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Direito Empresarial II AULA

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Cabo Frio, 14 de agosto de 2014.
DIREITO EMPRESARIAL II - AULA 1
EMPRESA: atividade economicamente organizada 
EMPRESÁRIO: Art. 966/CC, exerce, pode ser pessoa física (empresário individual) pessoa jurídica (sociedade empresaria ou EIRELI). 
SOCIEDADE LIMITADA: é um tipo societário.Pessoa jurídica pluripessoal, em regra, no mínimo com dois, pode ser empresaria ou não, cujo os sócios denominam-se cotistas. Pode ser de pessoas ou de capitais.
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS: Art. 1.052, a sociedade tem responsabilidade ilimitada (Art. 591/CPC), a responsabilidade limitado é dos sócios que é subsidiária, solidaria entre os sócios.
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DAS NORMAS DA SOCIEDADE SIMPLES - Art. 1.053/CC – sociedade limitada, está no cap IV/CC, sendo omisso – regras sociedade simples Art. 1.053 CP, se permanecer omisso, aplica-se a lei S/A por analogia, Art. 4º/LINDB. Se o contrato opta lei S/A Art. 1053, pu, aplica-se lei S/A
SOCIEDADE SIMPLES É REGISTRADA NO RCPJ OU OAB
EMPRESÁRIA É REGISTRADA NA RPEM
NOME EMPRESARIAL: nome jurídico do empresário.
- sociedade limitada: pode ter denominação social (nome que não é os sócios) ou firma social (razão social), no final LTDA ou limitada. Tem que vir o objeto mas não é obrigado vir o nome dos sócios.
para registro na Junta – obedece aos princípios da anterioridade e novidade. 
sociedade LTDA – origem – Alemanha
 			
- Natureza Jurídica: sociedade de pessoas	 (híbrida)		
- sociedade de capital (híbrida)
- regime jurídico: cap IV, omissos aplica lei s/a
Cabo Frio, 21 de agosto de 2014.
AULA 02 - DAS QUOTAS/COTAS
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS: a cota significa uma parcela indivisível do capital social, cuja entrada de bens ou dinheiro cada sócio contribuiu ou se comprometeu a contribuir para o capital social, passando, em regra, para a propriedade da sociedade limitada constituída.
Veda-se, a participação de sócios que contribuam apenas com a prestação de serviços, sócios de indústria, (§ 2º do artigo 1.055).
- Art. 1.052, CPC, subscrever é o compromisso de integralizar. 
- Sócio remisso - devedor da sociedade por não ter integralizado o capital social subscrito no prazo ou modo pactuado.
- natureza jurídica: direito patrimonial – lucro
 direito pessoal – votar, fiscalizar
SUCESSÃO DAS QUOTAS, art. 1.028/CC:
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota cotas (ver quanto vale em dinheiro através do processo de apuração de haver) e pagar aos herdeiros. salvo:
I - se o contrato dispuser diferentemente;
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
PENHORA DAS QUOTAS (divida pessoal do sócio): possibilidade através do art. 655/CC.
- art. 655, VI sociedade empresaria e art. 685/A § 4º/CPC : o demais sócios liquidam a divida e excluem o sócio – STF – observa-se se a sociedade é de pessoas (affectio societatis) primeiro possibilidade de remissão com preferência dos sócios e em segundo por terceiros (leilão) ou de capitais (sociedades anônimas não se conhecem) seção de cotas livremente. 
- art. 1.026/CC sociedades não empresarias: lucro em liquidação 
CESSÃO DAS QUOTAS, art. 1.057/CC: regra dispositiva (só se aplica se o contrato não prevê sobre cessões de cotas), primeiro para quem é sócio independente da ciência dos demais, para estranho precisa da anuência de ¼ dos demais. 
- para a cessão de cotas tenha eficácia tem que ter registro no RPEM ou RCPJ. 
- enunciado 225/CJF – quando ceder contas na:
RESPONSABILIDADES DO CEDENTE DE QUOTAS:
- Capital social: é a cifra correspondente ao valor que os sócios transferiram ou se obrigaram a transferir para sociedade. 
- Conceito: montante que vai formar a sociedade, podendo ser aumentado.
ATENÇÃO!!! CAPITAL SOCIAL = ESTÁTICO (dividas ativas) diferente de PATRIMÔNIO = DINAMICO (dividas passivas)
- Formação: integralizado com sócio incapaz, tem que ser imediata na constituição e no aumento de incapaz na forma do Art. 974 § 3º/CC.
* integralização – pode ser qualquer coisa que valha dinheiro, sendo bem imóvel (Art. 156§ 2º, I/CF) não paga ITBI. 
* princípio intangibilidade do Capital Social – intocável, não pode reduzir para pagar lucro aos sócios.
* princípio realidade do Capital Social – deve corresponder a realidade, tendo conseqüência jurídica para os sócios. Art. 1.055, § 1º/CC.
Cabo Frio, 28 de agosto de 2014.
