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DERMATOLOGIA
Profa Msc. Louise Catugy Rocha
Pele: o orgão mais extenso do corpo
tecido rico em colágeno, foliculos pilosos e
glândulas sudoríparas
No equino é o quarto distúrbio mais acometidos,
só perdendo para locomotor, respiratório e TGI
Bovinos têm apenas pelos primários e tem perda
de calor por sudorese maior que pequenos
ruminantes
Animais de clima quente: pele fina e negra e
pelame claro
Animais de clima frio: pele clara e pelame
espesso e escuro
INTRODUÇÃO
DERMATOFILOSE
 Dermatite caracterizada superficial bacteriana caracterizada
por exsudato e formação de crostas. Os patógenos causadores
são Dermatophilus congolensis (bacteria G+).
fácil identificação pois há uma epilação
Zoonose!!
Fatores pedisponentes: lesões na pele possibilitam a ocorrência
da infecção
umidade excessiva da pele (chuva)
abrasões (quebra da barreira protetora)
contato direto com portadores
fômites (crostas) ou insetos
manejo inadequado do pelo, imunossupressão
DERMATOFILOSE
Sinais clínicos:
Ruminantes: formação de crostas (facilmente destacáveis)
 presença de exsudato amarelado ou acinzentado sob as
crostas primariamente
porção distal dos membros, entre os membros,
escroto,períneo e úbere (bovinos); orelhas e base da
cauda em caprinos jovens. 
Pode ocorrer por infestação de carrapatos
(imunossupressão e disseminação da lesão).
DERMATOFILOSE
DERMATOFILOSE
Sinais clínicos
Equinos: emaranhados de pelos úmidos, crostosos exsudativos, não
pruriginosa.
DERMATOFILOSE
Diagnóstico
lesão de pele característica, raspado e esfregaço da pele nas
crostas seguido de citologia. 
biópsia, cultura e ELISA.
DERMATOFILOSE
Tratamento - ruminantes
Manter os animais em locais secos, Remoção das crostas
Banho: sulfato de zinco (0,2 a 0,5%), amônia quartenária
(0,5 %)
Solução de iodo ou sulfato de cobre - 7 d
Controle ectoparasitas
Lesões podais
pedilúvio:: Sulfato de cobre – 5%
 Soluções iodóforas
Sistêmico
Estreptomicina – 75 - 150 mg/kg +
Penicilina – 75.000 – 150.000 UI / Kg PV
DERMATOFILOSE
Tratamento - equino
Manter o animal em ambiente seco
Tópico
 Shampoo de clorexedine 2% por 7 dias nas lesões e
depois 2x/sem
Iodo povidine (pvpi tópico)
Rifocina tópica
Sistêmico
Penicilina procaína 20.000 UI/Kg + Estreptomicina 10
mg/Kg IM, SID, 3 a 5 doses; 
Flumixin Meglumine 1.1 mg/kg, IV, SID, 3 a 5 doses
DERMATOFITOSE
É uma infecção do tecido queratinizado, pelo e estrato
córneo causada por fungos dermatófitos Microsporum
spp ou Trichophyton spp.
Ocorre em locais de clima quente e úmido. 
Fatores predisponentes: superpopulação, insetos, má
nutrição, doenças, ambiente estressante, umidade
excessiva, imunossupressão (animais jovens ou idosos)
É uma zoonose e a infecção se dá por contato direto
com o animal infectado, fômites ou ambiente.
Sinais clínicos:
a lesão clássica é uma área circular de alopecia
com pelos grossos na margem, com crostas e
quantidades variáveis de descamação
Nos bovinos: pescoço, cabeça e períneo
Nos equinos axilar, tronco e nádega.
prurido moderado a ausente e lesões
semelhantes a urticária
DERMATOFITOSE
DERMATOFITOSE
DERMATOFITOSE
Diagnóstico
raspado de pele após desengordurar com éter ou álcool 
cultura, biópsia de pele - pelo e escamas.
Tratamento
Tópico:
Iodo povidine 1%(pvpi tópico)
Cloro (água sanitária diluída 1:9)
Shampoos antifúngicos (cetoconazol)
Lavar o animal antes de passar solução, passar diariamente
até as lesões secarem e crescer pêlo
Não deixar animal no sol após tratamento
HABRONEMOSE CUTÂNEA
É uma dermatite granulomatosa comum
em equinos. 
