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U M C U R S O O R I G I N A L G A B R I E L D E C A R V A L H O A P O S T I L A M Ó D U L O 3 M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. APOSTILA 3 EXAMES 2.0 AULA 9 - AVALIAÇÃO HORMONAL: SINAIS E SINTOMAS, SORO, URINA, SALIVA Avaliação Hormonal aparece no ponto de comunicação da Matriz da Nutrição funcional pois considera a função de todos os mensageiros orgânicos. Todas as reações bioquímicas endógenas são coordenadas pela ação de hormônios e neurotransmissores, que precisam estar em perfeito equilíbrio para manutenção da homeostase orgânica. Diversos fatores podem perturbar a ação de mensageiros, como a alimentação, estresse físico e emocional e o excessivo contato com toxinas ambientais que atuam como disruptores endócrinos. Mudanças no comportamento, apetite ou diversas outras desordens físicas e emocionais podem ser decorrentes de alterações hormonais que causam desequilíbrio no corpo humano e podem impactar a saúde física e mental. Isso porque a relação entre hormônios e a saúde é extremamente próxima, sendo importante dar uma atenção especial aos hormônios para garantir bem-estar e qualidade de vida. • O que são hormônios e qual sua importância? Hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas do sistema endócrino. Ao serem produzidos, são liberados na corrente sanguínea e percorrem o corpo até encontrar as células-alvo sobre as quais irão agir. Por meio de receptores, se acoplam nessas células e iniciam suas funções. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Os hormônios promovem ações reguladoras para diversas funções corporais e são de extrema importância para o controle e bom funcionamento do corpo humano. Para citar apenas algumas das funções dos hormônios, eles são responsáveis pelo nosso crescimento, por zelar pelo nosso sono, por fazer nosso sistema reprodutor trabalhar, metabolizar os alimentos e etc. As atividades do sistema endócrino são controladas por mecanismos denominados de feedback (retroalimentação). O feedback pode ser negativo ou positivo. O feedback negativo é o mais comum no organismo e tem como objetivo limitar os excessos no corpo. Isso quer dizer que, se um hormônio estiver em excesso, sua produção será interrompida; caso contrário, sua síntese será estimulada. Isso faz com que os hormônios permaneçam em níveis adequados. O feedback positivo, por sua vez, é bem menos frequente e se caracteriza por possuir um estímulo inicial que causa cada vez mais estimulação do mesmo tipo. Isso quer dizer que o estímulo provocará cada vez mais produção de dado hormônio. Enquanto o feedback negativo restaura a homeostase, o positivo estimula as alterações. • Quais são os principais hormônios do corpo humano? Cada hormônio é produzido por uma glândula diferente e desempenham uma função específica em nosso organismo. Confira os principais hormônios e suas funções para o corpo humano, mas não esqueça que temos muitos outros: • Hormônio do crescimento (GH): produzido pela hipófise – e como o próprio nome diz – é responsável pelo crescimento do nosso corpo à medida que promove o desenvolvimento da massa muscular e do alongamento dos ossos. • Antidiurético (ADH): com atuação nos rins, sua ação está relacionada ao controle da excreção de água no corpo, controlando a pressão sanguínea e o volume de urina armazenado na bexiga. • Tiroxina (T4): produzido pela tireoide, o T4 atua em conjunto com a tri-iodotironina (T3) e desempenha importantes funções, como regulação do metabolismo e batimentos cardíacos, desenvolvimento e crescimento do corpo, além da manutenção do peso corporal. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • Adrenalina: a adrenalina atua no sistema nervoso com a finalidade de preparar nosso corpo para momentos de tensão e estresse. • Insulina: produzida pelo pâncreas, a insulina é responsável por controlar a taxa de glicemia no sangue, aumentando a captação de glicose pelas células e inibindo a utilização de ácidos graxos. • Paratormônio (PTH): é produzido pelas glândulas paratireoides, sendo responsável por regular a quantidade de cálcio no sangue. Este hormônio atua em conjunto com a calcitonina, que ajuda a reduzir o cálcio do sangue e estimular a glândula paratiroide para liberar o paratormônio e incitar a liberação de cálcio dos ossos para o sangue. • Progesterona: é o hormônio sexual da mulher e possui relação direta com a menstruação, fecundação, transporte e implantação do óvulo fertilizado, além de preparar o corpo para receber uma gestação. • Testosterona: presente em homens e mulheres, a testosterona é responsável pelo desenvolvimento de características como voz grossa, crescimento de pelos, músculos, além das características sexuais dos homens. