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Aula 2 - GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS

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GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS
AULA 2
A FORMAÇÃO E A EXTINÇÃO DO CONTRATO
Introdução
Na aula passada, começamos a estudar o contrato como negócio jurídico. Vimos que a celebração do contrato tem sua origem na declaração da vontade das partes. Nesta aula, veremos como ocorre a formação e os tipos de extinção do contrato.
Para entendermos completamente a sua formação, teremos que analisar as três fases, a saber: a proposta, a aceitação e a conclusão.
Veremos também que o vínculo contratual pode se romper por vontade de ambas as partes, de uma só parte ou por inadimplemento culposo ou fortuito. Assim, pode ocorrer a resolução, resilição unilateral ou o distrato.
1) Na primeira aula, estudamos algumas definições de contrato, como esse instrumento se transformou ao longo do tempo, se adequando às circunstâncias sociais e econômicas, os seus princípios fundamentais e a sua classificação. Nesta ocasião, veremos as características da formação dos contratos e a sua extinção, mais especificamente, o que é distrato, resilição e resolução.
2) De acordo com Paulo Nader (2010), o estudo da formação dos contratos deve se voltar para a gênese do acordo de vontades, pois “O consentimento de todos os interessados é um dado fundamental à existência do contrato” (p. 51). Apesar de o processo de formação do contrato ter uma base comum, existe variação de procedimentos segundo a classe contratual. Assim, se levarmos em consideração o contrato consensual, o acordo de vontades é o bastante. Caso o contrato seja solene, o consentimento será baseado na lei e, enfim, se tratarmos do contrato real, o requisito básico será a ‘entrega da coisa’.
3) No Código Civil de 2002 há uma seção própria sobre a questão da Formação do Contrato, ou seja, a Seção II que abrange do artigo 427 ao 434. Neste ponto é interessante definirmos alguns termos relevantes e pertinentes à formação do contrato.
4) A declaração inicial, também chamada de proposta ou oferta, é aquela que suscita o contrato. O proponente ou policitante é aquele que emite a proposta ou oferta. A policitação é a proposta ainda não respondida, não aceita. A declaração de vontade que se segue, indo ao encontro da oferta, é a aceitação e o declarante é conhecido como oblato ou aceitante.
5) A formação do contrato tem três fases: proposta, aceitação e conclusão. É preciso saber que a proposta e a aceitação são consideradas negócios jurídicos unilaterais e, em seguida, entenderemos os motivos disso. Leia o texto “As três fases da formação do contrato”.
O contrato preliminar, segundo o artigo 462, deve conter todos os elementos essenciais ou elementares ao contrato a ser celebrado. A sua forma é livre, não sendo necessária aquela do contrato propriamente dito. Apesar de não estarem literalmente na lei, os contratos preliminares que regulam negócios de valor elevado devem ser celebrados por escrito, pois a prova testemunhal não vale para transações que envolvam grandes somas. Quando celebram contratos preliminares, as partes assumem a obrigação recíproca de, posteriormente, firmarem contrato definitivo.
De acordo com Silvio Rodrigues (2004:130) quando um dos contratantes, apesar de ter firmado contrato preliminar, no qual não conste cláusula de arrependimento, se recusa a outorgar um instrumento definitivo, qualquer uma das partes poderá exigir a celebração do contrato definitivo em prazo determinado. Se, ainda assim, a parte se recusar a assinar o instrumento definitivo, o juiz poderá transformar o contrato preliminar em definitivo. A sentença, então, passa a valer como contrato e deve ser registrada no registro competente, ato que permite ao contraente reclamar perdas e danos.
Execução e extinção do contrato
Execução do Contrato - Com a conclusão do contrato, seus efeitos começam a ser produzidos imediatamente, isto é, direitos e obrigações, créditos e débitos. Conforme Paulo Nader (2010:147), “O natural na vida dos contratos é o cumprimento das obrigações, por ambas as partes, até que os resultados finais previstos sejam alcançados”. Contudo, há algumas situações que acarretam a dissolução do vínculo contratual.
Extinção do Contrato - A extinção do contrato ocorre quando este perde totalmente a sua eficácia. Os contratos são passíveis de extinção por nulidade absoluta ou relativa. De acordo com Nader (2010:148), “Contrato nulo é o que, embora reúna os elementos essenciais à formação do negócio jurídico, contraria norma de ordem pública”.
Distrato, resilição bilateral, resilição consensual ou mútuo dissenso é o acordo das partes cujo objeto é desfazer o contrato que ainda tem efeitos jurídicos a provocar e esses efeitos ocorrem a partir da declaração de nulidade. Há contratos que não permitem efeito retroativo, como é o caso dos contratos de execução continuada. A partir do momento em que existe o vínculo, o contrato é passível de distrato, um exercício fundamentado no princípio da autonomia da vontade, pois se o contrato atende à conveniência de duas ou mais vontades, o distrato também pode ser interessante para elas.
ATENÇÃO - Quando do pacto que tem por objetivo a dissolução do contrato, as partes devem resolver os seus interesses pendentes, pois situações não esclarecidas podem gerar litígio judicial.
A noção de distrato não cabe em contrato de execução instantânea, pois, pressupõe que existam efeitos a serem produzidos no futuro. Da mesma forma, não se pode falar em distrato se o contrato terminou de forma normal. 
