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Aula 7 - Direito dos Tratados - parte 2

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DIREITO INTERNACIONAL - CCJ0056
Plano de Aula 7 - Direito dos Tratados - parte 2
MARCOS MARQUES MESQUITA – 2010.02.08926-3
Título
Direito Internacional Público
Número de Semana de Aula
7 
Tema
Direito dos Tratados - parte 2
Objetivos
- Introduzir as condições de validade dos tratados. 
- Fornecer ao aluno a compreensão dos vícios de consentimentos admitidos no direito dos tratados, seus elementos e características. 
- Discorrer sobre os efeitos subjetivos e temporais dos tratados; 
- Apresentar as noções de execução, suspensão e extinção e seus respectivos fundamentos na Convenção de Viena sobre tratados; 
Estrutura do Conteúdo
6. Condições de validade dos tratados 
6.1.1. Os vícios de consentimento 
7. Efeitos e execução dos tratados; 
7.1. Efeito subjetivo e no tempo; 
7.1.1. Execução, suspensão e extinção dos Tratados 
7.1.1.1. A extinção dos tratados e a denúncia 
7.1.1.2. Impossibilidade de execução 
7.1.1.3. A cláusula rebus sic standibus 
7.1.1.4. A consequência da inexecução e da suspensão dos tratados 
Aplicação Prática Teórica
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber:
Caso Concreto 1
 
Hungria e Checoslováquia (atual República Checa) celebraram em 1977 um tratado internacional para construção e funcionamento do sistema de esclusas Gabcikovo-Nagymaros que estava destinado a ampla utilização dos recursos do ramo Bratislava-Budapeste do Rio Danúbio, para exploração de recursos hídricos, energia, transporte, agricultura e outros setores da economia nacional das partes contratantes. No tratado, as partes comprometeram-se a garantir a preservação da qualidade da água do Rio Danúbio e do meio ambiente vinculado a construção do sistema.
Em 1989 a Hungria suspendeu e depois abandonou as obras por conta das intensas criticas que o projeto sofreu no país e, em 1991, a Checoslováquia adotou a variante C, colocando em prática uma solução provisória que consistia no desvio unilateral do curso do Danúbio em seu território e a construção de um dique. Por conta da realização dos planos da variante C a Hungria emitiu uma nota verbal através da qual rescindia o Tratado de 1977.
Com base no tema da execução, suspensão e extinção dos tratados, analise o caso acima e responda fundamentadamente:
1) Pode a Hungria suspender e depois descumprir o tratado pactuado? Qual seria o efeito da nota verbal de rescisão?
R: NÃO PORQUE TEM QUE SE CUMPRIR POR SER PACTA SUN SERVANDA. A NOTA NÃO SERÁ UTILIZADA, POIS O PROCEDIMENTO TEM QUE SE DAR PELAS NORMAS DO PRÓPRIO TRATADO.
A suspensão do tratado só pode dar por violação do tratado mas não unilateralmente
A Hungria pode suspender o tratado, mas para isso deve haver uma prévia comunicação, não comunicando, ocorre violação ao tratado.
A Hungria deveria ter denunciado o contrato de forma escrita.
O tratado foi elaborado de forma escrita, formal e consensual, é escrito e assim deveria ser desfeito.
A nota verbal não teria efeito nenhum
2) O ato unilateral da Checoslováquia viola o tratado?
R: VIOLA POR TER DESCUMPRIDO O QUE ESTÁ ESTIPULADO NO TRATADO.
A nota verbal teria conteúdo de violação do tratado.
Não, pois outro Estado já havia violado o tratado primeiro.
Seria uma legitima defesa.
3) Qual(ais) o(s) princípio(s) internacional(ais) violado(s)? Explique-o(os) e fundamente-o (os)
R: OS PRINCÍPIOS VIOLADOS FORAM:
PACTA SUN SERVANDA: os pactos devem ser respeitados ou mesmo os acordos devem ser cumpridos.
BOA FÉ: DEVERÁ SER RESPEITADO E CUMPRIDO O QUE ESTÁ ESTIPULADO NO TRATADO.
PACTA SUN SERVANDA E BOA FÉ SÃO ENTENDIMENTOS QUE SE CONVERGEM.
Foram violados os Princípios da Pacta sunt servanda e de boa-fé entre as nações.
CASO CONCRETO 2
O País Alfa não-membro da União Europeia (UE) celebra tratado com a República Tcheca, membro da referida Organização, cujo objeto, dentre outros, é o desenvolvimento econômico e social da região. No entanto, o tratado, negociado sob a condução ardilosa de Alfa, induzindo à assinatura nas mesmas circunstâncias pelo plenipotenciário Tcheco, é ratificado por seu chefe de Estado, que desconhecia o ambiente das negociações e da consequente assinatura. Quando da execução do Tratado, a República Tcheca percebe a existência de uma cláusula na qual o Estado Tcheco se submeteria à nova cooperação, abdicando de qualquer compromisso internacional anterior. O Tratado celebrado é válido? Pode Alfa ser responsabilizado pelos prejuízos causados? Explique justificadamente, fundamentando ainda sua resposta na norma jurídica pertinente.
 