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • Noradrenalina: hormônio produzido na medula adrenal. A sua função é estimular o sistema nervoso simpático. • Dopamina: hormônio produzido no hipotálamo. É um neurotransmissor que age no sistema nervoso central. É ele o responsável pelas sensações de prazer e de motivação. • Melatonina: quem produz esse hormônio é a glândula pineal, e ele serve para regular os ritmos do nosso corpo, em especial o sono. Efeito: provoca sonolência e tem ação antioxidante. • Serotonina: outro neurotransmissor que age na comunicação entre neurônios. Ele também atua na regulação do sono, da atividade sexual, no ritmo circadiano e na regulação do apetite. Efeito: controla apetite, vontade e sono. • Glucagon: produzido pelo pâncreas, e que age equilibrando a taxa de glicose no sangue. A sua ação acontece através da ativação de uma enzima chamada fosforilase, ou seja, no momento em que as moléculas de glicogênio do nosso fígado se transformam em moléculas de glicose. A ação que o glucagon exerce é o que evita o que chamamos de hipoglicemia, ou a queda na taxa de açúcar no sangue. • Cortisol: hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial. • Globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG): é uma glicoproteína que se liga aos hormônios sexuais, especificamente a testosterona e o estradiol. Estes dois hormônios circulam na corrente sanguínea ligados principalmente à SHBG e em algum grau à albumina. Em resumo, a SHBG une-se a hormônios sexuais específicos, removendo-os da circulação direta no corpo • Estrogênio: produzido pelos ovários femininos. Ele é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais nas mulheres,como crescimentos dos seios, pelos pubianos, dentre outros. A produção deste hormônio pelo organismo varia de acordo com a idade da mulher. Na puberdade, o estrogênio desempenha importante função no ciclo menstrual. Durante a gestação sua produção é aumentada, pois ele prepara o corpo para o parto. • Prolactina: é o hormônio produzido nas glândulas mamárias femininas. Ele é responsável pela produção do leite para alimentar o bebê e, por isso, durante a gestação as mamas ficam cheias de leite a fim de assegurar a nutrição do recém-nascido. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • Quais os sintomas das alterações hormonais? As ações hormonais ocorrem de forma tão natural que a alteração em algum hormônio só é perceptível em caso de disfunções ou doenças que afetam a ação da glândula. Disruptores endócrinos como o fitalato, bisfenol A e perfluoralquilas inibem a síntese ótima hormonal. Os sintomas desses desequilíbrios variam de acordo com o hormônio afetado, além de apresentarem diferentes alterações em homens e mulheres, sobretudo em relação aos hormônios sexuais. Apesar de causarem diferentes sintomas no corpo humano, devido à alteração em hormônios específicos que acometem cada paciente, existem algumas alterações hormonais que são mais comuns e causam sintomas bastante conhecidos. Dentre eles, podemos citar: • perda de peso; • sonolência excessiva; • irregularidade menstrual; • perda de libido; • estresse; • calor excessivo; • depressão e ansiedade; • disfunção erétil; • retenção de líquido. • Meios de avaliação Laboratorial (essa aula é muito rica de informações, veja o conteúdo completo na vídeo-aula): • Soro: avalia se corpo produz ou não produz. Usado para hormônios tireoidianos, insulina, IGF-1, prolactina, cortisol, SHBG. Não utilizado na fase lútea, para avaliar o ritmo circadiano hormonal, para monitorizar reposição hormonal. • Urina: avalia detoxificação, vias metabólicas que estão seguindo. Utilizado para monitorizar a reposição hormonal, avaliar perfis hormonais anabólicos ou catabólicos • Saliva: avalia a fração livre o quanto está realmente chegando nas células. Usado para avaliar o ritmo circadiano hormonal (cortisol, melatonina), ovulação, fase lútea, monitorar reposição com gel transdérmico e alterações no ciclo menstrual. • Consequências de alterações de hormônios femininos • Falta de estradiol: osteoporose, ansiedade, depressão, calourões, dores articulares e musculares, ressecamento vaginal, anovulação, problemas de memória, baixa libido, perda de gordura na mama e quadril, suor noturno, infecções urinárias, perda de colágeno, rugas. • Falta de progesterona e predominância estrogênica: cistos mamários, sensibilidade mamária, insônia, ansiedade, desejo por doces, adenomiose, endometriose, fluxo menstrual intenso, cefaleia, infertilidade, gordura na mama e quadril. • Consequências de alterações de SHBG • SHBG alto: estresse oxidativo, dano hepático, falta de GH, hipertireoidismo, anticoncepcionais, disfunção adrenal, magreza. • SHBG baixo: resistência à insulina, hipotireoidismo, glicocorticoides, estresse, obesidade, dano hepático, vitamina D baixa. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • Consequências de alterações de Testosterona • No organismo, encontrasse: 1 a 4 % livre, 40 a 50% ligado a albumina e 46 a 69% ligado a SHBG. • Testosterona está relacionado a libido, força muscular, cognição, captação de glicose, saúde tireoidiana e crescimento. • A melhor forma de reposição quando indicada pelo médico é na forma bioidêntica. • A testosterona é convertida em di-hidrotestosterona (DHT) pela enzima 5 alfa redutase e convertida em estradiol pela enzima aromatase. • Na resistência à insulina, a 5 alfa redutase está aumentada e gera aumento de DHT. O hormônio DHT é uma substância presente naturalmente no nosso organismo que desempenha funções importantes para o desenvolvimento hormonal, principalmente nos homens. Porém, quando em excesso, o DHT pode ser prejudicial para a saúde. • No excesso de adiposidade, inflamação, abuso de álcool, estresse e resistência à insulina temos expressão elevada de aromatase, aumentando conversão de testosterona em estradiol; • Hipogonadismo: testosterona baixa com LH e FSH normal ou baixo. • Consequências de alterações de Cortisol • No organismo, encontrasse: 5 a 7% livre, 80 a 90% ligado a globulina ligadora do cortisol (CBG), 5 a 10% ligado a albumina. • Uso de anticoncepcionais e gestação (estrógenos) aumentam CBG, globulina ligadora de tiroxina (TBG) e SHBG. • Hiperinsulinenismo, fome e doença hepática reduzem CBG. • Avaliação de urina 24 horas: mostra a produção diária total. Avalia Síndrome de Cushing ou Doença de Addisson. • Avaliação salivar: mostra fração livre, mostra o ritmo circadiano do cortisol. • Avaliação no soro: mostra apenas de organismo produz ou não. Tabela das Prioridades na avaliação hormonal M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Tabela das Prioridades X Manejo de alterações hormonais M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • Remover plastificantes, trocar panelas, maquiagens biológicas, pastas dentais sem flúor, filtro de água, alimentos orgânicos, higiene dos alimentos; • NAC, silimarina, extrato de alcachofra, tintura de coentro, silício, glicina, boldo, gengibre, curcumina, alecrim, brássicas, alho...; • Repor micronutrientes conforme exames; • Equilibrar dieta ômega 6: 3 mais chia, linhaça e peixes de mar, menos carnes vermelhas gordas, óleo de soja, milho...; • Higiene do sono; • Meditação; • Reiki, terapias, oração, yoga; • Exercício físico; • Remover gatilhos da inflamação: alérgenos, AGES, ácidos graxos de cadeia longa, LPS, flagelinas, RNA viral, excesso de sódio, PRAL ácido, alta carga glicêmica; • Sistema gastrointestinal ( 6R’s); • Nutrientes para neurotransmissores e hormônios; • Membranas: ômega 3, menos gordura saturada, oxidada e trans; • Frequenciais e organoterápicos : glândulas, fígado, rins, intestino; • Polifenóis; M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Insuficiência adrenal é uma síndrome endócrina como resultado da deficiência na produção de certos hormônios pelas adrenais, a saber: • cortisol, hormônio glicocorticoide; • aldosterona, hormônio mineralocorticoide; • andrógenos, hormônios secretados em pequena quantidade pelas suprarrenais. • AS MANIFESTAÇÕES DA INSUFICIÊNCIAADRENAL PODEM SER DIVIDIDAS EM TRÊS SÍNDROMES CLÍNICAS: 1- Insuficiência adrenal primária crônica (ou doença de Addison, nos casos extremos) - (ocorre por destruição ou disfunção do córtex adrenal) – a própria adrenal não responde aos estímulos da hipófise e do hipotálamo. Apenas nesse caso ocorre deficiência de mineralocorticoide. Geralmente, a adrenal produz bem os hormônios, o que geralmente ocorre é que ela produz em horários errados. ACTH normal ou aumentado 2- Crise adrenal (estado de Insuficiência adrenal aguda que ocorre em pacientes expostos a um estresse agudo como infecção, trauma, cirurgia ou desidratação intensa); Problema na hipófise. Exames: CRH alto e ACTH baixo e cortisol também abaixa. Mais frequente só que mais suave: ACTH sérico próximo do valor mínimo. Significa que hipófise não está atuando de forma adequada. 