Apesar de as partes terem liberdade para defender seus interesses ao firmarem um distrato, essa liberdade é limitada, pois a transação deve obedecer aos princípios básicos do direito e às disposições legais vigentes. O art. 472 dispõe sobre a forma do distrato e prega que este pode ser feito por instrumento particular ou mesmo livre. Porém, a parte interessada deve ter provas, no caso de um eventual litígio.
Resilição unilateral
Resilição unilateral é o desfazimento de um contrato por manifestação de vontade de uma das partes. Ressalta-se que esta modalidade não pode ser confundida com descumprimento ou inadimplemento, pois na resilição unilateral, a parte não tem mais vontade de manter o vínculo. 
O art. 473 prevê a notificação da contraparte, sem referências a prazo, o que é estabelecido de acordo com o caso. Assim, geralmente, permite-se a resilição unilateral nos contratos por prazo ilimitado e sempre requer uma notificação.
Leia o texto “Resolução”.
Exceção de contrato não cumprido
Este princípio opera em relação aos contratos bilaterais e estabelece que a parte devedora não pode exigir da contraparte o cumprimento da obrigação enquanto se mantiver inadimplente. Paulo Nader (2009:154) chama atenção para a forte conotação moral deste princípio.
Assim, ele afirma:
Tratando-se de contrato em que ambas as partes possuem, reciprocamente, direitos e obrigações, derivados de um mesmo negócio jurídico, seria ilógico se o devedor pudesse exigir a contraprestação estando em débito com a prestação. Se “A” contrata com “B” a pintura de um quadro, a ser executado no prazo de três meses e compromete-se a adiantar metade do preço em trinta dias, ficará impedido de exigir a entrega da obra de arte se não efetuar o pagamento parcial combinado. Se, não obstante, “A” requerer judicialmente contra “B”este poderá se defender, alegando a exceptio non adimplenti contractus. (...) O princípio, que é um meio de defesa, está consagrado no art. 476 do Código Civil.
ATENÇÃO - A exceptio non adimpleti contractus é base para o não pagamento e não para a dissolução do vínculo contratual. Há ainda a exceptio non rite adimpleti contractus que autoriza o não pagamento de uma contratante quando a contraparte cumpriu apenas uma parcela da obrigação.
Resolução por onerosidade excessiva ou cláusula rebus sic stantibus
Esta modalidade se refere aos contratos comutativos (bilateral oneroso) e àqueles de execução continuada (no futuro, em prestações, como a locação de imóvel) ou diferida (no futuro, de uma só vez, como na compra fiada), cujos efeitos são futuros.Como não é do tipo aleatório, deve haver equilíbrio entre prestação e contraprestação, enquanto o vínculo durar. As partes, ao consentirem, consideram o conjunto de circunstâncias existentes, tendo em vista a perspectiva do futuro, mas de acordo com o que há no presente. A obrigação é assumida com base no presente, mas, se ocorre algum fato novo e imprevisível que acarreta ônus excessivo a uma das partes, o disposto nos artigos 478 a 480 do Código Civil ampara a parte prejudicada, compreendendo as possibilidades de:
A. Resolução do contrato.
B. Reequacionamento das condições, espontaneamente pelas partes.
C. Redução judicial das prestações devidas ou alteração na forma de pagamento.
A teoria da imprevisão (art. 317 do Código Civil) permite que, a partir de fatores imprevistos, quando passa a existir desproporção entre o valor da dívida assumida e o da execução, a parte faça o requerimento, o juiz efetue a devida correção desta dívida. Assim, de acordo com o previsto no art. 478, a parte prejudicada tem o direito de requerer judicialmente a resolução do contrato, contudo, ficará sob a sua responsabilidade:
A prova da excessiva onerosidade.
A indicação dos fatores desencadeantes da desproporção entre as condições existentes no momento do contrato e à época da execução.
Demonstração da imprevisibilidade das mudanças ocorridas.
A sentença, quando o pedido é considerado procedente, acarretará efeitos retroativos à data da citação. Contudo, o réu tem a possibilidade de impedir a resolução, mas, para isso, deverá oferecer condições para o reequacionamento justo das condições do contrato.
Conforme Nader (2009), com base no artigo 480, quando só uma parte possui obrigações, esta conta com a possibilidade de requerer a revisão da dívida, com o objetivo de mudar a forma de pagamento, ou mesmo, reduzi-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
Depois de analisarmos a formação e a extinção dos contratos, devemos observar detidamente a importância da gestão dos contratos nas empresas, prática que começa a ganhar importância no Brasil desde o final da última década.
Aula 02: A formação e a extinção do contrato
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. 
Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. 
Nesta aula, você:
Compreendeu como acontece a formação do contrato.
Aprendeu os termos técnicos utilizados nas três fases da formação do contrato, ou seja, a proposta, a aceitação e conclusão.
Analisou os modos de extinção do contrato.
Nesta aula, você:
Compreendeu como acontece a formação do contrato.
Aprendeu os termos técnicos utilizados nas três fases da formação do contrato, ou seja, a proposta, a aceitação e conclusão.
Analisou os modos de extinção do contrato.
		1.
		Em relação á formação do contrato, a declaração inicial é também chamada de proposta ou oferta, é aquela que suscita o contrato. Quem emite a proposta ou oferta é chamado de:
	
