Buscar

5ª Aula D Processual Civil II 1009

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

2º Semestre 6º Termo
Direito Processual Civil II
5ª Aula 10/09
Das Partes no Processo de Execução
A legitimidade ativa para o processo de execução está disciplinada nos artigos 566 e 567 do CPC e a legitimidade passiva se encontra no artigo 568 do estatuto processual. 
(I)- De acordo com artigo 566 em legitimidade ativa o credor a quem a lei lhe confere titulo executivo. Considerando o artigo 567 tem legitimidade ativa o espólio os herdeiros ou os sucessores do credor sempre que por morte deste lhes for transmitido o direito resultante do titulo executivo; o cessionário quando o direito resultante do titulo executivo lhe foi transferido por ato intervivos; o sub-rogado nos casos de sub-rogação legal ou convêncional.
Essas pessoas referidas no artigo 566 inciso 1º e 567 tem legitimidade ordinária. 
O artigo 566 inciso 2º também estabelece que o ministério público tem legitimidade ativa nos casos expressos em lei. Nessa hipótese o ministério público detém legitimidade extraordinária. 
Ainda com relação a legitimidade ativa o paragrafo unico do artigo 595 do CPC estabelece uma particularidade quanto ao tema voltado a sub-rogação, uma vez que autoriza o fiador que pagou a divida a executar o afiançado nos mesmos autos do processo.
Obs: Também se considera credor o ofendido em relação ao ofensor nas ações penais promovidas pelo ministério público em que a sentença penal condenatorio transitada em julgado constitua titulo executivo judicial. 
Legitimidade Passiva
O artigo 568 do CPC elenca as hipóteses de legitimidade passiva abrangendo o devedor reconhecido como tal no titulo excutivo; o espolio os herdeiros e os sucessores do devedor; o novo devedor que assumiu a obrigação com o consentimento do credor; o fiador judicial; e o responsável tributário asssim definido na legislação própria.
Do Litisconsorcio na Execução
Quanto ao litisconsorcio é admissível tanto na execução fundada em titulo judicial quanto na execução fundada em titulo executivo extra-judicial.
No que respeita a execução com base em titulo executivo-judicial, identifica-se o litisconsorcio quando no processo de conhecimento já havia o litisconsorcio de maneira que se mais de um réu foi condenado no processo de conhecimento, assim como se mais de um autor foi beneficiado por uma sentença favorável temos a figura do litisconsorcio no processo de execução.
Com relação a execução fundada em titulo executivo extra-judicial também se admite o litisconsorcio quando mais de uma pessoa figurar como credora ou devedora no titulo executivo.
Litisconsorcio Necessário ou Facultativo: O litisconsorcio no processo de execução será necessário ou facultativo observando-se a obrigação. Isso porque caso a obrigação constante do titulo seja um pagamento, será litisconsorcio facultativo porque essa obrigação é divisível. 
De outro lado tratando-se de uma obrigação de fazer de não fazer ou de entrega de uma coisa e o objeto for indivisível o litisconsorcio será necessário e se for divisível será facultativo.
Da intervenção de Terceiros no Processo de Execução
Não se admite nenhuma das formas de intervenção de terceiros no processo de execução. Assim não é admissivel a assistência porque a razão de ser dessa forma de intervenção é auxiliar o assistido a obter uma sentença favorável.
 Como na execução não se busca uma sentença favorável, mas sim atos satisfativos não se admite a assstência no processo execução.
 Também não se admite a denunciação da lidi o chamamento ao processo e a oposição porque essas formas de intervenção de terceiros buscam a condenação do denunciado a condenação do chamado e a condenação do oposto, mas na execução não existe não se busca uma condenação e sim uma pratica de atos satisfativos, razão pela qual essas figuras não são admitidas.
Também não se admitea nomeação a autoria porque a razão de ser dessa figura é tão somente corrigir o polo passivo.
Hipóteses Excepcionais de Intervenção de Terceiros
Existem situações próprias do processo de execução em que um terceiro pode intervir como por exemplo adjudicação requerida pelo credor com garantia real, pelos credores concorrentes ou pelo cônjuge, descencente ou ascendente na forma do artigo 685-A; a arrematação em hasta pública por terceiro; e concurso de preferencia quando credores preferencias intervém na execução para assegurar prioridade de pagamento de hipótese de alienação judicial do bem.
Requisitos para a Execução
São dois os requisitos para que haja interesse do credor na execução o inadimplemento e o titulo executivo.
Do inadimplemento: O inadimplemento do devedor ocorre quando este não cumpre a obrigação no tempo local e forma convencionados. Não há necessidade de que o inadimplemento seja absoluto, bastando a mora. Tratando-se de obrigação com data certa para vencimento ou a termo basta o vencimento do prazo para autorizar a presença de um dos requisitos da execução que é o inadimplemento.
Nesse caso temos a mora Ex RE porque ''DIES INTERPELLAT PIO HOMINE o dia interpela o homem", ocorrendo a mora de pleno direito.
De outro lado, caso a obrigação não tenha data certa, trata-se da mora EX PERSONE, sendo necessário notificar o devedor para que seja constituido em mora. Caso o devedor não tenha sido notificado será constituido em mora com a citação válida. Todavia a citação somente supre a notificação caso lei não exija que a notificação seja prévia como por exemplo na compra e venda de imóvel loteado ou não em que se exige com condição da mora que o devedor seja previamente notificado.
Também para que ocorra o inadimplemento a obrigação deve ser liquida, não podendo estar sujeita a termo que é um evento futuro e certo ou condição que siginifica evento futuro e incerto, bem como se a obrigação for bilateral o credor tem que cumprir a sua prestação.
Do Título Executivo: Acerca do título executivo, sobre substância e conceito temos três correntes:Teoria documental, teoria do ato e teoria do ato-documento.
- Teoria Documental: Essa coorrenta o titulo é um documento que prova o débito, quem tem titulo comprova que se há titulo há débito. Não há uma autonomia entre o titulo eo credito.
- Teoria do Ato: ( Não interessa se há débito ou credito basta o ato) Para essa teoria considera-se o titulo como o ato capaz de desenvolver a execução. Basta o titulo para que seja desencadeada a sanção executiva idependentemente da existência ou não do crédito.
- Teoria do Ato-Documento: Essa teoria entende que o titulo não é desvinculado do crédito de maneira que com o titulo permiti-se a ação executiva mas também se permite que o devedor demonstre a inexistência do crédito no curso da execução. Dessa forma inicialmente, procura-se identificar se há titulo e se há inadimplemento para que se permita o desencadeamento do processo de execução. A maioria da doutrina tem adotado esta ultima corrente ou teoria, entendendo que a execução poderá ser iniciada e no curso desta admite-se a discução sobre a existência ou inexistência do crédito.
Os titulos executivos somente podem ser criados por lei, de maneira que o rol de titulos é ''numerus clausus'' ou seja somente existe aqueles titulos previstos em lei os quais também devém atentar para o príncipio da tipiciadade no sentido de que cada titulo executivo deve obedecer ao padrão estabelecido pelo legislador.
É Admissível Copia de Titulo Executivo
Em regra não se admite copia de titulo executivo, em atenção ao principio da segurança juridica, bem como pelo fato de que embora a copia autenticada possa fazer a mesma prova que o originar, em tese, o credor poderia ajuizar várias execuções com base em um unico titulo o que se mosta inadimissivel. Em carater excepcional admite-se a copia do titulo executivo quando o original não puder instruir a petição inicial por razões alheias do credor, exemplo um cheque que esta juntado aos autos de um inquérito policial.

Continue navegando