preencher os informes de rendimento na declaração é muito simples, basta ver os números que estão no documento e inserir em cada ficha no programa da declaração IRPF 2021. 43 Aula 2.4.1 – Legislação do Auxílio Emergencial É possível encontrar todas as informações sobre a legislação no artigo II da lei criada em 14 de Maio de 2020 sobre o auxílio emergencial. Nesse artigo é citado que o beneficiário do auxílio emergencial, que é obrigado a apresentar a declaração referente ao ano- calendário 2020, e que recebeu outros rendimentos tributáveis de valor superior à 1º faixa da tabela progressiva, deverá acrescentar o imposto devido ao valor do auxílio recebido. Em outras palavras, se a pessoa recebeu R$1.500,00, ela não irá pagar imposto, porque está na faixa da alíquota zero. Mas se recebeu acima de R$1.903,58, ela deve acrescentar o valor do auxílio emergencial ao imposto devido, pois ele é tributável. Para declarar no imposto de renda, basta acessar a ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica e preencher os campos solicitados. Clique para acessar a legislação http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13998.htm 44 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13998.htm Aula 2.4.2 - Informe de Rendimentos Auxilio Emergencial Para ter acesso ao Informe de Rendimentos do Auxílio Emergencial é preciso entrar no site da Consulta do Auxílio, preencher os dados do contribuinte e gerar o comprovante para imprimir. Clique no link abaixo para acessar o site e preencher os dados: Quero gerar o informe de rendimentos https://consultaauxilio.dataprev.gov.br/consulta/#/ É necessário preencher o CPF do contribuinte, o nome completo, o nome da mãe, a data de nascimento e fazer a verificação reCAPTCHA. Depois você será direcionado para outra página e verá no topo do site o seguinte link: Você clica nesse link, baixa o informe de rendimentos em PDF e imprime. Depois é só preenche-lo na declaração do imposto de renda! 45 https://consultaauxilio.dataprev.gov.br/consulta/#/ Aula 2.4.3 – Como Declarar o Auxílio Emergencial Para preencher o Informe de Rendimentos do Auxílio emergencial da declaração é muito simples, basta seguir o passo- a-passo: 1. Acesse a ficha de Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica; 2. Insira o CNPJ da fonte pagadora; 3. Insira o nome da fonte pagadora (Ministério da Cidadania); 4. e insira o valor do rendimento recebido. Por enquanto, de acordo com a Regra da Legislação para o Auxílio Emergencial, não é necessário devolver o rendimento recebido. A menos que o contribuinte tenha recebido outro tipo de rendimento acima de R$22.947,05. Se ele tiver recebido, ele ficará acima do limite permitido e portanto terá que devolver o valor que recebeu do auxílio emergencial. Vale ressaltar que se esse contribuinte precisar devolver a quantia, será necessário esperar a declaração ser processada para, só assim, conseguir emitir o DARF do auxílio emergencial. É importante frisar que ainda não foi divulgado se será possível parcelar o pagamento do DARF. 46 Aula 2.5 – Comprovante de Rendimentos: Aposentadoria INSS Existem muitos contribuintes que são aposentados e não receberam seus informes de rendimento da aposentadoria em casa. Dito isso, é necessário acessar o site do INSS pela internet para imprimi-lo. Porém alguns aposentados, por conta da idade, têm dificuldade com os mecanismos digitais. Nessa situação, é importante que você saiba como gerar esse comprovante de rendimento para seus clientes aposentados. E para gerá-lo, basta acessar o site da Previdência Social, informar o Número do Benefício, a Data de Nascimento, o Nome do Beneficiário, o CPF e fazer a autenticação do reCAPTCHA. Gerar informe de rendimentos INSS https://extratoir.inss.gov.br/irpf01/pages/consultarExtratoIR.xhtml Feito todos os passos anteriores, agora é só imprimir o documento gerado! 