3- Insuficiência adrenal secundária, ocorre por deficiência na secreção hipofisária do principal fator trófico adrenal, o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Menos comum! Existem aspectos clínicos variáveis a depender da etiologia específica apresentada dentro de cada síndrome. • CORTISOL – O QUE É E COMO É PRODUZIDO? O cortisol, também chamado de hormônio do estresse, é produzido na parte externa das glândulas suprarrenais, chamada de córtex adrenal. A principal função desse hormônio é responder aos diferentes estressores aos quais diariamente somos submetidos. Ou seja, para manter o equilíbrio, seus níveis devem permanecer elevados durante o dia – para que o corpo tenha energia, e durante a noite, devem baixar de forma substancial. AULA 10 - DISFUNÇÃO ADRENAL: DIAGNÓSTICO CLÍNICO, LABORATORIAL E TRATAMENTO DEFINITIVO M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Em síntese, quando o corpo é submetido a situações de estresse, é o cortisol que libera estímulos para que possamos reagir da melhor maneira às situações. Cortisol destrói o hipocampo e o DHEA protege. Cortisol alto à noite bloqueia a melatonina. É produzido a partir do colesterol. O LDL doa o colesterol, a enzima Star, que o transporta para dentro da mitocôndria. Dentro da mitocôndria tem a enzima P450 que converte pregnolona. A pregnolona sai da mitocôndria para o reticulo endoplasmático, lá é convertida em progesterona e deoxycortisol, que volta para a mitocôndria e vira cortisol. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • Fatores que geram disfunção adrenal: ambientais, estresse, alérgenos alimentares, mas de 24h em jejum, eletromagnetismo, gordura abdominal, parasitas... • Ações do cortisol: • Aumento da glicemia e resistência à insulina. • Degradação proteica e catabolismo ósseo e muscular. • Reduz absorção de cálcio e aumenta sua eliminação. • Aumento da permeabilidade intestinal. • Obesidade central • Ansiedade, depressão e insônia • Alteração na expressão gênica • Atrofia do timo e imunossupressão • Hipotireoidismo • Ativa o sistema renina- angiotensina-aldosterona à hipertensão • Infertilidade • Sinais de Deficiência do cortisol • Fadiga, fraqueza, hipotensão (passa mal no calor), hipotensão postural (levanta e enxerga tudo preto), eletrólitos desequilibrados, sódio sérico baixo (podem ocorrer desmaios), alto níveis de potássio e acidose metabólica, hipoglicemia, tontura, desmaio. • Só acorda com café, dificuldade em levantar da cama, desejo por alimentos salgados, anorexia, amenorréia, queda de libido, dor muscular e articular, intolerância ao estresse, sintomas pioram quando de pé. • Sinais de Excesso de cortisol • Irritabilidade, distúrbio de sono, despertar na madrugada, sarcopenia, obesidade central - gordura abdominal, resistência à insulina, fome, compulsão por doce, tremores entre as refeições, cefaléia, infertilidade, pele oleosa, fragilidade capilar, hematomas devido a fragilidade dos capilares sanguíneos), HIPERTENSÃO. Sintomas EM HORAS ESPECIFICAS: A adrenal segue o ritmo circadiano, então atenção para caso de sintomas que variam nos horários do dia: acorda cansado, cansa no final de tarde, pós estresse ou por ficar muito tempo em pé, melhora à noite... tem um ritmo cicardiano (alto em alguns horários e baixo em outros, estão invertidos, ficam acordadas à noite e sono de dia) Exames: www.endotext.org/chapter/adrenal-insufficiency Cortisol: A concentração de cortisol no organismo sofre variações durante o dia. Normalmente é alto de manhã e 8 ou 10x menor a noite. PESSOAS SAUDÁVEIS: acordam sem DESPERTADOR, acordam no mesmo horário independente se é final de semana, não precisa de nada externo para acordar. Deveríamos acordar no horário que o corpo PEDE e dormir CEDO! Paciente pode ter uma produção alta e depois uma produção baixa, por isso chamamos de DISFUNÇÃO ADRENAL do ritmo circadiano ou seja, do ciclo biológico de 24h, que é responsável pelo horário de sono, temperatura, digestão, renovação das células e etc. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 3 Sangue: verifica se o corpo produz ou não. Cortisol sérico sobe naturalmente a noite 4:00 às 8:00 e 1 hora após acordar ele tem seu pico. Cortisol sérico não tem que ser 8h, só se acorda as 7h - Deve ser medido 1 hora após acordar onde deve ser o maior do dia. Quando está:RITMO CIRCADIANO DO CORTISOL M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 3 HIPERTENSÃO 3 HIPOTIREOIDISMO 3 COLESTASE 3 HIPOXIA 3 ALCAÇUZ - aumenta muito o cortisol 3 VITAMINA D 3 FORSKOLIN 3 TORANJA O que faz ter menos cortisol - TRANSFORMA CORTISOL EM CORTISONA (FORMA INATIVA DO CORTISOL) 3 BOA SENSIBILIDADE À INSULINA 3 MENOS INFLAMAÇÃO 3 HIPERTIREOIDISMO 3 POUCO SÓDIO 3 HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 3 ESTRADIOL 3 CAFÉ (diminui cortisol e aumenta cortisona - ele aumenta energia por aumentar AMP cíclico através da cafeína, aumenta adrenalina no SNC, mas degrada o cortisol em cortisona e vai ter que fazer você produzir mais com o tempo) 3 MUSCULAÇÃO SEM EXERCÍCIO AERÓBICO - melhora tônus, aumenta GH e reduz cortisol 3 SONO MUITO RELAXANTE 3 ROSIGLITAZONA - medicamento 3 CETOCONAZOL – medicamento • Aplicar Questionário de SAÚDE EMOCIONAL, se a soma for maior de 20 pontos, sugerir tratamento e orientação com psicólogo ou psicoterapeuta. DHEA: DHEA Livre (salivar, portanto) que determina se há sintomas ou não. DHEA gera androsterona que gera estradiol e testosterona. Quanto maior a idade menor o DHEA. Falta de DHEA: cansaço não tem hora como o do cortisol, como por exemplo aquela pessoa que trabalha e chega ACABADA EM CASA (resistência aos receptores de glicocorticóides e/ou não consegue liberar cortisol) SDHEA: prediz longevidade em homens, quanto menor o quartil de SDHEA maior mortalidade total e risco cardiovascular. SDHEA está na intersecção da fisiologia endócrina e vascular, metabolismo e função imune, todos conhecidos mecanismos envolvidos no envelhecimento. Ele também está relacionado com menor resistência à insulina, suprime os efeitos tóxicos do cortisol no sistema imunológico e no sistema neurológico. Fumo, envelhecimento e obesidade são determinantes para diminui-lo. Desejável = SDHEA sérico > 200 mcg-dl. SDHEA MELHOR NO QUARTIL SUPERIOR! M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • * SDHEA NO SORO não é livre, TEM QUE MEDIR SALIVAR! • * Medir no sangue só mostra se produz ou não, mas não sabe quanto! • * Sintomas se relacionam só com hormônio livre! • * CURVA DO DHEA SALIVAR: IDEAL. DHEA SALIVAR é diferente de SDHEA no sangue! Relação cortisol/DHEA: Quanto maior a relação cortisol /DHEA menor o volume de hipocampo! Medir 3x no dia! Manhã, tarde e noite! Maior de manhã, menor a tarde e maior a noite a relação! Relação cortisol: DHEA 2:1 até 3:1 Alto: estresse, catabolismo, resistência à insulina Principais sintomas de deficiência de DHEA: Fadiga moderada que dura o dia todo, piora da memória, baixa resistência ao barulho, ansiedade, queda de libido, humor ruim, dores articulares. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Como tratar disfunção adrenal? Trate a causa: Comece eliminando a sobrecarga do sistema simpático! (pensar: o que está ativando a liberação do cortisol) Hidrocortisona: o último que deve ser reposto, primeiro repõe T3. Tem que corrigir higiene do sono, adaptógenos, sol pela manhã, fontes de triptofano... para só depois REPOR HIDROCORTISONA e em muitos casos nunca necessitará reposição (na maioria)! ESTRATÉGIAS PARA EQUILIBRAR A ADRENAL: • Tratamento com estilo de vida para melhora da qualidade do sono e níveis de melatonina: Meditação; Exercício físico; Reiki; Yoga; Acupuntura; Massagem; Prática de gratidão; Sexo; Riso e humor; Exercícios respiratórios • Sono suficiente e de qualidade, iniciando as 22h, sem usar telas 1h antes (os picos da melatonina são 20h, 22h, 00 am, 2h am, e 4am). O SONO E FUNDAMENTAL NA SAÚDE ADRENAL, POIS O INDIVÍDUO GASTA DURANTE O DIA, E REGENERA À NOITE! ACORDAR ENTRE 7-8h ONDE É O PICO DE CORTISOL. Menor duração de sono é preditor de ganho de peso (para cada hora de sono a menos, aumenta 0,35 kg o IMC) em adultos ou crianças, é também um fator de risco para resistência à insulina, diabetes e doenças cardiovasculares. A falta de sono = inflamação isso porque a melatonina inibe a interleucina 6, interleucina 1 beta, a COX 2, a PC1 e TGF-beta, e aumenta o BDNF que regenera o cérebro. A melatonina inibe TNF-alfa, e o TNF-alfa inibe a produção de melatonina. • Alimentação adequada (carboidratos, fitoquímicos) - DESJEJUM com proteínas e carboidrato (carnes, ovos e leguminosas ou shake proteico) + CARBOIDRATO. Comer mais triptofano, Mg e B6 no desjejum. • FAZER ATIVIDADE FÍSICA PELA MANHÃ. • REGRA: NÃO BEBER CAFÉ AO ACORDAR! Não é aconselhável consumo de café pela manhã, pois este é o horário que mais temos cortisol no corpo e o café o degrada. • Evitar cafeína, açúcar e álcool. • JANTAR: carboidrato de baixo índice glicêmico (sem excesso de proteína). Jantar 3h antes de dormir. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • ALIMENTOS RICOS EM TRIPTOFANO: Rotacionar ovos, queijo de búfala, carne, grão de bico, sementes oleaginosas , tofu. Ex: 3 ovos em um dia, outro 50g de queijo de búfala, no outro 50g de amêndoas, no outro shake de proteína vegana em pó! ATENÇÃO: PARA RECEBER TRIPTOFANO, PRECISA TRATAR O INTESTINO PRIMEIRO (porque se o intestino estiver inflamado, o triptofano será absorvido ali mesmo), TAMBÉM PRECISA TRATAR ALERGIAS ALIMENTARES, DISBIOSE E PARASITOSE ANTES!! POUCO CARBOIDRATO: para levar triptofano para barreira hematoencefálica e não competir com aminoácidos aromáticos • LUZ - “Luz é o mais importante resetador do ritmo circadiano” - Exposição solar pela manhã. OLHAR PARA A LUZ AO DESPERTAR, OLHAR PARA O CÉU PELA MANHÃ por 5 minutos é muito importante para esses pacientes com disfunção adrenal. A luminosidade solar é até 1000x maior que ambientes fechados! NÃO USAR ÓCULOS ESCUROS PELA MANHÃ (só quando o sol for mais intenso, a partir das 10h da manhã) A EXPOSIÇÃO DA PELE AO SOL É MUITO IMPORTANTE, POIS A PELE INDICA TAMBÉM QUE HORAS SÃO PARA O ORGANISMO!! Tendo exposição solar, a pele diz que horas são! Mas tem que comer TRIPTOFANO DA DIETA para produção de 5HTP, melatonina e serotonina. • USAR LUZ DE BAIXA TEMPERATURA à noite! Luz vermelha, âmbar ou óculos blue blocker à noite. A LUZ AZUL (iluminação eletrônica), retarda o início do sono, diminui a duração do sono, interfere com o ritmo circadiano natural dia e noite. Portanto, a luz azul noturna já é considerada um fator de estresse para o organismo, e um fator para câncer, obesidade e doença cardiovascular e síndrome metabólica. “Deveríamos evitar ou proibir a exposição a luzes durante o sono, pelo bem da nossa saúde e da qualidade de nosso sono” • O que mais causa insônia, além da LUZ é o estresse (onde ocorre um aumento do cortisol, causando insônia). • Suplementação: fosfatidilserina, ômega 3, Melissa officinallis, magnésio, complexo B, PassifloraIncarnata, GABA, taurina, 5HTP. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. VITAMINAS DO COMPLEXO B ajudam a reduzir o ESTRESSE: B1, B3, B5, B6, B9, B12 PLANTAS ADAPTOGÊNICAS - mais conhecidas que ajudam a reduzir o ESTRESSE: Panax ginseng (coreano), Eleutherococcus senticosus (ginseng siberiano) e Whithania somnifera (ginseng indiano), Rhodiola rósea, Pfaffia paniculata. • Adaptógenos: não melhoram só adrenal, melhoram tudo! • O efeito das plantas acontece no primeiro dia, em 30 min o paciente se sente melhor. Estresse aumenta CRH que aumenta ACTH que aumenta adrenalina e cortisol. ADAPTÓGENO REDUZ! E se tiver BAIXO O CORTISOL ELE AUMENTA. Ex: se usa de manhã naquela pessoa sem energia que só acorda com café aumenta e se usa de madrugada que a pessoa acorda REDUZ! M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • POOL ADAPTOGÊNICO: Aumentar a dose pela manhã se houver necessidade. SEMPRE USO DE 2ª A 6ª COM PAUSA FINAL DE SEMANA PARA NÃO PERDER PODER DE INDUÇÃO DA PLANTA! Panax Ginseng pode aumentar dose por ser barato e assim reduzir outros adaptógenos! • BOM E BARATO • NÃO FUNCIONA SOZINHO! TEM QUE TER COMPLEXO B, ZINCO... • DETOXIFICA COM ERVAS ADAPTOGÊNICAS • SUBLINGUAL: REDUZ CUSTO E USA DOSES MAIORES: VALE PARA ADAPTÓGENOS, AMINOÁCIDOS, VITAMINAS, PLANTAS... VAI DIRETO PARA O CÉREBRO> não passa pelo sistema digestivo ocorrendo perdas! Por isso dose baixa! • Melatonina: usada em último caso - melhor médico prescrever. Tem que medir melatonina à noite ou cortisol à noite e, precisa diferenciar se tem dificuldade para pegar no sono ou de manter sono! SEMPRE SUBLINGUAL - NUNCA ACIMA DE 0,5 MG! MENOS É MAIS! Se usar doses altas por cápsulas será usada pelo TGI e vai sobrar pouco para o cérebro. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. • ARTRITE REUMATÓIDE • Dor, deformação, edema, perda de função em pequenas articulações • Risco aumentado: fumo, polimorfismos (HLA), vírus, bactérias, parasitas, estresse oxidativo, alergias e hipersensibilidades, aumento da permeabilidade intestinal • Proteção: anticoncepcionais, amamentação, menarca precoce • Antígeno à ativa linfócitos Th2 à ativa linfócitos B à citocinas e anticorpos Fator Reumatoide à formação de imunocomplexos (antígeno-anticorpo) à deposita-se nas articulações à ativação de granulócitos, fagócitos, sistema complemento e plaquetas causando dano tecidual ou obstruindo capilares, gerando isquemia. • Exames: Fator Reumatóide e anticorpos anti-peptídeos cíclicos citrulinados. • Exame complementares: VSG, PCR, C4, C3, IgG e complemento, vitaminas e minerais, perfil tireoidiano, hemograma, índex ômega, 25 OH D3. • DOENÇA