RESPOSTA- O TRATADO NÃO E VALIDO, VERIFICA-SE PRESENTE FRAGLANTE VICIO DE CONCENTIMENTO A SABER, DOLO. VEZ QUE EXPLICITADA A EXISTENCIA DE FRAUDE INDICANDO O ARDIL, DO PAIS ALFA. ART 49 CVT. ANULABILIDADE.
O tratado não é válido pois perde a validade a partir da invocação do vício. Houve dolo o que faz com que o tratado não tenha validade e obrigue o Estado violador a indenizar o Estado que, de boa-fé, foi prejudicado durante a vigência do tratado.
Não, pois foi negociado de forma ardilosa, com vício de consentimento.
Sim, Alfa pode ser responsabilizado, pois houve dolo, ensejando a responsabilidade, devendo repor o status quo ante.
O tratado é nulo de pleno direito vindo a ensejar responsabilidade pelos danos.
CASO 3
 
Um tratado em vigor elaborado na língua portuguesa (lusitana), entre o Brasil e Portugal utilizou termos e expressões que não revelavam a intenção real com a vontade declarada pelo plenipotenciário da República Federativa do Brasil. Alegou-se, pois, que a redação de alguns dispositivos do tratado, dava sentido diverso daquele esperado pelo plenipotenciário. Os termos foram introduzidos por Portugal, através do seu plenipotenciário, que desconhecia a diferença linguística apontada como vício.  Todavia, o representante, plenipotenciário da República Federativa do Brasil tinha previamente conhecimento da questão, e mesmo assim alegou estar o tratado eivado de vício, o que gera a sua nulidade.  O Ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, solicita uma análise sobre o caso supra mencionado, para que possa se posicionar perante o Presidente da República sobre o ocorrido. Com relação a situação acima responda fundamentadamente:
O tratado é Válido? 
Não houve erro de fato, pois era de conhecimento do representante brasileiro. Nesse caso, não pode o Brasil invocar a nulidade do tratado visto que representante não se cercou dos cuidados necessários quanto a situação fática destacada.  Poder-se-ia ainda argumentar que sendo os vícios unicamente erros materiais os mesmos podem ser corrigidos, dando plena validade do tratado.
 
Sim, pois o Brasil tinha prévio conhecimento do vício, havendo então nulidade no tratado, eis que agiu com dolo eventual.
1ª QUESTÃO OBJETIVA
 
Julgue os itens abaixo, relativos aos tratados internacionais.
 
A) Considerando que o consentimento mútuo constitui condição de validade dos tratados internacionais, terá plena validade o tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com norma imperativa de direito internacional geral, de conformidade com o que estabelece a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados. FALSO
B) Não é juridicamente possível a exclusão, do âmbito de aplicação territorial de tratado internacional, de parte do território de um ou de ambos os Estados pactuantes. VERDADEIRO
C) Segundo a Convenção de Viena sobre Tratados de 1969 é vício de consentimento o erro de direito. FALSO
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA
 
O direito dos tratados, até meados do século XX, sempre foi regulado, via de regra, pelo costume internacional. Porém, o trabalho desenvolvido pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, resultou na elaboraçãoe conclusão da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, celebrada em 22 de maio de 1969, tendo entrado em vigor em 27 de janeiro de 1980. Tal instrumento internacional se justificava pelo fundamental papel que os tratados significaram e significam na história das relações internacionais, bem como pela importância, cada vez maior, dos tratados como fonte do Direito Internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as Nações. Sob o prisma da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, é correto afirmar, quanto a elaboração, conclusão e entrada em vigor dos tratados internacionais, EXCETO:
(A) Nem todos os Estados têm capacidade para concluir tratados.
(B) Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoção ou autenticação do texto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se apresentar plenos poderes apropriados ou a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes.
(C) Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são, dentre outros, considerados representantes do seu Estado: os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado.
(D) Um ato relativo à conclusão de um tratado praticado por uma pessoa que, nas formas ordinárias e expressas de representação estatal previstas pela da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, não pode ser considerada representante de um Estado para esse fim, não produz efeitos jurídicos, a não ser que seja confirmado, posteriormente, por esse Estado.

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