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Aula 2 - O direito internacional público - noções preliminares (sociedade internacional)

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DIREITO INTERNACIONAL - CCJ0056
Plano de Aula 2 - O direito internacional público: noções preliminares (sociedade internacional)
MARCOS MARQUES MESQUITA – 2010.02.08926-3
Título
Direito Internacional Público
Número de Semana de Aula
2 
Tema
O direito internacional público: noções preliminares (sociedade internacional)
Objetivos
Apresentar o Direito Internacional Público como uma disciplina que tem como objeto a sociedade internacional, formada por pessoas internacionais;
Apresentar ao aluno o debate sociedade x comunidade;
Discutir as forças que atuam na sociedade internacional contemporânea.
Fornecer ao aluno os conceitos de sociedade internacional segundo a doutrina, bem como suas características;
Estrutura do Conteúdo
1.3.  O Direito Internacional Público 
	1.3.1. Fundamentos e noções preliminares:
	1.3.2. A sociedade internacional
	1.3.2.1. Forças atuantes;
	1.3.2.2. Descrição: a globalização econômica e a complexidade da noção de sociedade internacional contemporânea
	1.3.2.3. Características 
Aplicação Prática Teórica
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber:
Caso Concreto 1
 
Considere o texto abaixo feito a partir da compilação de obras de importantes doutrinadores:
O eminente jurista Celso de Albuquerque Mello via no pensamento de Ignácio Ramonet a melhor descrição da sociedade internacional após a queda do muro de Berlim. Segundo esta descrição:
“Após 1989 já houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhões de refugiados. As 225 maiores fortunas do globo representam 1000 bilhões de euros, que é o equivalente à renda anual de 45% dos mais pobres da população mundial (2,5 bilhões de pessoas). As pessoas estão mais ricas que os Estados. As 15 pessoas mais ricas ultrapassam o PIB da África Subsaárica. Em 1960 os 20% da população que vivia nos países mais ricos tinham uma renda 30 vezes superior a dos 20% mais pobres. Em 1995 a renda é 80 vezes superior.
Para atender às necessidades sanitárias e nutricionais fundamentais custaria 12 bilhões de euros, isto é, o que os habitantes dos EUA e União Européia gastam por ano em perfume e menos do que gastam em sorvete. Morrem anualmente 30 milhões de pessoas por fome. Esta é uma arma política, uma arma de guerra e cria o "charité business". As fusões de empresa têm permitido diminuir o número de empregos. Cada uma das 100 principais empresas globais vende mais do que exporta cada um dos 120 países mais pobres. As 23 empresas mais importantes vendem mais que o Brasil. Elas controlam 70% do comércio mundial. (Cf. MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Renovar, 14 ed, vol I, 2002, p.57).” 
O texto acima descreve as consequências danosas de uma inserção internacional assimétrica feita a partir de relações verticalizadas com relação aos centros mundiais de poder, representados pelos países desenvolvidos. É melancólica aquela imagem dos gastos com perfumes e sorvetes no mundo desenvolvido em comparação com as necessidades básicas de saúde, educação e alimentação no mundo periférico. Igualmente forte, o registro de que as pessoas estão mais ricas do que os Estados nacionais. Tudo isso a refletir a complexa sociedade internacional contemporânea.
A partir da leitura do texto, disserte acerca das características da sociedade internacional que são idealmente apontadas pela melhor doutrina do direito internacional e que encontram respaldo na Carta na ONU e em outros documentos internacionais. 
Quando se destacam as características da sociedade internacional, que não se confundem com a sociedade tradicional, se observa que na sociedade internacional não existe uma autoridade central, como, por exemplo, um Poder Judiciário, um Poder Legislativo ou um Poder Executivo, de caráter supranacional, com a finalidade de organizada, prevalecendo, em princípio, o poder soberano dos Estados, os quais, como principais sujeitos de Direito Internacional Público, fazem prevalecer as suas decisões. 
a) Universal: abrange todos os entes do globo terrestre; 
b) Paritária: Há, teoricamente, igualdade jurídica entre os entes da Sociedade Internacional; 
c) Aberta: Todo aquele que reúne as características que o qualifiquem como ente da Sociedade Internacional, automaticamente insere-se nessa sociedade, independentemente de aceitação; 
d) Não tem organização institucional: Não é um Super-Estado; não há poderes executivos, legislativo e judiciário supranacionais; e
e) O Direito que dela emana é originário: pois não se baseia em nenhum sistema jurídico em particular
CASO CONCRETO 2
“...Precisamos nos assegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para realizarem suas missões, nos locais aos quais são enviadas. É nesse aspecto que a França e o Reino Unido trabalham em parceria por intermédio de um conjunto de sistemas, o que é útil não só para nossas forças, mas também para nossas indústrias, nossas economias e nossas populações. Uma etapa importante será vencida hoje, com a assinatura de um protocolo de acordo que lança nossa cooperação sobre nossos futuros porta-aviões pelos próximos 12 meses. Mas existem também numerosos programas importantes como, por exemplo, o sistema PAAMS (Principal Anti Air Missile System), o míssil ar-ar Meteor e o avião de transporte A 400M..” (Artigo da ministra francesa da defesa,  Michèle Alliot-Marie, e do ministro britânico da defesa, John Reid, publicado no jornal “Le figaro” (Paris, 6 de março de 2006). 
Analise o texto e os aspectos que destaca,  dissertando sobre as forças que atuam na relação entre as pessoas de Direito Internacional e sua importância na modelagem da sociedade internacional, em especial sobre os três sentidos de Fred Halliday para o termo “sociedade internacional” - realismo, transnacionalismo e homogeneidade.
Podemos dizer que Sociedade é o conjunto de relações tanto dos indivíduos entre si, quanto dos Estados uns com os outros, que tendem a organizar-se e viver dentro de uma ordem internacional. Também devermos dizer que Sociedade é supostamente emprestado da Sociologia e emergiu em seu uso mais corrente durante o século XIX. Podemos dizer que a partir desta constatação, apresentam-se três sentidos para o termo “Sociedade Internacional”:
a) Realismo: dentro do qual Sociedade Internacional refere-se á relação entre os Estados, baseada em normas compartilhadas e entendimentos; 
b) Transnacionalismo: e que se refere á emergência de laços não estatais de economia, de política, de associação, de cultura e de ideologia que transcendem as fronteiras dos Estados e constituem, em maior ou menor medida, uma sociedade que vai além dessas mesmas fronteiras. 
c) Homogeneidade: Que indica uma relação entre a estrutura interna das sociedades e a da Sociedade Internacional, investigando de que maneira, como resultado das pressões internacionais, os Estados são compelidos a conformarem seus arranjos internos aos demais. É um conceito que se refere tanto ao desenvolvimento interno quanto as relações internacionais, já que o funcionamento interno dos Estados tanto influencia como é influenciado pelos processos internacionais. 
- 
- as relações vão além das fronteiras.
- somos cada vez mais iguais, mais parecidos. Nos temos hoje praticamente uma cultura homogênea.

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