Causada pela larva de Habronema
microstoma, H. muscae e Draschia
megastoma
Ciclo errático - depositam as larvas em
feridas expostas da pele, ou em regiões
onde o animal não consegue espantar a
mosca, a presença das larvas gera uma
reação inflamatória e de
hipersensibilidade (alergia), com lesões
ulcerativas e bastante incômodas.
HABRONEMOSE CUTÂNEA
Sinais clínicos
Granulomas hemorrágicos e ulcerados, foco de necrose,
material calcificado amarelo, prurido intenso. Comum no
canto medial do olho, pescoço membros, uretra e prepúcio.
HABRONEMOSE CUTÂNEA
Diagnóstico
Aspecto das lesões e localização;
Biópsia - formol e histopatologia
dermatite eosinofílica e larva
Principalmente avaliar se tem animais com habronemose
gástrica na propiedade.
Diagnóstico diferencial
PITIOSE, carcinoma de células escamosas, sarcóides e
feridas de granulação.
HABRONEMOSE CUTÂNEA
Tratamento
Sistêmico: 
Matar a larva do Habronema - Vermifugar
Ivermectina – 1x/semana por 4 semanas 0,2
mg/kg PO (Equalan) ou IM (Ivomec 1 mL/50 kg)
Diminuir a reação granulomatosa:
Glicocorticóides: dexametasona 0,1- 0,01mg/kg
3d. Cuidado – laminite
AINE: flunixin meglumine, fenilbutazona, etc 
HABRONEMOSE CUTÂNEA
Tratamento
Local
remoção do tecido granulomatoso, necrosado
limpeza diária
pomada cicatrizante/epitelinizante
mistura triclorfon, DMSO e uma pomada
cicatrizante (alantol, furanil)
membros - bandagem
ATENÇÃO:
não usar H2O2 ou iodo em ferida de cavalo porque
promove granulação, clorexidine somente a 0,05%
HABRONEMOSE CUTÂNEA
Profilaxia
Controle de moscas
Destinar as fezes à uma esterqueira
Manter os cavalos hipersensíveis ao habronema em
baias teladas
Isolar os doentes em baias teladas
PITIOSE
Doença infecciosa cutânea, subcutânea e as vezes sistêmica
ferida brava
Causada por um oomiceto (pseudofungo) -Pythium
insidiosum
vive em plantas aquáticas, madeiras em água
Se aproveita de lesões pré-existentes
penetra e provoca inflamação 
tecido de granulação
Áreas pantanosas e no verão - temp elevada + chuva
Zoonose
PITIOSE
Sinais clínicos
Lesões ulcerativas,
granulomatosa, contendo
canais fistulosos e Kunkers 
Principalmente em membros,
abdômen e tórax
Elimina uma secreção
serosanguinolenta engrossada 
Anorexia
Claudicação
Dor
Anemia e hipoproteinemia
PITIOSE
PITIOSE
Diagnóstico
Epidemiologia
Presença de kunkers
Biopsia
coloraçãoespecífica p/ fungos
Hemograma: anemia e hipoproteinemia
Diagnóstico diferencial
Habronemose cutãnea
Sarcóide
Tecido de granulação exuberante.
Tratamento
Local:
Excisão cirúrgica - retirar o máximo de tecido afetado e
bordas de pele - retirar kunkers
cauterização 
Membro - fazer raio x para possibilidade de
comprometimento osséo
PITIOSE
PITIOSE
Tratamento
Sistêmico:
Iodeto de potássio 67 mg/kg PO sid, durante 30 dias.
