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Av1 Filosofia Jurídica 
 
 
Página 1 
 
 
1. A discussão acerca dos melhores critérios para escolha daquele que deve governar uma 
determinada sociedade sempre foi tema de longos debates no decorrer da história. Tomando 
como exemplo as eleições americanas do ano passado, o candidato republicano à Casa Branca, 
John McCain, surpreendeu jornalistas e eleitores quando anunciou sua escolha para vice-
presidente: a governadora do Alasca Sarah Palin. Ela não estava entre os nomes mais citados nas 
apostas americanas, mas por ser uma figura feminina proeminente, Palin poderia trazer também 
uma boa parcela das eleitoras da ex-pré-candidata democrata Hillary Clinton. Durante a 
campanha, em razão da avançada idade de John McCain, muito se discutiu acerca da capacidade 
intelectual de Palin para administrar a mais poderosa nação do mundo. 
 
Diante da situação acima apresentada, responda: 
 
a) Que critério entendia Platão como o correto para a escolha daqueles que deveriam exercer o 
governo da Polis? Fundamente a sua resposta. 
 
Platão entendia como correto para a escolha daqueles que deveriam 
exercer o governo da Polis aquele que tinha a noção da justiça, por conhecer as 
implicações e mecanismos das ações justas, ou seja, para Platão essa pessoa 
era entendida com o filósofo. 
 
Nesse contexto, Platão defendia a tripartição da alma, esta que é a 
separação do racional (o governo), o irracível (a proteção) e a apetitiva 
(comércio), desse modo, o racional, que eram as pessoas que tinham a prática 
da justiça, que tinham a aptidão para governar. 
 
b) Pelo que você leu no texto acima e pelos seus conhecimentos acerca da filosofia platônica, a 
escolha da candidata a vice-presidência americana, muito popular entre uma certa camada 
social daquele país, obedece a exigência de Platão no tange a aptidão? Fundamente a sua 
resposta. 
 
Não. A escolha da candidata a vice-presidência americana se deu por 
conta da popularidade de Sara Palin. Esse critério não obedece a exigência de 
Platão no que tange a aptidão, esta que se entende pela escolha dos mais 
sábios, aquele que é justo em prol do bem coletivo. 
 
2. Na conversa diária, usamos a palavra política de diversas formas que não se referem 
necessariamente a seu sentido fundamental. Por exemplo, sugerimos a alguém muito 
intransigente que “seja mais político” na sua maneira de agir, ou nos referimos a “política” da 
empresa, da escola, da Igreja, como formas de exercício e disputa do poder interno. 
 
Há também um sentido pejorativo de política, atribuídos para pessoas desencantadas, que, 
diante da corrupção e da violência, a associam à “politicagem”, falsa política em que predominam 
os interesses particulares sobre os coletivos. Afinal, de que trata a política? 
 
Diante da citação acima, responda as perguntas que seguem: 
 
a) Podemos considerar que a concepção dos gregos antigos a política era sinônimo de 
“politicagem”? Fundamente a sua resposta. 
 
Não. Na concepção dos gregos antigos a política e a ética deveriam 
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caminha juntas, ou seja, o governo deveria ser justo em prol de um bem 
comum, muito diferente do que se denomina de “politicagem” que nada mais é 
do que utilizar o governo para benefício próprio ou de uma pequena parcela 
da sociedade. 
 
b) Para os gregos antigos havia uma relação intrínseca entre igualdade e liberdade. O que 
justifica essa relação e quais os sentidos que os gregos atribuíam á liberdade? 
 
A relação intrínseca entre igualdade e liberdade se encontra no fato de 
existir hierarquia entre os homens livres, ou seja, todos os homens livres eram 
iguais face aos outros, essa liberdade era atribuída da seguinte forma: A 
Autarkéia, que consistia na autossuficiência; A Proiaresis, que se define na 
liberdade de escolha; A Autonomia, que seria a liberdade perante as normas e 
por fim a Isegoria, que é a liberdade de expressão. 
 
3. A filosofia ao mesmo tempo em que é uma sistematização do pensamento, é um enfrentamento 
do próprio pensamento e do mundo. Tudo isso pode se aplicar a objetos da própria filosofia, 
como o Direito (...) Por conta disso, o problema inicial da filosofia do direito está na 
especificidade do que se possa considerar o direito. (MASCARO, A. Filosofia do Direito. São Paulo: 
Atlas, 2010 p.10). 
 
Considerando o excerto acima, responda ao proposto: 
a) De que modo a filosofia pode apresentar alguma utilidade á prática jurídica? 
 
A utilidade da filosofia à prática jurídica consiste justamente em 
colocar um ponto de interrogação naquilo que tinha um ponto final, ou seja, 
questionar quesitos que são tidos como absolutos com o intuito de gerar novos 
entendimentos ou firmar aquilo que é tido como verdade. A filosofia permite 
questionar se a prática jurídica corresponde a realidade social ao invés de 
somente aplicar a lei já existente. 
 
b) O que podemos entender como filosofia do direito? 
 
Podemos entender a Filosofia do Direito como um modelo conceitual e 
sistemático de reflexão acerca das decisões jurídicas existentes em uma 
sociedade, é um pensamento critico a respeito do que é justo e o que é injusto, o 
que é ético, a proteção contra o autoritarismo, a escavação conceitual do 
direito e a reflexão valorativa dos institutos jurídicos existentes. 
 
4. Leia a manchete a seguir, que trata de eleições no Brasil, e marque a única opção correta com 
relação ao pensamento político de Platão. 
 
