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Módulo 1 – Legislação
 1.1 - Legislação do Imposto de Renda
 1.2 - Regras de Obrigatoriedade
 1.3 - Prazo Apresentação (Entrega)
 1.4 - CONCEITO: Origem e Aplicação (Entrada e Saída de 
Recursos)
 1.5 - Cálculo do Imposto Mensal
 1.6 - Cálculo da Alíquota Efetiva
 1.7 - Calculo do Imposto Anual - Ajuste entre as rendas 
mensal e anual
 1.8 - Cálculo Anual - 2 Rendas na Faixa Isenta
 1.9 - Cálculo Anual - 2 Tipos de Rendas Assalaria e Autônomo
 1.10 - Cálculo Anual - Despesas Dedutíveis Anuais
 1.11 - Cálculo Anual - Desconto Simplificado
 1.12 - Simulação do Calculo - Site Receita Federal
 1.13 - Parcela Isenta acima de 65 anos
 1.14 - Tributação Para Profissionais de Serviços de 
Transportes (Motoristas)
 1.15 - Imposto Complementar (Mensalão)
 1.16 - Cruzamento de Informações
 1.17 - Multa Por Atraso na Entrega da Declaração
 1.18 - Despesas Dedutíveis - Legislação
 1.19 - Despesas Dedutíveis - Tipos de Despesas
 1.20 - Código de Acesso
 1.21 - Agendamento Receita Federal
 1.22 - Conceito de Ano Calendário e Exercício
 1.23 - Relação de Documentos IRPF
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Módulo 2 – Declaração na Prática
 2.1 - Download do programa
 2.2 - Cadastro
 2.3 - Retificação
 2.4 - Comprovante de Rendimentos
 2.4.1 - Legislação Auxílio Emergencial
 2.4.2 - Informe de Rendimentos Auxilio Emergencial
 2.4.3 - Como Declarar o Auxilio Emergencial
 2.5 - Comprovante Rendimento Aposentadoria - INSS
 2.6 - Beneficiário de Pensão Alimentícia (Quem Recebe)
 2.7 - Declaração de Espólio
 2.8 - Conceito de Patrimônio
 2.9 - Conceito de Origens e Aplicação - Despesas e 
Patrimônio
 2.10 - Calculo da Evolução Patrimonial
 2.11 - Como Declarar Bem Financiado
 2.12 - Declaração do Contribuinte com 2 rendas
 2.13 - Despesas Dedutíveis - Pagamento Pensão Alimentícia
 2.14 - Pagamento de Aluguel
 2.15 - Como Declarar Saque FGTS e Seguro Desemprego
 2.16 - Doações
 2.17 - SICALC - Cálculo de Impostos Federais em Atraso
 2.18 - Declaração da Pessoa Física e do MEI
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Módulo 3 – Carnê Leão
 3.1 - O que é Carne Leão
 3.2 - Carne Leão - Plano de Contas
 3.3 - Carne Leão - Programa Carnê Leão
 3.4 - Carne Leão - Escrituração das Despesas
 3.5 - Carne Leão Demonstrativo de Apuração
 3.6 - Carne Leão - Apuração
Módulo 4 – Ganho de Capital
 4.1 - Ganho de Capital Introdução
 4.2 - Ganho de Capital - Alienação de Bens
 4.3 - Ganho de Capital - Alienação Imóvel Único
 4.4 - Ganho de Capital - Isenção Imóveis Residenciais
 4.5 - Ganho de Capital - Fatores de Redução
Módulo 5 – Produtor Rural
 5.1 - Produtor Rural Conceitos Iniciais
 5.2 - Produto Rural - Legislação
 5.3 - Produtor Rural- Nota Fiscal
 5.4 - Receitas - Produtor Rural
 5.5 - Produtor Rural - Despesas
Módulo 6 – Malha Fina
 6.1 - O que fazer para não cair na malha fiscal
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Nós temos diversas leis que tratam do imposto de renda 
pessoa física, mas devemos atentarmos a apenas 2: 
Aula 1.1 – Legislação do Imposto de Renda
1 - Decreto do Imposto de Renda 9.580.
2 - As normas da receita federal.
Ver decreto
Ver site das normas
O decreto do imposto de renda consolida toda a legislação 
do imposto de renda até 31/12/2016.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/consulta.action
Existem 7 regras da obrigatoriedade.
Aula 1.2 – Legislação do Imposto de Renda
1º REGRA: Renda tributável acima de R$28.559,70
a) salários e pró-labore; 
b) resgate de previdência privada; 
c) prestação de serviços de autônomos; 
d) rendimentos recebidos do exterior; 
e) recebimento de pensão alimentícia; 
f) distribuição de lucros acima do permitido.
2º REGRA: Renda isenta acima de R$40.000,00
a) Bolsas de estudo e de pesquisa; 
b) Recebimento de apólices e prêmios de seguro; 
c) Indenizações por rescisão de contrato de trabalho e por 
acidente de trabalho; 
d) FGTS; 
e) Ganho de capital (isento); 
f) Lucros e dividendos recebidos;
g) Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por 
moléstia grave ou aposentadoria ou reforma por acidente 
em serviço; 
h) Doações e heranças; 6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm
i) Parcela não tributável correspondente à atividade rural; 
j) IR de anos-calendário anteriores compensado 
judicialmente neste ano-calendário; 
k) 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos 
em moeda estrangeira por servidores de autarquias ou 
repartições do governo brasileiro situadas no exterior, 
convertidos em reais; 
l) Incorporação de reservas ao capital/bonificações em 
ações; 
m) Meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade 
familiar; 
n) Rendimento bruto, até o máximo de 90%, da prestação de 
serviços decorrente do transporte de carga e com trator, 
máquina de terraplenagem, colheitadeira e 
assemelhados; 
o) Rendimento bruto, até o máximo de 40%, da prestação de 
serviços decorrente do transporte de passageiros; 
p) Restituição do imposto sobre a renda de anos-calendário 
anteriores.
3º REGRA: Quem possui o total de bens acima de R$300.000,00
Soma de todos os bens incluindo direitos como saldo em 
conta bancária, investimentos e empréstimos.
4º REGRA: Renda bruta de atividade rural acima de R$142.798,50
5º REGRA: Ter investido qualquer valor em renda variável
Inclui investimento em operação comum, day trade e fundos 
imobiliários. 7
6º REGRA: No ano que passou a condição de residente no Brasil
Pode ser brasileiro ou estrangeiro.
7º REGRA: Teve Ganho de Capital (tributável)
Ganho de capital na venda de bens ou direitos sujeitos ao 
pagamento de imposto de renda.
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Considere o prazo de apresentação da declaração de 
imposto de renda 2021 sendo de:
Aula 1.3 – Prazo de Apresentação (entrega)
01/03/2021 até 30/04/2021
No mês de Fevereiro a Receita Federal prevê apresentar uma 
Instrução Normativa com os prazos oficiais.
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Aula 1.4 – Conceito entre Origem e Aplicação 
(entrada e saída de recursos)
Toda origem de um recurso é proveniente de uma renda, seja 
ela isenta ou tributável.
Já vimos alguns tipos de rendas tributáveis como salário, pró-
labore, prestação de serviços como autônomo, recebimento de 
aluguéis e rendimento do exterior.
E já vimos alguns tipos de rendas isentas como FGTS, doação, 
herança, prêmio de seguro.
Com essa origem podemos fazer aplicação desse recurso, 
como: comprar uma casa, um carro, pagar as contas de casa.
A Receita Federal fiscaliza os dois lados da conta... A Receita 
Federal quer saber de onde veio o dinheiro e quer saber para 
onde vai o dinheiro.
Portanto, não existe Aplicação Sem Uma Origem.
ORIGEM APLICAÇÃO
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O primeiro passo para fazer o cálculo do imposto de renda 
mensal é encontrar a base de cálculo. 
Para encontrarmos a base de cálculo temos que deduzir 
alguns tipos de despesas permitidas da renda bruta, como:
Aula 1.5 – Cálculo do Imposto Mensal
Exemplo: O contribuinte tem um salário (renda bruta) de 
R$5.000,00 e tem dois filhos, então para encontrarmos a base de 
cálculo é:
Salário 
(-) INSS 
(-) Dependentes
Base de Cálculo
R$ 5.000,00
R$ 700,00
R$ 379,18
R$ 3.920,82
O segundo passo é saber qual a faixa da tabela do imposto 
de renda para fazermos o cálculo. 
De acordo com o Art. 122 VI do decreto 9.580 a última tabela 
do imposto de renda é essa:
INSS
Dependente
Pensão Alimentícia
TABELA PROGRESSIVA DO IR - MENSAL
FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
1° Faixa Até R$1.903,98 - R$ -
2° Faixa De R$1.903,99 até 
R$2.826,65 7,50% R$ 142,80
3° Faixa De R$2.826,66 até 
R$3.751,05 15,00% R$ 354,80
4° Faixa De R$3.751,06 até 
R$4.664,68 22,50% R$ 636,13
5° Faixa Acima de 
R$4.664,68 27,50% R$ 896,36
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Veja que o valor da base de cálculo do nosso exemplo está na 
quarta faixa, onde temos a alíquota de 22,50% de imposto e 
R$636,13 de parcelaestá 
tudo certo. 
Atenção: o problema é sonegar renda
e não pagar imposto, lembre-se disso!
Porque no fim das contas, o que a
Receita Federal quer é DINHEIRO!
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Aula 3.2 – Plano de Contas
O sistema de carnê leão é um dos mais simples 
disponibilizados pela Receita Federal. 
Ao abrir pela primeira vez, é possível importar os dados do 
ano anterior. 
No carnê leão, é preciso informar a ocupação principal do 
contribuinte, junto com o nome completo e os endereços. 
Entre as profissões mais comuns, estão advogados, 
dentistas, professores e jornalistas. 
É importante se atentar às diferentes fontes de rendimento, 
sendo que a renda maior deverá ser apontada como ocupação 
profissional. 
Na aba de Plano de contas, é possível visualizar todas as 
possíveis despesas dedutíveis e despesas não dedutíveis. 
Cabe ao profissional que está gerando o carnê leão verificar 
se as despesas são de fato dedutíveis, dependendo da rotina 
do contribuinte. 
Também é possível incluir novos serviços não descritos pelo 
próprio programa da Receita Federal.
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Aula 3.3 – Programa do Carnê Leão
No Programa do Carnê Leão você insere a renda do 
contribuinte, suas despesas, e o próprio programa já realiza o 
cálculo dos impostos que ele precisa pagar. 
Além de calcular, ele ainda permite que você imprima a guia 
do DARF desse imposto a ser pago.
Baixe o Programa do Carnê Leão
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao
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https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao
Aula 3.4 – Escrituração das Despesas
O autônomo é equiparado à uma empresa, só que ele é 
uma pessoa física (ele não regularizou suas atividades e não 
abriu um CNPJ).
Talvez porque a atividade que ele exerce não permita (ex.: 
perito judicial, dono de cartório, etc...) ou tenha outros motivos.
É fato que ele possui a mesma estrutura de uma empresa:
Receita Custo Despesa Lucro
(que seria o salário)
Então a legislação nos permite deduzir da renda dele todas 
as despesas que ele teve, para só depois apurar o cálculo. 
O autônomo tem o benefício fiscal de poder incluir nas 
despesas dele todo tipo de despesa que ele teve para 
conseguir executar o serviço na qual foi contratado. 
Lembra do exemplo do prestador de serviço de manutenção 
de ar-condicionado? 
Neste caso, ele pode deduzir na declaração todos os custos 
que teve com parafusos, tubulação, canos e equipamentos que 
teve que comprar para executar seu serviço. 
E para facilitar a sua vida, existe o programa citado 
anteriormente chamado Carnê Leão que já faz todos esses 
cálculos para você. 
Apesar da legislação conceder o benefício fiscal de poder 
deduzir do imposto de renda as despesas que o contribuinte 
autônomo tem, nem tudo é dedutível!
Isso se deve ao fato de que só pode ser deduzido despesas 
que tem ligação direta com a atividade que o profissional 
exerce. 
Se a despesa fugir um pouquinho dessa regra, ela não pode 
ser deduzida!
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E para visualizar isso, veja este exemplo:
SITUAÇÃO 1 - MÉDICO
Um médico compra um terno para se vestir no seu ambiente 
de trabalho. 
Porém esse terno não faz, de fato, parte da atividade que ele 
exerce. Então não pode ser dedutível.