47 https://extratoir.inss.gov.br/irpf01/pages/consultarExtratoIR.xhtml Aula 2.6 – Beneficiário de Pensão Alimentícia (Quem Recebe) Aqui nós iremos discutir como é preenchido a declaração do alimentado, beneficiário da pensão alimentícia. A primeira regra a ser considerada nessa despesa é que o beneficiário da pensão alimentícia é obrigado a ter CPF. E todas as pessoas que possuem CPF são contribuintes para a Receita Federal. Até mesmo as crianças. Como já dito anteriormente, o valor da pensão alimentícia é dedutível para quem paga, mas é tributável para quem recebe. Dessa forma, é necessário calcular o imposto sobre esse valor recebido. Quando o contribuinte é uma crinaça, por exemplo, quem fica responsável por calcular esse imposto é o tutor (mãe ou pai que possui a guarda). Então é obrigação dele(a) fazer a apuração desse imposto em nome da criança, usando os dados dela (do alimentado). Digamos, por exemplo, que esse alimentado recebe todos os meses de pensão alimentícia R$5.000,00. E como esse valor alto gera imposto a pagar, é necessário calculá-lo. Para esse caso, não há nada melhor do que o próprio Programa do Carnê-Leão para fazer isso. Porque quando o contribuinte é uma pessoa física e recebe dinheiro de outra pessoa física, é obrigação dele apurar e calcular o próprio imposto. Por isso se chama Carnê-Leão. Para preencher o valor da pensão alimentícia recebido, basta acessar a ficha de Demonstrativos e clicar em Demonstrativo de Apuração. Dentro dessa opção, preencha os campos de Pensão alimentícia recebido à cada mês. 48 Depois que você preencher tudo clique em “Ferramentas”, no menu superior, e clique em Exportar para o Imposto de Renda. Você vai ser direcionado para a Ficha de Identificação do Contribuinte e terá que informar todos os dados do alimentado. Fique atento para inserir no campo "Ocupação profissional" o código 71 - Beneficiário de Pensão Alimentícia. Depois basta acessar a ficha de “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física e do Exterior pelo Titular” e Importar o Programa do Carnê-Leão dentro da Declaração, clicando em Importações, no menu superior, e selecionando o Carnê-Leão. Dessa forma, todos os campos da pensão alimentícia serão preenchidos automaticamente com os valores recebidos a cada mês. Uma coisa importante no caso da declaração do alimentado, é que antes você faça simulações para saber se é mais vantajoso inserir ele como dependente na declaração da mãe ou fazer separadamente. Na maioria dos casos, é mais viável e vantajoso fazer a declaração do alimentado sozinho. Baixe o Programa do Carnê Leão https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao 49 https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao Aula 2.7 – Declaração de Espólio A declaração de Espólio é feita quando o contribuinte já faleceu, ele possui bens e direitos e esses bens irão para os herdeiros. A primeira coisa a ser feita é levantar o inventário dele, para ser feito o formal de partilha e dividir entre os herdeiros. E existem duas formas de fazer isso: Partilha por Escritura Pública Feito no cartório, quando todos os herdeiros estão de acordo e o falecido não deixou nenhum testamento. Partilha por Decisão Judicial O juiz quem determina a partilha dos bens. É feito principalmente quando o falecido deixou um testamento ou quando o herdeiro é menor de idade ou incapaz. A declaração de espólio tem 3 fases: a inicial, a intermediáriae a final: Na fase inicial, que é a do ano de falecimento do contribuinte, você irá declarar o imposto de renda dele normalmente. Porém, na ficha de Identificação do Contribuinte você irá inserir o código 81, que se refere ao Espólio. E após fazer isso, automaticamente abrirá uma nova ficha para ser preenchida na declaração, a ficha de Espólio. Dentro dessa ficha, é possível encontrar o campo do Inventariante, que seria a pessoa responsável todos os anos por fornecer as informações do contribuinte falecido, geralmente sendo a meeira (esposa). Digamos ainda que este formal da partilha demore anos para sair, então é necessário repetir essa declaração todo ano, informando os dados do contribuinte como se ele estivesse vivo, mas lembrando de inserir o código 81 de espólio. 