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Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo DEFINIÇÕES Hepatectomia – remoção do fígado inteiro (hepatectomia total). Ou uma porção dele hepatectomia parcial. PRÉ-OPERATÓRIO O fígado é a maior glândula do corpo. Nele acontece o metabolismo (destoxificação) de muitas substâncias e exerce um papel fundamental para o metabolismo de proteínas, gordura e carbohidratos. Os sinais clínicos não são aparentes até que a fique irreversível. A hepatopatia pode afetar muitos outros sistemas, incluindo o SNC, os rins, os intestinos e o coração. O fígado produz a maior parte das proteínas plasmáticas, incluindo albumina, globulinas, fibrinogênio e protrombina. A hipoalbuminemia é comum em pacientes com hepatopatias avançadas. Eles também podem apresentar Ao fazer fluidoterapia pode ocorrer diluição da albumina, o ideal é administrar além de soluções eletrolíticas, infusões de plasma ou coloide. Coagulopatias podem acontecer devido à diminuição na síntese de fatores de coagulação ou consumo. Deve Transfusões de sangue a fresco devido a deficiências nutricionais, anormalidades de coagulação ou hemorragias gastrintestinais. Anêmicos com hematócrito menor que 20%, estão clinicamente hipóxicos ou fracos e devem receber transfusões sanguíne que deverá ser corrigida antes da cirurgia. Pacientes com ascite, que prejudicam a ventilação devem ser drenados. Pacientes com encefalopatia hepática devem ser tratados com dieta apropriada, antibiótico, enemas, fluido e outras medicações para diminuir os sinais clínicos antes da cirurgia. CONSIDERAÇÕES ANESTÉSICAS O diazepam é útil como pré depressão do SNC relacionado á dose, não deprime o sistema cardiopu convulsivante. ine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I CIRURGIA HEPÁTICA remoção do fígado inteiro (hepatectomia total). Ou uma porção dele O fígado é a maior glândula do corpo. Nele acontece o metabolismo (destoxificação) de muitas substâncias e exerce um papel fundamental para o metabolismo de proteínas, Os sinais clínicos não são aparentes até que a doença esteja avançada e sua disfunção A hepatopatia pode afetar muitos outros sistemas, incluindo o SNC, os rins, O fígado produz a maior parte das proteínas plasmáticas, incluindo albumina, s, fibrinogênio e protrombina. A hipoalbuminemia é comum em pacientes com Eles também podem apresentar-se desidratados devido ao vômito. Ao fazer fluidoterapia pode ocorrer diluição da albumina, o ideal é administrar além de s eletrolíticas, infusões de plasma ou coloide. Coagulopatias podem acontecer devido à diminuição na síntese de fatores de coagulação ou consumo. Deve-se então fazer a avaliação desses fatores no pré a fresco devem ser consideradas. Alguns pacientes ficam deficiências nutricionais, anormalidades de coagulação ou hemorragias Anêmicos com hematócrito menor que 20%, estão clinicamente hipóxicos ou fracos e devem receber transfusões sanguíneas pré-operatórias. Pode ocorrer hipoglicemia que deverá ser corrigida antes da cirurgia. Pacientes com ascite, que prejudicam a ventilação Pacientes com encefalopatia hepática devem ser tratados com dieta apropriada, mas, fluido e outras medicações para diminuir os sinais clínicos antes da CONSIDERAÇÕES ANESTÉSICAS O diazepam é útil como pré-medicamento ou agente indutor, pois ele causa leve depressão do SNC relacionado á dose, não deprime o sistema cardiopulmonar, eleva o limiar Clínica Cirúrgica I remoção do fígado inteiro (hepatectomia total). Ou uma porção dele – O fígado é a maior glândula do corpo. Nele acontece o metabolismo (destoxificação) de muitas substâncias e exerce um papel fundamental para o metabolismo de proteínas, doença esteja avançada e sua disfunção A hepatopatia pode afetar muitos outros sistemas, incluindo o SNC, os rins, O fígado produz a maior parte das proteínas plasmáticas, incluindo albumina, α e β- s, fibrinogênio e protrombina. A hipoalbuminemia é comum em pacientes com se