SITUAÇÃO 2 - ADVOGADO
Já um advogado, compra um terno para se vestir no seu 
ambiente de trabalho. 
Porém, esse mesmo terno pode ser usado para outras 
finalidades, como: frequentar uma festa, ir a uma casamento, ir a 
um evento, etc... 
Então também não pode ser dedutível!
É um pouco complicado, mas a ideia é simples: qualquer 
despesa que você precise pensar se é dedutível ou não, 
provavelmente não é dedutível.
ATENÇÃO: 
E para definir esse critério, não existe uma tabela que define 
quais despesas são dedutíveis ou não no Carnê Leão, então isso 
é totalmente interpretativo!
Por outro lado, despesas comuns como água, aluguel, luz, 
internet e outras, são 100% dedutíveis. 
Não importa o valor, essas despesas podem ser deduzidas no 
Carnê Leão.
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Como fazer o lançamento no Carnê Leão?
Para fazer o lançamento é preciso descrever o item da 
compra, o número da nota fiscal ou do recibo, e o nome da 
empresa. 
Esse padrão não é obrigatório, mas é bem aceito pelos fiscais 
da Receita Federal!
Lembre-se de guardar todos esses documentos que 
comprovem a compra, como recibos e notas fiscais por pelo 
menos cinco anos. 
No caso de gerar um grande número de carnê leão, fica mais 
fácil adotar um padrão para que nada seja esquecido durante o 
preenchimento. 
No caso de pagamento para autônomos, é preciso agora 
também informar o CPF do prestador de serviço.
Após realizar os lançamentos, é possível visualizar um resumo 
do carnê leão.
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Aula 3.5 – Carnê Leão: Demonstrativo de 
Apuração
A empresa é responsável por recolher o imposto da 
prestação de serviço que um contribuinte pessoa física fez para 
ela.
Sempre que houver a prestação de serviço a uma empresa, 
essa se torna responsável por fazer a retenção do imposto. 
Porém, quando a prestação de serviços é de uma pessoa 
física para outra, o pagador é o responsável por fazer a 
retenção do imposto.
Tanto os serviços recebidos e executados pelo autônomo 
devem ser lançados no livro-caixa/escriturário. 
Todos os autônomos que prestam serviços para pessoas 
físicas são obrigados a entregar o carnê leão, já os autônomos 
que prestam serviços para pessoas jurídicas não são obrigados. 
No caso do autônomo prestar serviços para ambos, não é 
necessário informar os serviços prestados para as empresas.
Em todos os casos, é preciso se atentar se o valor está abaixo 
do valor mínimo da tabela progressiva. 
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Aula 3.6 – Carnê Leão: Apuração
O Carnê Leão um documento muito importante e por isso é 
aconselhável salvar sempre uma cópia de segurança, no seu 
computador, de todas as informações enviadas para a 
geração do carnê leão. 
Ao enviar o carnê leão pelo programa, é indicado uma 
revisão ampla caso algum campo necessário não tenha sido 
preenchido.
No final dos lançamentos, é importante imprimir o livro 
caixa, assim como acontece com a contabilidade de empresas. 
Como forma também de sanar a maioria das dúvidas, há um 
sistema de ajuda completo que auxilia seu correto 
preenchimento disponível no programa da Receita Federal.
É importante sempre lembrar que o carnê leão é usado 
somente para lançamentos de pessoas físicas. Os 
lançamentos por parte das pessoas físicas devem ser retidos 
na fonte, como descrito nas normas da Receita Federal. É 
essencial explicar essas peculiaridades do programa para os 
contribuintes, a fim de evitar mal entendidos.
No caso do pagamento do INSS, o correto é lançar também 
os pagamentos para serem dedutíveis. O mesmo vale para 
pagamentos de pensões, doações e outras despesas 
dedutíveis. 
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Aula 4.1 – Ganho de Capital: Introdução
Ganho de Capital se refere à uma venda de um bem, no 
qual você obteve lucro.
Um ganho de capital é alcançado quando se obtém um 
lucro através de alguma operação, como venda, aluguel ou 
prestação de serviços.
Quando você tem um bem (ex.: carro), você vende ele e 
obtém lucro, você teve um ganho de capital.
Também é possível conseguir um ganho de capital através 
da compra de uma moeda, como o dólar, e depois vender por 
um preço superior. 
Todo o ganho de capital é tributado em 15% pela Receita 
Federal, e é classificado como Tributação Exclusiva.
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Aula 4.2 - Ganho de Capital: Alienação de 
Bens
Isento Tributável
Tabela Progressiva
Recolher Imposto
Mês Seguinte
Até R$ 35.000
Por Mês
ALIENAÇÃO DE BENS
Para a Receita Federal, é considerado isento qualquer ganho 
de capital até R$35.000.
Até R$5.000.000 15%
Até 10.000.000 17,5%
Até R$30.000.000 20%
Acima de R$30.000.000 22,5%
TABELA PROGRESSIVA SOBRE GANHO DE CAPITAL
Veja um exemplo prático de isenção:
BEM CUSTO DE 
AQUISIÇÃO
VALOR
ALIENAÇÃO
LUCRO / GANHODE 
CAPITAL
CARRO R$ 25.000 R$ 30.000 R$ 5.000
ISENTO 82
Veja um exemplo prático de rendimento de tributação 
definitiva:
DESCRIÇÃO VALOR
Ganho Capital – Carro R$ 15.000
Imposto 15%
Valor a Recolher R$ 2.250,00
BEM CUSTO DE 
AQUISIÇÃO
VALOR
ALIENAÇÃO
LUCRO / GANHO DE 
CAPITAL
CARRO R$ 25.000 R$ 40.000 R$ 15.000
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Aula 4.3 - Ganho de Capital: Alienação 
Imóvel Único
Regra de Isenção do Ganho de Capital para um Único 
Imóvel:
LUCRO ISENTO
Possuir um único imóvel
Alienação até R$440.000,00
Acima de R$440.000,00
Não realizou outra alienação nos 5 últimos anos
Faz tributação normal
O IMÓVEL PODE SER:
TERRENO
GALPÃO
COMERCIAL
INDUSTRIAL
RURAL
SITUAÇÃO 1
CASA
CUSTO
R$ 200.000,00
LUCRO
R$ 100.000,00
ALIENAÇÃO
R$ 300.000,00
LUCRO TRIBUTÁVEL DEFINITIVA
SITUAÇÃO 1
CASA
CUSTO
R$ 450.000,00
LUCRO
R$ 50.000,00
ALIENAÇÃO
R$ 500.000,00
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Aula 4.4 - Ganho de Capital: Isenção 
Imóveis Residenciais
Regra de Isenção do Ganho de Capital para Imóveis 
Residenciais:
Na aquisição de outro imóvel residencial
Dentro de 180 dias
Pode ter vários imóveis
Não utilizou benefício fiscal nos últimos 5 anos
O contribuinte pode ter diversos imóveis
Terrenos
A isenção aplica-se apenas para imóvel residencial
Garagens
Galpão
Outros
Não tem isenção
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Aula 4.5 - Ganho de Capital: Fatores de 
Redução
1° LEI 7.713/88 Art. 18 – 5% a 100%
2° FR1 – 01/96 até 11/05
3° FR2 – 12/05 até Data Alienação
LE
I 1
1.1
96
/0
5
1° LEI 7.713/88 Art. 18
ANO 
AQUISIÇÃO
PERCENTUAL 
DE REDUÇÃO
ANO 
AQUISIÇÃO
PERCENTUAL 
DE REDUÇÃO
1969 100% 1979 50%
1970 95% 1980 45%
1971 90% 1981 40%
1972 85% 1982 35%
1973 80% 1983 30%
1974 75% 1984 25%
1975 70% 1985 20%
1976 65% 1986 15%
1977 60% 1987 10%
1978 55% 1988 5%
O fator de redução pode variar entre 5% a 100%, e existem 
três fatores de redução que hoje podem ser aplicados. 
Vale ressaltar que são fatores de redução, e não de isenção 
dos impostos devidos.
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Aplica-se para imóveis adquiridos de janeiro/96 até 11/2005.
Fórmula para determinar o percentual de redução.
1
1,0060
m¹
M¹ - número de meses da data de aquisição até 11/2005
Aplica-se para imóveis adquiridos à partir de 
12/05 até a data da alienação.
Fórmula para determinar o percentual de redução
1
1,0060
m²
M¹ - número de meses da data 12/05
(data de aquisição até a data de alienação)
Fatores de Redução – FR1
Fatores de Redução – FR2
Redução Lei 7713/88
FRI 1
FRI 2
30/06/19
R$ 500.000,00R$ 100.000,00
Imóvel 1980
Alienação de Espólio
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Aula 5.1 - Produtor Rural: Conceitos Iniciais
O produtor rural tem várias peculiaridades em relação à 
declaração de imposto de renda. 
O produtor rural é definido como uma pessoa física que 
exerce uma atividade rural em qualquer propriedade. 
Eles atuam na agricultura, pecuária e pesca, em sua 
maioria.
O que diferencia um produtor rural das outras atividades da 
produção, é que o produtor rural trabalha apenas com 
produtos in natura, ou seja, na sua forma mais natural sem 
acrescentar nada e nem modificar as propriedades.
O artigo 50 da lei 9.250 de 1995, especifica detalhadamente 
as atividades dos produtores rurais. 
A lei indica que atividades realizadas após a produção 
natural da matéria prima, como a comercialização dos 
insumos, não é considerada atividade rural.
As atividades de exploração do solo também não é 
considerada atividade rural, e nem os serviços prestados 
diretamente a animais.
Por exemplo, a atividade que os veterinários exercem não 
são consideradas atividades rurais. 
Nem mesmo o turismo que tem como principal atividade 
conhecer instalações em fazendas e campos.
A apuração do produtor rural é diferente dos outros tipos de 
contribuintes!
O produtor rural pode ter prejuízo e não só apenas lucro 
como os assalariados.
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Dessa forma, caso em algum ano o produtor rural tenha 
prejuízo em suas atividades, ele pode considerar esse prejuízo 
nos próximos anos de declaração, através da Tabela 
Progressiva do Imposto de Renda. 
Também no caso do produtor rural também ser um 
assalariado, pode ser usado esse prejuízo para abater em seus 
pagamentos para a declaração.
Mas para isso, é preciso fazer o Livro Caixa do Produtor. 
Nesse caso, ele pode tributar de forma simplificada, 
tributando 20% da renda bruta.
E ao optar pela tributação simplificada, não é possível 
compensar os prejuízos dos anos anteriores.
O produtor rural é dispensado de fazer o livro caixa quando 
a renda bruta for até R$56.000.
Mas mesmo não sendo obrigado a fazer o livro caixa, é 
preciso ter toda a documentação dos insumos utilizados. 
Para o produtor rural, o livro caixa não precisa ter 
obrigatoriedade de registro, ao contrário do livro caixa gerados 
pelas empresas contábeis.
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Aula 5.2 - Produto Rural: Legislação
A Instrução Normativa nº 83, de 11/10/2001, trata sobre a 
tributação dos resultados das atividades rurais.
Nessa instrução, é possível entender melhor as definições 
das atividades enquadradas como rurais, inclusive a distinção 
dos produtos agrícolas com os produtos industrializados.
Por exemplo, a transformação de derivados do leite, como 
requeijão e manteiga, ainda é considerado atividade rural. 
Também informa algumas atividades que não são 
atividades rurais. 
Tenha essa instrução normativa com um guia para você 
checar sempre!
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Aula 5.3 - Produtor Rural: Nota Fiscal
O produtor rural deve sim preencher nota fiscal na venda de 
seus produtos. 
Segundo instrução normativa nº 83, de 11/10/2001, os 
produtores rurais devem fornecer a nota fiscal assim como 
aconteceria em qualquer outra atividade de venda.
O produtor rural poderá emitir a nota fiscal a partir do 
mesmo meio dos outros comerciantes. 
Quase em todos municípios do Brasil, a emissão ocorre a 
partir do Portal da Prefeitura do Município. 
E em muitas cidades também já está disponível a 
possibilidade da nota fiscal eletrônica.
É importante que o produtor rural sempre tenha em mãos os 
comprovantes de compra, inclusive as notas fiscais dos 
insumos comprados. 
Para a emissão, é preciso solicitar a autorização da 
Secretaria de Fazenda de cada estado, que regulamenta a 
autorização desse tipo de nota fiscal. 
Após esse credenciamento, é necessário o produtor rural 
obter um certificado digital.