50 Depois da primeira declaração transmitida após o falecimento, é necessário emitir as declarações depois da inicial e antes da partilha. Somente no ano que sai o formal de partilha que é feito a declaração final de espólio. Fique atento porque quando essa declaração final é feita, o CPF do contribuinte é cancelado. Então é de extrema importância que o formal de partilha já esteja nas mãos dos herdeiros. Se o formal de partilha sair até o dia 28 de Fevereiro de 2020, entrega-se a declaração de espólio referente a esse ano. Se esse documento sai à partir de 1 de Março, você entrega a declaração no ano seguinte. 51 Aula 2.8 – Conceito de Patrimônio Patrimônio é o conjunto de bens e direitos que o contribuinte tem, menos todas as obrigações que ele possui. O patrimônio líquido é encontrado quando se faz a somatória de todo dinheiro e bens que o contribuinte possui e subtrai-se as dívidas. O que sobra desse cálculo é o patrimônio líquido. Para encontrar o patrimônio líquido de uma pessoa, basta avaliar quais são os bens (casa, carro, moto, etc.) e direitos que ele tem (bitcoins, aplicações financeiras, investimentos, etc.), depois subtrair de todas as despesas/obrigações (empréstimos, etc.). Esse conceito serve para você conseguir entender o que é a Evolução Patrimonial do contribuinte, ao preencher a declaração. 52 Aula 2.9 – Conceito de Origens e Aplicação - Despesas e Patrimônio Ainda em relação ao patrimônio, é importante conhecer os conceitos de renda tributável, renda isenta, renda de tributação exclusiva, e despesas. Renda tributável pode ser definida como qualquer forma de receber um valor financeiro através do trabalho ou de um capital, podendo ser: Salário Serviços Autônomos Previdência Privada - PGBL Recebimento de Aluguel Renda Isenta é toda renda cujo Governo decidiu não cobrar impostos, sendo eles: Rendimento de poupança ex.: início do ano tinha R$100 guardado, ao final do ano R$110, o Governo não irá cobrar imposto sobre os R$10. Parcela Isenta +65 anos ex.: independente de quanto o contribuinte ganha, será subtraido R$1903,58 do imposto devido. Apólico de seguros ex.: todo dinheiro recebido de seguro do carro é isento. Recebimentos de doações e heranças ex: qualquer doação ou herança recebida tem imposto isento para o receptor. Entre outros... Renda Tributária Exclusiva ou Definitiva, diferentemente da Renda tributária, não solicita imposto a pagar e nem a restituir. Na Tributação Exclusiva, o contribuinte paga o imposto e não precisa mais se preocupar com ele. Porque não haverá nada à mais para pagar e nem para restituir. Como acontece com a: 53 Renda 13º Salário Renda de Aplicação Financeira De uma maneira breve, a renda é a origem dos ganhos. Com as rendas o contribuinte gasta (despesa) ou investe (patrimônio). As despesas são os gastos que se faz com essa renda, como: Viagens Alimentação Escola Etc... Patrimônio é um bem ou direito que tem valor e você adquire ou investe seu dinheiro, como: Carro Casa Ações Consórcios Poupança etc... As aplicações em despesas não são necessárias declarar, mas dependendo de quais gastos você teve (despesas médicas, despesas com instrução, etc...) é conveniente você declarar para receber benefícios fiscais. Por outro lado, é obrigatório declarar as aplicações em patrimônio. Todos os bens que não estejam listados na relação do IRPF e seja acima de R$5.000,00 devem ser declarados. Veja o exemplo a seguir: 54 Em relação a contas bancárias, é preciso declarar quando o valor