desidratados devido ao vômito. Ao fazer fluidoterapia pode ocorrer diluição da albumina, o ideal é administrar além de Coagulopatias podem acontecer devido à diminuição na síntese de fatores de se então fazer a avaliação desses fatores no pré-operatório. Alguns pacientes ficam anêmicos deficiências nutricionais, anormalidades de coagulação ou hemorragias Anêmicos com hematócrito menor que 20%, estão clinicamente hipóxicos ou operatórias. Pode ocorrer hipoglicemia que deverá ser corrigida antes da cirurgia. Pacientes com ascite, que prejudicam a ventilação Pacientes com encefalopatia hepática devem ser tratados com dieta apropriada, mas, fluido e outras medicações para diminuir os sinais clínicos antes da medicamento ou agente indutor, pois ele causa leve lmonar, eleva o limiar Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I Barbitúricos devem ser evitados, mas o propofol (em doses reduzidas) pode ser utilizado. A quetamina está contra-indicada, pois é metabolizada no fígado dos cães e sua ação estimulante central pode precipitar convulsões em pacientes encefalopáticos. Anestésicos inalatórios: método preferido de manutenção anestésica. O isofluorano e o sevofluorano constituem o agente inalatório de escolha para pacientes com hepatopatia grave. Antibóticos de largo espectro eficaz contra anaeróbicos, derivados penicilínicos, metronidazol e clindamicina, são apropriados e seguros para pacientes com comprometimento hepatocelular. ampicilina 22mg/kg IV, IM, SC 3-4xx metronidazol 10mg/kg VO 3xx cefazolina 20mg/kg IV, IM 3-4xx clindamicina 11mg/kg V.O 2xx Anatomia A superfície diaframática (superfície parietal) do fígado é convexa e fica em contato íntimo com o músculo diafragma. A superfície visceral se orienta caudoventralmente e para a esquerda, e fica em contato como estômago, duodeno, pâncreas e rim direito. Existem 6 lobos hepáticos, as bordas geralmente são pontiagudas, mas parecem mais arredondadas em animais jovens e animais com fígado infiltrado, congesto ou cicatrizados. Possui dois suprimentos sanguíneos aferentes: um sistema portal de baixa pressão e um sistema arterial de alta pressão. A veia porta drena estômago, intestino, pâncreas e baço e supre quatro quintos do sangue que entra no fígado. O restante do suprimento sanguíneo aferente provém das artérias hepáticas. Essas artérias são ramos da artéria hepática comum e podem ser de duas a cinco. A drenagem eferente é feita através das veias hepáticas. A bile formada no fígado é descarregada nos canalículos biliares que se situam entre os hepatócitos, eles se unem e formam dutos interlobulares e finalmente os dutos lobares ou biliares. A veia porta, os ductos biliares, a artéria hepática, os vasos linfáticos e os nervos ficam contidos na porção não-sustentadora e semelhante a uma renda do omento menor, conhecida como ligamento hepatoduodenal. Técnica Cirúrgica Existe certa dificuldade em realizar a cirurgia hepática devido ao tecido ser friável. Ao fazer a dissecção precisa é difícil ocorre retração dos vasos sanguíneos e ductos biliares para dentro do estroma friável. A ligadura dessas estruturas após serem cortadas é muito difícil, o simples fato de fazer hemostasia com compressas comprimindo firmemente pode causar Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo isquemias e necrosar os tecidos. A manutenção do suporte sanguíneo é necessária, pois o fígado abriga bactérias anaeróbicas patogências. As biópsias hepáticas conhecidas ou suspeitas. As biópsias podem ser obtidas percutaneamente por meio de laparoscopia,ou em cirurgias. Hepatectomais parciais são menos comumente realizadas em casos de neoplasias focais ou traumatismos. A ABRODAGEM CIRÚRGICA HEPÁTICA padrão é através da linha média ventral cranial (epigástrica), algumas vezes é necessário fazer incisão combinada, linha média ventral associada a intercostal direita. BIÓPSIA HEPÁTICA CIRÚRGICA: para realizar esse procedimento é necessário fazer inspeção e palpação em todo o