Após o credenciamento e a assinatura digital, é possível que 
o produtor rural comece a emitir a nota fiscal. 
Há muitos programas pagos que fazem a emissão, porém, o 
SEBRAE disponibiliza um programa que faz muito bem essa 
função de forma gratuita.
91
Aula 5.4 – Produtor Rural: Receitas
Diferente dos assalariados, os produtores rurais precisam 
fazer a apuração somente de forma anual. 
A receita bruta da atividade rural, basicamente, é a venda 
dos produtos gerados na atividade rural.
Os produtores rurais geralmente recebem subsídio do 
Governo, e esse é tratado também como receita. 
Muitos produtores rurais também fazem permuta de seus 
produtos, e esses também são considerados como receita. 
Ao fazer permuta, os produtos recebidos devem ser 
considerados como bens, e não é possível emitir nota fiscal 
dele, pois o produtor que recebeu esse produto não é o 
produtor. 
Muitos produtores rurais abrem cooperativas, tendo assim 
uma integralização do capital com bens e direitos. 
Ao integralizar o bem para essa nova empresa, os valores 
dos bens podem ser considerados como receita.
E muitas vezes, os produtores rurais fazem seguros para seu 
plantio ou criação. 
Caso tenha sido acionado esse seguro, esse valor é 
considerado como receita, ao contrário dos assalariados, cujos 
seguros são considerados como valores não tributáveis. 
A diferença se deve pela diferença do uso do valor - os 
produtores rurais têm essa como principal atividade, já os 
assalariados não, esse valor apenas será usado para reaver o 
bem perdido no caso.
As receitas na atividade rural podem ser vendidas a prazo, e 
deve considerar os recebimentos das parcelas em suas contas.
E também podem ser vendidas para entregafutura, onde só 
se considera a entrada dos valores quando há a entrega o 
produto. 92
Essa diferença se deve pela possível mudança dos valores 
até a entrega do produto.
Falando de arrendamento de imóveis para os produtores 
rurais, se esse arrendamento for somente como aluguel, esse 
valor deverá ser informado no Carnê Leão como um aluguel 
simples. 
Mas se for firmado uma parceria entre o produtor rural, onde 
o dono do imóvel irá ganhar uma porcentagem da produção, 
esse contribuinte é considerado como produtor rural simples. 
Como um contrato de parceria cobra menos impostos, é 
importante analisar se o caso do seu cliente seja realmente 
esse, e não um simples aluguel.
93
Aula 5.5 - Produtor Rural: Despesas
As despesas do produtor rural possuem algumas regras 
específicas da sua atividade. 
As despesas de custeio e investimento são todos os valores 
usados para conseguir exercer a atividade. 
São consideradas as benfeitorias, a aquisição de bens, os 
valores pagos por um serviço técnico especializado, entre 
outros.
É importante que todas as despesas estejam realmente 
relacionadas com as atividades exercidas.
Os bens adquiridos do consórcio para produtores rurais, são 
consideradas despesas no livro caixa, mas só devem ser 
lançados após a aquisição do bem.
No caso de financiamentos, as despesas devem ser 
lançadas no mês de aquisição do bem. 
Isso ocorre porque nesse momento ele já pode lançar 
integralmente a nota fiscal do bem. 
Porém, o valor do juros de cada parcela deve ser lançado a 
cada mês vigente do contrato do financiamento, e esse 
também é considerado como despesa.
No caso de bens adquiridos a prazo, que não sejam 
financiamentos nem consórcios, deve ter o lançamento no mês 
do pagamento.
Devem ser consideradas despesas todas as devoluções 
feitas pelos produtores rurais, e essas devem ser lançadas no 
mês da devolução.
94
Aula 6.1 - O que fazer para não cair na Malha 
Fiscal
A maioria das pessoas caem na malha por dois tipos de 
imprecisões:
Por erros bobos
Esconder informações
Preencher informações erradas
Preencher os campos incorretamente
Na maior parte das vezes, os contribuintes caem somente 
por preenchimentos equivocados, ou seja, que não possuem 
como objetivo esconder informações. 
E para evitar esses erros, é preciso atentar-se a alguns 
pontos importantes.
Em muitos casos, os próprios fiscais indicam o que deve ser 
alterado. E quando não, eles podem até desconsiderar essas 
pequenas falhas.
Um dos maiores erros é esquecer de declarar o resgate do 
título de previdência privada, independente do valor. 
Mesmo sendo de pouco valor, é preciso informar na 
declaração do imposto de renda!
Por isso, sempre pergunte aos seus clientes antes de 
entregar a declaração se houve algum tipo de resgate.
Um erro que também acontece é preencher o mesmo 
dependente, tanto na declaração da mãe quanto na do pai. 
É importante saber que o dependente deve estar em 
somente uma declaração. 
95
E para evitar esse problema, basta conversar com os 
clientes que você irá considerar o filho dele como dependente 
em apenas uma das declarações.
Também é importante considerar a renda do dependente, 
quando este começa a trabalhar. E mesmo que seja um 
período curto, é necessário indicar essa pouca renda. 
Um terceiro erro muito comum diz respeito aos erros de 
digitação. 
Para isso, é necessário comprar uma impressora e imprimir 
as informações antes de realizar o envio, para que todos os 
pontos possam ser analisados antes do envio.
Não podemos deixar de falar também sobre os vilões da 
receita federal!
Esse tipo de contribuinte, assim como todos nós, não gosta 
de pagar impostos. 
Mas o não gostar não desobriga o pagamento. Nesse caso, 
sempre vale a pena lembrar o contribuinte que está cada vez 
mais moderno o Sistema de Rastreio de Valores, por isso 
dificilmente a prestação de uma informação errada passará 
despercebida.
Vale a pena também informar que existe um prazo de cinco 
anos para que a Receita atue um contribuinte, e que não é 
porque uma declaração foi processada ela não possa ser 
revista pelos fiscais.
Também existem muitos clientes que preferem fazer o 
pagamento somente anual, e como muitas vezes esses valores 
são altos, por isso podem persuadir o cliente a fazer 
lançamentos errados.
Como profissional, é importante sempre entender que a 
responsabilidade da transmissão da declaração é do 
contribuinte. 
Muitos profissionais liberais tentam informar as rendas 
falsas, colocando sempre valores menores para diminuir o 
valor dos impostos. 
96
Mas saiba que o lançamento de informações erradas de 
forma intencional é um erro que quase nunca passa 
despercebido, por isso nunca vale a pena.
Também vale notar que essa prática é considerada Fraude 
Fiscal, e é um crime muito grave!
E mesmo que não possa ser gerado inquérito, a multa 
geralmente é muito maior do que o valor que seria pago se o 
lançamento fosse feito corretamente desde o começo.
E para finalizar, uma última dica: não se esqueça de verificar 
as pendências apontadas no programa da Receita Federal, 
sempre antes mesmo do envio.
97a deduzir do imposto. 
Vamos apurar o imposto:
Base de Cálculo
Alíquota do Imposto
Imposto
(-) Parcela a Deduzir
Imposto a Recolher
R$ 3.920,82
22,50%
R$ 882,18
R$ 636,13
R$ 246,05
Parece até aquelas regrinhas de matemática da 5º série, 
depois que você fizer algumas vezes esse tipo de cálculo manual 
irá ficar surpreso como é simples.
12
Conhecida a tabela de alíquota progressiva, agora vamos 
conhecer a alíquota efetiva.
Para calcular o imposto efetivo, basta pegar o imposto a ser 
pago (conhecido no tópico anterior) e dividir pelo salário, ou a 
renda bruta tributável.
No caso acima, o valor do salário foi de R$5.000, logo a conta 
ficaria:
Esse valor é muito inferior ao da quarta faixa da tabela, 22,50% 
de alíquota de imposto.
Aula 1.6 – Cálculo da Alíquota Efetivo
R$ 246,05
R$5.000,00
4,92%
Importante citar que as deduções sempre diminuem a 
alíquota efetiva. 
E quanto maior a renda, mais próximos esses valores serão. 
Apenas para exemplificar, uma renda de R$ 20.000 geraria 
uma alíquota efetiva de 26,43%.
13
O cálculo do imposto anual é importante para ajustar os 
valores dos impostos pagos durante o ano. 
Ele tem o objetivo de ajustar qualquer diferença entre o que 
foi pago e o valor devido anualmente.
Aula 1.7 – Cálculo do Imposto Anual –
Ajuste entre as Rendas Mensal e Anual
Como exemplo de uma situação em que esse cálculo é útil e 
pode ser compreendido, consideramos um funcionário que não 
trabalhou todos os meses do ano. 
Se esse funcionário tiver ganho R$5.000 por mês durante 3 
meses, o valor total do ganho será de R$15.000. 
Valor menor ao de R$22.847,77 - primeira faixa do imposto de 
renda anual, nesta situação não há imposto devido. 
Porém, como a lei afirma que o pagamento deve ser mensal, 
ele deve sim pagar o imposto em relação ao período trabalhado. 
TABELA PROGRESSIVA DO IR - ANUAL
FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
1° Faixa Até R$22.847,76 - R$ -
2° Faixa De R$22.847,77 até 
R$33.919,80 7,50% R$ 1.713,58
3° Faixa De R$33.919,81 até 
R$45.012,60 15,00% R$ 4.257,57
4° Faixa De R$45.012,61 até 
R$55.976,16 22,50% R$ 7.633,51
5° Faixa Acima de 
R$55.976,16 27,50% R$ 10.432,32
O ajuste serve para alinhar as oscilações de renda nos meses 
durante o ano calendário.
14
Um caso típico dessa situação são os professores, que 
possuem 2 rendas. 
Pode acontecer de ambas as rendas separadas não 
atingirem o valor mínimo para o pagamento do imposto. 
Mas quando somadas passam do valor mínimo, é obrigatório 
o pagamento do imposto. 
Nesse caso, ele deve seguir a tabela de base de cálculo 
normalmente. 
E ainda, como o valor ganho de apenas uma fonte de renda é 
menor do que os R$ 22.847,77 (primeira faixa do imposto de renda 
anual), não é obrigatório o recolhimento. 
Como cabe ao contribuinte fazer o recolhimento, ele deve ser 
o responsável pelo pagamento na declaração de ajuste do 
imposto de renda - DAA. 
Uma explicação simples pode fazer toda a diferença para 
esse tipo de contribuinte, que poderá se sentir confuso a respeito 
da obrigatoriedade ou não desse recolhimento.
Aula 1.8 – Cálculo Anual – 2 rendas na 
Faixa Isenta
15
Se você pretende vender seus serviços de declaração de 
imposto de renda, provavelmente pode aparecer 2 tipos de 
clientes para você:
Você pode ajudar o assalariado declarando uma renda à 
mais que "não existe", somente para ajudar essa pessoa a 
aumentar a renda final e conseguir o financiamento.
No caso do autônomo, você pode demonstrar os cálculos 
para ele na planilha em Excel e expor todos os impostos que ele 
será obrigado a pagar, por estar fazendo a declaração pela 
primeira vez e também por não ter preenchido o carnê leão 
durante o ano-calendário.
Em ambas as situações, o seu cliente
terá que pagar mais impostos e é a sua
obrigação mostrar isso para ele!
Obs: não vá preenchendo logo a declaração, faça uma 
demonstração na planilha. Nem sempre o cliente está disposto a 
pagar os impostos que serão gerados, e você não pode perder 
tempo fazendo algo que a pessoa não vai aceitar depois.
Aula 1.9 – 2 Tipos de Renda: Assalariado e 
Autônomo
O AUTÔNOMO
Quer comprar um carro e precisa de
um financiamento do banco.
O banco solicitou a declaração de imposto de renda desse 
contribuinte, porém ele não possui/nunca declarou.
O ASSALARIADO
Este também precisa apresentar sua declaração de 
imposto de renda para o banco, mas a renda é insuficiente 
para o financiamento que ela deseja.
16
Se você não quiser se manter em encrenca, faça apenas 
aquilo que está na lei e que você sabe que é correto!
Cuidado ao fazer tudo que o cliente pede, isso pode te 
prejudicar no futuro.
Atenção
17
Existe mais de uma forma de identificar se há imposto a 
pagar para o contribuinte.
E até agora você já teve a oportunidade de conhecer uma 
delas: as despesas dedutíveis mensais.
Agora você irá conhecer uma outra forma de fazer as 
deduções, que é usando as Despesas Dedutíveis do Cálculo do 
Imposto Anual.
