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27/04/2015 1 Curso: Farmácia Prof. Jeandre Augusto Jaques 2 Glicose Posição central no metabolismo. Obtenção? Consumo: ◦ Eritrócitos. ◦ Células neurais. ◦ Hepatócitos. ◦ Tecido muscular e tecido adiposo. 3 Digestão e absorção de carboidratos Boca Amido/Glicogênio Estruturas menores Duodeno Oligossacarídeos Glicose Maltose Maltotriose Dextrinas α-amilase salivar α-amilase pancreática α(14) α(14) 4 Digestão e absorção de carboidratos Células epiteliais Maltose Maltotriose Monossacarídeos Dextrinas Lactose Sacarose Maltase α-1,6-glicosidase Lactase Sacarase Glicose Galactose Frutose 5 6 Receptores GLUT , hipocampo , eritrócitos Glicose ~ 5 mM 27/04/2015 2 7 Insulina e Glucagon Regulação das vias metabólicas Fígado; Tecido muscular; Tecido adiposo; Etc. 8 1. Glicólise 2. Gliconeogênese 3. Glicogenólise 4. Glicogênese 5. Regulação das vias 9 O que é? Para que serve? Onde ocorre? Quando ocorre? 10 1 glicose (6C) 2 piruvato (3C). Parte da energia livre da glicose é conservada na forma de ATP e NADH. ATP formado no nível do substrato. 11 Glicólise 10 Reações. FASE PREPARATÓRIA FASE DE COMPENSAÇÃO 12 27/04/2015 3 13 14 Rendimento líquido: 2 ATP por molécula de glicose. (4 ATP – 2ATP da fase de investimento) A energia também é conservada com a formação de 2 NADH por molécula de glicose. 15 Em organismos aeróbios ou em tecidos em condições aeróbias, a glicólise é apenas o primeiro estágio da degradação completa da glicose. 16 O piruvato formado na glicólise é mais adiante metabolizado por três rotas catabólicas: 1. É oxidado (- CO2) para gerar o grupo acetil da acetil-CoA que é completamente oxidado a CO2 no ciclo do ácido cítrico. Os elétrons originados dessas oxidações são transferidos ao O2 por uma cadeia de transportadores de elétrons na mitocôndria, formando H2O; 2. Outro destino é a sua redução a lactato por meio de fermentação láctica; 3. Em alguns tecidos vegetais e em certos invertebrados, protistas e micro-organismos como levedura da fabricação da cerveja e do pão, o piruvato é convertido, em hipóxia ou condições anaeróbicas, em etanol e CO2, na fermentação etanólica (alcoólica). 17 18 Em condições aeróbicas: ◦ NADH NAD+ + 2 elétrons (H- O2) H2O Em condições de hipóxia (pouco oxigênio): ◦ NADH NAD+ + 2 elétrons (H- ? ? ? ? ? ) Regeneração do NAD+ para que a oxidação da glicose continue! 27/04/2015 4 19 Problema!!! A falha na regeneração de NAD+ deixaria a célula carente de aceptor de elétrons para a oxidação de gliceraldeído-3-fosfato, e as reações geradoras de energia da glicólise cessariam. Portanto, NAD+ deve ser regenerado de alguma outra forma. 20 Solução!!! As células primitivas que viviam em uma atmosfera praticamente desprovida de oxigênio tiveram que desenvolver estratégias para obter energia de moléculas combustíveis em condições anaeróbicas. Muitos organismos mantiveram a capacidade de regenerar NAD+ na glicólise em condições anaeróbicas: ◦ NADH NAD+ + 2 elétrons (H- Piruvato) Lactato ou Etanol 21 Quando tecidos animais não podem ser supridos com oxigênio suficiente para realizar a oxidação aeróbica do piruvato e do NADH produzidos na glicólise (condição de hipóxia), NAD+ é regenerado a partir de NADH pela redução do piruvato a lactato. Alguns tecidos e tipos celulares (como eritrócitos, que não possuem mitocôndria) produzem lactato a partir de glicose mesmo em condições aeróbicas. A redução do piruvato por essa via é catalisada pela enzima lactato-desidrogenase. 22 elétrons O2 H2O NADH + H- (Piruvato) Lactato 23 Sem problemas estequiométricos! Na glicólise, a desidrogenação de duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato: 2 NAD+ 2 NADH. 2 NADH 2 NAD+ + 2 H- ( Piruvato) Lactato Sem variação líquida de NAD+ ou NADH! 24 Leveduras e outros micro-organismos fermentam glicose em etanol e CO2, em vez de lactato. A glicose é convertida a piruvato pela glicólise, e o piruvato é convertido a etanol e CO2 em um proceso de duas etapas. 27/04/2015 5 25 1ª etapa: o piruvato é descarboxilado em uma reação irreversível catalisada pela piruvato-descarboxilase. 2ª etapa: o acetaldeído é reduzido a etanol pela ação da álcool-desidrogenase, com o poder redutor fornecido pelo NADH derivado da desidrogenação do gliceraldeído-3-fosfato. Etanol e CO2- são os produtos finais da fermentação etanólica. 