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DIARREIA AGUDA: 
DEFINIÇÃO: 
• Frequência evacuatória: > 3/dia 
• Consistência: fezes pastosas/ líquidas 
• Volume: > 200g/dia 
FISIOPATOLOGIA: Desequilíbrio entre a absorção de fluídos e a secreção deles. 
• Osmótica: Substância osmoticamente ativa (puxa a água para o seu interior → fezes amolecidas) e não 
absortivo. Cessa com o jejum → GAP osmótico aumentado (> 125 mOsm/kg) 
• Secretória: Aumento da secreção ou inibição da absorção hidroeletrolítica. Não cessa com o jejum → GAP 
osmótico normal ( 4 semanas 
ETIOLOGIA: 
• Infecciosa 
• Não infecciosa 
- 90% das diarreias → causa infecciosa viral. Bacterianas → casos mais graves. Efeito direto de toxinas → irritação 
da mucosa intestinal. Protozoários ou parasitas → não são muito frequentes. 
DIAGNÓSTICO: 
Quando investigar? 
• Diarreia persistente > 7 dias. 
• Sinais sistêmicos de alarme 
• Imunossuprimidos 
Labs: Hemograma, proteína total e fração (albumina), sódio/potássio e cálcio, glicemia, TSH e T4 (diarreia motora 
→ hiper e hipo). 
Exame de fezes: protoparasitológico, cultura (causa infecciosa), pesquisa de leucócitos, microscopia → sujeito a 
falhas,lactoferrina e calprotectina (marcador de inflamação → neutrófilos, com sensibilidade alta e utilizada 
para diferenciar diarreias inflamatórias e não inflamatórias) → S e E para detecção de neutrófilos fecais das 
diarreias inflamatórias. 
PADRÃO DE DIARREIA: 
• Alta: Delgado 
• Baixa: Cólon 
 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
• Criança até 2 anos → rotavírus 
• Crianças > 2 anos → Giardia lamblia, Shigella e Salmonella 
• Adultos → E. Coli 
• Ambiente hospitalar e imunocomprometidos → Clostridium 
ETIOLOGIA INFECCIOSA: 
Viral: Acometimento geral, perfil secretório, autolimitados 
• Norovírus → 1 dia de incubação. Vômitos, mialgia, diarreia, febre rara. Duração: 1-2 dias. 
• Rotavírus 
• Adenovírus →1 dia. Vômitos, diarreia, febre rara. Duração: até 12 dias. 
• Citomegalovírus → imunossuprimido/ transplantado. Causa diarreia grave. 
• Astrovírus → 1 dia. Apenas diarreia. Duração: 2-3 dias. 
• Calicivírus 
BACTÉRIAS: Produzem toxinas que invadem a mucosa → E. coli e Salmonella. 
• E. Coli → Tipo diarreia secretória: enteropatogênica, enterotoxigênica, enteroaderente. Diarreia exsudativa: 
êntero-hemorrágica, enteroinvasiva. 
o Entero-hemorrágica: E. coli O157:H7 → pode causar a síndrome hemolítica urêmica →falência 
renal associada a anemia hemolítica angiopática, trombocitopenia não imune. Início: 5-10 dias após 
a diarreia. Pode apresentar também: febre e sintomas neurológicos. 
• Salmonella 
• Campylobacter → pseudoapendicite 
• Shigella → ASSOCIADA A CONVULSÕES 
• Yersinia enterocolitica → pseudoapendicite 
• Staphylococcus aureus 
• Aeromonas 
• Vibrio cholerae 
• Clostridium 
QUADRO CLÍNICO: Diarreia líquida, náuseas, vômitos, dor abdominal, febre, desidratação, presença de sangue/ 
muco 
Sinais de gravidade: 
• Hipovolemia (desidratação moderada a grave) 
• Sinais de toxemia 
• Presença de sangue nas fezes 
• > 6 evacuações/ dia 
• Duração > 1 semana 
• Dor abdominal severa 
• Idosos e imunocomprometidos → pode merecer internação 
AVALIAÇÃO CLÍNICA: 
• Duração do episódio 
• Subtipo de pacientes 
o HIV 
o Idosos → comorbidades 
o Gravidade do quadro 
o Doença inflamatória (exsudativa) 
o Possível agente etiológico 
TRATAMENTO: 
• Hidratação → PARA TODOS 
• Dieta 
o Líquidos + sal + açúcar 
• Antibióticos → diarreias bacterianas (febre, grave, quadro prolongado). Saber o agente. 
• Antidiarreico → QUASE NUNCA 
o Ciprofloxacino 
o Levofloxacino 
o Azitromicina 
o Rifaximina 
• Suspeita de cólera → usar SEMPRE ATB → tetraciclina + azitromina. 
CLOSTRIDIUM: 
- Colite pseudomembranosa: maior incidência em pacientes internados mas também pode ocorrer em pacientes 
sem internação. 
• Bactérias anaeróbicas Gram positiva formadora de toxinas 
• Associada ao uso de antibióticos → cefalosporinas, clidamicina, quinolonas e aminoglicosídeos. 
FATORES DE RISCO DA COLITE: 
• Hospitalização 
• Antibióticos 
• Idade > 65 anos 
• Doença grave concomitante 
• Uso de inibidor de bomba de prótons → omeprazol 
• Nutrição enteral 
• Quimioterapia e transplante 
• Cirurgia no TGI 
- Pacientes assintomáticos → carreadores (maioria dos casos). Em pacientes internados: 20-50%; reservatórios, 
risco para abertura de quadros. 
Quadro grave: A nível sistêmico 
• Albumina → 15.000; irritação peritoneal 
• Cr 38 C 
• Instabilidade hemodinâmica 
Megacólon tóxico/ Colite fulminante: 
• Complicação grave 
• Muita inflamação no cólon → distensão → aumenta o seu tamanho (megacólon). Se romper ocasiona a 
peritonite fecal e morte. 
Diagnóstico: 
• PCR → detecta um ou mais genes. Gene tcdB → toxina B 
• Teste de cultura de tecido → padrão ouro (sensibilidade não tão boa) 
• Pesquisa de antígeno da GDH → maior sensibilidade 
• Coprocultura 
• Achados de pseudomembrana 
 
 
Quando usar loperamida? Em casos moderadamente graves, sem febre e não sanguinolenta. 
• Azitromicina: um macrolídeo seguro na gestação 
ESCALA DE BRISTOT:

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