Essas são todas elas:
Dedução por Dependentes
Despesas com Instrução (creche, escola e faculdade)
Despesas Médicas e Plano de Saúde
Previdência Privada - PGBL (até 12% sobre a renda)
Todas essas despesas reduzem consideravelmente a base de 
cálculo do contribuinte, e por esse motivo é importante você 
inseri-las no preenchimento da declaração.
Aula 1.10 – Cálculo Anual - Despesas 
Dedutíveis Anuais
Essas despesas servem para reajustar a base de cálculo do 
imposto anual, ajustar a faixa de alíquota, e finalmente alterar o 
imposto a pagar.
E geralmente pode dar no final até imposto a restituir, já que 
houveram muitas despesas no ano e elas serão deduzidas do 
imposto.
18
Existe uma grande diferença entre a Declaração Completa e a 
Declaração Simplificada, e cada uma se dispõe de diferentes 
deduções para o cálculo do imposto. Confira:
Aula 1.11 – Cálculo Anual: Desconto 
Simplificado 
Declaração Completa Declaração Simplificada
É quando você utiliza todas as 
despesas dedutíveis para 
calcular o imposto.
Não utiliza nenhuma despesa 
dedutível, mas usa um benefício 
fiscal de desconto simplificado de 
20% para calcular o imposto.
Um contribuinte que não tem dependentes, que não tem 
despesas médicas, que não tem plano de saúde, e não paga 
pensão alimentícia, pode usar o desconto simplificado para 
pagar menos imposto na declaração de IRPF.
A legislação dá um benefício fiscal onde podemos usar as 
despesas dedutíveis (dedução legal) ou o desconto 
simplificado. 
Por isso é muito comum um contribuinte que só tem o 
informe de rendimento, a opção tributária dele na declaração 
ser por desconto simplificado. 
Dessa forma, ele não vai restituir todo o valor que pagou, 
mas vai conseguir uma parte.
E para fazer esse cálculo, é necessário usar a tabela 
progressiva anual e descontar 20% do Desconto Simplificado 
do Salário Anual deste contribuinte, ficando assim:
Homem de 30 
anos que 
recebe um 
salário anual 
de R$60.000,00
Desconto 
Simplificado 
20%
Base de Cálculo
de R$48.000
19
Agora é necessário voltar para a tabela do imposto de 
renda anual e analisar em qual faixa esse contribuinte está 
inserido, e neste caso é a 4º faixa:
TABELA PROGRESSIVA DO IR - ANUAL
FAIXAS BASE CÁLCULO ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DO IRPF
4° Faixa De R$45.012,61 até 
R$55.976,16 22,50% R$ 7.633,51
Então para realizar o cálculo é necessário multiplicar a 
base de cálculo desse contribuinte (R$48.000) com a alíquota 
da 4º faixa (22,50%), ficando dessa forma:
R$48.000 x 22,50% = R$10.800
Agora, é necessário subtrair o resultado desse cálculo 
(R$10.800) com a Parcela a Deduzir do IRPF (R$7.633,51), sendo 
assim:
R$10.800 – R$7.633,51 = R$3.166,49
Ou seja, o contribuinte terá um imposto a pagar de 
R$3.166,49 anualmente neste exemplo.
Atenção: o desconto simplificado tem um limite de 
R$16.754,34 a ser deduzido no rendimento do cliente.
Nesse valor é o mesmo que uma pessoa com uma renda de 
R$83.771,72 poderia obter. 
Acima dessa renda o valor do desconto simplificadofica 
limitado a R$ 16.754,34 e não pelo 20% desconto.
Interessante saber
No caso de muitas despesas dedutíveis,
é recomendado fazer uma declaração completa. 
E para facilitar a vida de quem declara, no próprio 
programa de declaração do imposto de renda já
é exibido qual opção é a mais vantajosa para o cliente.
20
Aula 1.12 – Simulação do Cálculo no Site da 
Receita Federal
Para descobrir facilmente o percentual de imposto que iremos 
pagar sobre a nossa renda, o melhor local para fazer uma 
simulação é no Site da Receita Federal, usando o Simulador do 
Cálculo da Alíquota Efetiva.
Através desse programa é possível saber de antemão o valor 
a ser pago e se os cálculos que você fez usando a sua planilha 
estão coerentes.
Clique aqui para acessar o Simulador
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/Simulador/simulador.asp?tipoSimulador=M
Existe a opção de realizar simulações tanto mensais quanto 
anuais dentro da plataforma da Receita Federal.
Basta clicar em uma dessas barras acima do simulador para 
selecionar qual opção você deseja:
21
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/Simulador/simulador.asp?tipoSimulador=M
Aula 1.13 – Parcela Isenta acima de 65 anos
Após completar os 65 anos de idade, o contribuinte recebe 
um benefício fiscal muito importante do Governo.
É possível incluir uma parcela isenta para deduzir da base de 
cálculo do imposto de renda.
Muitas pessoas acham que esse benefício fiscal serve apenas 
para aposentados.
Mas a grande verdade é que essa parcela de isenção pode 
ser aplicada para qualquer pessoa que completar os 65 anos, 
independente de estar trabalhando em empresa privada ou ser 
aposentado.
O valor da parcela isenta coincidentemente é o mesmo valor 
que a 1º Faixa da Tabela Progressiva do IR Mensal, sendo portanto:
Dito isso, é permitido usá-lo para diminuir o valor da base de 
cálculo do contribuinte.
O valor máximo dessa dedução anualmente, em outras 
palavras, o teto, é este valor: 
Essa dedução é bem simples quando o contribuinte tem 
apenas uma fonte de renda.
Mas se ele possui mais de uma, pode se tornar complicado...
Isso se deve ao fato de que só é possível usar apenas uma 
vez essa isenção!
Se o contribuinte trabalhar para duas empresas, só poderá 
deduzir os R$1.903,98 do salário de uma delas.
A explicação para isso é que o Governo concede o benefício 
fiscal por contribuinte, e não por empresa.
R$1.903,98
R$24.751,74
22
O maior erro que as pessoas cometem é preencher na 
declaração essa parcela de isenção nas duas empresas que o 
contribuinte trabalha.
E sabe o que é pior nisso tudo? O programa da declaração 
não diz que está errado! Cabe a você interpretar e saber como 
preencher corretamente.
Portanto, para que nada dê errado, no preenchimento de uma 
segunda declaração, deve-se descontar também essa parcela de 
isenção.
Mas como ele só vale para uma vez por contribuinte, é 
necessário indicar novamente esse valor no campo de rendimentos 
recebidos.
Para entender melhor como funciona a dedução por várias 
fontes pagadoras, acesse a Jurisprudência abaixo sobre o Imposto 
de Renda para maiores de 65 anos:
Clique aqui para acessar a Jurisprudência
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=IMPOSTO+DE+RENDA+ISEN%C3%87%C3%83O+MAIOR+65+ANOS
23
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=IMPOSTO+DE+RENDA+ISEN%C3%87%C3%83O+MAIOR+65+ANOS
Aula 1.14 - Tributação Para Profissionais de 
Serviços de Transportes (Motoristas)
Conforme consta no Decreto do Regulamento do Imposto de 
Renda 9.580/2008 no Art. 39, é descrito que:
São tributáveis os rendimentos de serviços de transporte em 
10% tanto para quem trabalha com máquinas agrícolas (produtor 
rural), quanto para quem trabalha com transporte de cargas.
De tal forma que para os condutores de passageiros o 
percentual é de 60%.
Quais veículos/condutores fazem transporte de passageiros?
Van ou perua escolar
Van de transporte ou viagem escolar
Motorista de Uber
Todos eles têm em comum o uso de veículo próprio para 
realizar as suas atividades.
A lei considera que estes motoristas já possuem grandes 
despesas todos os meses. Seja com combustível, pedágio, 
manutenção do veículo, reparos, entre outros.
Portanto, eles já tem garantido a isenção de 40% do valor do 
imposto.
E como esse motorista é autônomo, é obrigação dele fazer o 
próprio recolhimento do imposto usando o Carnê Leão.
No caso de transporte de carga como insumos de indústria, a 
isenção do imposto é mais benéfica ainda!
Em outras palavras, se um motorista de transporte de 
passageiros faturou R$10.000 no mês, a declaração de imposto de 
renda tributável será de R$6.000. 
Todas as deduções, como dependentes e contribuição do 
imposto do INSS será feito em cima desse valor de R$6.000.
24
Por exemplo, se o motorista receber R$ 15.000 ao mês, o valor a 
ser considerado como base do imposto de renda será de 10% desse 
valor (R$ 1.500,00). 
A lei considera que este motorista é o que possui mais custos, 
quando comparados aos outros.
Como você pode perceber, o valor final (R$1.500,00) fica tão 
abaixo da 1º Faixa da Tabela (R$1.903,98) que este contribuinte está 
isento do imposto.
Nesse caso, somente com um salário alto, a partir de R$25.000, 
ele seria obrigado a recolher o imposto de renda.
O recolhimento para esses contribuintes, como já dito, deve 
ser feito através do Carnê Leão, e preenchido na declaração do 
imposto de renda no campo de Trabalho Não Assalariado.
É importante citar que o acréscimo de patrimônio, como bens 
e direitos, só é aceito a partir do imposto devidamente tributável. 
Caso queira acrescentar mais que esse valor de patrimônio, 
deve ser tributável um valor maior. 
25
Aula 1.15 – Imposto Complementar (Mensalão)
O Imposto Complementar é um recolhimento facultativo que 
pode ser efetuado pelo contribuinte para antecipar o pagamento 
do imposto de renda devido na Declaração de Ajuste Anual, no 
caso de recebimento de duas ou mais fontes pagadoras.
Em outras palavras, é uma opção mais tranquila de pagar os 
impostos. Onde o contribuinte pode pagar mensalmente o 
imposto referente à renda que tem a cada mês.
Nesse caso, um DARF é gerado para os pagamentos em 
parcela como forma de imposto complementar.
Esse método é muito utilizado e até sugerido para aquelas 
pessoas que acham pesado pagar o imposto cheio na 
Declaração de Ajuste Anual.
Na tabela em anexo, é possível simular o valor dos 
pagamentos feitos de forma mensal ou anual, para ajudar o 
cliente a analisar qual forma de pagamento será a melhor para 
sua condição financeira.
Mas é importante frisar que não existe benefício fiscal em 
recolher esse imposto antecipadamente. 
Então as vezes o melhor a se fazer é guardar o valor do 
imposto todos os meses na poupança, ou investi-lo em algum 
fundo de investimento e sacá-lo no dia que for necessário pagar 
o valor cheio.
Pelo menos você teve durante o ano, mesmo que baixo, 
algum rendimento desse dinheiro guardado, ao invés de só 
entrega-lo para o Governo todos os meses.
26
Aula 1.16 – Cruzamento de Informações
Aqui iremos abordar o Cruzamentos de informações fiscais 
entre a Receita Federal e a pessoa física.
De antemão, a maneira mais simples de não cair na Malha 
Fina é preencher na Declaração IRPF 2021 o que a Receita Federal 
já sabe sobre você!
Você sabia que a Receita Federal às vezes tem mais 
informações suas do que você acha que ela tem?
Isso se deve ao fato de que ela recebe informações de 
diversas fontes de dados, e pode facilmente saber todo seu 
histórico de vida.
O que acontece é:
O contribuinte (pessoa física) informa os dados da 
declaração de imposto de renda de ajuste anual, uma vez por 
ano.
A Receita Federal possui um dos melhores sistemas de 
computadores para processar esses dados, já que são 
armazenadas informações de milhões de pessoas lá.
E de uns tempos para cá, depois da redução do uso de papel 
e coisas manuais para armazenar esses dados, ficou cada vez 
mais fácil fazer o cruzamentodas informações da pessoa pelos 
meios digitais.
Hoje em dia, 80% do trabalho do contador é direcionado 
praticamente para gerar informações do contribuinte para o 
Governo.
O Governo quer saber através do acesso a todos esses dados 
se o contribuinte (PF ou PJ) está:
mentindo
sonegando imposto
omitindo informações
etc...
27
E tudo isso quem faz não são os Auditores Fiscais, mas sim o 
T-REX, que é o nome do sistema que processa todas essas 
informações.
Uma coisa importante que todas as pessoas devem saber é 
que qualquer movimentação financeira, principalmente feita em 
bancos, o T-REX ficará sabendo.