	
	
	
	
	contratado
	
	
	proponente
	
	
	aceitante
	
	
	contratante
	
	
	oblato
	
	
		2.
		Como pode ser chamado o Aceitante:
	
	
	
	
	
	Policitante;
	
	
	Oblato;
	
	
	Resolvente;
	
	
	Distratante;
	
	
	Proponente;
	
	
		3.
		Deve conter no contrato preliminar:
	
	
	
	
	
	pelo menos três elementos essenciais ou elementares ao contrato a ser celebrado.
	
	
	todos os elementos essenciais ou elementares ao contrato a ser realizado.
	
	
	quatro elementos essenciais ou elementares ao contrato a ser celebrado.
	
	
	dois elementos essenciais ou elementares ao contrato a ser realizado.
	
	
	um único elemento essencial ao contrato a ser realizado.
	
	
		4.
		Para que haja existência contratual,é fundamental? 
	
	
	
	
	
	Registro em cartório.
	
	
	Autorização judicial.
	
	
	O aceite de um dos interessados.
	
	
	Cláusula de reversão.
	
	
	O consentimento de todos os interessados.
	
	
		5.
		Quando a proposta é dirigida à coletividade, estamos nos referindo à:
	
	
	
	
	
	Oferta Pública;
	
	
	Oferta Verbal;
	
	
	Oferta Simbólica;
	
	
	Oferta Tácita;
	
	
	Oferta Expressa;
	
	
		6.
		Como pode ser chamado o Proponente:
	
	
	
	
	
	Resolvente;
	
	
	Oblato;
	
	
	Aceitante;
	
	
	Policitante;
	
	
	Distratante;

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