AULA 02- PENHORA DAS COTAS = dívida pessoal de sócio (art. 655 VI CPCP)
- se sociedade LTDA de natureza simples, art. 1026 CC;
- se sociedade LTDA de natureza empresária;
 se de capitais = ingressa 3º;
 se de pessoas = direito de remissão
 = direito de preferência. (art. 685 A, § 4º CPC)
 = arrematação por 3º, ingresso por consenso (art.1026 § único CC).
AQUISIÇÃO DAS QUOTAS PELA SOCIEDADE: uma parte da doutrina capitaneada pelo Sérgio Campinho, diz que o CC não foi omisso, ele vedou, isso porque os artigos 1057 e 1058 nada falam com relação ao tema. A segunda orientação é defendida pelo Tavares Boba que diz que em algumas hipóteses e sob condições cumulativas exigidas pelo revogado artigo 8º do Decreto 3078/19 será possível nas seguintes hipóteses:
- se o contrato prevê expressamente;
- se os sócios autorizarem por unanimidade;
- se o contrato aplicar a Lei de S/A supletivamente (art. 30 – Lei 6404/76).
Alem dessas hipóteses, com base no principio da intangibilidade do capital social, essas quotas não poderão votar nem distribuir lucros, até que sejam readquirias por sócio ou terceiro que ingressa na sociedade.
AULA 3 – DOS SÓCIOS LTDA (cotista/quotista)
SÓCIO diferente ADMINISTRADOR diferente GERENTE!
CONCEITO: são exigidos no mínimo dois sócios, não existindo numero máximo. Podem ser pessoas jurídicas ou físicas.
NATUREZA JURÍDICA:
- Sócio: participante da sociedade;
- Administrador: representante (não representa porque não é procurador), sua responsabilidade dependerá da lei ou do contrato. Não pode contratar um mandatário (advogado) para representar a sociedade. Art. 1060 CC;
- Gerente: preposto da sociedade art. 1061 CC e 1172 CC – contratado.
ATENÇÃO!!! Pode haver sócio administrador, mas não sócio gerente (não existe mais essa nomenclatura).
DIREITO DOS SÓCIOS: a partir do momento que adquirem condição de sócio, passam a ter direito de duas naturezas:
- patrimoniais = receber lucros, em caso de haver;
- direito de participar do acervo liquidado da sociedade em caso de liquidação (falência, dissolução da sociedade).
- pessoais = voto em assembléia ou reunião.
Obs 1: direito de voto só é essencial nas sociedades contratuais;
Obs 2: direito de voto é essencial, mas não absoluto, art. 1074 § 2º CC;
- fiscalizar a sociedade;
- direito de preferência no caso de aumento de capital, art. 1081 § 1º CC;
- direito de retirada, art. 1077CC.
DEVERES DO SÓCIO E SÓCIO REMISSO:
- integralizar o capital inicial = quando ele deixa de integralizar suas cotas é notificado (mora ex persona), ele será sócio remisso (inadimplente). Ele se torna prejuízo porque todos os sócios se tornam solidários pela inadimplência desse sócio, art. 1058 CC ou 1004 CC.
- votar nas assembléias com boa-fé = ou seja, no interesse da sociedade. Decorre do dever de lealdade de todo sócio.
 Total = liquidação da sociedade e ao final pode gerar partilha
DISSOLUÇÃO Parcial = apuração de haveres, cálculo de quanto VALE A 
FIM DA RELAÇÃO PARTICIPAÇÃO do sócio excluído naquele momento
SOCIETÁRIA 
 
 HIPOTESES = art. 1004 § único CC (sócio remisso)
 Mortede sócio que pode não ocorrer (art. 1028 CC)
 Direito de retirada “direito de recesso”
RESOLUÇÃO DE UM SÓCIO PERANTE A SOCIEDADE = dissolução parcial:
EXCLUSÃO DE SÓCIO: exclusão de sócio pode ser judicial ou extrajudicial. A exclusão judicial dependerá de deliberação da maioria do capital social dos demais sócios. Motivos para exclusão judicial = incapacidade superveniente de algum sócio ou falta grave (gera defesa), art. 1085 § único. A exclusão extrajudiciária poderá acontecer se o sócio for considerado falido art. 1030 § único, suas cotas tenham sido liquidadas na forma do art. 1026 CC (hipótese de penhora), também pode descumprimento de obrigação societária.
Judicial = art. 1030 CC aplicável na LTDA;
Extrajudicial = art. 1030 e 1085 CC.
 
Cabo Frio, 04 de setembro de 2014.
AULA 4 – DA ADMINISTRAÇÃO DA LTDA
Conceito: órgão de gestão da sociedade. NJ = órgão;
Administrados: sócio ou não sócio. Pode ser um sócio ou mais, a sociedade que decide, arts. 1060(administrador + sócio) e 1061 (administrador – sócio) CC. O administrador pode ser PJ?
T. Borba e Requião = pode ser PJ (art. 5º, II CRFB/88);
Campinho: tem que ser PN – É DOUTRINARIAMENTE DOMINANTE!
