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Patologia – Vasos Sanguíneos 
ASSOCIAR AS ALTERAÇÕES MICROSCÓPICAS À LÂMINA M47 DE 
ANEURISMA/DISSECÇÃO DA AORTA. 
 
Os aneurismas são dilatações dos vasos sanguíneos ou do coração, que podem ser congênitos 
ou adquiridos Os aneurismas “verdadeiros” acometem as três camadas da artéria (íntima, média 
e adventícia) ou uma parede frágil do coração. 
 
DEGENERAÇÃO DA CAMADA MÉDIA (CISTOS DE MUCOIDE) 
• Um dos achados mais marcantes é a degeneração cística da camada média da aorta, 
também conhecida como degeneração cística da túnica média. 
• Observa-se acúmulo de substância mucoide basofílica entre as fibras elásticas, que 
aparece em coloração especial (como Alcian Blue). 
• Pode haver diminuição do número de células musculares lisas, levando ao 
enfraquecimento da parede arterial. 
2. FRAGMENTAÇÃO E PERDA DE FIBRAS ELÁSTICAS 
• As fibras elásticas da camada média aparecem fragmentadas e rarefeitas, o que 
compromete a elasticidade da aorta e a torna mais suscetível a dilatação e ruptura. 
• Isso é particularmente evidente em técnicas como a coloração de Verhoeff-Van Gieson, 
que evidencia as fibras elásticas. 
3. INFLAMAÇÃO CRÔNICA FOCAL (EM ALGUNS CASOS) 
• A presença de infiltrado inflamatório mononuclear (linfócitos e macrófagos) pode ser 
observada em algumas áreas, especialmente na adventícia. 
• Em dissecções associadas a doenças autoimunes ou síndromes genéticas, pode haver 
inflamação mais intensa. 
4. NEOVASCULARIZAÇÃO DA PAREDE AÓRTICA 
• Podem ser vistos novos vasos sanguíneos na adventícia, um processo chamado 
neovascularização. 
• Isso ocorre devido à hipóxia da camada média e pode contribuir para a fragilidade da 
parede vascular. 
5. HEMORRAGIA INTRA-PARIETAL 
• Em casos de dissecção aórtica, pode haver evidências de hemorragia recente dentro da 
camada média. 
• A presença de eritrócitos livres no meio do material mucoide sugere uma lesão 
estrutural significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENCIAR ARTERIOSCLEROSE, ARTERIOLOESCLEROSE E 
ATEROSCLEROSE. 
ARTERIOSCLEROSE 
• Definição: Termo genérico que significa enrijecimento e espessamento da parede 
arterial. Engloba diferentes tipos de alterações vasculares. 
• Principais formas: 
• 
o Aterosclerose (afeta grandes e médias artérias). 
o Arterioloesclerose (afeta pequenas artérias e arteríolas). Padrão hialinico e 
hiperplásico. 
o Esclerose da média de Mönckeberg (calcificação da camada média de artérias 
musculares, sem redução significativa da luz). 
 
2. ARTERIOLOESCLEROSE 
• Definição: Espessamento das paredes das pequenas artérias e arteríolas, levando à 
redução do lúmen. 
• Formas principais: 
o Hialina: 
▪ Observada na hipertensão benigna e diabetes mellitus. 
▪ Deposição de material hialino (eosinofílico) na parede dos vasos, com 
estreitamento da luz. 
o Hiperplásica: 
▪ Ocorre em hipertensão maligna. 
▪ Camadas concêntricas de células musculares lisas (“em casca de cebola”), 
associadas a necrose fibrinoide em casos graves. 
• Consequências: 
o Redução do fluxo sanguíneo para órgãos como rins (nefroesclerose hipertensiva). 
o Risco aumentado de microaneurismas e hemorragias. 
 
3. ATEROSCLEROSE 
• Definição: Doença crônica que afeta grandes e médias artérias e é caracterizada pela 
formação de placas ateromatosas. 
• Patogênese: 
1. Dano endotelial → inflamação e aumento da permeabilidade vascular. 
2. Acúmulo de lipoproteínas (LDL) na íntima. 
3. Recrutamento de macrófagos → formação de células espumosas. 
4. Proliferação de células musculares lisas e deposição de matriz extracelular → 
formação da placa ateromatosa. 
5. Complicações: Ruptura da placa → trombose, embolia e isquemia. 
• Principais fatores de risco: 
1. Dislipidemia (LDL elevado). 
2. Hipertensão arterial. 
3. Tabagismo. 
4. Diabetes mellitus. 
5. Histórico familiar e idade avançada. 
• Consequências clínicas: 
1. Infarto do miocárdio (aterosclerose coronariana). 
2. Acidente vascular cerebral (aterosclerose carotídea/cerebral). 
3. Doença arterial periférica (claudicação e risco de gangrena). 
Possui seis subtipos: sendo o subtipo 1 o mais leve e o 6 o mais grave. 
 
