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Contratos - Plano de aula 1 - Teoria Geral dos Contratos. Visão geral. Princípios Norteadores

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CURSO DE DIREITO
DIREITO DOS CONTRATOS
PROFESSOR: LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA
Plano de aula 1 – Teoria Geral dos Contratos
Conceito
Mais comum e mais importante fonte de obrigações, juntamente com as declarações unilaterais de vontade e os atos ilícitos.
O contrato é um acordo de vontades que tem como finalidade adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos.
Consiste num negócio jurídico bilateral ou plurilateral
O fundamento ético é a vontade humana e seu efeito é a criação de direitos e obrigações.
Através dele, e de acordo com os princípios da boa-fé objetiva e da função social, as partes autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo o princípio da autonomia privada.
Tradicionalmente, o contrato foi conceituado pela doutrina clássica como um instrumento de conciliação de interesses contrapostos.
Contudo, atualmente o contrato, como relação obrigacional, é conceituado como um vínculo de cooperação�. Por essa razão, os contratantes devem estipular cláusulas que lhes garantam auferir vantagens e gerar benefícios sociais.
Natureza jurídica
Espécie de negócio jurídico
Breve síntese da evolução história
Embora não tenha surgido no Direito Romano, foi Gaio o responsável por catalogar as fontes das obrigações e por incluir o contrato.
O processo de desenvolvimento das sociedades humanas é uma transição do status ao contrato�. Nas sociedades antigas, prevalecia o status enquanto o contrato nasce da revolução burguesa.
Segundo Orlando Gomes, a noção de contrato como um acordo de vontades que forma um vínculo jurídico somente veio a lume com a ideologia individualista típica do regime capitalista.
O Código de Napoleão o disciplinou como um instrumento para a aquisição da propriedade.
Já o Código Civil Alemão não atribuiu ao contrato o poder de por si só, transferir a propriedade.
Os desequilíbrios causados pela tendência individualista deram origem ao dirigismo contratual do século XX.
Planos de Existência, Validade e Eficácia dos Contratos
Elementos Constitutivos do Contrato (Existência)
Manifestação de vontade
Sujeito
Objeto (Imediato e Mediato)
Forma 
Pressupostos de validade do contrato
Pressupostos subjetivos:
Capacidade genérica (CC, art. 166, I e 171, I)
Legitimidade
Consentimento ou acordo de vontades (livre e de boa-fé)
Pressuposto objetivo:
Licitude do objeto
Pressuposto formal
Forma prescrita ou não defesa em lei
Regra geral: forma livre (CC, art. 107)
Forma especial ou solene: exigida como requisito de validade de determinados negócios jurídicos
Forma contratual: convencionada pelas partes (CC, art. 109)
Plano de eficácia do contrato
Regra geral: eficácia imediata
Elementos acidentais: Termo; condição e Modo ou encargo
Princípios Fundamentais do Direito Contratual
5.1. Princípios tradicionais do Direito Contratual
Princípio da autonomia privada
Poder conferido aos particulares de auto-regulamentar seus interesses
Baseado na liberdade de contratar, no poder dos contratantes de disciplinar seus interesses mediante acordo de vontades
 Apogeu: após a Revolução Francesa
Fundamento para a celebração de contratos atípicos
A liberdade contratual encontra-se prevista no art. 421 do CC
Limitação á liberdade de contratar: faculdade de contratar e não contratar; a liberdade de escolha do outro contraente e o poder de estabelecer o conteúdo do contrato
Princípio da Supremacia da Ordem Pública
A ordem pública – conjunto de interesses jurídicos e morais que incumbe à sociedade preservar
Sempre limitou a liberdade contratual 
Busca evitar desequilíbrios e a exploração econômica dos mais fracos
Previsto no art. 17 da LICC e art. 2035 do CC
Princípio da obrigatoriedade dos contratos ou da Intangibilidade dos contratos (Pacta sunt servanda)
Também denominado princípio da força vinculante dos contratos
Um contrato válido e eficaz deve ser cumprido pelas partes
O acordo de vontades faz lei entre as partes
Ninguém pode alterar unilateralmente o contrato
Tinha valor quase que absoluto, fundado na máxima “quem diz contratual, diz justo”.