- Impedidos de exercer a administração: aplicara as normas do art. 1011 CC quando a lei de LTDA não tratar desse assunto e o art. 147 da Lei 6404/76 quando for regido pela lei da SA
- Fim do exercício da função (art. 1063 CC): destituição em qualquer tempo do titular ou termino do prazo do contrato.
Poderes do administrativo: DIFERENTE DO PROCURADOR/MANDATÁRIO.
Responsabilidade dos administradores:
Atos “ultra vires” = tudo que fosse além do objeto social da sociedade era invalidado.
Teoria da aparência = razoável se esperar de uma sociedade com objeto social venda de tintas que se venda removedor/ pincel.
Conselho Fiscal: criado para fiscalizar a sociedade, é determinado no contrato social, os membros não precisam ser sócios e fiscalizam todas as áreas da sociedade.
Facultativo;
Fiscalizatório;
Composição = 3 ou mais membros e suplentes (art. 1066 § 1º, eleito em assembleia por maioria).
Atribuições (art. 1069 CC);
Responsabilidade (art. 1016 CC) SUBJETIVA. 
OBS: sócio (participante) DIFERENTE administrativo (presentante, assina pela sociedade) DIFERENTE gerente (art. 1172 CC – empregado, pessoa designada, atos ordinários.
Cabo Frio, 11 de setembro de 2014.
AULA 5 – DELIBERAÇÃO DA SOCIDADE NA LTDA
ASSEMBLEIA/REUNIÃO: é o órgão de expressão de vontade, deliberativo da sociedade ou LTDA. A reunião é menor formal que a assembleia, mas nas sociedades que tenham mais de 10 sócios a Assembleia é obrigatória. Art. 1072 § 1º.
ATENÇÃO! 
QUORUM DE INSTALAÇÃO = nº necessário para se instaurar a assembleia/reunião.
DIFERENTE DE
 QUORUM DE DELIBERAÇÃO = montante necessário que será necessário para aprovação da matéria a ser votada.
Quorum de deliberação art. 1076 CC: 
- designação de administrador não sócio (?061): unanimidade quando capital não estiver integralizado e 2/3 quando estiver integralizado;
- destituição de administrador sócio (1063 § 1º): capital de 2/3, se o contrato não dispuser diferente;
- modificação do capital social (incorporação, fusão, dissolução, cessação da liquidação, cisão – 1076): ¾ do capital social;
- designação de administrador em ato separado: não tem previsão expressa, sendo o quórum da maioria do capital social, art. 1076 II c/c 1072 III;
- nos demais casos previstos em lei ou no contrato serão por maioria absoluta dos presentes, se o contrato não dispuser de forma diferente;
- é preciso unanimidade para transformar a sociedade, art. 1114 CC. Mudança de nacionalidade, 1127 CC.
Os sócios votam por si ou podem designar mandatários: art. 1074 § 1º, se o mandatário estiver votando sobre um tema que lhe diga respeito que tenha interesse, seu voto será conflitante, e não terá validade. Art. 1074 § 2º. 
Se houver empate em matéria de deliberação tem divergência:
Modesto Carvalhoso: o empate importa em recusa na deliberação;
Fabio Ulhoa: baseado no art. 1053 § único, art. 1010 § 2º (SOCIEDADE SIMPLES) ou usar a Lei SA, art. 129 § 2º.
Sérgio Campinho: art. 1072 faz remissão ao art, 1010 § 2º.
EPP/ME – art. 70 Lei 123/06: estão dispensados de realizar assembleia ou reunião, exceto se o contrato dispuser diferente, na hipótese de exclusão de soicio ou em caso de risco a continuidade da sociedade.
Legitimidade de convocação da Assembleia, art. 1073 CC, sempre administrador. O prazo para convocação está no art. 1078.
PODEM CONVOCAR SE O AMINISTRADOS NÃO O FIZER:
- sócios (ordinária);
- titulares, + 1/5 do capital;
- conselho fiscal se houver (1069, inciso V).
FOMAS DE CONVOCAÇÃO, PUBLICAÇÃO (1074 – quórum de instalação: ¾ do capital social): 
A primeira convocação tem que ser com 8 dias de antecedência, a segunda poderá acontecer com qualquer número e terá 5 dias de antecedência. (ART. 1152 § 3º CC).
OBS: as formalidades do art. 1152 § 3º serão suprimidas se todos os sócios decidirem ou se declararem cientes por escrito do local, data, hora e ordem do dia. Art. 1073 ª 2º.
EFEITO DA DELIBERAÇÃO, art. 1072 ª 5º: as deliberações tomadas de acordo com a lei ou contrato vinculam todos os sócios.
QUEM DESISTIR, art. 1077: dependendo da matéria deliberada, o sócio que discordou do decidido ou não estava presente poderá se retirar/recesso.