IDENTIFICAR AS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA ATEROSCLEROSE (M95 
ATEROSCLEROSE) E DA ARTERIOSCLEROSE DE MONCKEBERG (M97) 
Aterosclerose 
ALTERAÇÕES NA CAMADA ÍNTIMA (FORMAÇÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA) 
• Acúmulo de lipídios extracelulares e intracelulares (células espumosas – macrófagos 
carregados de lipídios). 
• Presença de macrófagos e linfócitos, caracterizando inflamação crônica. 
• Necrose central com restos celulares, colesterol cristalizado (agulhas de colesterol) e 
detritos necróticos. 
2. ALTERAÇÕES NA CAMADA MÉDIA 
• Atrofia das células musculares lisas devido à isquemia secundária ao espessamento da 
íntima. 
• Fragmentação das fibras elásticas, evidenciada em colorações como Verhoeff-Van 
Gieson. 
3. ALTERAÇÕES NA CAMADA ADVENTÍCIA 
• Neovascularização da placa, com proliferação de pequenos vasos que podem contribuir 
para instabilidade da lesão. 
• Infiltrado inflamatório leve. 
ANATPAT 
A aterosclerose é o espessamento da camada íntima de uma artéria. Esta camada 
normalmente se restringe ao endotélio, sendo portanto finíssima. Porém, na aterosclerose, a 
íntima pode ficar mais espessa que a própria camada média. 
 O espessamento consiste de tecido fibroso denso e geralmente contém fibras musculares 
lisas (aqui não demonstradas). 
O espessamento pode ser difuso ou localizado, formando placas. Estas são chamadas placas 
de aterosclerose, placas ateromatosas ou ateromas. 
 Na íntima espessada e nas placas é comum a deposição de lípides, inclusive cristais de 
colesterol. Os lípides têm cor amarela e consistência mole, por isso o centro da placa 
freqüentemente tem aspecto de papa, que origina o nome da lesão (atheros = papa em 
grego). 
Também é comum calcificação, que no corte aparece como material amorfo de cor roxa. Se a 
calcificação for extensa, dá consistência quebradiça à artéria, lembrando casca de ovo. 
 
 
Arteriosclerose 
 
1. ALTERAÇÕES NA CAMADA MÉDIA (ACHADO MAIS CARACTERÍSTICO) 
• Depósitos de cálcio na parede arterial, especialmente na camada média. 
• Ausência de inflamação significativa. 
• Preservação da camada íntima (diferente da aterosclerose, onde há placas). 
• Luz arterial geralmente preservada, sem redução significativa do fluxo sanguíneo. 
2. AUSÊNCIA DE INFILTRAÇÃO LIPÍDICA 
• Diferente da aterosclerose, a arteriosclerose de Mönckeberg não apresenta placas de 
ateroma. 
 
 
CARACTERIZAR MICROSCÓPICAMENTE AS FASES DE EVOLUÇÃO DOS 
TROMBOS (P158 TROMBO EM ORGANIZAÇÃO). 
 
Fase Inicial: Trombo Fresco 
(Pouco visível na lâmina P158, mas é o primeiro estágio do processo trombótico) 
• Composto principalmente por fibrina, plaquetas, hemácias e leucócitos. 
• Pode ter estratificação (trombo branco, vermelho ou misto – com linhas de Zahn). 
• Presença de neutrófilos em trombos recentes, indicando possível inflamação inicial. 
 
2. Organização do Trombo (Presente na lâmina P158) 
• Proliferação de fibroblastos e células endoteliais na periferia do trombo. 
• Formação de tecido de granulação dentro do trombo, substituindo gradualmente o 
material trombótico. 
• Macrófagos e histiócitos fagocitam restos celulares e fibrina. 
• Neovascularização: Pequenos vasos sanguíneos crescem dentro do trombo. 
 
3. RECANALIZAÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
• Pequenos canais vasculares começam a atravessar o trombo, permitindo algum fluxo 
sanguíneo. 
• Deposição de colágeno e diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos, promovendo 
contração do trombo. 
• O trombo pode ser parcialmente reabsorvido ou transformado em tecido fibroso 
permanente. 
 
 
4. POSSÍVEIS DESFECHOS DO TROMBO 
1. Resolução → Degradação completa por fibrinólise. 
2. Organização e incorporação → Substituição por tecido conjuntivo fibroso. 
3. Recanalização → Formação de novos canais vasculares no tromboorganizado. 
4. Calcificação → Formação de um trombo calcificado ou "flebólito". 
 
 
 
ELABORAR E INTERPRETAR LAUDOS PATOLÓGICOS (QUAIS ALTERAÇÕES 
PRECISAM APARECER, QUAIS MEDIDAS, QUAIS PARÂMETROS?) 
 
A artéria tem uma camada média proeminente o que deixa a sua luz circular. 
Fibras musculares elásticas limitante elástica externa – túnica media 
Nervos, tecido conjuntivo frouxo e um pouco de músculo – camada adventícia

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