for superior a R$140,00, incluindo poupanças e contas correntes. É importante também saber que a origem da compra de um bem não precisa ter como renda da origem no momento da compra, podendo assim serem retificadas as declarações anteriores para justificar a compra. Caneta Tinteiro Meisterstück Great R$2,99 Caneta BIC Azul R$20.800,00 NÃO PRECISA DECLARAR PRECISA DECLARAR 55 Aprender a fazer o cálculo da evolução patrimonial é muito importante para evitar cair na malha. Para isso, disponibilizamos uma planilha já pronta para realizar o cálculo dentro da plataforma do curso. Você irá preencher os campos da planilha com as informações de Dívida e Ônus do contribuinte, inserindo o saldo inicial do patrimônio no dia 01/01/2020 e o saldo final no dia 31/12/2020. É possível obter essas informações também com as informações das declarações anteriores. Na aba de Deduções, na planilha, você irá preencher todas as despesas no ano, os impostos sobre a renda pago, os pagamentos efetuados, e outros pagamentos. Na aba de Renda, na planilha, você irá preencher o total de rendimentos tributáveis, os rendimentos tributáveis isentos, os rendimentos exclusivos, os rendimentos líquidos de renda variável, e outros rendimentos. Após ter seguido esses passos, basta abrir a aba de Resultado para checar se a situação da Evolução Patrimonial deu Positivo ou Descoberto. De maneira prática, o que você precisa fazer é manter a Evolução Patrimonial no positivo. Pois isso demonstra que o contribuinte teve renda, investiu em patrimônios e sobrou um valor aceitável para gastar nas despesas durante o ano. Quando neste cálculo dá Descoberto, significa que a sua evolução patrimonial foi maior do que a sua renda anual. E por isso, a Receita Federal irá acender um alerta na sua declaração, podendo cair até na malha fina. Afinal de contas, como você adquiriu tantas coisas, sem ter renda suficiente para isso? E ainda mais, nem teve despesas mensais para sua sobrevivência. Aula 2.10 – Cálculo da Evolução Patrimonial 56 É importante citar que não existe um valor mínimo que seja considerado ideal para as despesas, pois variam de acordo com o estilo de vida de cada contribuinte e localidade onde mora. Portanto, é muito importante que você faça essa simulação na planilha antes de enviar a declaração, para evitar cair na malha fina. 57 Aula 2.11 – Como Declarar Bem Financiado Para que você possa entender melhor como funciona a declaração de um bem, entenda a situação muito comum que acontece com diversos contribuintes: O vendedor possui o bem, mas o contribuinte não tem dinheiro suficiente para comprá-lo. Por outro lado, existe o banco que possui o dinheiro e pode financiar esse bem para ele. Dessa forma, o banco irá pagar pelo bem, conceder a posse para o contribuinte, e este irá pagando o financiamento aos poucos para o banco. O banco não dá dinheiro para o comprador, mas sim para o vendedor. Dito isso, existem uma grande diferença entre empréstimo e financiamento. Porque no financiamento, por mais que o contribuinte tenha a posse do bem, ele não é o dono dele. Portanto, ele não pode vender esse bem. Afinal de contas, o proprietário é o banco. Para o contribuinte ser o dono do bem, ele precisa quitar a sua dívida com o banco. E é por esse motivo que não é declarado o financiamento no imposto de renda, pois o comprador ainda não é o dono do bem. *O mesmo vale para consórcios. Para declarar um bem financiado após sua aquisição, é preciso indicar o valor proporcional ao pagamento que foi efetuado. Em outras palavras, você irá declarar sobre o que você já pagou daquelebem. 58 Se o valor de aquisição do bem é de R$75.000,00 e você pagou 6 parcelas de R$1.250,00 no ano-calendário (totalizando R$7.500,00)... Você irá declarar somente sobre esses 10% de propriedade que tem sobre esse bem, que é referente ao valor que pagou. Lembre-se de fornecer informações no campo de Discriminação, descrevendo detalhadamente tudo sobre a aquisição desse bem (parcelas, banco, forma de financiamento, quantidade de parcelas ao todo, etc.). Quanto mais informação melhor! 