QUANDO A ASSEMBLEIA DELIBERAR DE FORMA CONTRARIA A LEI OU AO CONTRATO: o art. 1080 vai impor aqueles que votaram nesse sentido responsabilidade ilimitada.
Cabo Frio, 18 de setembro de 2014.
AULA 6 – SOCIEDADES ANÔNIMAS
FASES:
- Privilégios: nessa fase, a constituição da S/A dependia de autorização do Estado que só concedia a poucos privilegiados.
O embrião das S/A foi a CIA HOLANDESA das Índias Orientais, que agregou inumeras CIAS de navegação menores que recebiam títulos, que foram denominadas ações, as quais serviam para este credor receber sua participação, limitar seu investimento e sua perda. A primeira S/A no Brasil foi é o Banco do Brasil.
- Autorização: nessa fase o Estado passou a controlar atraves de alguns critérios para autorização da constituição das S/A, aqui no Brasil a mudança da fase de privilégios para autorização ocorreu na vigencia do Código Comercial de 1850.
- Liberdade de constituição: começou com a vigencia da Lei 3150/90. No entanto, não significa que não sejam controladas.
CONCEITO DE S/A: é a sociedade que tem seu capital social dividido em ações e a responsábildiade dos sócios ou acionistas será limitado ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. Depois da integralização não há responsabilidade.
NATUREZA JURÍDICA: sociedade empresária por força de lei e independente da atividade desenvolvida, art. 982 § único CC.É uma sociedade de capitais, em regra, por inexistencia de “affectio societatis” (não interessa para os demais acionistas quem são os outros).
CARACTERÍSTICAS DA S/A:
- divisão do capital social em ações;
- responsabilidade dos acionistas limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas;
- objeto e social de natureza empresaria, art. 2º caput e § 1º e 2º da Lei 6404/76 e art. 982 § único CC;
- nome empresarial é sempre denominação, art. 3º (CIA Casa Branca ou Casa Branca S/A);
- constituida por no mínimo 2 sócios, art. 80, I Lei (HÁ EXCEÇÃO! Sociedade subsidiária integral – art. 251 da Lei);
- é composta por no minimo tres orgãos: deliberativo, administrativo e fiscalizatorio.
- é estatutária.
SOCIEDADES EM COMANDITA POR AÇÕES: está em desuso. É uma sociedade cujo capital também está em dividido em ações. Apesar, do CC dizer textualmente que elas continuam sendo regidas pela Lei da S/A (art. 1090 CC) esse capítulo do CC acabou por traçar algumas linhas gerais sobre esse tipo de sociedade.
O nome empresarial pode ser FIRMA ou DENOMINAÇÃO, apenas os sócios podem ser administradores.
O sócio que assumir a função dediretor responde obrigações sociais, contemporaneas a sua gestão.
Os demais sócios, que não exercem função de administrador vão ter responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Se houver mais de um diretor/administrador a responsabilidade sera solidária entre eles.
	
	LTDA
	S/A
	Legislação
	Art. 1052 a 1087 CC (cap. IV) omissões: art. 1053, caput ou § único CC
	art.1089 CC – lei especial lei 6404/76
	Natureza Jurídica
	Sociedade hibrida
	Socidade de capitais
	Integrante
	PF ou PJ
	PF ou PJ
	Objeto
	Empresária ou simples
	é sempre empresária (art. 2º 3º da lei 6404/76 e art. 982 § único CC
	Capital mínimo
	Em regra não exige
	idem
	Registro
	RCPJ ou RPEM
	RPEM
	Insolvencia
	Insolvencia ou falencia
	Falencia (se não estiver no art. 2º da lei 11101/05
	Recuperação
	Se empresaria, regular
	Se regular
	Integrante/sócio incapaz
	Pode sob condições art. 974, § 3º CC
	Pode, a ação term que estar integralizada art. 974 § 3º
	Responsábilidade dos sócios
	Subsidiaria, solidária e limitada ao capital social não integralizado
	Subsidiaria, não há solidariedade entre os acionistas.
Cabo Frio, 25 de setembro de 2014.
AULA 07 e 08 – COMPANHIA ABERTA OU FECHADA DE FORMAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL:
S/A DE CAPITAL ABERTO E FECHADO: art. 4º da Lei 6404/76 e art. 22 caput da Lei 6385/76. A companhia de capital aberta é aquela cujos valores mobiliários estejam admitidos a negociação no mercado de valores mobiliários (mercado de balcão ou bolsa de valores). Tem que ter registro junto ao CVM para fazer a negociação imobiliária. A fechada não possui esse registro. O art. 21 da Lei trata do tipo de registro da S/A aberta.
Pode uma S/A fechada transformar-se em aberta, mas para a aberta transforma-se em fechada ela deverá fazer OPA – oferta pública para cancelamento. 
O cancelamento do registro da S/A aberta poderá ocorrer por motivação da CVM (como uma sanção).
MERCADO DE CAPITAIS OU MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS: ele é composto por quem precisa captar recursos e de quem tem recursos a oferecer e entre estes situam-se os intermediários (instituições financeiras, banco, corretora de valores e etc) que vão operar nesse mercado.