fígado, e ou análise de cobre. Ao realizar a biópsia pode controlada com técnicas apropriadas de ligadura em massa utilizando suturas em Wolff. Nos casos de hepatopatias generalizadas, a biópsia deverá ser feita a partir do local mais acessível (amostras marginais). Pode-se obter uma biópsia da margem hepática por meio de “guilhotina” (fig.01). Coloque um laço de fio de sutura (náilon) ao redor da margem protruent hepático, puxe a ligadura justamente e deixe amarrá-lo. À medida que o fio de sutura rasga o tecido hepático, deve ductos biliares. Segure o fígado entre os dedos (gentilmente), usan Fig.01: Biópsia da margem hepática de um cão com posterior diagnóstic mesotelioma. Técnica de guilhotina, utilizando fio náilon zero, com padrão de sutura em Wolff, após será removida a porção da margem hepática através da incisão com o bisturi. ine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I isquemias e necrosar os tecidos. A manutenção do suporte sanguíneo é necessária, pois o fígado abriga bactérias anaeróbicas patogências. As biópsias hepáticas são comumente indicadas em pacientes com hepatopatias conhecidas ou suspeitas. As biópsias podem ser obtidas percutaneamente por meio de laparoscopia, ou em cirurgias. Hepatectomais parciais são menos comumente realizadas, mas podem ser indicadas de neoplasias focais ou traumatismos. A ABRODAGEM CIRÚRGICA HEPÁTICA padrão é através da linha média ventral cranial , algumas vezes é necessário fazer incisão combinada, linha média ventral associada a intercostal direita. BIÓPSIA HEPÁTICA CIRÚRGICA: para realizar esse procedimento é necessário fazer inspeção e palpação em todo o fígado, e biopsie lesões focais para exame histológico, cultura ou análise de cobre. Ao realizar a biópsia pode-se ocasionar uma hemorragia e esta poderá ser controlada com técnicas apropriadas de ligadura em massa utilizando suturas em Wolff. Nos ias generalizadas, a biópsia deverá ser feita a partir do local mais acessível se obter uma biópsia da margem hepática por meio de “guilhotina” (fig.01). laço de fio de sutura (náilon) ao redor da margem protruent uxe a ligadura justamente e deixe-a esmagar o parênquima hepático antes de lo. À medida que o fio de sutura rasga o tecido hepático, deve-se ligar os vasos e os ductos biliares. Segure o fígado entre os dedos (gentilmente), usando uma lâmina de bisturi, Biópsia da margem hepática de um cão com posterior diagnóstico de mesotelioma. Técnica de guilhotina, utilizando fio náilon zero, com padrão de sutura em Wolff, após será removida a porção da margem hepática através da incisão com o bisturi. Clínica Cirúrgica I isquemias e necrosar os tecidos. A manutenção do suporte sanguíneo é necessária, pois o são comumente indicadas em pacientes com hepatopatias conhecidas ou suspeitas. As biópsias podem ser obtidas percutaneamente por meio de , mas podem ser indicadas A ABRODAGEM CIRÚRGICA HEPÁTICA padrão é através da linha média ventral cranial , algumas vezes é necessário fazer incisão combinada, linha média ventral BIÓPSIA HEPÁTICA CIRÚRGICA: para realizar esse procedimento é necessário fazer biopsie lesões focais para exame histológico, cultura se ocasionar uma hemorragia e esta poderá ser controlada com técnicas apropriadas de ligadura em massa utilizando suturas em Wolff. Nos ias generalizadas, a biópsia deverá ser feita a partir do local mais acessível se obter uma biópsia da margem hepática por meio de “guilhotina” (fig.01). laço de fio de sutura (náilon) ao redor da margem protruente do lobo a esmagar o parênquima hepático antes de se ligar os vasos e os do uma lâmina de bisturi, Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I 5mm distal da ligadura, incida o tecido hepático. Sempre verifique quando possíveis hemorragias. LOBECTOMIA PARCIAL Fica indicada nos casos de doenças que envolvem somente uma porção de um lobo específico (neoplasias focais, abscessos, ou traumatismos). É considerada uma cirurgia desafiadora, devido à dificuldade