59 Aula 2.12 – Declaração do Contribuinte com 2 Rendas No caso de um contribuinte com duas rendas, é preciso sempre se atentar ao correto preenchimento dos dados na declaração. Na maioria dos holerites, existem dois campos: os vencimentos (rendimentos) e os descontos. A maioria dos rendimentos são tributáveis e é necessário somá-los para saber o total do salário desse contribuinte. Depois de encontrar esse valor, é preciso descontar o INSS para encontrar a Base de Cálculo do imposto de renda. De maneira simples, geralmente já vem especificado a base de cálculo no final do holerite. O detalhe importante a ser levado em consideração quanto ao contribuinte tem 2 rendas, é que elas separadamente podem cada uma se encaixar na 1º faixa da tabela do IR, sendo portanto o imposto isento. Porém, quando essas rendas são somadas juntas, o contribuinte é obrigado a pagar imposto. Visto que a base de cálculo fica acima da 1º faixa da tabela. Vejamos o exemplo de um professor que possui 2 fontes de rendas, ou seja, trabalha em 2 escolas: No holerite da Escola 1, a base de cálculo do contribuinte ficou sendo R$1.812,40. E após os cálculos não houve imposto a pagar. No holerite da Escola 2, a base de cálculo do contribuinte ficou sendo R$690,56. E após os cálculos não houve imposto a pagar. Porém, ao unirmos os dois salários, a base de cálculo desse contribuinte ficou sendo de R$2.692,55, que é equivalente à 2º faixa da tabela do IR. Portanto, agora esse contribuinte terá que pagar imposto! E caso as empresas não façam esse recolhimento, cabe ao contribuinte fazer o pagamento do imposto via mensalão. 60 Aula 2.13 - Despesas Dedutíveis: Pagamento da Pensão Alimentícia A primeira coisa a considerar antes de fazer o preenchimento do alimentado na declaração é que: Quem recebe pensão alimentícia não pode ser dependente! Para preencher na declaração, basta acessar a ficha de Alimentados e inserir se a Residência é no Brasil ou no Exterior. Em seguida, informar o CPF do alimentado, a data de nascimento e o nome. Após seguir esses passos, vá para a ficha de Pagamentos Efetuados e insira o código 30 para alimentado residente no Brasil ou código 31 para residente no exterior. Para finalizar, insira o nome do alimentado, o CPF, o valor pago e a parcela não dedutível/valor reembolsado. 61 Aula 2.14 – Pagamento de Aluguel O pagamento de aluguel não é uma despesa dedutível, mas mesmo assim é obrigatório informar o pagamento do aluguel recebido. Simplesmente porque está na lei e nós precisamos segui-la! A pessoa que está alugando o imóvel (locatário) e realizando esse pagamento, precisa obrigatoriamente informa-lo no Carnê Leão mensalmente. Na prática, muitos locatários sonegam imposto e a Receita Federal sabe disso. Mas para declarar no imposto de renda, basta acessar a ficha de Pagamentos Efetuados, selecionar o código 70 de Aluguéis de imóveis, inserir o CPF do locador, o nome do locador e o valor pago. Lembre-se: isso é uma obrigação fiscal. O locatário precisa declarar, assim como o locador também! Se um declarar e o outro não, a Receita Federal irá cobrar multas de 70% do valor do imposto para o locador e 20% para o locatário. 