É fiscalizado pelo Banco Central e CVM. O banco central, em regra, fiscaliza S/A e as instituições financeiras.
A CVM fiscaliza a formação, regularidade, emissão dos títulos que são colocados no mercado.
- mercado primário/originário: destina-se a títulos novos que são adquiridos pelos investidores;
- mercado secundário: segundo movimento dos títulos que saíram do mercado primário e assim serão colocados para revenda.
MERCADO DE BALCÃO: é responsável pela negociação fora da bolsa de valores por intermediários próprios do sistema de distribuição. Ele é composto por instituições financeiras e sociedades que tem como objeto social a distribuição ou a compra para revenda de valores mobiliários e também por agentes autônomos ou sociedades que façam também essa mediação na negociação.
A colocação no mercado primário SEMPRE vai acontecer no mercado de balcão, mas isso não significa que o mercado secundário é só a balsa de valores.
É fiscalizado pela CVM.
BOLSA DE VALORES / MERCADO NOVO (Newer Market): são entidades de natureza privada sob a forma de associação ou sociedade. Suas operações diárias são chamadas de pregão, onde as corretoras atuam em nome de seus clientes vendendo e comprando títulos. Somente sociedades registradas na CVM para esse fim podem ter suas ações admitidas na bolsa, que é um mercado secundário, onde não são negociadas ações novas. A S/A não coloca ação para ser vendida na bolsa de valores. O novo mercado não é uma instituição é uma idéia de origem Alemã que tem por objetivo distinguir na bolsa as ações que adotam determinadas regras no mercado.
BALCÃO ORGANIZADO: é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda com função fiscalizadora, regulamentar, registratória, consultiva e de fomento correlacionada ao mercado de títulos emitidos pelas S/A aberta. Sua função precípua é proteger o investidor. Art. 8º, I Lei 6385/76. A função registrar é de empresas que podem emitir e também os títulos emitidos.
A resolução 2690/2000 vai disciplinar a bolsa de valores. O valor imobiliário é todo contrato a titulo de investimento coletivo ofertado publicamente que gere remuneração.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM – Lei 638/76)
Cabo Frio, 02 de setembro de 2014.
CONTINUAÇÃO AULAS 7 e 8.
FORMAÇÃO DO CAPITAL: o capital corresponde em principio ao montante de bens que os subscritores conferiram a sociedade ao integralizar as ações, mas o capital social é uma cifra formal constante do estatuto social alterável apenas por decisão da sociedade. Uma parte desta pode ser destinada a uma reserva de capital para eventuais necessidades.
- Princípios:
Intangibilidade;
Realidade;
Unicidade (o capital social é único).
A composição do capital social pode ser integralizado em dineheiro art. 80, II Lei S/A, também em bens de qualquer natureza art. 7º Lei S/A (tem que passar por uma avaliação – art. 8º - lei de falência). 
A S/A também pode integralizar o capital em crédito, art. 10 Lei S/A, quem o faz responde pela solvência.
MODIFICAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL:
- formas de aumento do capital: pode ser modificado para aumentar ou diminuir de acordo com o principio da realidade. Arts. 166 e 168 Lei S/A
- subscrição de ações: significa capitar poupança popular pública ou privativamente. Para que uma sociedade delibere a subscrição de capital é exigido pelo art. 170 que já tenham sido integralizadas no mínimo ¾ do capital social. Essa hipótese de aumento de capital passara por três momentos:
> 1º = deliberação sobre aumento: assembléia ou conselho de adm. Quem determina pe o Estatuto. Vai especificiar montante, espécies e classes, preço e o prazo de subscrição;
> 2º = obtenção dos subscritores: aplica-se o mínimo de 10% (art. 80, I);
> 3º = homologação do aumento: terá outra assembléia.
O ato de subscrição é irretratável e tem natureza contratual, cuja eficácia é condicionada a subscrição integral.
- capitalização de reservas e lucros art. 169: os resultados positivos acumulados da S/A quando não distribuídos integralmente determinam o aumento do patrimônio liquido, que supera o capital social, é esse excesso que compõe as chamadas reservas ou lucros acumuladas. O aumento do capital social mediante capitalização de reservas e lucros consiste ba transformação dessas reservas para a conta do capital social com recursos da própria sociedade.
Ações com valor nominal aumenta-se apenas o valor da ação não a quantidade de ações.
Emitir nvas ações e distribui-las de forma gratuita e proporcionais a cada acionista (serão ações bonificadas) porque não precisam de integralização elas já nascem integralizadas “ações filhote” e suas sobras podem ser vendidas.
- capital autorizado: só assembléia poderá deliberar sobre, a assembléia não poderá deliberar.
- redução do capital (excesso/ irrealidade):
> excesso de capital social: quando a sociedade diminui ela se adequa o capital social da realidade não precisa de tanto capital social.