CELÍACA • Avaliar anticorpos anti-transglutaminase IgA e, anticorpos anti-endomísio IgA • Endoscopia para biópsia jejunal (segunda parte do duodeno): diagnóstico. • Gera atrofia intestinal • Caso tenha IgA total baixa medir anti-transglutaminase e anti-endomísio IgG • Anticorpos anti-gliadina IgA avalia hipersensibilidade ao glúten ou ao trigo não celíaca • Vinculada a polimorfismos: HLA-DQ2 e HLA-DQ8 • Exames complementares: teste de permeabilidade intestinal (lactulose-manitol), coprológico funcional, metais tóxicos, vitaminas e minerais, IgG e complemento. • ESCLEROSE MÚLTIPLA Patologia se vincula com: • Anticorpos contra a mielina • Deficiência de vitamina D. • Hiperpermeabilidade intestinal • Metais tóxicos • Alergias e hipersensibilidades: principalmente glúten e lácteos • Perfil de ácidos graxos: falta de ômega 3 e GLA • GRAVES • Avaliar Trab e Anticorpos contra o receptor de TSH • Vinculada a estresse oxidativo, alergias e hipersensibilidades, predisposição genética • Gera redução de TSH, aumento de T4 e T3 • HASHIMOTO • Avaliar anticorpos anti-TPO e anti tireoglobulina • Ocorre aumento do TSH, redução do T4 e T3 • Fator de risco: estresse oxidativo, alergias e hipersensibilidades, aumento da permeabilidade intestinal, prolactina e estradiol elevados, níveis de baixos de cortisol, testosterona, DHEA e progesterona. • Analisar vitamina D, zinco, selênio, manganês, cobre, metais tóxicos, teste de lactulose e manitol, coprológico funcional. AULA 11 - AVALIAÇÃO LABORATORIAL NAS DOENÇAS AUTOIMUNES M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Antes de solicitar um exame para avaliar a saúde intestinal, primeiro devemos fazer uma anamnese bem detalhada, avaliando sinais e sintomas. Também podemos utilizar algumas ferramentas de avaliação como questionários de rastreamento metabólico, síndrome fúngica e de hiperpermeabilidade intestinal, além da Escala de Bristol. Vamos verificar pontos abordados na vídeo-aula – não deixe de assistir aula completa • Fermentação após refeição TEMPO DE SENSAÇÃO DE FERMENTAÇÃO APÓS COMER? 30 a 60 min Hipocloridria com presença de azia, refluxo, eructação 60 a 120 min SIBO no Intestino Delgado >120 min (2h) a 5h após comer Fermentação no Intestino grosso • Relação unhas e saúde intestinal ANÁLISE DA UNHA E INTESTINO Unha quebradiça Falta de cálcio, zinco, disbiose, má absorção, falta de ferro, biotina, silício, analisar hipotireoidismo Unhas onduladas Disbiose e má absorção • Microbioma intestinal Já o exame de microecologia é utilizado para investigar a qualidade e quantidade de microorganismos presentes na flora intestinal. Por exemplo, através desse exame é possível verificar um crescimento desordenado de Cândida (comum na Síndrome Fúngica e Candidíase) ou E. coli (bactéria comum em infecções urinárias) e, também, podemos avaliar o pH fecal que deve ser levemente alcalino. O exame de coprocultura é mais utilizado para descobrir quais bactérias patogênicas em quadros de fezes diarréicas. Já o sequenciamento genético microbiano é um teste mais moderno e menos acessível que auxilia na investigação do DNA de microorganismos presentes no intestino. AULA 12 - AVALIAÇÃO INTESTINAL M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Os principais marcadores são: SAÚDE INTESTINAL Classificação Ideal Indice de Simpson Microbiota rica > 7 diversidade Diversidade média 6 a 7 Microbiota pobre (mais infecções e risco de doenças e menor imunidade) 400 nº espécies Razão Firmicutes / Bacteroidetes 0,7 - 1,0 Indice Firmicutes + Bacteroidetes 85 - 95% Akkermansia M. Baixa: hiperpermeabilidade intestinal, alterações lipídicas e glicêmicas, estresse de retículo hepático,alteração hormonal. Alta: hiperpermeabilidade intestinal, emagrecimento 2 a 5% F. Prausnitzii. Baixa: inflamação e infecção Alta: autismo 5 a 12% E. Coli Alta: infecções urinárias, respiratórias, doenças autoimunes, inflamação. + 20ppm de H2 Retirar frutose ou lactose SIBO (10g de lactulose - medir a cada 15 min por 4h) ou (50g de glicose - medir a cada 15 min por 2h): +12 ppm de H2, 120 min pós ingestão, após o basal. Dieta Low FODMAPs, reduzir carboidratos, plantas e especiarias antimicrobianas. Fermentação com lactulose 90 a 120 min Fermentação com lactulose 120 min Motilidade normal Motilidade rápida Motilidade lenta Como é feito o exame - Consenso de Roma: • Jejum • Exalação base • 50 g de glicose ou 10 g de lactulose • Medir a cada 15 minutos por 2h, para glicose • Medir a cada 15 minutos por 4h, para lactulose M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Utilidade