26 O que é? Para que serve? Onde ocorre? Quando ocorre? 27 Gestão de glicose! Estocar e consumir ou Produzir e mobilizar ? R: [glicose], insulina, glucagon, epinefrina. 28 A glicose do sangue é a principal ou a única fonte de combustível para alguns tecidos. Quais? Encéfalo 120 g de glicose/dia. ◦ Mais da metade de toda a glicose estocada como glicogênio nos músculos e no fígado. 29 Estoques de glicose ◦ Fígado + Tecido muscular nem sempre suficiente. Jejum ↓ glicogênio. Geração de glicose para atender a demanda: ◦ Gliconeogênese. ◦ Conversão de precursores não glicídicos em glicose. 30 Em mamíferos, a gliconeogênese ocorre principalmente no Fígado, e em menor extensão no córtex renal e nas células epiteliais que revestem internamente o intestino delgado. Precursores importantes: ◦ Lactato ◦ Piruvato ◦ Glicerol ◦ Aminoácidos glicogênicos. 27/04/2015 6 31 1ª reação Lactato Glicerol (na mitocôndria) A gliconeogênese e a glicólise são reciprocamente reguladas 2ª reação 3ª reação 32 1ª reação - A conversão de piruvato em PEP (requer duas reações); 2ª reação - A conversão da frutose-1,6- bifosfato a frutose-6-fosfato; 3ª reação - A conversão de glicose-6-fosfato em glicose. • Contorno das reações irreversíveis da via glicolítica: 33 Reação final da gliconeogênese, a desfosforilação da glicose-6-fosfato para formar glicose. Catalisada pela glicose-6-fosfatase (não há síntese de ATP), sendo a hidrólise de uma ligação éster fosfato. Esta enzima é encontrada nos hepatóticos (+ células renais + células epiteliais do ID), mas não é encontrada em outros tecidos, que são portanto, incapazes de fornecer glicose para o sangue. Se outros tecidos tivessem a glicose-6-fosfatase, esta atividade enzimática hidrolisaria a glicose-6-fosfato necessária para a glicólise nesses tecidos. 34 Excesso de glicose formas poliméricas de armazenamento: ◦ Glicogênio nos vertebrados e em muitos micro- organismos. ◦ Amido nas plantas. Glicogênio: Glc(α14)Glc Glc(α16)Glc -ramificações 35 Glicogênio Ubíquo. Tecido muscular (1-2 %): ◦ Fonte de energia para o músculo. Tecido hepático (até 10%): ◦ Função: reservatório para os tecidos extra-hepáticos; ◦ Quando é necessário? ◦ Particularmente importante para que células/tecidos? 36 O que é? Para que serve? Onde ocorre? Quando ocorre? 27/04/2015 7 37 As unidades de glicose das ramificaçõesexternas do glicogênio entram na via glicolítica pela ação de três enzimas: 1. Glicogênio-fosforilase; 2. Enzima de desramificação do glicogênio; 3. Fosfoglicomutase (isomerase). 38 Remoção, pela glicogênio-fosforilase, de um resíduo de glicose da extremidade não redutora de uma cadeia de glicogênio. Este processo é repetitivo; a enzima remove sucessivos resíduos de glicose até que alcance a quarta unidade de glicose antes de um ponto de ramificação. 39 2 reações para a remoção das ramificações: ◦ Remoção dos resíduos α(14) da ramificação; ◦ Hidrólise da ligação α(16). Glicogênio-fosforilase continua a catálise. 40 Glicose-1-fosfato glicose-6-fosfato. Destinos da glicose-1-fosfato? ◦ Músculo? ◦ Fígado? 41 A reação catalisada pela fosfoglicomutase. (1) A enzima doa seu grupo fosforil para a glicose-1-fosfato, produzindo glicose-1,6-bifosfato. (2) Em seguida, , o grupo fosforil do C-1 da glicose-1,6-bifosfato é transferido de volta para a enzima, restaurando a fosfoenzima e produzindo glicose-6-fosfato. 42 Os resíduos próximos a uma ramificação são removidos por um processo em duas etapas que requer a enzima de desramificação bifuncional. -Na primeira a atividade de transferase da enzima remove um bloco de três resíduos de glicose da ramificação para uma extremidade não redutora próxima, o qual é religado por uma ligação (α14). -O resíduo remanescente no ponto de ramificação, em ligação (α16), é então liberado como glicose livre pela atividade de glicosidase (α16) da enzima de desramificação. 27/04/2015 8 43 NÃO ESQUEÇA QUE ... No fígado, a degradação do glicogênio serve PARA liberar glicose para o sangue quando a glicemia diminui, como acontece entre as refeições. Requer: glicose-6-fosfatase, particularmente presente no fígado, mas não em outros tecidos. O músculo e o tecido adiposo não podem converter a glicose-6-fosfato em glicose, pois não possuem a glicose-6-fosfatase e, por isso, estes tecidos não fornecem glicose para o sangue. 