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Aula 5 - GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS

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GESTÃO DE CONTRATOS E CONVÊNIOS
AULA 5
Contratos na Administração Pública
Nesta aula, você irá:
1- Conhecer a definição de Contrato Administrativo. 
Analisar as características desse tipo de contrato. 
3- Entender por que a administração pública é obrigada a firmar contratos. 
4- Verificar o conteúdo dos contratos administrativos e suas cláusulas. 
5- Aprender o que são cláusulas exorbitantes e porque a Administração pode utilizá-las. 
6- Observar as modalidades de alterações dos contratos e os casos nos quais elas podem ocorrer. 
Introdução
Nesta aula, vamos começar a estudar os Contratos Administrativos. Em primeiro lugar, é necessário saber que tomaremos como base a Lei 8666/93, isto é, a Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Utilizaremos também o livro de Antonieta Pereira Vieira, intitulado Gestão de Contratos de Terceirização na Administração Pública: teoria e prática.
Estudaremos a sua definição e características e como eles se diferenciam do contrato celebrado na esfera privada, e analisaremos os motivos da obrigatoriedade da Administração em celebrar contratos e os casos em que eles se tornam facultativos.
Em seguida, veremos o seu conteúdo obrigatório, isto é, os itens que devem constar em qualquer contrato administrativo, bem como as cláusulas e as chamadas cláusulas exorbitantes e os casos nos quais se podem alterar os termos do contrato administrativo. Terminaremos a nossa aula observando as sanções administrativas e os agentes que possuem competências para aplicar as sanções, bem como a duração deste tipo de contrato.
Nas últimas aulas, estudamos a gestão dos contratos no ambiente corporativo e percebemos a importância do controle desses instrumentos para o bom andamento das atividades empresariais. Nesta aula, começaremos a analisar os contratos administrativos. Veremos a sua definição, de que forma ele se diferencia do contrato celebrado em âmbito privado e a importância de gerir e fiscalizar este tipo de contrato.
Para analisarmos os contratos administrativos, utilizaremos como base a Lei de Licitações e Contratos Administrativos nº 8666/93 e suas atualizações, como também os Acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) e as Orientações Normativas da Advocacia Geral da União (AGU). Veremos que qualquer gestor e todo fiscal de convênios administrativos deve ter essas legislações e orientações em mente.
Definição de contrato administrativo
O Contrato administrativo é definido, no parágrafo único do artigo 2º da Lei 8666/93, como “todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada”. É importante notar que esses contratos estão sempre orientados para a consecução do interesse público.
O Contrato administrativo é definido, no parágrafo único do artigo 2º da Lei 8666/93, como “todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada”. É importante notar que esses contratos estão sempre orientados para a consecução do interesse público.
A regulação dos Contratos Administrativos se dá pelas suas cláusulas e pelos preceitos do Direito Público, de forma supletiva, pelos princípios da Teoria Geral dos Contratos e pelas disposições de Direito Privado, como encontramos no art. 54 da Lei 8666/93 e devem estabelecer:
Direitos
Obrigações
Responsabilidades das partes
O contrato administrativo possui algumas características importantes, são sempre:
Bilateral
Formal - Quando se afirma que é formal, estamos dizendo que o contrato é expresso de forma escrita e com requisitos especiais (vinculados à lei), de acordo com o escrito no parágrafo único do art. 4 da Lei 8666/93: “O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública”.
Oneroso - Diz-se que o contrato administrativo é oneroso porque é remunerado na forma convencionada no edital e/ou no instrumento de contrato.
Intuito personae - Assevera-se que o contrato administrativo é intuitu personae porque exige, para a sua execução, a pessoa do contratado. Dito de outra forma, só se admitem subcontratações de parte da obra, serviço ou fornecimento até o limite admitido pela Administração, de acordo com o artigo 72 da Lei 8666/93: “O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração”. A subcontratação da totalidade da obra, serviço ou fornecimento (sub-rogação) não é admitida quando se trata de contrato administrativo.