dos exames 1- Teste hidrogênio (e metano ou H2S) exalado pós glicose: avaliação de SIBO. 2- Teste hidrogênio exalado pós lactulose: Estimativa do tempo trânsito oro-cecal e SIBO 3- Teste hidrogênio exalado pós lactose: Má absorção da lactose 4- Teste hidrogênio exalado pós frutose: Má absorção da frutose. MARCADOR DE HIPERPERMEABILIDADE INTESTINAL Citrulinemia: quanto mais células do intestino delgado temos maior a citrulina no plasma, pois citrulina vem do metabolismo da glutamina. hiperpermeabilidade intestinal EXAME URINÁRIO DE 10 ML DE MANITOL E 10 ML DE LACTULOSE para identificação de hiperpermeabilidade Intestinal, inflamação e síndrome da má absorção Manitol baixo na urina (deve ser absorvido por ser micromolécula) Má absorção intestinal e inflamação Lactulose alta na urina (não deve ser absorvido pois deveria ir para o cólon) Hiperpermeabilidade intestinal • Exame Coprológico Funcional Um exemplo acessível e eficiente para análise de inflamação intestinal e problemas digestivos é o coprológico funcional. Através desses exames conseguimos avaliar: COMPOSTO VALOR REFERÊNCIA SIGNIFICADO CLÍNICO Elastase pancreática >201 Baixa: baixa secreção do pâncreas exócrino (baixa liberação de enzimas) Proteína Eosinofílica X 3 Baixo: Hiperpermeabilidade intestinal, inflamação, falta de bactérias boas, resistência à insulina e aumento da fome. Falta de fibras e probióticos. M Ó D U L O 3 Este material foi elaborado por Gabriel de Carvalho e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). © GABRIEL DE CARVALHO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Ácidos graxos de cadeia curta >14 Baixo: Hiperpermeabilidade intestinal, falta de fibras e fenólicos Alto: aumento de lipogênese, distensão abdominal, excesso de fibras, SIBO Ácido litocólico (LCA) 0,6 a 4 Alto: disbiose, aumento da permeabilidade intestinal e risco de câncer de cólon. Maior demanda por taurina e glicina. Ácido deoxicólico (DCA) 0,6 a 6 Baixo: cálculos biliares, insuficiência hepática e biliar. Alto: aumento do risco de câncer e estresse oxidativo, excesso de gorduras. Razão LCA-DCA 0,4 a 2 Risco de câncer de cólon pH 5,8 a 7 Não pode ser nem muito ácido nem alcalino. pH alcalino aumenta proliferação de bactérias patogênicas, risco de câncer de cólon. Albuminas degradadas se tiver ++ ou +++ Inflamação, disbiose e hiperpermeabilidade intestinal, colón inflamado, colite, aumento de protobactérias. Albuminas intactas +++ Manutenção da barreira intestinal, menos inflamação. Amido 0 Se estiver presente indica: má mastigação, hipocloridria, ingestão de água na refeição, insuficiência pancreática Fibras musculares 0 Se mal digeridas indicam: má mastigação, hipocloridria, insuficiência pancreática Gotículas de gordura 0 Se presentes indicam: Insuficiência biliar, hipocloridria, insuficiência pancreática. Ácidos orgânicos (14 a 18%) Alto: má digestão de carboidratos, excesso de carboidratos, SIBO. Baixo: baixa diversidade microbiana, falta de fibras. Amoníaco (2 a 4%) Alto: aumento de protobactérias, hipocloridria, excesso de proteínas. Mucina + ou ++ ou +++ Se não tiver mostra redução da produção de muco, disbiose, inflamação intestinal, estresse, toxinas, falta de nutrientes para mucosa. Cristais de ácidos graxos 0 Se presente mostra má digestão de gorduras, insuficiência biliar e pancreática Alfa1 antitripsinaalergias e hipersensibilidades, estresse (mastocitose). Flora iodófila Ausente Se presente indica disbiose, alta fermentação. Cristais de oxalato de cálcio - Se presente indica hipocloridria. Cristais de coproesterol 0 Se presente indica deficiência de lipases, retirada da vesícula. Cristais de Charcot Leiden 0 Se presente indica alergias e hipersensibilidades mediadas por eosinófilos. Leucócitos 0 Se presente indica inflamação intestinal, infecções. Hemácias 0 Se presente indica inflamação intestinal. Ovos 0 Se presente indica parasitoses. Sangue Negativo Se presente indica inflamação intestinal, infecções. IgA Secretora 51 a 204 mg-dl Baixo: imunossupressão, estresse, atrofia do timo, falta de vitaminas A, C, D, zinco, butirato (fibras), infecções crônicas, vírus, fungos, estradiol alto. Alto: infecção aguda. Água 70 a 80 Baixo: desidratação. Fosfato Amoníaco Ausente Se presente indica cálculos renais e biliares, pielite crônica, cistite crônica, hipertrofia de próstata e retenção vesical. Bilirrubina Negativo Se presente indica falta de ácido glicurônico, dano hepático, eritrofagocitose aumentada (inflamação e estresse oxidativo). _Hlk57130866 _Hlk57131286 _Hlk57131540 _Hlk57208629