Ou seja, por mais que você não coloque na sua declaração, o 
Governo já sabe que existe uma renda ou uma movimentação, ele 
só não sabe da onde veio aquele dinheiro.
Então é necessário ficar atento à movimentações altas, 
principalmente em cartão de crédito, quando a quantia é 
desporporcional/exorbitante ao valor que você declara receber 
todos os meses.
Todas essas instituições fornecem os dados do contribuinte 
para a Receita Federal:
Bancos
Detrans
Adm. Cartões
Imobiliárias
Hospitais, Clínicas e Planos de Saúde
Cartórios
e Empresas em Geral
T-REX
28
E todos esses dados são processadas pelo T-REX e 
encaminhadas para órgãos do Governo, como:
COAF
Ministério Público
Polícia Federal
Juízes
Estados e Municípios
Então, quando um contribuinte é "pego" fazendo grandes 
movimentações de dinheiro, sem declarar, ou algum órgão 
precisa das informações dele para fiscalizar, está tudo disponível 
para o acesso. Literalmente tudo!
Dito isso, mostre para o seu cliente a realidade do sistema do 
Governo e faça apenas aquilo que é certo. Do contrário, existe a 
possibilidade de cair na malha fina.
29
Aula 1.17 – Multa por Atraso na Entrega da 
Declaração
O prazo para entrega da Declaração todos os anos é até o dia 
30 de Abril, como você já aprendeu até aqui.
Todos os contribuintes que entregam a declaração após esse 
prazo precisa pagar uma Multa por Atraso na Entrega.
O valor mínimo da multa é de R$165,74, e o valor
máximo é de 20% do valor do imposto devido.
Para calcular o valor da multa, é somado 1% do valor do 
imposto devido a cada mês de atraso na entrega.
Ou seja, se a declaração for entregue 3 meses após Abril, será 
cobrado 3% do imposto devido.
O que você precisa ficar atento é que para contribuintes que 
possuem rendimentos elevados, o imposto devido pode ser alto 
também, e a multa ultrapassar o valor mínimo.
29
Quando esse contribuinte demora muito tempo para entregar, 
vai se somando 1% a ser cobrado à mais desse imposto devido em 
cada mês.
Lembre-se, o valor mínimo é de R$165,74, mas não significa 
que é um valor fixo de multa!
Veja o exemplo de um contribuinte que tem uma renda de 
R$50.000,00 e seu imposto devido deu R$8.610,23 (considere 
apenas como um exemplo):
Se ele entregar a declaração após 3 meses, esse será o valor 
da multa: 
Dessa forma fica mais fácil entender que o mínimo a se pagar 
é R$165,74, mas é possível ultrapassar o valor de multa a ser pago 
quando o contribuinte tem um imposto devido elevado.
R$8.610,23 x 3% = R$258,30
30
É importante lembrar que essa multa é aplicada 
independente se há valores a serem restituídos pela receita para 
a contribuinte.
E para fazer o pagamento da multa, o DARF é gerado 
automaticamente após a entrega, com um mês de prazo para o 
pagamento. 
Caso não seja pago até o vencimento, um novo boleto pode 
ser gerado, acrescido de juros.
31
Aula 1.18 – Despesas Dedutíveis: Legislação
As despesas dedutíveis do imposto de renda podem ser 
encontradas no Decreto nº 9.580 de 22 de Novembro de 2018 do 
Regulamento do Imposto de Renda.
No Capítulo II desse decreto, é possível encontrar quais são as 
deduções mensais do rendimento tributável.
Em outras palavras, quais são as despesas dedutíveis para 
encontrar a base de cálculo do imposto de renda.
Na primeira sessão do Decreto, nós temos as Contribuições 
Previdenciárias, tanto as públicas quanto as privadas.
Na sessão II estão as Despesas Escrituradas no Livro-caixa, 
que servem para donos de cartório, trabalhador não assalariado 
e leiloeiros.
Na sessão III nós temos as Despesas por Dependentes, que a 
nível de curiosidade, desde 2015 não é atualizado o valor devido 
sobre cada dependente, que até o presente momento é de 
R$189,59.
E na sessão IV nós temos a Pensão Alimentícia.
Por outro lado, no Capítulo III, temos falando sobre as 
despesas dedutíveis anuais, que são:
Despesas Médicas
Despesas com Instrução
a as Despesas Com Fundo De Aposentadoria Programada 
Individual (FAPI)
Confira cada um dessas despesas dedutíveis, acessando o 
link abaixo:
Clique aqui para acessar o Decreto
http://planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm
32
http://planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9580.htm
Aula 1.19 – Despesas Dedutíveis: Tipos de 
Despesas
Como já dito anteriormente, existem diversos tipos de 
despesas dedutíveis.
As mensais: pensão alimentícia, livro-caixa, previdência 
privada, previdência social e dependentes.
E as anuais: despesas com instrução e despesas médicas.
O valor da dedução mensal por dependentes é de R$189,59, 
enquanto que a anual é de R$2.275,08 (R$189,59 x 12).
Para essa categoria de dedução, não há limite para 
dependentes. Ou seja, você pode incluir quantos filhos você 
quiser/tiver.
Quem pode ser dependente?
VIVE JUNTO HÁ MAIS DE 5 ANOS OU POSSUI 
FILHOS COM A PESSOA.
ATÉ 21 ANOS
INCAPACITADO QUALQUER IDADE
MAIORES DE 21 E 
MENORES DE 24 ESTUDANDO
CÔNJUGUE/COMPANHEIRO
FILHOS/ENTEADO
PAIS/AVÓS/BISAVÓS
SOMENTE COMA GUARDA JUDICIAL
RENDIMENTOS 
MENORES QUE
R$1.903,98/mês
R$22.847,76/ano
OUTROS DEPENDENTES 
FINANCEIROS
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Em uma situação em que o casal se separou e não há 
consenso sobre quem irá pagar a pensão alimentícia e o valor
a ser cobrado, é necessário contratar um advogado para resolver a 
situação, e é o juiz quem irá determinar cada coisa. Sendo 
caracterizada, portanto, como Decisão Judicial.
Por outro lado, quando o casal se separa e tem um consenso, 
eles combinam um valor e fazem o chamado Acordo Homologado. 
Eles somente levam esse acordo para o juiz homologar/assinar. 
Existe ainda uma terceira opção que é a de Escritura Pública, 
onde o casal vai no cartório e assina a escritura, sem a 
necessidade do juiz.
Porém, esse último caso só é válido quando o casal não tem 
filho.
Você só pode deduzir a pensão alimentícia na declaração
se ela for homologada pelo juiz. Se for somente um
acordo de boca ou sem comprovação judicial,
não é possível deduzir do imposto de renda.
Não existe um valor mínimo nem um máximo para essa 
dedução, é o juiz quem determina o valor da pensão alimentícia.
Outro detalhe importante é que essa despesa é dedutível 
para o contribuinte que está pagando, mas ela é tributável para 
quem está recebendo (o beneficiário).
Em outras palavras, quem está pagando a pensão alimentícia 
não vai pagar o imposto, mas quem recebe sim.
Quais tipos de Despesas Médicas são dedutíveis?
Todas aquelas que estão no regulamento do imposto de 
renda!
São resumidamente as consultas médicas de qualquer 
especialidade, sendo elas:
Atenção
34
Exames laboratoriais e radiológicos
Despesas hospitalares
Aparelhos/Próteses Ortopédicos ou Dentários
Plano de saúde
Cirurgias Plásticas Reparadoras
Existem ainda as Despesas com Instrução, que são as 
despesas que você tem com ensino e conhecimento.
Vale lembrar que é válido somente para ensino regular como 
creche, escola e faculdade. Cursos livres e materiais escolares não 
são dedutíveis. E o valor dedutível é de até R$3.561,50.
35
O e-CAC é o Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal. 
Através dele é possível fazer diversas coisas que envolvem a 
Declaração de Imposto de Renda.
Para você acessar essa plataforma, você precisa de uma 
senha chamada Código de Acesso. 
Se você deseja entrar no e-CAC, geralmente significa que você 
tem alguma pendência para resolver.Então, tecnicamente, você já 
entregou alguma declaração. 
E para gerar esse código de acesso, o contribuinte tem que ter 
entregue no mínimo 2 declarações, sendo uma delas entregue no 
ano-calendário.
Porque para gerar essa senha, você precisa do recibo de uma 
dessas declarações.
Se o contribuinte nunca entregou uma declaração, ele não tem 
o código de acesso assim como não tem nenhuma pendência no 
e-CAC.
Para gerar o código de acesso, tenha o recibo da declaração 
em mãos e clique no botão abaixo:
Para acessar o e-CAC, clique no botão abaixo:
É importante lembrar que não é possível acessar todas as 
opções no e-CAC somente com o código de acesso.
Para algumas funções como "Imprimir Declaração" ou "Cópia 
da Declaração" é necessário ter o Certificado Digital.
Aula 1.20 – Código de Acesso
Quero gerar o código de acesso
https://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ssl/atbhe/codacesso.app/PFCodAcesso.aspx
Quero acessar o e-CAC
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login
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https://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ssl/atbhe/codacesso.app/PFCodAcesso.aspx
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login
O agendamento serve para você conseguir pegar 
pessoalmente na Receita Federal a cópia das últimas declarações 
do contribuinte.
O responsável por fazer a declaração (você) deve ir na Receita 
Federal com a procuração que lhe confere a autorização para 
administrar interesses em nome de outra pessoa, nesse caso o 
contribuinte (cliente).
Obs: se você for fazer sua própria declaração, não é necessário 
a procuração.
Você irá preencher todos os campos solicitados pelo 
agendamento com os seus dados como representante e os do seu 
cliente.
Assim como também definir qual serviço você deseja agendar: 
Demonstrativo e Cópia da Declaração ou Cópia do Recibo de 
Entrega.
Lembre-se: a Receita só irá atender referente ao agendamento 
do serviço que você fez. Não adianta chegar lá e querer outras 
coisas.
Assim que você concluir o agendamento, o comprovante será 
emitido e você pode imprimir para apresentá-lo no dia em 
questão.
Aula 1.21 – Agendamento Receita Federal
Clique aqui para fazer seu agendamento
https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/saga/agendamento/RegrasAgendamento.aspx
37
https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/saga/agendamento/RegrasAgendamento.aspx
O ano-exercício é o ano em que se apresenta todas essas 
informações para o Fisco.
Então, se estamos falando sobre o exercício no ano de 2021, 
tudo que ocorreu do dia 01/01/2020 até o dia 31/12/2020 deve ser 
informado na Declaração de Imposto de Renda 2021.
Em resumo, o que você precisa analisar é:
Se você tem um bem, à partir do dia 01/01, você precisa colocá-
lo como Saldo Anterior.
Se no dia 31/12 você ainda possuir esse bem, você precisa 
colocá-lo no Saldo Final. Se não possuir, coloque zero.
Se você nunca declarou um bem, não declare ele em um único 
ano, como por exemplo um carro. Porque você não adquiriu ele da 
noite pro dia.
Então se houver um bem a ser declarado esse ano, mas você já 
o possuía anteriormente, o correto a se fazer é declarar o Saldo 
Anterior desse bem e retificar nas declarações anteriores 
colocando o saldo de cada ano.
E para te ajudar nisso, é interessante que seja feito um 
acompanhamento dos cálculos na planilha em Excel.
O ano-calendário é referente ao ano em que o contribuinte 
está recebendo a sua renda, referente a aquisição de bens, 
patrimônio, despesas e etc.
Aula 1.22 – Conceito de Ano Calendário e 
Exercício
38
Você também precisa solicitar todos os informes de 
rendimento que ele recebeu referente ao ano-calendário.
E não se esqueça de perguntar também se ele fez algum 
investimento em renda variável, pois precisa ser declarado.
Fazer esse questionamento com seu cliente é muito 
importante, para que nada "passe batido" e fique sem declarar, 
gerando pendências no futuro.
Aula 1.23 - Relação de Documentos IRPF 
Se o cliente fez as declarações dos anos anteriores, esse é o 
principal documento que você precisa para fazer a declaração de 
imposto de renda dele.
Agora, se o contribuinte nunca tiver entregado a declaração de 
imposto de renda, você precisa solicitar todos os documentos que 
estão descritos no arquivo em PDF "Relação de Documentos“ do 
Curso IRPF, sendo eles referentes aos:
Dados Pessoais
Renda
Patrimônio
e Despesas Dedutíveis
39
Clique no botão abaixo para acessar o site da Receita Federal 
e baixar o programa de Declaração do Imposto de Renda 2021:
Aula 2.1 – Download do Programa 
Fazer o download do Programa IRPF 2021
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf
40
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf
O primeiro passo para iniciar o preenchimento da declaração 
corretamente é realizar o Cadastro do Contribuinte no Programa 
IRPF 2021.
