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PPT DIREITO EMPRESARIAL - SOCIEDADES

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FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL II – SOCIEDADES
PROFESSORA: MARIANA CLEMENTE
PEIXINHOS, 03/08/2015
EMENTA: 
Direito Societário. Pessoa Jurídica e exercício de empresa. O princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas e a sua importância para o direito empresarial. Sociedades personificadas e não personificadas. A desconsideração da personalidade jurídica. Sociedades simples e empresárias. Os diversos tipos de sociedades empresarias. Sociedades limitadas e sociedades anônimas. O problema da sociedade unipessoal no Brasil e no exterior. O mercado de capitais e sua relevância para a economia nacional. 
FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO
OBJETIVOS: 
Demonstrar a importância do direito societário no âmbito do direito empresarial, em função do reconhecimento do princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas. 
Analisar as sociedades empresarias como forma de limitação do risco empresarial, sobretudo em razão da limitação de responsabilidade que alguns tipos societários consagram. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
FAZZIO JUNIOR. Waldo. Manual de direito comercial. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial: direito de empresa, empresa e estabelecimento e títulos de crédito. 14 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. V.1
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial: direito de empresa, sociedades. 14 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. V.2
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 
Código Civil
FREQUÊNCIA: a disciplina pode reprovar caso o aluno não tenha 75% de frequência nas aulas. 
PLÁGIO É CRIME! 
ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL: 
Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
Afinal: 
O que é empreender? 
É almejar, 
planejar, 
calcular, 
administrar, fazer, refazer, corrigir...
Buscando o que? 
A realização. 
Porém a realização tem que ser ética para não prejudicar os outros, então se fez necessário a criasse regras jurídicas, ou seja, normas garantidas pelo Estado. 
Para isso a Constituição Federal de 1988 institui em seu artigo 5º, inciso II: 
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude lei.” 
O mais influente código comercial foi o francês de 1808, pois instituiu a Teoria do Ato de Comércio. O que significa esta teoria? 
Que qualquer pessoa capaz que praticar os atos de comércio de forma habitual e profissional, poderia ser qualificada como comerciante, mesmo que não fosse previamente aceita como membro da corporação de comerciantes. 
O código civil brasileiro diz: 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
O que é o Direito Comercial? 
Conforme Reis e Reis (2005, pág:03): 
Direito comercial é o conjunto de regras jurídicas que regulam as atividades das empresas e empresários comerciais, bem como os atos considerados comerciais, mesmos que esses atos não se relacionem com as atividades das empresas. 
Conforme Nerilo (2002), a principal lacuna da teoria dos atos de comercio consiste em não abranger atividades econômicas tão ou mais importantes que o comércio de bens, tais como a prestação de serviços, a agricultura, a pecuária e a negociação imobiliária, prestados de forma empresarial.
O código comercial brasileiro entrou em vigor em 1850 e esteve valendo até 11/01/2003, quando foi incorporado pelo código civil de 2002. 
A diferença básica para esta junção era que o direito comercial se regia pelos costumes do comércio, ou seja, fazer da mercancia a profissão habitual. Com a edição da Lei 10.406/02, juntou-se o direito comercial e o direito civil, reconhecendo que os atos jurídicos civis e comerciais tem a mesma natureza jurídica, com isso surge a Teoria da Empresa. 
A teoria da empresa é fruto da unificação dos direitos civil e comercial ocorrido na Itália, em 1942 com o surgimento do Códice Civile.
O direito empresarial surge assim, com esta junção. O direito empresarial é um ramo do direito privado, por que? 
Porque se refere a relações privadas, não há o interesse estatal nas negociações. 
O que é empresa? O que são empresários? 
A legislação diz que empresários ou sociedades empresárias são aquelas que exercem profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Quais os elementos que podemos tirar do conceito acima? 
Estrutura organizada: são os bens constituídos a partir do capital que se investe na empresa, ou seja, é a estruturação de bens materiais ou imateriais para a realização do objeto de atuação. 
Atividade profissional: sucessão continua e habitual de ações para a realização do negócio. 
Finalidade lucrativa: o objetivo é a produção de riquezas, ou seja, a atividade realizada visa o lucro. 
Identidade social: aquele que tem a existência socialmente reconhecida, por exemplo: a coca-cola fez isso...
Necessariamente tem que compor empresa? Não, pois há os profissionais autônomos e os artesãos. (art. 966 a 980).
O artigo 1.142 do CC, conceitua estabelecimento comercial que não se confunde com empresa: 
 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
 
O estabelecimento deve ser compreendido como um patrimônio especificado e organizado onde a empresa exerce o seu trabalho, é um elemento meramente estático. 
Empresário e sócio são sinônimos? 
NÃO! 
O sócio, juridicamente, não é empresário pois ele representa um capital. Este capital é dividido em quotas assim chamadas quando as sociedades são contratuais ou coorporativas e ações quando das sociedades anônimas e nas sociedades de em comandita por ações. 
SOCIEDADES
O contrato de sociedade é um negócio plurilateral, onde duas ou mais pessoas, naturais ou jurídicas, ajustam entre si a constituição de uma sociedade, que poderá ou não ter personalidade jurídica. 
Este conceito está previsto no artigo 981 do CC: 
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.
Interpretando:
Pessoas naturais: 
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Pessoas Jurídicas: 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Interpretando:
Personalidade Jurídica:
A personalidade jurídica é um atributo essencial para ser sujeito de direito (art. 1º do CC). Para a teoria geral do direito civil a personalidade é uma aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações. 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade
por ações; e, simples, a cooperativa. 
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. 
Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo. 
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. 
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação. 
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). 
Quais os elementos dos contratos de sociedade? 
1. DUAS OU MAIS PARTES
2. ACORDO DE VONTADES
3. OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS (DIFERENTE DAS ASSOCIAÇÕES)
4. FINALIDADE ECONÔMICA
5. PARTILHA DE RESULTADOS
6. NÃO HÁ FORMA PRESCRITA OU DEFESA EM LEI
7. A PERSONALIDADE JURÍDICA NÃO É UM REQUISITO
Princípio da autonomia patrimonial
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Princípio da autonomia patrimonial
Maria Helena Diniz: 
“no momento em que se opera o assento do contrato ou estatuto no Registro competente, a pessoa jurídica começa a existir, passando a ter aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações, a ter capacidade patrimonial, constituindo seu patrimônio, que não tem nenhuma relação com os sócios, adquirindo vida própria e autônoma. Todos os atos da pessoa jurídica serão tidos como atos próprios, consequentemente os atos praticados individualmente por seus sócios nada terão a ver com ela. A pessoa jurídica terá nome, patrimônio, nacionalidade e domicílio diversos dos de seus sócios”.
Princípio da autonomia patrimonial
Segundo Fábio Ulhoa Coelho “a quebra da sociedade será a perda do credor, pois é perfeitamente previsível que toda empresa está sujeita ao risco do insucesso e é, para ele, justo que todos os agentes econômicos suportem o prejuízo”.
Como sócios em regra não respondem por dívidas da empresa e esta não responde por dívidas dos sócios, a pessoa jurídica passou a ser, em alguns casos, utilizada para violar direitos, dando início à fase de superação da autonomia patrimonial.

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