> irrealidade do capital: ocorre quando o capital social é muito superior ao patrimônio, chamado perda de capital. Desvalorização da sociedade.
Ressalvada as hipóteses do artigo 45 (reembolso) e o artigo 107 (acionista remisso), a redução do capital só se efetiva depois de publicada ata de assembléia geral que deliberou. Neste prazo, os credores quirografários poderão se opor. Após o prazo, a ata poderá ser arquivada no registro público de empresas artigo 174 Lei S/A.
Cabo Frio, 30 de outubro de 2014.
AULA 9 – CONSTITUIÇÃO DA S/A
3 etapas (Tavares Borba)= 1- providencias/requisitos preliminares
 2 – constituição propriamente dita
 3 – requisitos/formalidade complementares
1 – PROVIDÊNCIAS: são todos os requisitosexpostos no art. 80 da Lei S/A.
Incisos:
I – feito através do boletim de subscrição. Esse compromisso é feito com os fundadores e demais subscritores porque a sociedade ainda não existe. Esse ato de subscrição vincula a todos e é irretratável, mas só após a subscrição total do capital social é que vai nascer a S/A.
Pode ser publica ou privada.
PRIVADA, a doutrina chamara de subscrição simultânea ou instantânea porque as fases são mais concentradas e todos os subscritores são considerados fundadores art. 88 Lei S/A.
PÚBLICA, deverá ser assinada por todos os sócios fundadores e será chamada de constituição sucessiva, art. 82 a 87 Lei S/A, depende de duas exigências legais: 
~ registro na CM, se for banco terá que ser registrada também no Bacen, art. 18 Lei 4595/64.
Haverá também nessa fase a intermediação de uma Instituição Financeira contratada pelos sócios fundadores.
II – 10% no mínimo do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro. Podendo os sócios exigir mais. O estatuto pode prever valor maior, alguns institutos podem exigir mais como as Instituições Financeiras.
III – depósito do aporte deverá ser feito no BB ou em outra instituição autorizada pela CVM. O depósito fica vinculado a pessoa jurídica que será criado, se no prazo de 6 meses não houver consolidação da S/A o banco devolverá o dinheiro, art. 81 Lei S/A.
2 – FASE DE CONSTITUIÇÃO PROPRIAMENTE DITA: os fundadores convocam assembleia geral de constituição que deliberara a constituição da sociedade anomima, para isto a assembleia será exigido o quorum de instalação art. 87 S/A (1ª 50% do capital social, na 2ª convocação qualquer numero). Se tiver havido integralização de capital em bens haverá uma assembleia anterior a 1ª que nomeara perito ou empresa especializada que fará avaliação desses bens, arts. 8º e 86, nessa assembleia todos os subscritores terão direito a voto.
A S/A não se constituir se houver oposição de mais da metade do capital social, art. 87 §3º.
O estatuto social é indispensável tanto para o público quanto para a privada, art. 83.
No entanto, quando for pública o projeto do estatuto fica depositado na Instituição Financeira intermediadora e na particular deverá ser assinada por todos os subscritores do capital social,art. 88 § 1º.
O art. 84 trata do prospecto que só existe para subscrição pública.
3 – REQUISITOS/FORMALIDADE COMPLEMENTARES: tanto pública quanto particular. Primeiro deverá ser feito o arquivamento e publicação dos atos constitutivos (são levados ao RPIM), é neste momento que a S/A ganhará personalidade jurídica. Se for constituída por ass. Geral os documentos serão os do art. 95, se for por escritura pública, serão os documentos do art. 96.
O prazo será de 30 dias, art. 36 Lei 8934/94. Se o prazo for obedecido retroagirá, se não, contará a partir da data do arquivamento. Se houver integralização do capital com bens o documento de registro servirá para fazer averbação no RGI, da mesma forma se for um carro. A CRFB/88 art. 156 § 2º é uma hipótese de imunidade tributária.
AULA 10 - AÇÕES
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA: as ações são unidades do capital social, uma fração que atribui ao seu titular a condição de acionista que resulta em direitos e deveres perante a sociedade. Tem a NJ de bem móvel. O certificado tem eficácia apenas probatória, não é ele que dá ao acionista a condição de sócio.
AÇÕES COM OU SEM VALOR NOMINAL: arts. 13 e 14 S/A. Valor nominal é o preço da ação. Pode ser estipulado no Estatuto Social ou se não tiver será feito a divisão do capital social para achar o valor. Se a S/A não tiver valor nominal, deverá declarar art. 11 S/A.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES:
- Espécies:
= quanto à forma de circulação
~ nominativas: art. 20 e 31
~ escriturais: art. 34 não tem emissão de certificados, é uma subespécie de ação nominativa.
A S/A não é obrigada as três, mas terá que obter pelo menos a ordinária. As espécies são: fruição, preferências e ordinárias. Dentro delas podem ser criadas classes (ordinária, classe A...)
- Ordinárias: são normais, atribuem direitos comuns dos acionistas, mas o que diferencia uma espécie da outra são os direitos e vantagens, art. 15 lei S/A.