62 Aula 2.15 - Como Declarar Saque FGTS e Seguro Desemprego Muitos clientes na época de fazer a declaração não possuem mais os documentos com os valores de saques do FGTS e do Seguro Desemprego. Então é muito importante que você saiba acessar o Portal da Caixa para pegar essas informações. Para fazer isso você precisa de alguns dados do contribuinte como CPF e senha, portanto faça juntamente com ele. Após se cadastrar, você será direcionado para uma nova página com o acesso liberado. No menu superior existe a opção "Seguro Desemprego" e deve- se clicar em Consulte o Benefício. Em seguida, selecione o requerimento que você deseja consultar e clique em imprimir. Dando sequência, abra o Programa do IR e clique na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, selecionando posteriormente o código 26 de Outros. Para finalizar, informe também o Tipo de Beneficiário, o Beneficiário, o CNPJ da Fonte Pagadora (07526983000143), Nome da Fonte Pagadora, Descrição e Valor. Agora, para fazer a declaração do FGTS, acesse novamente o Portal da Caixa e clique no menu superior em FGTS, selecionando Extrato Completo. Por fim, imprima o documento e faça o mesmo processo orientado anteriormente. Porém, inserindo o código 04 de FGTS e colocando o CNPJ da Caixa Econômica Federal (00360305000104). 63 Aula 2.16 - Doações As doações dedutíveis do imposto de renda não são para qualquer instituição de caridade! Por outro lado, essas doações podem ser abatidas diretamente no seu Imposto. Por exemplo, se o contribuinte tem R$100 de imposto, você poderá reduzir até 6% desse imposto e abater esse valor do imposto a ser pago na declaração. As doações podem ser feitas durante o ano-calendário. Como estamos no ano de 2021, então poderiam ser feitas no ano-calendário 2020 até 6% do valor do imposto. Neste exemplo, se o contribuinte deve R$100 de imposto, ele pode fazer uma doação de até R$6. Existem 2 tipos de doações: Doações Efetuadas - doações realizadas durante o ano- calendário (de janeiro a dezembro). Doações Diretamente na Declaração – doações que você faz durante o preenchimento. O único detalhe é que essas doações não podem ser feitas para qualquer instituição de caridade... Somente as instituições controladas pelo Governo podem receber esse aporte. Veja alguns exemplos de instituições que estão aptas a receberem doação: 40 - Estatuto da Criança e do Adolescente 41 - Incentivo à cultura 42 - Incentivo à atividade audiovisual 43 - Incentivo ao desporto 44- Conselho do Idoso 46 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 47 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 64 80 - Doações em espécie 81 - Doações em bens e direitos 99 - Outras Depois que você escolhe a instituição que receberá a doação, é necessário inserir: 1. o código; 2. o CNPJ; 3. o nome do fundo; 4. e o valor a ser pago. É interessante que você entre em contato com a instituição para verificar como deve ser feito o pagamento para ela, antes de preencher a declaração de imposto de renda. A boa notícia é que essas doações são dedutíveis da Declaração IRPF! O Governo pega o imposto que a gente paga e decide por si próprio para onde será destinado. Através das doações, você tem a oportunidade de direcionar 6% do imposto que você tem a pagar para alguma instituição de caridade. O QUE ACONTECE O QUE VOCÊ MUDA Ou seja, através das doações você consegue saber para onde seu dinheiro está indo! Atenção: Você não vai pagar menos imposto, você só vai saber para onde ele vai! Os benefícios de realizar as doações é que se houver restituição, o contribuinte irá receber mais. Assim como se eu tiver que pagar imposto, irá pagar menos.65 Atenção: As doações só são dedutíveis diretamente do imposto de renda, se a opção pela tributação for por deduções legais. Se a opção do contribuinte for por desconto simplificado, não importa o quanto você doe, esse valor não será descontado do seu imposto a pagar. Se você possui um cliente que opta todos os anos por deduções legais, é interessante você informá-lo que essas doações o beneficiam. Mas lembre-se de fazer os cálculos para não ultrapassar os 6%! Para fazer Doações Diretamente na Declaração, só é possívelescolher duas opções de instituição: o Estatuto Da Criança e do Adolescente e do Idoso. E se limita a apenas 3% do valor a ser deduzido do imposto. Para preencher basta inserir o tipo de fundo e o valor. A data de pagamento da doação (emitida pelo DARF) é até o último dia do prazo da entrega da declaração. Se o contribuinte pagar durante o ano-calendário, ele pode doar de 3% a 6%. Agora se ele não pagou nada durante o ano-calendário, tem como doar diretamente na declaração somente os 3%. 