44 O que é? Para que serve? Onde ocorre? Quando ocorre? 45 1. Fosfoglicomutase; 2. UDP-glicose; 3. Glicogênio sintase; 4. Enzima de ramificação; 5. Glicogenina. 46 A síntese de glicogênio ocorre em quase todos os tecidos animais, mas é mais importante no fígado e no músculo esquelético. O ponto de partida para a síntese de glicogênio é a glicose-6-fosfato. Glicose Glicose-6-P Glicogênio Lactato (eritrócitos) 47 Glicose-6-P Glicose-1-P Glicose-1-P UDP-Glc Doador de resíduos de glicose na reação catalisada pela glicogênio-sintase. Transferência da glicose da UDP-glicose para uma extremidade não redutora de uma molécula ramificada de glicogênio. Fosfoglicomutase UDP-Glc-pirofosfatase 48 Na glicogênese, a cadeia do glicogênio é alongada pela glicogênio-sintase. A enzima transfere o resíduo de glicose da UDP-glicose para a extremidade não redutora de uma ramificação para fazer uma nova ligação (α14) 27/04/2015 9 49 A glicogênio-sintase não pode formar as ligações (α16) encontradas nos pontos de ramificação do glicogênio. Enzima de ramificação: ◦ Ramificação contendo pelo menos 11 unidades de Glc.; ◦ Fragmento terminal de 6-7 monômeros; ◦ Grupo -OH do C-6 de um res. de glicose em uma posição mais interna do polímero. 50 Glicogênio-sintase polimeriza as extremidades não- redutoras. Efeito biológico da ramificação: ◦ Mais sítios acessíveis à glicogênio-fosforilase ou à glicogênio- sintase, que agem somente nas extremidades não redutoras. 51 A glicogênio-sintase não consegue iniciar uma cadeia de glicogênio “de novo”. A proteína glicogenina é ao mesmo tempo o iniciador, sobre o qual são montadas novas cadeias, e a enzima que catalisa essa montagem. 52 Síntese de uma nova molécula de glicogênio Transferência de um resíduo de glicose da UDP- glicose para a glicogenina, catalisada pela própria proteína/enzima. Gligonenina: também alonga a cadeia pela adição sequencial de + sete resíduos de glicose, cada um derivado de uma UDP-glicose. Neste ponto, a glicogênio-sintase age, alongando ainda mais a cadeia de glicogênio. 53 A glicogenina e a estrutura da partícula do glicogênio. Primeiramente, uma molécula de glicose proveniente da UDP-glicose é ligada ao grupo –OH de um resíduo de tirosina da glicogenina, pela atividade glicosiltransferase da própria proteína. Através da atividade de extensão de cadeia a glicogenina repete este processo de adição de monômeros de glicose até formar uma molécula nascente de glicogênio com oito resíduos de glicose unidos por ligações glicosídicas (α14). 54 A B C D PFK-2/F-2,6-BPase E F 27/04/2015 10 55 56 Isoformas com propriedades diferentes: Km (glicose) Hexocinase I < 0,1 mM Hexocinase II < 0,1 mM Hexocinase III < 0,1 mM Hexocinase IV 7-10 mM (S0,5) Glicose: ~ 5 mM (-) Glicose-6-P (+) Pi Menos sensível 57 Hexocinase IV (Glicocinase) Células β-pancreáticas Tecido hepático Regulação por sequestro nuclear (fígado): ↑ Glicemia ↑ Insulina ↑ transcrição GK-RP [Glicose] < 5 mM 58 1. ↓ Glicemia Glucagon ↑ Transcrição. 2. [Glicose-6-P] basal ~ 0,2 mM Gliconeogênese ↑ [Glicose-6P] Km ~ 3 mM 59 60 Fosfofrutocinase-1 (PFK-1) Comprometetimento com a glicólise. AG e corpos cetônicos ↑ [citrato] 27/04/2015 11 61 Frutose-1,6-Bifosfatase (FBPase-1) Gliconeogênese. 62 Fosfofrutocinase-2/Frutose-2,6-bifosfatase Atividades reciprocamente reguladas: ◦ Insulina e glucagon. 63 Regulação alostérica e covalente reversível. Somente o fígado 64 No tecido muscular Adrenalina ↑[AMPc] PKA. Ativação da glicogenólise. Ativação da glicólise (≠ fígado). (+) Glicogenólise (+) Glicólise 65 1. Piruvato-carboxilase ◦ (+) Acetil-CoA 2. PEP-carboxicinase ◦ Jejum Glucagon ↑ transcrição. ◦ ↑ Glc Insulina efeitos opostos. 66 Baixa energia Alta energia Intermediários de * *Hexocinase IV / Glicocinase – pouco sensível , frutose-2,6-BP 27/04/2015 12 67 68 Glicogênio-fosforilase Regulação alostérica e covalente reversível. PKA ativa a cinase da fosforilase. Fosforilase ativa! (-) Glicose * Bloqueia o sítio de ligação do AMP. *ATP ---------- (-) 69 Glicogênio-fosforilase Músculo ◦ Adrenalina PKA ativa Fígado ◦ Glucagon PKA ativa ◦ Adrenalina PKA ativa 70 (-) Glicose Expõe os resíduos fosforilados à PP1 inativação 71 Músculo 72 Glicogênio-sintase 27/04/2015 13 73
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