E antes de iniciar o cadastro, é necessário importar a 
Declaração de Imposto de Renda do ano anterior dentro do 
programa (caso haja).
Você poder fazer o cadastro do contribuinte dentro do 
programa, na primeira ficha chamada Identificação do 
Contribuinte.
Nessa ficha, você irá inserir todas as informações referentes 
ao contribuinte, como: CPF, endereço, título de eleitor, data 
nascimento, etc...
Fique atento apenas a parte de "Ocupação principal" onde 
você precisa selecionar a atividade desse profissional.
É importante ressaltar que existem profissões como a de 
Médico, sendo principalmente profissional liberal, onde até o 
recibo que ele emite é dedutível do imposto de renda. 
Então o programa já envia um alerta amarelo para a Receita 
Federal.
Aula 2.2 – Cadastro
Isso se deve ao fato de que algumas profissões são mais 
fiscalizadas do que outras.
E se você não encontrar especificamente a ocupação 
profissional do contribuinte, selecione a mais próxima. Afinal de 
contas, o programa não tem todas as atividades de trabalho do 
mundo.
41
É possível fazer a retificação/alteração na Declaração antes
de transmiti-la, caso tenha faltado declarar algo ou precise fazer 
ajustes em alguma informação.
Mas a grande dúvida é: como fazer a retificação de uma 
declaração e depois transmiti-la corretamente?
É necessário acessar o Recibo de Entrega da Declaração 
Original do contribuinte.
Na segunda página desse documento, é possível encontrar o 
Número do Recibo da Declaração.
E é através dele que você consegue fazer ajustes e retificar a 
declaração original.
Veja um exemplo prático:
Digamos que você esqueceu de declarar um carro que possui. 
Você deve seguir esse passo a passo para retificar sua declaração:
1. Copiar o número do recibo;
2. Selecionar no programa IR a opção "Declaração Retificadora", 
dentro da Ficha Identificação do Contribuinte;
3. Inserir o número do recibo no campo que o solicita;
4. Ir na ficha de Bens e direitos e declarar o carro.
Vale ressaltar que a declaração retificadora substitui todas as 
informações da declaração anterior, ou seja, você altera, 
acrescenta ou remove o que precisa ser ajustado e pronto. 
Aula 2.3 – Retificação 
Não mexa nas outras informações, pois elas continuaram 
cadastradas.
Ao concluir os ajustes, basta clicar em Transmitir Declaração e 
estará tudo concluído.
42
Aula 2.4 – Comprovante de Rendimentos
O Comprovante de Rendimentos é um comprovante que 
declara toda renda paga ao contribuinte e o imposto que foi retido.
Quem é que retém imposto?
Somente as empresas, pessoas jurídicas.
O motivo para ser as empresas à fazer esse serviço e que é 
mais fácil para a Receita Federal fiscalizar 1 milhão de empresas, do 
que fiscalizar 200 milhões de contribuintes.
É mais fácil centralizar a cobrança de impostos do que fazer 
fragmentado para cada contribuinte.
Portanto, toda empresa é obrigada a entregar no mês de 
Fevereiro do ano seguinte o Informe de Rendimentos para esse 
contribuinte que prestou serviço para ela.
Por curiosidade, na parte do Informe de Rendimento tem o 
campo "Natureza do Rendimento” quemostra se a pessoa que 
prestou o serviço é autônoma, assalariado ou é um aluguel. 
Sendo esses 3 supracitados os mais conhecidos, existem 
muitas outras naturezas de rendimento, que você pode conhecer 
acessando o material dessa aula no curso.
Fique atento que o informe de rendimento precisa ser do ano-
calendário 2020 e exercício 2021, para você não fazer a declaração 
do ano errado!
E para preencher os informes de rendimento na declaração é 
muito simples, basta ver os números que estão no documento e 
inserir em cada ficha no programa da declaração IRPF 2021.
43
Aula 2.4.1 – Legislação do Auxílio Emergencial
É possível encontrar todas as informações sobre a legislação 
no artigo II da lei criada em 14 de Maio de 2020 sobre o auxílio 
emergencial.
Nesse artigo é citado que o beneficiário do auxílio emergencial, 
que é obrigado a apresentar a declaração referente ao ano-
calendário 2020, e que recebeu outros rendimentos tributáveis de 
valor superior à 1º faixa da tabela progressiva, deverá acrescentar o 
imposto devido ao valor do auxílio recebido.
Em outras palavras, se a pessoa recebeu R$1.500,00, ela não irá 
pagar imposto, porque está na faixa da alíquota zero.
Mas se recebeu acima de R$1.903,58, ela deve acrescentar o 
valor do auxílio emergencial ao imposto devido, pois ele é 
tributável.
Para declarar no imposto de renda, basta acessar a ficha 
Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica e preencher 
os campos solicitados.
Clique para acessar a legislação
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13998.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13998.htm
Aula 2.4.2 - Informe de Rendimentos 
Auxilio Emergencial
Para ter acesso ao Informe de Rendimentos do Auxílio 
Emergencial é preciso entrar no site da Consulta do Auxílio, 
preencher os dados do contribuinte e gerar o comprovante para 
imprimir.
Clique no link abaixo para acessar o site e preencher os dados:
Quero gerar o informe de rendimentos
https://consultaauxilio.dataprev.gov.br/consulta/#/
É necessário preencher o CPF do contribuinte, o nome 
completo, o nome da mãe, a data de nascimento e fazer a 
verificação reCAPTCHA.
Depois você será direcionado para outra página e verá no topo 
do site o seguinte link:
Você clica nesse link, baixa o informe de rendimentos em PDF e 
imprime. 
Depois é só preenche-lo na declaração do imposto de renda!
45
https://consultaauxilio.dataprev.gov.br/consulta/#/
Aula 2.4.3 – Como Declarar o Auxílio 
Emergencial
Para preencher o Informe de Rendimentos do Auxílio 
emergencial da declaração é muito simples, basta seguir o passo-
a-passo:
1. Acesse a ficha de Rendimentos Tributáveis Recebidos de 
Pessoa Jurídica;
2. Insira o CNPJ da fonte pagadora;
3. Insira o nome da fonte pagadora (Ministério da Cidadania);
4. e insira o valor do rendimento recebido.
Por enquanto, de acordo com a Regra da Legislação para o 
Auxílio Emergencial, não é necessário devolver o rendimento 
recebido. 
A menos que o contribuinte tenha recebido outro tipo de 
rendimento acima de R$22.947,05.
Se ele tiver recebido, ele ficará acima do limite permitido e 
portanto terá que devolver o valor que recebeu do auxílio 
emergencial.
Vale ressaltar que se esse contribuinte precisar devolver a 
quantia, será necessário esperar a declaração ser processada 
para, só assim, conseguir emitir o DARF do auxílio emergencial.
É importante frisar que ainda não foi divulgado se será possível 
parcelar o pagamento do DARF.
46
Aula 2.5 – Comprovante de Rendimentos: 
Aposentadoria INSS
Existem muitos contribuintes que são aposentados e não 
receberam seus informes de rendimento da aposentadoria em 
casa.
Dito isso, é necessário acessar o site do INSS pela internet para 
imprimi-lo. 
Porém alguns aposentados, por conta da idade, têm 
dificuldade com os mecanismos digitais.
Nessa situação, é importante que você saiba como gerar esse 
comprovante de rendimento para seus clientes aposentados.
E para gerá-lo, basta acessar o site da Previdência Social, 
informar o Número do Benefício, a Data de Nascimento, o Nome do 
Beneficiário, o CPF e fazer a autenticação do reCAPTCHA.
Gerar informe de rendimentos INSS
https://extratoir.inss.gov.br/irpf01/pages/consultarExtratoIR.xhtml
Feito todos os passos anteriores, agora é só imprimir o 
documento gerado!
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https://extratoir.inss.gov.br/irpf01/pages/consultarExtratoIR.xhtml
Aula 2.6 – Beneficiário de Pensão Alimentícia 
(Quem Recebe)
Aqui nós iremos discutir como é preenchido a declaração do 
alimentado, beneficiário da pensão alimentícia.
A primeira regra a ser considerada nessa despesa é que o 
beneficiário da pensão alimentícia é obrigado a ter CPF.
E todas as pessoas que possuem CPF são contribuintes para a 
Receita Federal. Até mesmo as crianças.
Como já dito anteriormente, o valor da pensão alimentícia é 
dedutível para quem paga, mas é tributável para quem recebe.
Dessa forma, é necessário calcular o imposto sobre esse valor 
recebido.
Quando o contribuinte é uma crinaça, por exemplo, quem fica 
responsável por calcular esse imposto é o tutor (mãe ou pai que 
possui a guarda).
Então é obrigação dele(a) fazer a apuração desse imposto em 
nome da criança, usando os dados dela (do alimentado).
Digamos, por exemplo, que esse alimentado recebe todos os 
meses de pensão alimentícia R$5.000,00. E como esse valor alto 
gera imposto a pagar, é necessário calculá-lo.
Para esse caso, não há nada melhor do que o próprio 
Programa do Carnê-Leão para fazer isso.
Porque quando o contribuinte é uma pessoa física e recebe 
dinheiro de outra pessoa física, é obrigação dele apurar e calcular 
o próprio imposto. Por isso se chama Carnê-Leão.
Para preencher o valor da pensão alimentícia recebido, basta 
acessar a ficha de Demonstrativos e clicar em Demonstrativo de 
Apuração.
Dentro dessa opção, preencha os campos de Pensão 
alimentícia recebido à cada mês.
48
Depois que você preencher tudo clique em “Ferramentas”, no 
menu superior, e clique em Exportar para o Imposto de Renda.
Você vai ser direcionado para a Ficha de Identificação do 
Contribuinte e terá que informar todos os dados do alimentado.
Fique atento para inserir no campo "Ocupação profissional" o 
código 71 - Beneficiário de Pensão Alimentícia.
Depois basta acessar a ficha de “Rendimentos Tributáveis 
Recebidos de Pessoa Física e do Exterior pelo Titular” e Importar o 
Programa do Carnê-Leão dentro da Declaração, clicando em 
Importações, no menu superior, e selecionando o Carnê-Leão.
Dessa forma, todos os campos da pensão alimentícia serão 
preenchidos automaticamente com os valores recebidos a cada 
mês.
Uma coisa importante no caso da declaração do alimentado, é 
que antes você faça simulações para saber se é mais vantajoso 
inserir ele como dependente na declaração da mãe ou fazer 
separadamente.
Na maioria dos casos, é mais viável e vantajoso fazer a 
declaração do alimentado sozinho.
Baixe o Programa do Carnê Leão
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao
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https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-do-imposto-de-renda-de-pessoa-fisica/carne-leao
Aula 2.7 – Declaração de Espólio
A declaração de Espólio é feita quando o contribuinte já 
faleceu, ele possui bens e direitos e esses bens irão para os 
herdeiros.
A primeira coisa a ser feita é levantar o inventário dele, para ser 
feito o formal de partilha e dividir entre os herdeiros.
E existem duas formas de fazer isso:
Partilha por Escritura Pública
Feito no cartório, quando todos os herdeiros estão de acordo e 
o falecido não deixou nenhum testamento.
Partilha por Decisão Judicial
O juiz quem determina a partilha dos bens. É feito 
principalmente quando o falecido deixou um testamento ou 
quando o herdeiro é menor de idade ou incapaz.
A declaração de espólio tem 3 fases: a inicial, a intermediáriae 
a final:
Na fase inicial, que é a do ano de falecimento do contribuinte, 
você irá declarar o imposto de renda dele normalmente.
Porém, na ficha de Identificação do Contribuinte você irá inserir 
o código 81, que se refere ao Espólio.
E após fazer isso, automaticamente abrirá uma nova ficha para 
ser preenchida na declaração, a ficha de Espólio.
Dentro dessa ficha, é possível encontrar o campo do 
Inventariante, que seria a pessoa responsável todos os anos por 
fornecer as informações do contribuinte falecido, geralmente 
sendo a meeira (esposa).