Anfotericina B 
0,3 - 0,9 mg/kg IV SID, durante 30 dias ($$$$);
Em glicose 5%
Itraconazol (10mg/kg SID) com terbinafina (5-10 mg/kg
SID)
Triancinolona - corticosteróide
IM; 50 mg/animal 500 kg - 7 dias, 3 aplicações
Efeitos sistêmicos: toxicidade uso continuado
rim; fígado
PITIOSE
Tratamento
Vacina
Pythium-vac ®
Aplicar 5 a 6 doses SC a cada 14 dias
abcesso no local
Prognóstico
Reservado
Tratamento difícil e recidivas
Depende da localização
Retirada completa ou não dos tecidos afetados
PAPILOMATOSE 
Doença proliferativa das células basais do epitélio
Causada por um vírus (papilomavirus - VPB) que provoca
lesões verrucosas 
 localiza em várias partes do organismo
A maioria é benigna e auto-limitante
Equino - sarcóide
Persistência por longo tempo pode se relacionar com baixa
imunidade
Complicações: miíase, mastite
PAPILOMATOSE 
Diagnóstico
Lesões
Histopatológico
Identificação viral
Diagnóstico diferencial
Para ovinos e caprinos: ectima contagioso,
dermatose ulcerativa, podridão dos cascos
PAPILOMATOSE 
PAPILOMATOSE
Tratamento
Equinos: ocorre uma regressão espontânea de 1 a 6 meses,
caso não ocorra pode ser feito cauterização química ou
térmica
Bovinos: ocorre regressão espontânea e caso não ocorra,
recomenda-se cirurgia
vacinas
auto-hemoterapia
clorobutanol (Verrutrat) 50 mg/Kg, SC, 2 doses, 10 dias de
intervalo
Prevenir miíases secundárias, e mastite, quando há
papilomas no úbere e tetos
Profilaxia
Manejo sanitário
Vacina 
Isolamento de animais afetados
PAPILOMATOSE
ECTIMA CONTAGIOSO
Também chamado de dermatite pustular contagiosa, ferida
de boca.
Comum em ovinos e caprinos e pode ser transmitida aos
homens. 
Distribuiçãomundial
Transmissão: 
contato direto ou indireto, favorecido por alta lotação
Afeta jovens (lactentes ou após desmame) e fêmeas em
aleitamento
Sinais clínicos
O estágio agudo da lesão - nódulo vermelho e úmido
Nódulo se torna seco, com pequenas manchas negras em
uma superfície amarela
Após vem a fase papilomatosa, onde o nódulo está irregular
devido ao papiloma formado.
Na regressão as crostas caem
ECTIMA CONTAGIOSO
ECTIMA CONTAGIOSO
Diagnóstico
Manifestação Clínica
Biópsia:
crescimento em culturas celulares
Diagnóstico diferencial
Dermatofilose
Varíola ovina e caprina
Língua azul
ECTIMA CONTAGIOSO
Tratamento
Auto-limitante
Alimentação tubo gástrico
Infecções secundárias
Miíase
Mastite
Não remoção da crosta
Soluções anti-sépticas
ECTIMA CONTAGIOSO
Prevenção
Humanos (usar luvas)
Introdução de animais
Vacinação
FOTOSSENSIBILIÇÃO
Sensibilidade da pele à luz causada pela presença de agentes
fotodinâmicos
Tipos:
Primária:
plantas – medicamentos – corantes
Acúmulo de agentes fotodinâmicos - DERMATITE
SOLAR
Secundária:
PLANTAS HEPATOTÓXICAS, Plantas que causam
fotossensiblização por Saponinas litogênicas
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
Fotossensibilização secundária
A causa mais frequente de lesões hepáticas é a intoxicação
pela saponinas litogênicas presentes em Brachiaria
decumbens
afeta sistema excretório biliar e fígado ocorre acúmulo
de filoeritrina na circulação sanguínea e é ativada na
pele sob ação da luz solar
Ocorre também acúmulo de bilirrubina - icterícia
Qualquer quadro de lesão hepática, tóxico ou não, pode
provocar a fotossensibilização secundária.
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
Sinais clínicos
Eritema das partes afetadas, nas partes brancas 
Morte do tecido cutâneo que se torna ressecado e começa a
se destacar
edema cutâneo, sensibilidade, prurido
Infecções secundárias:
Miíases secundárias.
Ovinos podem apresentar o quadro nas partes sem lã -
eczma facial
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
Diagnóstico
Baseado nos achados clínicos, Padrão lesional (suficiente)
Histórico de plantas/forragens hepatotóxicas
Disfunção hepática
Bioquímico:
Elevada atividade sérica da enzima GGT
Hiperbilirrubinemia
Hipoalbuminemia
Histopatológico
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
Tratamento
Retirar o animal da exposição direta à luz solar
Remover a causa
Limpeza das feridas, debridar a pele descolada
Pomadas anti-inflamatórias
Pomadas anti-sépticas e cicatrizantes
Prevenção de miíases
Hepatodetoxificadores: glicose, ornitina, colina,
metionina, complexo B
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
Prevenção
Manutenção de sombras nas pastagens
Eliminação das plantas hepatotóxicas
Manejo da Brachiaria decumbens
Suplementação mineral de Zn
MATERIAL PARA ESTUDO
DÚVIDAS!?!?

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