de efetuar a hemostasia. Grampeadores podem ser utilizados, porém com cautela, pois poderá ocorrer hemorragia caso os grampos não comprimirem adequadamente o tecido hepático. Devemos determinar uma margem do parênquima normal para o que deverá ser removido, e a incisão deve ser precisa da cápsula hepática ao longo do local selecionado. Quebre (separe) grosseiramente o fígado com os dedos ou com a extremidade romba do bisturi para expor os vasos parenquimatosos. Faça a hemostasia ligando os vasos, os pequenos vasos podem ser eletrocoagulados. Antes de fechar o abdome verifique possíveis hemorragias. Fechar a cavidade abdominal como de costume. CICATRIZAÇÃO HEPÁTICA O fígado possui propriedade cicatrizante, possui uma quantidade relativamente pequena de estroma de tecido conjuntivo, é altamente suscetível a pequenas alterações no fluxo sanguíneo e possui enorme capacidade regenerativa. A função hepática em paciente torna-se possível mesmo quando 80% do órgão ter sido removido. As lacerações hepáticas só deverão ser fechadas quando o sangramento for abundante. Caso as lacerações sejam suturadas, deve-se fechá-la de maneira que não crie uma bolsa interna de bile ou sangue ou que cause isquemia das células circundantes. Pode-se ligar a artéria hepática propriamente dita como maneira emergencial, para controlar a hemorragia decorrente de lacerações hepáticas extensas. Fraturas extensas ou completas graves devem ser tratadas por meio de uma lobectomia hepática se uma ligadura da artéria hepática não resultar em hemostasia. CUIDADOS E AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIO Deve ser monitorada de perto, principalmente a recuperação anestésica, a recuperação pode ficar aumentada, pois com a meia-vida dos fármacos fica aumentada devido à hepatopatia. Devem ser fornecidos fluidos intravenosos para manter a hidratação; Monitorar a glicose; Continuar com antibióticos por pelo menos 3 dias; Algumas vezes será necessária a suplementação de alimentos; Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo Fornecimento de analgésicos e COMPLICAÇÕES. Hemorragia - verificar o pulso Utilizar antibióticos de largo espectro. A UHBPE foi pioneira na utiliz cirurgia do fígado, numa doente submetida Trata-se de um penso hemostático fatores de coagulação ( O TachoSil(R) consegue o controlo da hemorragia em 3 a 5 minutos, e constitui mais uma opção muito válida, a juntar ao leque de produtos já correntemente utilizados para este fim. Bibliografia. BOJRAB, M. J. Técnicas Atuais em Cirurgia de Pequenos Animais, terceira edição, editora Roca, 1996. 896p. FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais, segunda edição, editora Roca, 2005, 1390p. ine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I Fornecimento de analgésicos e anti-inflamatórios. verificar o pulso femoral (pressão), a TPC. Utilizar antibióticos de largo espectro. A UHBPE foi pioneira na utilização, em Portugal, de um novo produto hemostático para , numa doente submetida à hepatectomia direita por tumor secundário. se de um penso hemostático constituído por uma placa de colágeno de coagulação (fibrinogênio e trombina) de origem humana. O TachoSil(R) consegue o controlo da hemorragia em 3 a 5 minutos, e constitui mais uma opção muito válida, a juntar ao leque de produtos já correntemente utilizados para este fim. Técnicas Atuais em Cirurgia de Pequenos Animais, terceira edição, FOSSUM, T. W. Cirurgia dePequenos Animais, segunda edição, editora Roca, 2005, Clínica Cirúrgica I novo produto hemostático para hepatectomia direita por tumor secundário. colágeno, revestida com e trombina) de origem humana. O TachoSil(R) consegue o controlo da hemorragia em 3 a 5 minutos, e constitui mais uma opção muito válida, a juntar ao leque de produtos já correntemente utilizados para este fim. Técnicas Atuais em Cirurgia de Pequenos Animais, terceira edição, FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais, segunda edição, editora Roca, 2005,