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L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 Contrato de Trabalho ---------------------------------------------------- 01 Remuneração ------------------------------------------------------------ 03 Jornada de Trabalho --------------------------------------------------- 06 Alteração do Contrato de Trabalho --------------------------------------- 11 Suspensão do Contrato de Trabalho ------------------------------------- 12 Extinção do Contrato de Trabalho --------------------------------------- 13 Sumário: @resumebiaoab L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 É o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. a)De direito privado: Celebrado entre particulares. b)Intuitu personae: Desenvolve-se de forma pessoal em relação a um dos sujeitos, no caso, o empregado. c)Consensual: Nasce da manifestação da livre vontade das partes. d)Sinalagmático: Gera obrigações recíprocas às partes. e)Sucessivo ou continuado: As obrigações dele decorrentes se prolongam no tempo. f)Oneroso: Previsão de perdas e vantagens econômicas para ambas as partes. g)Principal: Admite da existência de contratos acessórios. a)Capacidade das partes: As partes do contrato de trabalho devem ser capazes. Atenção à capacidade do empregado! A capacidade plena é alcançada com os 18 anos. Entre 16 e 18 anos situa-se a incapacidade relativa, sendo necessária a assistência dos pais ou responsáveis na celebração do contrato de trabalho. O menor de 16 anos é incapaz para celebrar o contrato de trabalho. @resumebiaoab 01 CaracterísticasCaracterísticas ElementosElementos Atenção! Aprendiz: A capacidade também será alcançada com os 18 anos, sendo possível celebrar contrato de aprendizagem até os 24 anos. Entre 14 e 18 anos existirá a capacidade relativa para celebrar esse tipo de contrato. E será considerado incapaz para celebrar o contrato de aprendizagem o menor de 14 anos. b) Objeto lícito: O trabalho executado por força do contrato de trabalho não pode ser caracterizado como atividade criminosa ou contravenção legal, pois nesses casos, caracterizará a ilicitude do objeto. c) Forma: O contrato de trabalho não é formal (não é solene), podendo ser verbal e até tácito. O que importa é que estejam presentes as características da relação de emprego: pessoalidade, não eventualidade, subordinação e remuneração. Atenção! O contrato que trata de trabalho insalubre, perigoso ou noturno só poderá ser celebrado por maior de 18 anos. O menor de 18 anos, nesses casos, será considerado incapaz. Atenção! A contratação de empregado sem a observância de tais regras relativas à capacidade configurará irregularidade que torna o trabalho proibido. Nulidades do Contrato de Trabalho:Nulidades do Contrato de Trabalho: No caso de trabalho proibido, o contrato de trabalho será nulo. Essa nulidade será ex nunc (não retroage), ou seja, apenas a partir da decretação da nulidade é que o contrato vai ser suprimido do mundo jurídico; os efeitos trabalhistas decorrentes do contrato são verificados e assegurados até a decretação da nulidade. Porém, se for o objeto do contrato for ilícito, a nulidade terá efeito ex tunc, atingindo o contrato desde sua origem até a decretação da nulidade. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 02 Prova do Contrato de Trabalho:Prova do Contrato de Trabalho: As anotações feitas pelo empregador na CTPS do empregado geram presunção apenas relativa de veracidade, podendo ser elididas por prova em contrário. Sobre a CTPS: É o documento de identificação do trabalhador e dela devem constar todos os dados relativos ao contrato de trabalho, tais como indicação do empregador, da data d contratação, da função e da remuneração. Atenção! É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua CTPS. Duração do Contrato de Trabalho:Duração do Contrato de Trabalho: O contrato de trabalho pode ser por prazo indeterminado, determinado ou para prestação de trabalho intermitente (art. 452-A da CLT). Súmulas importantes: Súmula 363 do TST: A contratação de empregados públicos sem prévia aprovação em concurso público gera a nulidade do contrato de trabalho, apenas conferindo ao trabalhador direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. Súmula 386 do TST: Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legitimo o reconhecimento da relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente de eventual penalidade disciplinar, prevista no Estatuto do Policial Militar. a)Contrato de trabalho por prazo indeterminado: É a regra geral. Não contém determinação quanto à sua vigência. b)Contrato