A escolha pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva do nome de Dilma Rousseff como 
candidata do governo ao Palácio do Planalto despertou dúvidas desde que foi revelada, há pouco 
mais de dois anos. Desconhecida do público e sem intimidade com o mundo político, Dilma 
entrou na corrida eleitoral. Para Gaudêncio Torquato, Lula corre o risco de prejudicar planos 
futuros, se interferir excessivamente no eventual governo de Dilma. (...) Quem conhece Dilma de 
perto esta curioso para saber como ela se adaptará ao papel de Presidente. Conhecida pelo estilo 
autoritário, ela gosta de exercer o poder e fica difícil prever como se comportará (Época – 
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13/09/2010). 
 
a) Para Platão, o saber legitima o poder, porque só poderá governar a cidade 
aquele que é justo por conhecer as implicações e mecanismos das ações justas; 
b) A aristocracia de Platão difere daquela calcada na propriedade fundiária ou na riqueza 
advinda do comércio, é uma aristocracia baseada nas tradições; 
c) Para Platão o governante está legitimado a governar porque cultivam a fortaleza e dominam 
a dimensão material da Polis; 
d) Platão compreendeu que os trabalhadores manuais deveriam exercer o poder na polis; 
e) Platão compreendeu a sofistica como um pressuposto ao exercício legítimo do poder. 
 
5. A palavra mito vem do grego mytheyo (contar, falar, narrar) e de outro verbo mytheo 
(conversar, anunciar, nomear). Para os gregos arcaicos a mito era: 
 
a) Um discurso dogmático para ouvintes que recebiam a narrativa como verdadeira, porque 
confiavam na autoridade daquele que narrava; era uma narrativa feira em público, baseada 
na autoridade do receptor; 
b) Um discurso dogmático para ouvintes que recebiam a narrativa como 
verdadeira, porque confiavam na autoridade daquele que narrava; era uma 
narrativa feita em público, baseada na autoridade do narrador; 
c) Um discurso pensado e não pronunciado como verdadeiro, era uma narrativa baseada na 
desconfiança naquele que narra, portanto, um discurso cujo conteúdo era tido como fictício; 
d) Um discurso pronunciado ou proferido para a elite que o recebia como norma ética porque 
confiava naquele que narrava, pois era uma narrativa feitapara poucos que questionavam a 
sua veracidade; 
e) Um discurso mentiroso pronunciado para um público restrito, por aqueles que tinham a 
intenção de simplesmente persuadir os ouvintes, portanto, uma narrativa sem qualquer 
relação com a realidade. 
 
6. A relação da filosofia com sua história não coincide com a da ciência com a sua, pois a ciência 
pode ser cultivada e conhecida independente de sua história, porquanto pode ser construída a 
partir de um objeto e do saber que em dado momento se possui acerca dele. Na filosofia, o 
problema é ela mesma, e este problema é formulado em cada caso consoante a situação histórica 
em que se encontra o filósofo (MARIAS, Julian. História da Filosofia. Com modificações). 
 
Em relação á Filosofia e ao filosofar considere as afirmações a seguir: 
 
I. A Filosofia é sobretudo a expressão de uma atividade de pensar 
permanente; 
II. O filosofar sempre se faz a partir da tradição filosófica, não como conhecimento de 
mera informação; 
III. O filosofar se faz como um processo profundo e constante, pelo qual é 
estabelecido um diálogo crítico com a realidade. 
 
São corretas as afirmativas: 
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a) I e II; 
b) I, II e III; 
c) I e III; 
d) Somente III; 
e) Somente I. 
 
7. No que concerne à concepção de virtude aristotélica é correto afirmar que: 
 
I. A concepção aristotélica de virtude é mais modesta que aquela proposta por Platão, 
tendo em vista que para Aristóteles, a virtude é apenas o justo entre os dois extremos; 
II. Para Aristóteles, a justiça do mesmo modo que as demais virtudes, é entendida como o meio-termo 
entre os dois vícios, um por carência e outro por excesso; 
III. A concepção se justiça é suficiente para que um determinado cidadão seja considerado 
justo e assim possa contribuir com o vem da cidade. 
 
a) Todas estão corretas; 
b) Somente I e II estão corretas; 
c) Somente II está correta; 
d) Somente I e III corretas; 
e) Somente III está correta. 
 
8. Os autores afirmam que a filosofia “nasceu grega”. Isto quer dizer que diferente de outras áreas do saber, nasceu 
numa região geográfica e num determinado momento histórico. Resulta de uma alteração que os autores 
denominaram: 
 
a) Passagem na narrativa científica à narrativa artística; 
b) Passagem da época antiga à moderna; 
c) Passagem da narrativa mítica à narrativa racional; 
d) Passagem da narrativa matemática à narrativa teatral; 
e) Passagem do pensamento Greco-romano à idade medieval. 
 
9. A ética aristotélica, que representa uma ética típica do mundo antigo, representa uma análise do conceito Justiça. 
Sobre essa contribuição, assinale a resposta correta: 
 
I. Que a justiça realiza-se no momento em que o homem por meio do esforço intelectual, adquire o 
conhecimento sobre a distinção entre ações justas e injustas; 
II. Que a ética e a política são ciências práticas posto que a preconizam a 
práxis, a ação correta; 
III. Que o bem comum é o bem individual dos cidadãos de uma polis; 
IV. Que um homem é um ser gregário por natureza e que, portanto, só pode 
haver realização humana plena em sociedade. 
 
a) Somente o item III está correto; 
b) Somente o item IV está correto; 
c) Somente o item I está correto; 
d) Os itens II e IV estão corretos; 
e) Os itens II e III estão corretos.

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