66 Aula 2.17 – SICALC: Cálculo de Impostos Federais em Atraso O SICALC é um programa da Receita Federal que é usado para fazer o cálculo dos impostos com multa e juros de qualquer imposto federal. Para quem trabalha realizando a declaração para clientes, o programa ajuda a tornar todos os cálculos mais rápidos. Usando o programa, também existe a vantagem de reduzir o risco de errar ao fazer algum cálculo. Pois o programa já tem todos os índices e as tabelas prontas, faltando apenas inserir os valores, que ele já faz o cálculo completo. Ao começar a instalação, é preciso informar o município, para que o programa consiga levar em conta os feriados da cidade. Com o programa já instalado, é possível emitir a guia do Carnê Leão. Para isso, é preciso informar os valores e os dados do contribuinte, e as datas de vencimento. Para o cálculo do juros dos impostos em atraso, a Receita Federal segue as taxas SELIC para realizar o cálculo. Não se esqueça de colocar também o valor que será declarado no imposto de renda. 67 A primeira coisa a se fazer antes de considerar preencher a declaração de IR, é definir que a pessoa física é diferente do MEI. Segundo a resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de 2018, no artigo 106, o MEI não é obrigado a emitir a escrituração de livros fiscais. Para distribuição de lucros, sem esses livros fiscais, é necessário aplicar 8% para comércio e 32% para prestação de serviços. O limite de faturamento anual do MEI é de R$81.000,00. Fique atento, pois não é o faturamento da personalidade do MEI (pessoa física)! Ao fazer a distribuição de lucros é necessário inserir a renda do MEI até o limite de faturamento como Renda Isenta. Para isso, acesse a ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, insira o código 09 de Lucro e Dividendos Recebidos, selecione o Tipo de Rendimento, o Nome do Beneficiário, o CNPJ da Fonte Pagadora e o Valor. Para finalizar, revise a aula de Evolução Patrimonial para checar se o cálculo final do contribuinte irá ficar Positivo ou Descoberto. Aula 2.18 - Declaração da Pessoa Física Do MEI 68 Aula 3.1 – O que é Carne Leão? A palavra Carnê se refere à mensalidade ou algo pago todos os meses. O termo Leão se refere ao imposto que deve ser pago para o Governo. Ou seja, são impostos retirados da sua renda e que devem ser pagos mensalmente para o Governo. Atenção: Muitas pessoas acham que podem pagar esses impostos anualmente, mas não é aconselhável! Como o próprio nome já diz, a obrigatoriedade desse pagamento é mensal. Em outras palavras, a apuração e o pagamento do imposto é feita cada mês, salve a exceção do produtor rural. Veja os exemplos de 2 tipo de contribuintes a seguir, para entender melhor a importância de pagar o carnê leão mensalmente: CONTRIBUINTE 1 - ASSALARIADO Todo mês é descontado o INSS e todo mês é descontado o imposto de renda dele. Querendo ou não, já recebe seu salário líquido, porque seus impostos já foram descontados pela empresa na qual trabalha. 