- Preferenciais: são sempre diferenciadas, normalmente combinam vantagens e desvantagens. A vantagem mais comum é a percepção de dividendos prioritários e a desvantagem mais comum é não ter direito a voto restrito.
 Art. 15 § 2º S/A (§ 2o O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas.),
Art. 111 § 1º S/A (§ 1º As ações preferenciais sem direito de voto adquirirão o exercício desse direito se a companhia, pelo prazo previsto no estatuto, não superior a 3 (três) exercícios consecutivos, deixar de pagar os dividendos fixos ou mínimos a que fizerem jus, direito que conservarão até o pagamento, se tais dividendos não forem cumulativos, ou até que sejam pagos os cumulativos em atraso).
- Fruição: são diferenciadas também, mas sua particularidade é que são ações que sofrem uma amortização total, ou seja, decorre de deliberação assembleiar ou autorização estatutária. Consiste na antecipação do acionista do valor que ele receberia a titulo de restituição do capital no caso de liquidação da sociedade. A amortização, valor da ação, pode ser total ou parcial, mas as ações de fruição só surgem da amortização total. 
Art. 44 § 5º S/A (§ 5º As ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição, com as restrições fixadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral que deliberar a amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da companhia, as ações amortizadas só concorrerão ao acervo líquido depois de assegurado às ações não a amortizadas valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente).
As ações de fruição são muito usadas nas ações por tempo determinado.
CIRCULAÇÃO DAS AÇÕES: 
- Regra geral = aberta. S/A é livre a circulação da ações, o acionista pode transferi lá para quem quiser, art. 36 e 29 § único. Na S/A fechada, art. 36 o estatuto pode estabelecer limitações como o direito de preferência. As S/A de capital aberto para transmissão das ações dependem da realização de no mínimo 30% do valor de emissão, art. 25 S/A. Na S/A de capital fechado pode fazer isso desde logo, respeitando apenas a realização inicial de 10% prevista no art. 80, II.
O art. 30 S/A – traz a possibilidade das ações serem objeto de direitos reais e ônus todos aqueles que podem ser aplicados a bens móveis porque as ações são bens móveis.
Os direitos que podem gravar as ações são: penhor, usufruto, fideicomisso, art. 39 e 40.
PERDA OU EXTRAVIO DE CERTIFICADO: a perda ou extravio de uma ação nominativa se resolve mediante emissão de 2ª via já que seu conteúdo é probatório e não constitutivo art. 38 S/A foi tacitamente revogado.
AMORTIZAÇÃO; RESGATE E REEMBOLSO: art. 44 e 45 S/A. todas as três são operações atrves das quais a S/A paga ao acionista o valor de suas ações.
- Resgate e amortização: subentendem a existência de lucros ou reservas livres e decorrem de autorização assembleiar ou estatutária.O RESGATE representa a recuperação da ação pela sociedade, que a retira definitivamente de circulação e redunda na redução do capital ou no aumento do valor das ações remanescentes, a operação de resgate deve corresponder ao valor real da ação (valor patrimonial ou de mercado). O art. 44 § 6º exige a manifestação da classe abrangida pela operação através de assembleia especial, se o estatuto não dispuser diversamente.
AMORTIZAÇÃO é o pagamento total ou parcial da ação (valor nominal ou de referência) como antecipação daquilo que o acionista receberia em caso de liquidação.
- Reembolso: é uma prerrogativa do acionista a ser exercida nas hipóteses que a lei lhe autoriza, lhe assegura o direito de recesso. Representa um direito do acionista dissidente de certas deliberações (arts. 137, 264 § 3º, 296 § 4º e art. 298, III), da assembleia geralcumprindo a sociedade promove lá a conta de lucros ou reservas ou inexistindo estas a conta do próprio capital. O valor a ser paga ao acionista quando houver reembolso será apurado segundo critérios no estatuto que não pode ser inferior ao valor patrimonial das ações.
AULA 11 – VALORES MOBILIÁRIOS
CONCEITO: todo contrato a titulo de investimento coletivo ofertado publicamente e apto a gerar remuneração.
DEBÊNTURES, art. 52 a 74: é um título de crédito que a S/A assume, é a menor fração de um empréstimo que a S/A contraiu. Forma alternativa que a S/A tem de captar recursos, mas não necessariamente implica em aumento de capital, podendo ou não ser conversível em ação. É um título de massa, pois não é emitida apenas uma e sim muitas. Só pode ser emitida em conjunto. Tem um regramento conjunto para cada lote de emissão de debêntures.
Somente as S/A e as comandita por ações poderão emitir debêntures. Não constituem parcela do capital social de uma S/A, exceto nas hipóteses de sua conversão em ações.
Ela tem data de vencimento e confere ao titular o direito a percepção de parcela em dinheiro da S/A já que ela constitui a menor fração de um empréstimo.
O seu pagamento pela S/A independe da existência de sobras da S/A, em caso de inadimplemento fica autorizada a sua execução, art. 53 e § único.