por prazo determinado: Somente pode ser celebrado excepcionalmente, sendo válido apenas quando se tratar de: i. Serviços cuja natureza transitoriedade justifique a predeterminação de prazo; ii. Atividades empresariais transitórias; ou iii. Contrato de experiência. Atenção! Como regra, o prazo do contrato por prazo determinado não poderá exceder 2 anos, salvo no caso de contrato de experiência, que tem prazo de 90 dias. O contrato por prazo determinado que tenha duração inferior ao prazo máximo previsto em lei poderá ser prorrogado uma única vez, respeitado o limite máximo de duração (2 anos – 90 dias). Ocorrendo mais de uma prorrogação ou sendo extrapolado o máximo de duração previsto por lei, o contrato será considerado como por prazo indeterminado. É vedada a celebração sucessiva de contrato a prazo, ainda que com pequeno interregno entre eles. Assim, considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 meses, a outro contrato por prazo determinado, exceto se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou realização de certos acontecimentos. Atenção! Rescisão Antecipada: a) De iniciativa do empregador: Deverá indenizar o correspondente à remuneração a que o empregado teria direito até o término do contrato, pela metade. b) De iniciativa do empregado: Deverá indenizar o correspondente ao valor dos prejuízos que deste fato resultarem ao empregador, não podendo tal indenização exceder àquela que seria devida no caso de rescisão antecipada por iniciativa do empregador. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 03 É o conjunto de todas as verbas recebidas pelo empregado como contraprestação dos serviços prestados. É pago pelo empregador (salário) ou por terceiros (gorjetas). Gorjetas: As empresas que cobrarem gorjeta deverão anotar na CTPS e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta. Essas indenizações não serão devidas na hipótese do contrato conter cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada. Súmula 363 do TST: Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT. Deve ser anotado também na respectiva CTPS o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referentes aos últimos 12 meses. As gorjetas não constituem renda própria dos empregadores, destinando-se aos trabalhadores, e será distribuída conforme critérios de custeio e rateio definidos em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. As gorjetas integram a remuneração, para todos os efeitos legais, porém não servem de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, horas extras repouso semanal. Verbas que integram o salário: 1. Comissões 2. Gratificações legais Exemplo: Gratificação por Exercício de Função Paga Não consiste em gratificaçãolegal, aquela paga pelo empregador ao empregado, ainda que de forma habitual, não integra o salário. Verbas que não integram o salário: 1. Ajuda de custo 2. Auxílio alimentação (exceto por força do contrato de trabalho) 3. Prêmio-bônus 4. Abonos (adiantamentos) 5. Diárias para viagem Participação nos Lucros ou Resultados (PLR): Consiste em direito dos trabalhadores urbanos e rurais. É desvinculado da remuneração. A PLR deve ser objeto de negociação coletiva entre a empresa e seus empregados, mediante um dos seguintes procedimentos escolhidos pelas partes em comum acordo: a.Comissão escolhida pelas partes, integrada por um representante do sindicato. b.Convenção ou Acordo Coletivo. É vedado o pagamento da PLR em periodicidade inferior a um semestre civil ou mais de duas vezes no mesmo ano civil. Não estão obrigados a pagar PLR: a.Empregador pessoa física. b.Entidade sem fins lucrativos. Formas de Pagamento do Salário: 1. Salário por Tempo: É pago em razão do tempo que o empregado permanece à disposição do empregador, independente dos serviços executados. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 04 2. Salário por Produção: O tempo trabalhado não é importante, mas sim a quantidade de resultado do trabalho. Exemplo: Valor pago por peça produzida, percentual sobre cada venda realizada. 3. Salário por Tarefa ou Salário Misto: É o salário pago levando em consideração o tempo, mas com a obrigação de produzir, dentro dele, um resultado mínimo. Meios de Pagamento do Salário: 1.Pagamento em moeda corrente: Na legislação brasileira, esse pagamento é obrigatório. 2.Pagamento em cheque ou em depósito bancário: É permitido, mas deve obedecer a requisitos. 