Digamos ainda que este formal da partilha demore anos para 
sair, então é necessário repetir essa declaração todo ano, 
informando os dados do contribuinte como se ele estivesse vivo, 
mas lembrando de inserir o código 81 de espólio. 50
Depois da primeira declaração transmitida após o falecimento, 
é necessário emitir as declarações depois da inicial e antes da 
partilha.
Somente no ano que sai o formal de partilha que é feito a 
declaração final de espólio.
Fique atento porque quando essa declaração final é feita, o 
CPF do contribuinte é cancelado. Então é de extrema importância 
que o formal de partilha já esteja nas mãos dos herdeiros.
Se o formal de partilha sair até o dia 28 de Fevereiro de 2020, 
entrega-se a declaração de espólio referente a esse ano.
Se esse documento sai à partir de 1 de Março, você entrega a 
declaração no ano seguinte.
51
Aula 2.8 – Conceito de Patrimônio
Patrimônio é o conjunto de bens e direitos que o contribuinte 
tem, menos todas as obrigações que ele possui.
O patrimônio líquido é encontrado quando se faz a somatória 
de todo dinheiro e bens que o contribuinte possui e subtrai-se as 
dívidas. O que sobra desse cálculo é o patrimônio líquido.
Para encontrar o patrimônio líquido de uma pessoa, basta 
avaliar quais são os bens (casa, carro, moto, etc.) e direitos que ele 
tem (bitcoins, aplicações financeiras, investimentos, etc.), depois 
subtrair de todas as despesas/obrigações (empréstimos, etc.).
Esse conceito serve para você conseguir entender o que é a 
Evolução Patrimonial do contribuinte, ao preencher a declaração.
52
Aula 2.9 – Conceito de Origens e Aplicação -
Despesas e Patrimônio
Ainda em relação ao patrimônio, é importante conhecer os 
conceitos de renda tributável, renda isenta, renda de tributação 
exclusiva, e despesas.
Renda tributável pode ser definida como qualquer forma de 
receber um valor financeiro através do trabalho ou de um capital, 
podendo ser:
Salário
Serviços Autônomos
Previdência Privada - PGBL
Recebimento de Aluguel
Renda Isenta é toda renda cujo Governo decidiu não cobrar 
impostos, sendo eles:
Rendimento de poupança 
ex.: início do ano tinha R$100 guardado, ao final do ano R$110, o 
Governo não irá cobrar imposto sobre os R$10.
Parcela Isenta +65 anos 
ex.: independente de quanto o contribuinte ganha, será subtraido
R$1903,58 do imposto devido.
Apólico de seguros
ex.: todo dinheiro recebido de seguro do carro é isento.
Recebimentos de doações e heranças 
ex: qualquer doação ou herança recebida tem imposto isento para 
o receptor.
Entre outros...
Renda Tributária Exclusiva ou Definitiva, diferentemente da 
Renda tributária, não solicita imposto a pagar e nem a restituir. 
Na Tributação Exclusiva, o contribuinte paga o imposto e não 
precisa mais se preocupar com ele. Porque não haverá nada à 
mais para pagar e nem para restituir. Como acontece com a:
53
Renda 13º Salário
Renda de Aplicação Financeira
De uma maneira breve, a renda é a origem dos ganhos. 
Com as rendas o contribuinte gasta (despesa) ou investe 
(patrimônio).
As despesas são os gastos que se faz com essa renda, como:
Viagens
Alimentação
Escola
Etc...
Patrimônio é um bem ou direito que tem valor e você adquire 
ou investe seu dinheiro, como:
Carro
Casa
Ações
Consórcios
Poupança
etc...
As aplicações em despesas não são necessárias declarar, mas 
dependendo de quais gastos você teve (despesas médicas, 
despesas com instrução, etc...) é conveniente você declarar para 
receber benefícios fiscais.
Por outro lado, é obrigatório declarar as aplicações em 
patrimônio.
Todos os bens que não estejam listados na relação do IRPF e 
seja acima de R$5.000,00 devem ser declarados. Veja o exemplo a 
seguir: 54
Em relação a contas bancárias, é preciso declarar quando o 
valor for superior a R$140,00, incluindo poupanças e contas 
correntes.
É importante também saber que a origem da compra de um 
bem não precisa ter como renda da origem no momento da 
compra, podendo assim serem retificadas as declarações 
anteriores para justificar a compra.
Caneta Tinteiro Meisterstück Great
R$2,99
Caneta BIC Azul
R$20.800,00
NÃO PRECISA DECLARAR PRECISA DECLARAR
55
Aprender a fazer o cálculo da evolução patrimonial é muito 
importante para evitar cair na malha. 
Para isso, disponibilizamos uma planilha já pronta para 
realizar o cálculo dentro da plataforma do curso.
Você irá preencher os campos da planilha com as informações 
de Dívida e Ônus do contribuinte, inserindo o saldo inicial do 
patrimônio no dia 01/01/2020 e o saldo final no dia 31/12/2020.
É possível obter essas informações também com as 
informações das declarações anteriores.
Na aba de Deduções, na planilha, você irá preencher todas as 
despesas no ano, os impostos sobre a renda pago, os pagamentos 
efetuados, e outros pagamentos.
Na aba de Renda, na planilha, você irá preencher o total de 
rendimentos tributáveis, os rendimentos tributáveis isentos, os 
rendimentos exclusivos, os rendimentos líquidos de renda variável, 
e outros rendimentos.
Após ter seguido esses passos, basta abrir a aba de Resultado
para checar se a situação da Evolução Patrimonial deu Positivo ou 
Descoberto.
De maneira prática, o que você precisa fazer é manter a 
Evolução Patrimonial no positivo. 
Pois isso demonstra que o contribuinte teve renda, investiu em 
patrimônios e sobrou um valor aceitável para gastar nas despesas 
durante o ano.
Quando neste cálculo dá Descoberto, significa que a sua 
evolução patrimonial foi maior do que a sua renda anual. E por isso, 
a Receita Federal irá acender um alerta na sua declaração, 
podendo cair até na malha fina.
Afinal de contas, como você adquiriu tantas coisas, sem ter 
renda suficiente para isso?
E ainda mais, nem teve despesas mensais para sua 
sobrevivência.
Aula 2.10 – Cálculo da Evolução Patrimonial
56
É importante citar que não existe um valor mínimo que seja 
considerado ideal para as despesas, pois variam de acordo com o 
estilo de vida de cada contribuinte e localidade onde mora. 
Portanto, é muito importante que você faça essa simulação na 
planilha antes de enviar a declaração, para evitar cair na malha 
fina.
57
Aula 2.11 – Como Declarar Bem Financiado
Para que você possa entender melhor como funciona a 
declaração de um bem, entenda a situação muito comum que 
acontece com diversos contribuintes:
O vendedor possui o bem, mas o contribuinte não tem dinheiro 
suficiente para comprá-lo.
Por outro lado, existe o banco que possui o dinheiro e pode 
financiar esse bem para ele.
Dessa forma, o banco irá pagar pelo bem, conceder a posse 
para o contribuinte, e este irá pagando o financiamento aos 
poucos para o banco.
O banco não dá dinheiro para o comprador, mas sim para o 
vendedor.
Dito isso, existem uma grande diferença entre empréstimo e 
financiamento.
Porque no financiamento, por mais que o contribuinte tenha a 
posse do bem, ele não é o dono dele.
Portanto, ele não pode vender esse bem. Afinal de contas, o 
proprietário é o banco.
Para o contribuinte ser o dono do bem, ele precisa quitar a sua 
dívida com o banco.
E é por esse motivo que não é declarado o financiamento no 
imposto de renda, pois o comprador ainda não é o dono do bem. 
*O mesmo vale para consórcios. 
Para declarar um bem financiado após sua aquisição, é 
preciso indicar o valor proporcional ao pagamento que foi 
efetuado.
Em outras palavras, você irá declarar sobre o que você já 
pagou daquelebem.
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Se o valor de aquisição do bem é de R$75.000,00 e você pagou 
6 parcelas de R$1.250,00 no ano-calendário (totalizando 
R$7.500,00)...
Você irá declarar somente sobre esses 10% de propriedade que 
tem sobre esse bem, que é referente ao valor que pagou.
Lembre-se de fornecer informações no campo de 
Discriminação, descrevendo detalhadamente tudo sobre a 
aquisição desse bem (parcelas, banco, forma de financiamento, 
quantidade de parcelas ao todo, etc.). 
Quanto mais informação melhor!
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Aula 2.12 – Declaração do Contribuinte com 
2 Rendas
No caso de um contribuinte com duas rendas, é preciso sempre 
se atentar ao correto preenchimento dos dados na declaração.
Na maioria dos holerites, existem dois campos: os vencimentos 
(rendimentos) e os descontos. 
A maioria dos rendimentos são tributáveis e é necessário 
somá-los para saber o total do salário desse contribuinte.
Depois de encontrar esse valor, é preciso descontar o INSS para 
encontrar a Base de Cálculo do imposto de renda.
De maneira simples, geralmente já vem especificado a base de 
cálculo no final do holerite.
O detalhe importante a ser levado em consideração quanto ao 
contribuinte tem 2 rendas, é que elas separadamente podem cada 
uma se encaixar na 1º faixa da tabela do IR, sendo portanto o 
imposto isento.
Porém, quando essas rendas são somadas juntas, o 
contribuinte é obrigado a pagar imposto. Visto que a base de 
cálculo fica acima da 1º faixa da tabela.
Vejamos o exemplo de um professor que possui 2 fontes de 
rendas, ou seja, trabalha em 2 escolas:
No holerite da Escola 1, a base de cálculo do contribuinte ficou 
sendo R$1.812,40. E após os cálculos não houve imposto a pagar.
No holerite da Escola 2, a base de cálculo do contribuinte ficou 
sendo R$690,56. E após os cálculos não houve imposto a pagar.
Porém, ao unirmos os dois salários, a base de cálculo desse 
contribuinte ficou sendo de R$2.692,55, que é equivalente à 2º faixa 
da tabela do IR.
Portanto, agora esse contribuinte terá que pagar imposto!
E caso as empresas não façam esse recolhimento, cabe ao 
contribuinte fazer o pagamento do imposto via mensalão.
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Aula 2.13 - Despesas Dedutíveis: Pagamento da 
Pensão Alimentícia
A primeira coisa a considerar antes de fazer o preenchimento 
do alimentado na declaração é que: 
Quem recebe pensão alimentícia não pode ser dependente!
Para preencher na declaração, basta acessar a ficha de 
Alimentados e inserir se a Residência é no Brasil ou no Exterior.
Em seguida, informar o CPF do alimentado, a data de 
nascimento e o nome.
Após seguir esses passos, vá para a ficha de Pagamentos 
Efetuados e insira o código 30 para alimentado residente no Brasil 
ou código 31 para residente no exterior.
Para finalizar, insira o nome do alimentado, o CPF, o valor pago 
e a parcela não dedutível/valor reembolsado.
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Aula 2.14 – Pagamento de Aluguel
O pagamento de aluguel não é uma despesa dedutível, mas 
mesmo assim é obrigatório informar o pagamento do aluguel 
recebido.
Simplesmente porque está na lei e nós precisamos segui-la!
A pessoa que está alugando o imóvel (locatário) e realizando 
esse pagamento, precisa obrigatoriamente informa-lo no Carnê 
Leão mensalmente.
Na prática, muitos locatários sonegam imposto e a Receita 
Federal sabe disso.
Mas para declarar no imposto de renda, basta acessar a ficha 
de Pagamentos Efetuados, selecionar o código 70 de Aluguéis de 
imóveis, inserir o CPF do locador, o nome do locador e o valor pago.
Lembre-se: isso é uma obrigação fiscal. O locatário precisa 
declarar, assim como o locador também!
Se um declarar e o outro não, a Receita Federal irá cobrar 
multas de 70% do valor do imposto para o locador e 20% para o 
locatário.
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Aula 2.15 - Como Declarar Saque FGTS e Seguro 
Desemprego
Muitos clientes na época de fazer a declaração não possuem 
mais os documentos com os valores de saques do FGTS e do 
Seguro Desemprego.
Então é muito importante que você saiba acessar o Portal da 
Caixa para pegar essas informações.
Para fazer isso você precisa de alguns dados do contribuinte 
como CPF e senha, portanto faça juntamente com ele.
Após se cadastrar, você será direcionado para uma nova 
página com o acesso liberado.
No menu superior existe a opção "Seguro Desemprego" e deve-
se clicar em Consulte o Benefício.