69 CONTRIBUINTE 2 - AUTÔNOMO O contribuinte autônomo tem a “opção” de não pagar os impostos mensalmente. E na maioria dos casos ele escolhe/deseja não pagar por "n" motivos, seja por que tem outras prioridades ou porque possui muitos compromissos (contas a pagar) no mês. Ou seja, ele vai deixando de lado suas obrigações ou vendo um jeitinho de prolongar o tempo para fazer o pagamento dos impostos. Veja o quanto a situação do Contribuinte 2 pode ser complicada! Como já foi dito anteriormente, o pagamento do Carnê Leão mensalmente é obrigatório por lei e, além de tudo, esse contribuinte pode ser penalizado se essa situação cair na malha fiscal. A grande verdade é que a maioria dos contribuintes autônomos não pagam o carnê leão mensalmente! Podem até pagar um mês ou outro... mas sempre acabam deixando tudo para resolver na Declaração do Imposto de Renda. E o que é mais comum nisso tudo é aquela velha frase para o responsável pela declaração desse contribuinte: "dá um jeitinho aí pra eu não pagar imposto." Quem que não deseja se livrar dos impostos? Todo mundo, inclusive você. Mas infelizmente para o contribuinte autônomo que não paga o carnê leão corretamente, isso é bem difícil de ser escanteado na declaração. Quem é obrigado a pagar o Carnê Leão? Todo e qualquer contribuinte que não tenha vínculo empregatício com uma fonte pagadora (uma empresa). 70 O contribuinte não tem vínculo empregatício, nem é assalariado. Porém, foi contratado por uma grande empresa (empresa 1) para realizar uma prestação de serviços pontual. A empresa irá fazer todo o procedimento fiscal nos moldes do Governo e da legislação. Essa empresa irá pagar R$2.500 pelo serviço prestado, inserindo-o na folha de pagamento dela como contribuinte autônomo, irá descontar o INSS dele e também descontar o imposto de renda. Ao final do ano, mais precisamente em Fevereiro, essa empresa irá entregar para ele o informe de rendimentos, onde especifica que ele é um contribuinte autônomo e não é assalariado. Se ele não tiver nenhum vínculo trabalhista com uma empresa, esse contribuinte precisa pegar a renda dele e levar para o livro do Carnê Leão, apurar o imposto e realizar o pagamento do mesmo. Portanto, ele precisa conhecer as regras do carnê leão para saber usar todos os benefícios fiscais. Em outras palavras, todo contribuinte que não é assalariado e nem tenha registro de carteira de trabalho, mas possua renda, é obrigado a apurar o imposto de renda no carnê leão e também pagar. Veja o seguinte exemplo para entender uma situação que esse tipo de contribuinte pode estar envolvido: CONTRIBUINTE AUTÔNOMO CONTRATADO PELA EMPRESA 1 Portanto, na declaração do imposto de renda esse contribuinte não precisa fazer a apuração do carnê leão referente à essa renda, porque a empresa já havia descontado o imposto. Agora veja a situação que acontece em 90% das vezes: 71 O contribuinte presta um serviço para uma empresa (empresa 2) e a pessoa jurídica não fez a dedução dos impostos desse serviço. Por exemplo, o contribuinte autônomo foi nessa empresa e fez a manutenção do ar-condicionado. Mas a empresa (a maioria no Brasil) não possui infraestrutura suficiente ou departamentos organizados para fazer a parte fiscal corretamente. Sendo assim, não existe ninguém focado somente na parte administrativa para realizar o pagamento desse prestador de serviços e descontar o imposto. O resultado é que o contribuinte recebeu pelo serviço, mas não pagou o imposto dele. CONTRIBUINTE AUTÔNOMO CONTRATADO PELA EMPRESA 2 Qual é a solução para esses casos? É necessário apurar o Carnê Leão desse serviço realizado e pagar o imposto de renda. O contribuinte precisa especificar no carnê que recebeu por esse serviço, mas não declarar nem CPF e nem CNPJ. Essa solução proposta para o contribuinte não está na lei. Não é tecnicamente o certo a se fazer. Mas estamos no Brasil! As vezes a lei não bate com a realidade. Uma coisa é uma empresa grande que possui uma estrutura para fazer corretamente os acertos para o prestador de serviços... E outra é uma empresa pequena que só tem 1 pessoa para fazer tudo! Portanto, o melhor a se fazer nesses casos é ir no Carnê Leão, declarar a renda desse contribuinte, apurar o imposto e fazer o pagamento. 72 Você só inverte os papéis: ao invés da empresa descontar, é o contribuinte que irá pagar o imposto. Desde que o imposto seja pago e chegue até eles,