3.Pagamento em utilidades: É o pagamento “in natura”. O salário deve ser pago metade em dinheiro (mínimo de 30%) e metade em utilidades. Os bens “in natura” que o empregador fornece ao empregado para possibilitar ou facilitar a execução do trabalho, não são salário e não integram a remuneração. Exemplo: vestuário, educação, transporte, assistência médica, habitação, energia, veículo (mesmo que utilizado em atividades particulares) não tem natureza salarial. Regras de Proteção ao Salário: a) Periodicidade do pagamento: O salário deve ser pago em períodos máximos de um mês. Deve ainda ser pago até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. Se esta data for ultrapassada, incidirá o índice de correção monetária do mês subsequente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º. b) Inalterabilidade: O salário não pode ser alterado em relação à sua forma, forma de cálculo e meios de pagamento, quando for salário por produção ou salário por tarefa. c) Irredutibilidade: O salário não pode ser reduzido (salário por tempo) e nem haver redução da tarifa usada como base de seu cálculo (salário por tarefa ou salário por produção). Atenção! Poderá ser reduzido mediante Acordo ou Convenção Coletiva do Trabalho. d) Impenhorabilidade: É impenhorável, salvo para pagamento de prestação alimentícia. e) Intangibilidade: Podem ser descontados: - Adiantamentos, valores previstos em lei ou em normas coletivas. - Valor dos danos culposamente causados pelo empregado ao empregador, mediante acordo. - Valor dos danos dolosamente causados pelo empregado ao empregador, independente de acordo. f) Pagamento em moeda corrente: Deverá ser pago em moeda corrente do país. Considera-se não feito, o pagamento realizado sem observância dessa regra. Tipos de Salário: a) Salário Mínimo: Direito de todo trabalhador e fixado valor por lei. É vedada a vinculação deste para qualquer fim. b) Salário Profissional: É o valor mínimo fixado por li que pode ser pago ao trabalhador de determinada profissão regulamentada. c) Salário Normativo (ou piso da categoria): É fixado em norma coletiva (sentença ou convenção) sendo o valor mínimo do salário que pode ser pago ao trabalhador integrante de determinada categoria profissional. d) Salário Complessivo: É o valor único que quita o salário e diversos títulos decorrentes do contrato. É vedado por nosso ordenamento jurídico. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 Equiparação Salarial: Proíbe diferença de salário em razão de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. “A todo trabalhador de igual valor deve corresponder salário igual.” Requisitos: a)Trabalho para o mesmo empregador; b)Trabalho no mesmo estabelecimento; c)Trabalho com idêntica função (mesmo que tenha denominação diferente); d)Diferença de tempo de serviço para o empregador não superior a 4 anos e a diferença de tempo na função não seja superior a 2 anos. e)Trabalho com a mesma produtividade, perfeição técnica e condições de trabalho. - A equiparação só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos. - Nas empresas com quadro organizado de carreira ou plano de cargos e salários, não cabe pedido de equiparação salarial. 13º Salário ou Gratificação Natalina É garantido a todos os empregados urbanos, rurais ou domésticos. - O valor do 13º equivale ao valor da remuneração normal que o empregado recebe em dezembro, desde que tenha trabalhado o ano todo. Caso contrário, o 13º será proporcional. - O 13º deve ser pago em 2 parcelas: A primeira entre fevereiro e novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro. - A primeira parcela poderá ser paga junto com as férias, se requerido o adiantamento pelo empregado em janeiro do correspondente ano. - O 13º proporcional será devido nas seguintes hipóteses de rescisão: a)Dispensa sem justa causa; b)Pedido de demissão; c)Término de contrato por prazo determinado; d)Aposentadoria; e)Morte (pago aos herdeiros ou dependentes). @resumebiaoab 05 - Não tem direito ao 13º: Dispensa por justa causa. - Se a dispensa ocorreu por justa causa e a primeira parcela do 13º já foi paga, o valor correspondente pode ser descontado das verbas rescisórias. - Em caso de culpa recíproca, o empregado recebe 50% do 13º salário proporcional. Adicionais de Remuneração: São acréscimos salariais decorrentes de situações específicas de trabalho mais gravosos do que os normais. Adicionais legais. Adicional de Hora Extra: Devido ao empregado, cuja duração de trabalho ultrapassar a duração normal. Valor do adicional: 50% sobre o salário normal. Sendo pago com habitualidade, integra a remuneração do empregado. Horas extras pagas habitualmente por mais de um ano: Se suprimidas pelo empregador, será devido ao empregado uma indenização pela supressão. Adicional Noturno: Devido ao empregado que trabalhar no período noturno. Horário noturno: Empregados Urbanos e Domésticos: Das 22h às 5h. Empregados Rurais: Das 21h às 05h (agricultura) e das 20h às 04h (pecuária). Valor do adicional: 20% (urbanos e domésticos) e 25% (rurais). Duração da hora noturna: 52 minutos e 30 segundos (urbanos e domésticos). Sendo pago habitualmente, integra a remuneração do empregado. A transferência para o período diurno implica na perda do adicional noturno. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab Não é válida a cláusula de acordo ou convenção fixando-o em percentual, inferior ao estabelecido e proporcional ao tempo de exposição do risco. Adicional de Penosidade: Não foi regulamentado ainda. Atenção! O empregado que trabalhar em condições insalubres e perigosas ao mesmo tempo, deverá optar por um dos adicionais, não podendo receber os dois ao mesmo tempo. 06 Adicional de Transferência: Devido no caso de transferência provisória, enquanto perdurar. Valor do adicional: 25% sobre o valor contratual do empregado. Integra a remuneração do empregado. Cessando a transferência e retornando o empregado para a localidade originalde trabalho, cessa o pagamento do adicional. As despesas com a transferência são sempre por conta do empregador. Não se confunde com o pagamento do adicional de transferência e que tem outra finalidade. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho, não exclui o direito ao adicional. Adicional de Insalubridade: Devido ao empregado que trabalhar em condições que ofereçam risco à saúde, acima dos limites de tolerância. Requisitos: a) Intensidade do agente; b) Método de utilização do agente; c) Tempo de exposição; d) Limites de tolerância; e) Utilização de equipamentos de proteção. Observação: A insalubridade deve ser apurada mediante perícia. Valor do adicional: 10%, 20% e 40% sobre o salário mínimo, dependendo do grau de exposição (mínimo, médio e máximo). Integra a remuneração do empregado. Cessará com a eliminação do risco à saúde, sendo lícita a supressão do seu pagamento. Convenção ou Acordo Coletivo pode dispor sobre grau de insalubridade sem licença prévia das autoridades competentes. Adicional de Periculosidade: Devido ao empregado que trabalhar em condições que ofereçam risco à vida. Requisitos: a) Contato com explosivos, inflamáveis ou energia elétrica; b) Exposição a roubos ou outras espécies de violência física; c) Trabalho com motocicletas; d) Exposição a radiação ionizante ou substância radioativa. Valor do adicional: 30% sobre o salário contratual do empregado, excluídas as gratificações, prêmios e PLR. Integra a remuneração do empregado. Cessará com a eliminação do risco, sendo licita a supressão do seu pagamento. Observações: Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento permanecerem a bordo, não tem direito ao adicional de periculosidade. É devido em caso de exposição permanente ou intermitente, e não é devido em exposição fortuita ou habitual. É o período de um dia no qual o empregado permanece à disposição do empregador, trabalhando ou aguardando ordens. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 07 Atenção! Não se consideram como tempo à disposição do empregador: Os períodos em que o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa, para exercer atividades particulares, como descanso, lazer, práticas religiosas, estudo, alimentação, atividades de relacionamento, higiene pessoal e troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Atenção! Não é incluído na duração da jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador, o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador. Jornada Normal: A duração da jornada normal é limitada a 8 horas diárias e 44 horas semanais – jornada normal máxima. Jornadas Especiais: É a jornada fixada por lei, por acordo coletivo de trabalho, por convenção coletiva de trabalho ou por contrato de trabalho, com duração inferior à jornada normal máxima. São exemplos de jornadas especiais: a) Turnos ininterruptos de revezamento: O trabalho em turnos de revezamento é o que é prestado com alternância de horário de trabalho. A jornada de trabalho neste caso de 6 horas diárias, salvo negociação coletiva. b) Trabalho em regime de tempo parcial: É aquele cuja duração não exceda à: 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais; ou 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimos de até 6 horas suplementares semanais. Em contrato de trabalho em regime de tempo parcial que estabeleça jornada semanal inferior a 26 horas, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras, estando também limitadas a 6 horas suplementares