Em seguida, selecione o requerimento que você deseja 
consultar e clique em imprimir.
Dando sequência, abra o Programa do IR e clique na ficha de 
Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, selecionando 
posteriormente o código 26 de Outros.
Para finalizar, informe também o Tipo de Beneficiário, o 
Beneficiário, o CNPJ da Fonte Pagadora (07526983000143), Nome 
da Fonte Pagadora, Descrição e Valor.
Agora, para fazer a declaração do FGTS, acesse novamente o 
Portal da Caixa e clique no menu superior em FGTS, selecionando 
Extrato Completo.
Por fim, imprima o documento e faça o mesmo processo 
orientado anteriormente. 
Porém, inserindo o código 04 de FGTS e colocando o CNPJ da 
Caixa Econômica Federal (00360305000104).
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Aula 2.16 - Doações
As doações dedutíveis do imposto de renda não são para 
qualquer instituição de caridade!
Por outro lado, essas doações podem ser abatidas diretamente
no seu Imposto.
Por exemplo, se o contribuinte tem R$100 de imposto, você 
poderá reduzir até 6% desse imposto e abater esse valor do 
imposto a ser pago na declaração.
As doações podem ser feitas durante o ano-calendário. 
Como estamos no ano de 2021, então poderiam ser feitas no 
ano-calendário 2020 até 6% do valor do imposto.
Neste exemplo, se o contribuinte deve R$100 de imposto, ele 
pode fazer uma doação de até R$6.
Existem 2 tipos de doações:
Doações Efetuadas - doações realizadas durante o ano-
calendário (de janeiro a dezembro).
Doações Diretamente na Declaração – doações que você faz 
durante o preenchimento.
O único detalhe é que essas doações não podem ser feitas 
para qualquer instituição de caridade...
Somente as instituições controladas pelo Governo podem 
receber esse aporte.
Veja alguns exemplos de instituições que estão aptas a 
receberem doação:
40 - Estatuto da Criança e do Adolescente
41 - Incentivo à cultura
42 - Incentivo à atividade audiovisual
43 - Incentivo ao desporto
44- Conselho do Idoso
46 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde 
da Pessoa com Deficiência
47 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção 
Oncológica
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80 - Doações em espécie
81 - Doações em bens e direitos
99 - Outras
Depois que você escolhe a instituição que receberá a doação, é 
necessário inserir:
1. o código;
2. o CNPJ;
3. o nome do fundo;
4. e o valor a ser pago.
É interessante que você entre em contato com a instituição 
para verificar como deve ser feito o pagamento para ela, antes de 
preencher a declaração de imposto de renda.
A boa notícia é que essas doações são dedutíveis da 
Declaração IRPF!
O Governo pega o imposto que a gente paga e decide por si 
próprio para onde será destinado.
Através das doações, você tem a oportunidade de direcionar 6% do 
imposto que você tem a pagar para alguma instituição de caridade.
O QUE ACONTECE
O QUE VOCÊ MUDA
Ou seja, através das doações você consegue saber para onde 
seu dinheiro está indo!
Atenção: Você não vai pagar menos imposto, você só vai saber 
para onde ele vai!
Os benefícios de realizar as doações é que se houver 
restituição, o contribuinte irá receber mais.
Assim como se eu tiver que pagar imposto, irá pagar menos.65
Atenção: As doações só são dedutíveis diretamente do imposto 
de renda, se a opção pela tributação for por deduções legais.
Se a opção do contribuinte for por desconto simplificado, não 
importa o quanto você doe, esse valor não será descontado do seu 
imposto a pagar.
Se você possui um cliente que opta todos os anos por 
deduções legais, é interessante você informá-lo que essas doações 
o beneficiam.
Mas lembre-se de fazer os cálculos para não ultrapassar os 
6%!
Para fazer Doações Diretamente na Declaração, só é possívelescolher duas opções de instituição:
o Estatuto Da Criança e do Adolescente
e do Idoso.
E se limita a apenas 3% do valor a ser deduzido do imposto.
Para preencher basta inserir o tipo de fundo e o valor.
A data de pagamento da doação (emitida pelo DARF) é até o 
último dia do prazo da entrega da declaração.
Se o contribuinte pagar durante o ano-calendário, ele pode 
doar de 3% a 6%.
Agora se ele não pagou nada durante o ano-calendário, tem 
como doar diretamente na declaração somente os 3%. 
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Aula 2.17 – SICALC: Cálculo de Impostos Federais 
em Atraso
O SICALC é um programa da Receita Federal que é usado para 
fazer o cálculo dos impostos com multa e juros de qualquer 
imposto federal.
Para quem trabalha realizando a declaração para clientes, o 
programa ajuda a tornar todos os cálculos mais rápidos.
Usando o programa, também existe a vantagem de reduzir o 
risco de errar ao fazer algum cálculo. 
Pois o programa já tem todos os índices e as tabelas prontas, 
faltando apenas inserir os valores, que ele já faz o cálculo 
completo.
Ao começar a instalação, é preciso informar o município, para 
que o programa consiga levar em conta os feriados da cidade. 
Com o programa já instalado, é possível emitir a guia do Carnê 
Leão.
Para isso, é preciso informar os valores e os dados do 
contribuinte, e as datas de vencimento. 
Para o cálculo do juros dos impostos em atraso, a Receita 
Federal segue as taxas SELIC para realizar o cálculo.
Não se esqueça de colocar também o valor que será declarado 
no imposto de renda.
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A primeira coisa a se fazer antes de considerar preencher a 
declaração de IR, é definir que a pessoa física é diferente do MEI.
Segundo a resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de 
2018, no artigo 106, o MEI não é obrigado a emitir a escrituração de 
livros fiscais. 
Para distribuição de lucros, sem esses livros fiscais, é necessário 
aplicar 8% para comércio e 32% para prestação de serviços.
O limite de faturamento anual do MEI é de R$81.000,00.
Fique atento, pois não é o faturamento da personalidade do MEI 
(pessoa física)!
Ao fazer a distribuição de lucros é necessário inserir a renda do 
MEI até o limite de faturamento como Renda Isenta.
Para isso, acesse a ficha de Rendimentos Isentos e Não 
Tributáveis, insira o código 09 de Lucro e Dividendos Recebidos, 
selecione o Tipo de Rendimento, o Nome do Beneficiário, o CNPJ da 
Fonte Pagadora e o Valor.
Para finalizar, revise a aula de Evolução Patrimonial para checar 
se o cálculo final do contribuinte irá ficar Positivo ou Descoberto.
Aula 2.18 - Declaração da Pessoa Física Do MEI
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Aula 3.1 – O que é Carne Leão?
A palavra Carnê se refere à mensalidade ou algo pago 
todos os meses. 
O termo Leão se refere ao imposto que deve ser pago para o 
Governo. 
Ou seja, são impostos retirados da sua renda e que devem 
ser pagos mensalmente para o Governo.
Atenção:
Muitas pessoas acham que podem pagar esses
impostos anualmente, mas não é aconselhável!
Como o próprio nome já diz, a obrigatoriedade desse 
pagamento é mensal.
Em outras palavras, a apuração e o pagamento do imposto 
é feita cada mês, salve a exceção do produtor rural.
Veja os exemplos de 2 tipo de contribuintes a seguir, para 
entender melhor a importância de pagar o carnê leão 
mensalmente:
CONTRIBUINTE 1 - ASSALARIADO
Todo mês é descontado o INSS e todo mês é descontado o 
imposto de renda dele. 
Querendo ou não, já recebe seu salário líquido, porque seus 
impostos já foram descontados pela empresa na qual trabalha.
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CONTRIBUINTE 2 - AUTÔNOMO
O contribuinte autônomo tem a “opção” de não pagar os 
impostos mensalmente. 
E na maioria dos casos ele escolhe/deseja não pagar por "n" 
motivos, seja por que tem outras prioridades ou porque possui 
muitos compromissos (contas a pagar) no mês. 
Ou seja, ele vai deixando de lado suas obrigações ou vendo 
um jeitinho de prolongar o tempo para fazer o pagamento dos 
impostos.
Veja o quanto a situação do 
Contribuinte 2 pode ser complicada!
Como já foi dito anteriormente, o pagamento do Carnê Leão 
mensalmente é obrigatório por lei e, além de tudo, esse 
contribuinte pode ser penalizado se essa situação cair na malha 
fiscal. 
A grande verdade é que a maioria dos contribuintes 
autônomos não pagam o carnê leão mensalmente! 
Podem até pagar um mês ou outro... mas sempre acabam 
deixando tudo para resolver na Declaração do Imposto de 
Renda. 
E o que é mais comum nisso tudo é aquela velha frase para o 
responsável pela declaração desse contribuinte: "dá um jeitinho 
aí pra eu não pagar imposto." 
Quem que não deseja se livrar dos impostos? Todo mundo, 
inclusive você.
Mas infelizmente para o contribuinte autônomo que não paga 
o carnê leão corretamente, isso é bem difícil de ser escanteado
na declaração.
Quem é obrigado a pagar o Carnê Leão?
Todo e qualquer contribuinte que não tenha vínculo 
empregatício com uma fonte pagadora (uma empresa). 
70
O contribuinte não tem vínculo empregatício, nem é 
assalariado. Porém, foi contratado por uma grande empresa 
(empresa 1) para realizar uma prestação de serviços pontual.
A empresa irá fazer todo o procedimento fiscal nos moldes 
do Governo e da legislação. 
Essa empresa irá pagar R$2.500 pelo serviço prestado, 
inserindo-o na folha de pagamento dela como contribuinte 
autônomo, irá descontar o INSS dele e também descontar o 
imposto de renda. 
Ao final do ano, mais precisamente em Fevereiro, essa 
empresa irá entregar para ele o informe de rendimentos, onde 
especifica que ele é um contribuinte autônomo e não é 
assalariado. 
Se ele não tiver nenhum vínculo trabalhista com uma 
empresa, esse contribuinte precisa pegar a renda dele e levar 
para o livro do Carnê Leão, apurar o imposto e realizar o 
pagamento do mesmo. 
Portanto, ele precisa conhecer as regras do carnê leão 
para saber usar todos os benefícios fiscais. 
Em outras palavras, todo contribuinte que não é 
assalariado e nem tenha registro de carteira de trabalho, mas 
possua renda, é obrigado a apurar o imposto de renda no 
carnê leão e também pagar.
Veja o seguinte exemplo para entender uma situação que 
esse tipo de contribuinte pode estar envolvido:
CONTRIBUINTE AUTÔNOMO CONTRATADO PELA EMPRESA 1
Portanto, na declaração do imposto de renda esse 
contribuinte não precisa fazer a apuração do carnê leão 
referente à essa renda, porque a empresa já havia 
descontado o imposto.
Agora veja a situação que acontece
em 90% das vezes: 71
O contribuinte presta um serviço para uma empresa 
(empresa 2) e a pessoa jurídica não fez a dedução dos 
impostos desse serviço. 
Por exemplo, o contribuinte autônomo foi nessa empresa e 
fez a manutenção do ar-condicionado. 
Mas a empresa (a maioria no Brasil) não possui 
infraestrutura suficiente ou departamentos organizados para 
fazer a parte fiscal corretamente. 
Sendo assim, não existe ninguém focado somente na parte 
administrativa para realizar o pagamento desse prestador de 
serviços e descontar o imposto. 
O resultado é que o contribuinte recebeu pelo serviço, mas 
não pagou o imposto dele.
CONTRIBUINTE AUTÔNOMO CONTRATADO PELA EMPRESA 2
Qual é a solução para esses casos?
É necessário apurar o Carnê Leão desse serviço realizado e 
pagar o imposto de renda. 
O contribuinte precisa especificar no carnê que recebeu 
por esse serviço, mas não declarar nem CPF e nem CNPJ.
Essa solução proposta para o contribuinte não está na lei. 
Não é tecnicamente o certo a se fazer. Mas estamos no Brasil! 
As vezes a lei não bate com a realidade.
Uma coisa é uma empresa grande que possui uma 
estrutura para fazer corretamente os acertos para o 
prestador de serviços...
E outra é uma empresa pequena que só tem 1 pessoa para 
fazer tudo!
Portanto, o melhor a se fazer nesses casos é ir no Carnê 
Leão, declarar a renda desse contribuinte, apurar o imposto e 
fazer o pagamento. 72
Você só inverte os papéis: ao invés da empresa descontar, 
é o contribuinte que irá pagar o imposto. 
Desde que o imposto seja pago e chegue até eles,

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