Buscar

Concurso de pessoa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Concurso de pessoa 
É a reunião voluntária e consciente de duas ou mais pessoas para a prática de crime. CP art. 29, caput “ quem de, qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”. 
Teoria monista: todos que contribuem para a pratica do delito cometem o mesmo crime, não havendo distinção quanto ao enquadramento típico em autor e partícipe.
Espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas:
 - monossubjetivos ou de concurso eventual: são aqueles que podem ser cometidos por um ou mais agente. EX. homicídio, furto etc. 
- plurissubjetivos : são aqueles que podem se praticado por uma pluralidade de pessoas em concurso. EX. rixa, bando, quadrilha etc.
ESPECIES DE CRIMES PLURISSUBJETIVOS:
 De condutas paralelas: auxílio mútuo em busca de um resultado comum. Todas as pessoas envolvidas desejam o mesmo objetivo, cujos esforços são direcionados para a realização do crime. EX Quadrilha ou bando
Art. 288. Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para fim de cometer crimes :Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo único. A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado.
 De condutas convergentes: condutas tendem a encontrar-se, e desse encontro surge o resultado”. A conduta de uma agente direciona-se à de outro, sendo que, do encontro de ambas surge o resultado. Ex o revogado crime de adultério.
De condutas contrapostas: condutas praticadas umas contra as outras, sendo, ao mesmo tempo, autores e vítimas. Crime de rixa.
Espécies de concurso de pessoas
Concurso necessário – refere-se aos crimes plurissubjetivos, exigindo-se o concurso de ao menos duas pessoas. É obrigatória a co-autoria, sendo que, a participação pode ou não ocorrer. Ex. crime de rixa.
   Concurso eventual – referente aos crimes monossubjetivos, os quais podem ser praticados por uma ou mais pessoas. Ex. crime de homicídio
AUTORIA: Existem três posições
  Teoria unitária – todos são autores, não existindo o partícipe, ou seja, autor é qualquer causador do resultado.
 Teoria extensiva – também não faz qualquer diferenciação entre autor e partícipe, mas admite a existência de causas de diminuição de pena, estabelecendo diferentes graus de autoria. Toma como base da equivalência dos antecedentes (conditio sine qua nom). 
  Teoria restritiva – diferencia autor de partícipe. A autoria não decorre da mera causação do resultado, pois não qualquer contribuição para o desfecho típico que pode se enquadra nesse conceito. Composta três vertentes, sendo que, adota-se a teoria do domínio do fato.
              Teoria do domínio do fato – parte da teoria restritiva, com critério objetivo-subjetivo. Autor é o que detém o controle final, sendo que, tem domínio de toda a realização do delito, inclusive com poderes absolutos de decisão a respeito da prática do crime, mesmo que não participe do núcleo da ação típica.
Formas de concurso de pessoas
   Co-autoria – a conduta principal é realizada por todos os agentes, em colaboração recíproca, os quais buscam o mesmo fim. A atuação de cada envolvido é consciente, querida. Dessa forma, a co-autoria revela-se quando dois ou mais agentes, em conjunto, realizam o verbo do tipo. Não há necessidade que a contribuição de cada autor seja a mesma, podendo haver divisão de tarefas.
      Crimes omissivos próprios – não cabe co-autoria. Ex. duas pessoas que deixam de prestar socorro, podendo fazê-lo, cometem, cada qual, omissão de socorro.
    Participação – é aquele que concorre para que autor ou co-autor realizem a conduta principal; de algum modo, sem praticar o núcleo do tipo, concorre para a produção do resultado.
 Requisitos do concurso de pessoas
a)    Pluralidade de condutas – existência, de no mínimo, duas condutas é duas principais, co-autoria, ou então, uma principal e outra acessória, autoria e participação, respectivamente.
b)    Relevância causal de todas elas – as condutas devem ter contribuído para o resultado. Se não contribuiu em nada pra a realização do resultado, não pode ser considerado integrante do concurso de pessoas. Ex: se o agente pratica uma conduta depois da consumação.
c)     Liame subjetivo ou concurso de vontades – deverá haver unidade de desígnios, ou seja, todos devem ter vontade em contribuir para a produção do resultado. Não havendo o concurso de vontades.
Não há necessidade de acordo de vontades.
d)    Identidade de infração para todos –  tendo sido adotado as teorias monista e unitária todos, autores e partícipes, devem responder pelo mesmo crime.
 Formas de participação
a)    Moral – instigação ou induzimento. Instigar é reforçar a ideia já existente. Induzimento fazer brotar a ideia no agente.
b)    Material- Auxilio . É a forma de participação material que corresponde á antiga cumplicidade.
- Autoria colateral: dois ou mais agentes realizam a conduta sem liame subjetivo entre eles. Ex. (Fernando Capez) A e B disparam simultaneamente na vítima, sem que um conheça a conduta do outro – um será autor de homicídio consumado, o outro, de homicídio tentado.
- Autoria incerta: quando, na autoria colateral, há dúvida de quem fora o causador do resultado. Ex1. Seguindo o mesmo exemplo acima, caso não haja como apontar o disparo que causou o resultado morte, aplicando-se o in dubio pro reo, ambos respondem por homicídio tentado. Ex2. Garçons que matam o freguês por envenenamento.
- Conivência ou participação negativa (crimen silenti): não havendo o dever jurídico de agir (art. 13,§2º, do CP), não configura participação por omissão.
Relação de causalidade
Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
§ 2º. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 7.209, de 11.07.1984)
- Participação por omissão: quando, havendo o dever jurídico de agir para evitar o resultado (art. 13,§2º, do CP), o sujeito omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação. Ex. o pipoqueiro e o policial que assistem a execução de um delito.
Autor propriamente dito: aquele que realiza a conduta principal descrita no tipo incriminador
Autor intelectual: idealiza, planeja, organiza a realização do crime, mas não participa da execução. Tem domínio sobre o fato, pode decidir sobre a consumação, desistir, modificar o curso dos acontecimentos, mandar parar. É o chefe, o mandante, o que contrata o pistoleiro de aluguel.
Coautores os agentes, em colaboração recíproca, os quais buscam o mesmo fim:
- Autor mediato - não pratica o fato material.Aquele que se serve de um menor ou de um doente mental para a pratica de um crime, ou quem se utiliza alguém para praticar o crime via coação moral irresistível, ou mediante indução a erro essencial que exclua a tipicidade.
Na autoria imediata ocorre adequação típica direta, porque para o ordenamento jurídico foi o próprio autor mediato quem realizou o núcleo da ação típica, ainda pelas mãos de outra pessoa. 
Autoria mediata pode resultar:
- Ausência de capacidade penal da pessoa da qual o autor mediato se serve. Ex, induzir um imputável pra ticar crime.
- Coação moral irresistível: se a coação for física, haverá autoria imediata, desaparecendo o coato.
- Provocação de erro de tipo escusável: Ex. o autor medito induz o agente a matar um inocente, fazendo-o crer que estava em legitima defesa;
- Obediência hierárquica: o autor da ordem sabe que é ilegal, mas se aproveita do desconhecimento do subordinado.
Em todos esses casos, não foi a conduta do autor mediato que produziu o resultado, mas a pessoa por ele usada como mero instrumento. 
OBS: Não há autoria mediata nos crimes demão própria, nem nos delitos culposos.
 Inexiste concurso de agentes entre o autor mediato e o executor usado.

Continue navegando