Esse princípio tem sido amenizado pela cláusula rebus sic stantibus assim como institutos da lesão e do estado de perigo
Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos
De acordo com esse princípio, o contrato só produz efeitos em relação àqueles que manifestaram sua vontade.
Trata-se de princípio coerente com o modelo clássico de contrato que buscava exclusivamente a satisfação de vontades individuais.
Tem sido amenizado pela idéia de função social do contrato, pois esse princípio exige tanto que o contrato gere benefícios à sociedade quanto que não cause prejuízos sociais, o que evidencia a exigência de o contrato produzir efeitos em relação a terceiros.
5.1.5. Princípio do consensualismo
Para o aperfeiçoamento do contrato, basta o acordo de vontades
Em regra, independem da entrega da coisa, salvo alguns contratos reais
Novos princípios do Direito contratual
Princípio da função social do contrato
Expressamente previsto no artigo 421 do CC
Guarda íntima relação com a função social da propriedade
Busca promover a justiça comutativa, reduzindo as desigualdades entre os concorrentes
Exige que um contrato gere benefícios não apenas aos contratantes, mas também à toda a coletividade. Ademais, seu conteúdo não deve ofender o interesse público.
Limita a autonomia da vontade quando ela estiver em confronto com o interesse social (Caio Mário, p. 13).
O contrato se transformou em instrumento voltado para atingir valores como justiça, segurança, valor social da livre iniciativa, bem comum e dignidade da pessoa humana.
Possui tanto um aspecto individual quanto público
Afasta o caráter hermético do contrato, transformando-o em um sistema que dialoga com o mundo exterior.
Constitui uma cláusula geral - caberá ao Juiz dar uma solução para o caso concreto
Princípio do Equilíbrio econômico do contrato
O direito contratual atual é permeado pelas noções de equilíbrio, equidade e proporcionalidade�.
A noção de equilíbrio traz para o contrato a preocupação com o justo�.
Um contrato livremente pactuado pode ser injusto e, revisto ou rescindido.
Segundo Perelman, existe algo de comum em diversas concepções concretas do que seja a justiça: o tratamento paritário�.
Isso evidencia o caráter social da justiça.
Para preservar o princípio do equilíbrio do contrato, é preciso que haja paridade entre as prestações recíprocas, realizando uma ponte entre o justo e o jurídico.
Contrato justo é aquele cujas prestações guardam um nível razoável de proporcionalidade.
O princípio do equilíbrio econômico do contrato ou princípio do sinalagma, nas palavras de Antonio Junqueira de Azevedo, leva à admissão de duas figuras: a lesão e a excessiva onerosidade�.
Princípio da boa-fé
a) O princípio da boa-fé traduz a idéia de honestidade, de lealdade ao se estabelecer uma relação jurídica com alguém, consoante será analisado de forma mais detalhada a seguir�.
� Nesse sentido: PERLINGIERI, Pietro. Perfis de direito civil: introdução ao direito civil constitucional. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p.212; SILVA, Clóvis Veríssimo do Couto e. A obrigação como processo. São Paulo: Bushatsky, 1976, p.08. BORGES, Roxana Cardoso Brasileiro. Reconstruindo o Direito Civil a partir do direito ambiental: contrato, bens, sujeito. Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal da Bahia. N. 14, Salvador, 2007.1, p. 103. GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, vol IV, Tomo I, 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 14. 
� FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito dos contratos. Rio de janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 19.
� NEGREIROS, Teresa. Teoria do contrato: novos paradigmas. 2ª ed. Rio de janeiro: Renovar, 2006, p. 29.
� NEGREIROS, Teresa. Teoria do contrato: novos paradigmas. 2ª ed. Rio de janeiro: Renovar, 2006, p. 168.
� PERELMAN, Chäim. Ética e direito. P. 19.
� AZEVEDO, Antônio Junqueira. Princípios do novo direito contratual e desregulamentaçãodo mercado. Op.cit. p.116.
� Vide Plano de aula 02 – O princípio da boa-fé.
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