Ela poderá ser emitida com duas espécies de garantia, art. 58:
1 – Flutuante: privilégio geral;
2 – Real: será garantido por um bem específico. Tem que ter valor nominal, art. 54.
A debênture pode ter causa de correção monetária, art. 54 § 1º.
ÁGIO = valor agregado ao valor da ação como forma de “lucro”. Pois elas são negociáveis.
São títulos de renda fixa, podem assegurar três coisas: juros fixos ou variáveis, participação dos lucros e premio de reembolso.
Art. 56, essas assseguridades podem ser dadas unicamente ou todas juntas.
As debêntures da mesma serie devem ter prazo de vencimento estipulado na escritura de sua emissão.
Não obstante, a escritura pode prever amortização ou resgate antecipado total ou parcialmente.
Amortizar significa fazer cessar paulatimente à obrigação através de pagamentos parcelados e resgatar significa retirar as debêntures de circulação.
Debênture permanente: é aquela cujo vencimento está condicionado ao inadimplemento da obrigação de pagar juros da dissolução da sociedade ou outras condições prevista no título, art. 55 § 4º.
O art. 58 trata das garantias e espécies:
 
 Com garantia ------- flutuante real
DEBÊNTURES Comum = quirografária (não tem garantia, sem preferência)
 Subordinada aos demais credores.
Subordinada: tem credito que só tem preferência aos acionistas. 
Não existe limitação para emissão de debêntures.
Para essa emissão, a S/A precisa seguir algumas formalidades:
Depende de aprovação em assembleia geral (será fixada condições da emissão, art. 59;
Lavrar escritura de emissão (tem NJ de declaração unilateral de vontade, art. 61);
Registro no RPEM , no entanto se tiver garantia terá que registrar no respectivo órgão (RGI, DETRAN...)
Elas podem ser emitidas com a possibilidade de serem convertidas em ações, art. 57. Elas asseguram ao seu titular o direito de converte lás. Ela dá uma opção ao debenturista, ele pode esperar o prazo e receber o dinheiro ou antecipar e virar acionista. Esse direito a principio pode ser exercido a qualquer tempo e se antecipar o vencimento o crédito é substituído pela ação. As bases de conversão dever ser estabelecidas na assembleia e na escritura de emissão.
Toda vez que S/A emitir debêntures conversíveis em ação, o art 57 § 1º garantirá aos acionistas direito de preferência.
PARTES BENEFICIÁRIAS, art. 46 a 51: são títulos de criação da S/A que tem por finalidade a atribuição aos seus titulares do direito de participar dos lucros anuais, eles não se confundem com ações.
Não correspondem a qualquer contra partida. Por outro lado, os direitos privativos de acionistas, salvo os de fiscalizar não lhes podem ser atribuídos, também se diferem das debêntures porque não correspondem a um valor a ser exigido da emitente como reembolso, mas tão só um crédito eventual cuja efetividade permanece na dependência dos lucros de cada exercício.
As partes beneficiarias correspondem a classe única com os mesmos direitos, art. 46 § 4º.
A parcela dos lucros destinada a remuneração das partes beneficiarias devera ser indicada no estatuto e não pode ultrapassar 10 anos do lucro.
As CIA abertas podem emitir partes beneficiárias, só as fechadas.
O estatuto pode prever a conversão das partes beneficiárias em ações mediante capitalização de reserva especial criada (48 caput).
Quando as partes beneficiarias são distribuídas gratuitamente não pode ultrapassar os 10 anos.
Art. 49 estabelece requisitos do certificado das fases beneficiarias.
Ao art. 51 prevê a possibilidade de reduzir ou modificar as vantagens concedidas as partes beneficiarias, mas sua eficácia dependerá da aprovação da metade dos titulares em assembleia geral. O § 2º do art. 51 (ler e copiar).
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO, art. 75 a 79: os bônus autorizam ao seu titular durante determinado prazo o direito de adquirir ações da emitente a um preço de emissão determinado ou determinável, cada bônus permitira a subscrição de tantas ações quantas estiverem indicadas no respectivo certificado mediante o pagamento do preço de emissão convencionado.
Trata-se de um titulo de subscrição de ações, cabendo ao respectivo titular exercer ou não o seu direito segundo sua convivência.
Apenas as S/A que contenham autorização para aumento de capital social poderão emitir bônus de subscrição.
O art. 75 exige que sua emissão seja feita dentro dos limites do capital autorizado, o art. 76 atribui a assembleia ou conselho de ordem para deliberar sobre sua emissão.
O art. 77 § único atribui direito de preferência aos acionistas para subscrever a emissão de bônus.
Os bônus são títulos negociáveis e é possível ceder sua titularidade, art. 75 caput.
OPÇÃO DE COMPRA, art. 168 § 3º: ELA NÃO DEU A MATÉRIA!
COMERCIAL PAPERS E ADR’s: ELA NÃO DEU A MATÉRIA!

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