semanais. As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal: Serão pagas com o acréscimo de 50% sobre o salário hora normal. Poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução. Caso não sejam compensadas, a quitação das mesmas deverá ser feita na folha de pagamento do mês subsequente. O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. Sobreaviso: O empregado em sobreaviso é aquele que permanece fora da sua jornada de trabalho em local previamente ajustado com o empregador, aguardando eventual convocação para a execução de serviços. A remuneração será de um terço do salário normal, mas se o empregado for chamado ao serviço, deverá ser remunerado de acordo com a remuneração normal, com a incidência dos adicionais cabíveis (de hora extra ou noturno). Cada escala de sobreaviso será de no máximo 24 horas. Prontidão: Considera-se como tempo de prontidão aquele em que o empregado fica nas dependências da empresa, aguardando ordens. A remuneração no período de prontidão é de dois terços do salário-hora normal e a escala de prontidão será de, no máximo, 12 horas. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 08 Controle de horário: Os estabelecimentos com mais de 20 empregados são obrigados a efetuar o controle de horário de entrada e saída dos trabalhadores. Na hipótese de reclamação trabalhista através da qual o trabalhador alega trabalho em horas extras pleiteia o respectivo pagamento, a não apresentação injustificada pelo empregador, que conta com mais de 10 empregados, dos registros da jornada de trabalho geram presunção relativa de veracidade da jornada alegada pelo trabalhador, a qual poderá ser elidida por prova em contrário. Não serão descontados e nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de 10 minutos diários. Contudo, os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e de saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. Jornada Extraordinária: É aquela prestada além da jornada normal de cada empregado, máxima ou especial. Deve ser prestada apenas excepcionalmente. Requisitos: a)Existência de acordo de prorrogação de jornada: Deve ser necessariamente escrito e pode ser celebrado individualmente (entre empregado e empregador) ou coletivamente (mediante negociação coletiva). b)Cumprimento de no máximo 2 horas extras: Nos dias em que houver trabalho em horas extras, este não poderá ultrapassar 2 horas. Atenção! A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. Compensação de Jornada: Ocorre compensação de jornada sempre que o acréscimo de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, desde que não seja ultrapassada a jornada semanal. Havendo compensação não será devido o adicional de horas extras. A compensação de jornada pode ser feita no período máximo de um ano, não podendo neste período ser ultrapassada a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem ser ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. O não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o adicional. Paga se apenas o adicional para cada hora, e não o valor da hora normal mais o adicional. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas.É facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de 12 horas semanais seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso (jornada 12x36). Nesse caso, a remuneração mensal pactuada abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados serão compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 § 5º O tempo de uso de equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessária, bem como de softwares, de ferramentas digitais ou de aplicações de internet utilizados para o teletrabalho, fora da jornada de trabalho normal do empregado não constitui tempo à disposição ou regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver previsão em acordo individual ou em acordo ou convenção coletiva de trabalho. § 6º Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho ou trabalho remoto para estagiários e aprendizes. § 7º Aos empregados em regime de teletrabalho aplicam-se as disposições previstas na legislação local e nas convenções e nos acordos coletivos de trabalho relativas à base territorial do estabelecimento de lotação do empregado. § 8º Ao contrato de trabalho do empregado admitido no Brasil que optar pela realização de teletrabalho fora do território nacional aplica-se a legislação brasileira, excetuadas as disposições constantes da Lei nº 7.064, de 6 de dezembro de 1982, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. § 9º Acordo individual poderá dispor sobre os horários e os meios de comunicação entre empregado e empregador, desde que assegurados os repousos legais. Art. 75-C da CLT. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do instrumento de contrato individual de trabalho. § 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. @resumebiaoab 09 Não fazem jus à percepção de horas extras: a) Empregado que exerce atividades externas incompatíveis com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada em sua CTPS. Contudo, havendo controle de horário de qualquer tipo, a exclusão não será aplicável, tendo o empregado direito às horas extras eventualmente prestadas. b) Os gerentes, assim considerados os que exercem cargos de gestão, aos quais se equiparam os diretores e chefes de departamento ou filial. A exclusão do direito a horas extras neste caso somente ocorrerá quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, não for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%. c) Os empregados em regime de teletrabalho. Teletrabalho: (artigos importantes) Art. 75-B da CLT: Considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não configure trabalho externo. § 1º O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto. § 2º O empregado submetido ao regime de teletrabalho ou trabalho remoto poderá prestar serviços por jornada ou por produção ou tarefa. § 4º O regime de teletrabalho ou trabalho remoto não se confunde nem se equipara à ocupação de operador de telemarketing ou de teleatendimento. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7064.htm Convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho podem dispor sobre intervalo intrajornada, reduzindo-o desde que respeitado o limite mínimo de 30 minutos para jornadas superiores a 6 horas. A não concessão ou a concessão parcial de referidos períodos de descanso a empregados urbanos e rurais sujeita o empregador a pagamento de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Intervalo Interjornada: Entre duas jornadas de trabalho deve haver um intervalo mínimo de 11 horas consecutivas, que não podem ser interrompidas. § 2 o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. § 3º O empregador não será responsável pelas despesas resultantes do retorno ao trabalho presencial, na hipótese de o empregado optar pela realização do teletrabalho ou trabalho remoto fora da localidade prevista no contrato, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. Art. 75-D da CLT. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado. @resumebiaoab 10 Art. 75-E da CLT. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. Art. 75-F da CLT. Os empregadores deverão dar prioridade aos empregados com deficiência e aos empregados com filhos ou criança sob guarda judicial até 4 (quatro) anos de idade na alocação em vagas para atividades que possam ser efetuadas por meio do teletrabalho ou trabalho remoto. Intervalo Intrajornada: O cumprimento pelo empregado de jornada de trabalho de duração d 4 a 6 horas de trabalho dá direito a um intervalo obrigatório de 15 minutos. Jornada superior à 6 horas, até o limite de 8 horas, dá direito a um intervalo de, no mínimo 1 hora , no máximo, 2 horas. Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de 1 hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional. O intervalo mínimo de 1 hora para quem trabalha mais de 6 horas pode ser reduzido por ato do Ministério do Trabalho, ouvida Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, desde que a empresa tenha refeitório próprio de acordo com os padrões exigidos e que os empregados não estejam sob regime de horas extras. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 11 De acordo com a CLT, no contrato individual de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízo ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Requisitos para validade da alteração do contrato de trabalho: a) Mútuo consentimento (concordância do empregado); b) Inexistência de qualquer tipo de prejuízo para o empregado (esse requisito não se aplica aos empregados “hipersuficientes”, previstos no parágrafo único do artigo 444 da CLT). Atenção! A alteração unilateral ou alteração que gere prejuízo para o empregado acarreta nulidade. Consequências da nulidade: a) Devem ser restabelecidas as condições anteriores das partes; b) Devem ser pagos ao empregado os prejuízos havidos com a alteração prejudicial; c) É possíveltambém que o contrato de trabalho seja rescindido por culpa grave do empregador, com pagamento das verbas daí decorrentes. Permissões legais de alteração: a) Reversão ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. A reversão, com ou sem justo motivo, não assegura o empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independente do tempo de exercício da respectiva função. b) Reversão ao cargo anterior, deixando cargo em comissão, ocupado interinamente. c) Retorno do substituto ao seu cargo original, após o período de substituição que não tenha caráter meramente eventual. d) Empregado readaptado de função m razão d deficiência física ou mental atestada pelo INSS. Observações importantes: Alteração de salário: A CF consagra o principio da irredutibilidade salarial, permitindo a redução, porém, quando recorrente de previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho. A alteração relativa às formas e meios de pagamento só será válida se o empregado concordar com ela, e ainda assim, desde que dela não decorram prejuízos a ele. Alteração da jornada: A modificação do horário noturno para o horário diurno a supressão do trabalho em jornada extraordinária são válidas, tendo em vista que gera uma condição mais benéfica para o empregado, no sentido de preservação de sua saúde e de sua integridade física. Alteração de lugar (transferência): Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato. A transferência somente é caracterizada quando a alteração da localidade da prestação de serviços implique necessariamente mudança de domicilio. A imposição de trabalho em localidade mais distante, porém, obriga o empregador a pagar suplemento salarial correspondente ao acréscimo de despesa de transporte. Não estão compreendidos na proibição de transferência sem anuência os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos contenham condição implícita ou explicita de transferência. Mas, em qualquer um desses casos, a transferência somente será válida se decorrer de real necessidade de serviço (necessidade de serviço devidamente comprovado). L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renuncia às regras do sistema do outro. @resumebiaoab 12 Em ambas as hipóteses o contrato de trabalho continua vigente, mas as principais obrigações dele decorrentes não são temporariamente exigíveis de forma total (suspensão) ou de forma parcial (interrupção). Suspensão: Não há trabalho; Não há salário; Não conta tempo de serviço. Interrupção: Não há trabalho; Há salário; Conta tempo de serviço. Hipóteses de interrupção do contrato de trabalho: a)Descanso semanal e feriados; b)Férias; c)Faltas justificadas; d)Licença-paternidade; e)Licença-maternidade; É licita a transferência do empregado quando ocorrer a extinção do estabelecimento em que o mesmo trabalhar. Como já visto aqui no material, somente nos casos de transferência provisória será devido ao empregado adicional de transferência de 25% sobre o salário contratual, que deverá ser pago enquanto durar a transferência. Alteração de regulamento interno da empresa: As cláusulas que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. f)Afastamento por doença ou acidente (15 primeiros dias); g)Período de greve, quando esta não for considerada abusiva pelo Tribunal. Hipóteses de suspensão do contrato de trabalho: a)Licença não remunerada; b)Afastamento por doença ou acidente (por mais de 15 dias); c)Suspensão disciplinar d)Faltas injustificadas; e)Período de participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador; f)Período de greve quando esta for considerada abusiva pelo Tribunal; g)Aposentadoria por invalidez. Observações importantes: - A suspensão do contrato de trabalho excepcional e não pode ser estipulada nem por acordo entre as partes e nem por acordo coletivo de trabalho. - Serão computados na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho por motivo de acidente de trabalho. - O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. - No caso de suspensão do contrato de trabalho em decorrência de acidente de trabalho, o empregador permanece com a obrigação de depositar o FGTS. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 13 Exigência de serviços superiores às forças do empregado, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; Rigor excessivo contra o empregado; Exposição do empregado a perigo manifesto de mal considerável; Descumprimento de obrigações contratuais; Prática pelo empregador ou por sus prepostos de ofensas físicas ao empregado ou de seus familiares; Prática pelo empregador ou por seus prepostos de atos lesivos à honra e a boa fama do empregado ou de seus familiares; Redução injustificada do trabalho do empregado, quando este for realizado por produção ou por tarefa, de modo a diminuir sensivelmente sua remuneração. Extinção do Contrato de Trabalho por Prazo Determinado: (Já revisado no conteúdo Contrato de Trabalho - Pág. 03). Extinção do Contrato de Trabalho por Prazo Indeterminado: Por iniciativa do empregado: a) Pedido de demissão: É a comunicação do empregado para o empregador de que não pretende dar mais continuidade ao contrato de trabalho. Súmula 212 do TST: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. b) Dispensa Indireta: É a rescisão contratual pelo empregado, tendo em vista justa causa praticada pelo empregador. As faltas graves do empregador são: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Atenção! Em caso de dispensa indireta, o empregado receberá todas as verbas rescisórias que receberia caso tivesse sido dispensado sem justa causa. Por iniciativa do empregador: a) Dispensa sem justa causa: É a ruptura do contrato de trabalho por ato unilateral e imediato do empregador, independentemente da vontade do empregado. Esse tipo de dispensa não é veado por lei. No entanto, a relação de emprego é protegida contra dispensa arbitrária ou sem justa causa, sendo devida indenização compensatória em favor do empregado. A indenização corresponde a 40% dos depósitos do FGTS efetuados durante a vigência do contrato de trabalho. b) Dispensa por justa causa: É a rescisão do contrato de trabalho em decorrência da prática de falta grave pelo empregado. A prática da justa causa torna insustentável a manutenção do vinculo de emprego, levando a imediata rescisão do contrato e desonerando o empregador de algumas reparações econômicas que seriam devidas caso o contrato tivesse sido rescindido sem justa causa. Legalidade: Somente podem ser consideradas justa causa hipóteses expressamente previstas em lei. Taxatividade: As hipóteses são taxativamente previstas em lei. Imediatidade: A reação do empregador, dando por rescindido o contrato, deve ser imediata, o que não afasta o decurso de tempo razoável para apuração dos fatos. Perdão: Inexistência de perdão tácito ou expresso. Causalidade: O fato deve ser efetivamente determinante da rescisão, ou seja, haja um nexo causal. Atenção! Características e limitações da justa causa: 1. 2. 3. 4. 5. L ic en se d t o G ei ci an e C astr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45 @resumebiaoab 14 6.Non bis idem: Não se admite que um mesmo fato possa ser punido mais de uma vez. Exemplo: Se o fato foi punido com advertência ou com suspensão, não pode ser aplicada justa causa. Atenção! A punição não pode ser excessiva, deve haver proporcionalidade entre a gravidade da falta a gravidade da punição aplicada. Além disso, caso a falta tenha sido praticada por diversos empregados ao mesmo tempo, o empregado deve ser punido da mesma forma que os outros envolvidos na prática da falta. A ausência de isonomia descaracteriza a punição. Ato de improbidade; Incontinência de conduta ou mau procedimento; Negociação habitual; Condenação criminal sem direito a suspensão da execução da pena; Desídia; Embriaguez habitual ou em serviço; Violação de segredo; Indisciplina; Insubordinação; Abandono de emprego; Ato lesivo à honra e à boa fama; Ofensas físicas; Prática constante de jogos de azar; Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão em decorrência de conduta dolosa do empregado. Hipóteses de justa causa: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Empregado que se recusa a atender normas de segurança no trabalho e a usar equipamentos de proteção individual (EPI); Ferroviário que recusa prorrogação de horário em certos casos; Falta disciplinar grave do aprendiz; Grevista que praticar excessos e não respeitar os limites previstos em lei para o exercício do direito de greve. Outras hipóteses de justa causa: 1. 2. 3. 4. Verbas rescisórias: O empregado dispensado por justa causa não tem direito a 13º salário proporcional, a férias proporcionais, a aviso prévio, a 40% do FGTS. Culpa recíproca: Decorre da prática simultânea, pelo empregado e pelo empregador, de falta grave. Neste caso, o empregado tem direito de receber metade da indenização a que tria direito (20% do FGTS), metade do aviso prévio, das férias proporcionais e do 13º salário proporcional. Por acordo entre empregado e empregador: Não havendo mais interesse recíproco na manutenção da relação de emprego, empregado e empregador podem, por comum acordo, extinguir o contrato de trabalho. Essa modalidade de extinção permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS, limitada a 80% do valor dos depósitos efetuados ao longo da vigência do contrato de trabalho, mas não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. L ic en se d t o G ei ci an e C as tr o - g ei ci an e. b el ez av ill e@ g m ai l.c o m - H P 12 11 68 99 92 01 45