A essa altura, perguntamos: o que tipifica o contrato administrativo e o distingue do contrato privado?
Podemos afirmar que é a participação da Administração na relação jurídica bilateral com supremacia de poder para estabelecer as condições iniciais do ajuste. Há presença de privilégio administrativo na relação contratual.
Outro fator que o diferencia dos contratos privados é a obrigatoriedade de licitar. Entretanto, conforme previsto em lei, há alguns casos em que há dispensa de licitação. Veremos esse tópico posteriormente.
Conteúdo dos contratos administrativos e suas cláusulas
No conteúdo dos contratos, deve estar manifestada a vontade das partes, como em qualquer outro tipo de contrato. Contudo, o atendimento do interesse público condiciona a vontade dos contratantes. As cláusulas devem ser claras e objetivas, definindo objeto, direitos, obrigações, responsabilidades dos contratantes, encargos de acordo com o instrumento convocatório e com a proposta vencedora.
Independente da transcrição, os seguintes elementos integram o contrato:
1- Edital.
2- Projeto (Básico/Executivo) se for o caso.
3- Memórias/Cálculo.
4- Planilha de Custos.
5- Cronogramas.
6- As disposições contidas na Legislação (Leis, 
Decretos, MPs, Portaria, Instruções Normativas).
7- Normas Internas que poderão ser expedidas pelos Órgãos e publicadas na Imprensa Oficial (art. 115 – parágrafo único).
Outro ponto importante é o tipo de cláusula que compõe um contrato administrativo e que se divide em:
Cláusulas necessárias ou essenciais: definem o objeto e estabelecem as condições para a execução.
Cláusulas acessórias ou secundárias: complementam a vontade das partes, podendo ser omitidas sem invalidar o ato.
ATENÇÃO: Todo contrato deve conter, em seu preâmbulo, os nomes das partes e seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo de licitação, dispensa ou inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas da Lei 8666/93 e as cláusulas contratuais, como manda o art.61.
Obrigatoriedade de a administração pública firmar contratos
Existe a obrigatoriedade da Administração em firmar contratos nos casos de concorrência, tomada de preços, dispensas e inexigibilidade, cujos preços estejam compreendidos nos limites dessas duas modalidades de licitação em que a entrega seja parcelada.
Nos outros casos, é facultativo, ou seja, a Administração pode substituir o contrato por outros instrumentos, devendo-se aplicar, no que for cabível, o art. 55 (cláusulas necessárias). Esses instrumentos são:
Carta Contrato
Nota de Empenho de Despesa
Autorização de compra
Ordem de execução de serviço
No caso de compra com entrega imediata e integral que não resulte em obrigações futuras, inclusive assistência técnica, o contrato passa a ser dispensável e é facultada a substituição pelos outros instrumentos citados, ficando a critério da Administração, independentemente de seu valor.
Como vimos anteriormente, a Administração tem supremacia de poder para determinar as cláusulas do contrato, o que lhe possibilita a faculdadede impor as chamadas cláusulas exorbitantes que se encontram explícitas ou implícitas em todo contrato administrativo e que conferem poderes exorbitantes à Administração, ou seja, à contratante, em face do particular contratado. Essas cláusulas são perfeitamente válidas, desde que previstas em lei ou nos princípios que regem a atividade administrativa, pois seu objetivo é estabelecer uma vantagem em favor de uma das partes para o perfeito atendimento do interesse público, que deve sempre se sobrepor aos interesses particulares.
Cláusulas exorbitantes
Quanto a esse tópico, observemos o disposto no art. 58 da Lei 8666/93:
Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por essa Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei.
III - fiscalizar-lhes a execução.
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
Publicidade do processo licitatório e publicação do resumo
Quanto a esse tópico, observemos o disposto no art. 58 da Lei 8666/93:
Publicidade do processo licitatório - A licitação é um ato público e, assim, é permitido a qualquer licitante conhecer os termos do contrato e do processo licitatório e a qualquer interessado é facultada a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos envolvidos, como prevê o art. 63.
Publicação do resumo - O parágrafo único do art. 61 prevê que o resumo do contrato administrativo deve ser publicado na Imprensa Oficial, no prazo de 20 dias a contar da sua assinatura, como condição de sua eficácia.  
Leia o texto “Alteração dos Contratos: Modificação unilateral e modificação por acordo das partes”.
Assinatura do Contrato
A Administração fará a convocação do interessado para assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidas no ato convocatório, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81, pois caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida.
Essas penalidades não se aplicam aos licitantes remanescentes que foram convocados pela Administração quando o vencedor não o fez, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, desde que ocorra motivo justificado aceito pela administração (art. 64 – parágrafo 2º).
Esse prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período (art. 64 – parágrafo 1º).
Os licitantes ficam liberados dos compromissos assumidos, se decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas não forem convocados para a contratação.
Leia o texto “Duração dos contratos administrativos”.
Aplicação de sanções administrativas e competência para aplicar as sanções
A aplicação de sanções administrativas é competência do ordenador de despesas e essas medidas podem tomar a forma de advertência, multa ou suspensão de licitar com a Administração.  O Ministro de Estado, o Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, podem emitir a Declaração de Inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, facultada a defesa do interessado, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.
Execução dos Contratos
Entende-se por execução do contrato o cumprimento do seu objeto, prazo e condições. Deve-se executar fielmente o contrato, cada parte exercendo os seus direitos e cumprindo as suas obrigações, de acordo com as cláusulas contratuais e as normas pertinentes respondendo cada uma pelas competências de sua inexecução total ou parcial.
Para finalizar os assuntos estudados nessa aula, leia o texto “Extinção do contrato”.
Saiba Mais: Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. 
Leia os seguintes artigos: 
- LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Aula 05: Contratos na administração pública 
Nesta aula, você:
Compreendeu o conceito de contrato administrativo. 
Aprendeu por que a administração pública é obrigada a firmar contratos. 
Analisou o conteúdo dos contratos administrativos e suas cláusulas.
Aprendeu o que são cláusulas exorbitantes e por que a Administração pode utilizá-las. 
Observou as modalidades de alterações dos contratos e os casos nos quais elas podem ocorrer. 
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
Prazo de vigência. 
O que é contrato emergencial. 
Elementos utilizados na alteração dos contratos.
Pagamento de despesas. 
O Sistema de Convênios do Governo Federal (SICONV). 
	
	
		1.
		Os contratos administrativos são sempre, exceto:
	
	
	
	
	
	Intuitu personae;
	
	
	Bilaterais;
	
	
	Formais;
	
	
	Solenes;
	
	
	Onerosos;
	
	
		2.
		A seguir existe uma listagem em algarismos romanos (I, II, III, IV) e outra listagem com números cardinais (1, 2, 3, 4), a primeira com algumas características do contrato administrativo, e a segunda com a correspondente conceituação. Sendo assim, relacione uma com a outra e assinale a opção correta: I - Bilateral; II - Oneroso; III - Formal; IV - Intuitu Personae; 1 - Remunerado na forma convencionada; 2- Ambas as partes são portadoras de direitos e obrigações; 3 - Execução somente pela pessoa do contratado; 4 - O contrato é escrito e com requisitos especiais (vinculados à lei) 
	
	
	
	
	
	I - 2; II - 1; III - 4; IV - 3;
	
	
	I - 2; II - 4; III - 3; IV - 1;
	
	
	I - 1; II - 3; III - 4; IV - 2;
	
	
	I - 4; II - 1; III - 2; IV - 3;
	
	
	I - 3; II - 2; III - 1; IV - 4;
	
	
		3.
		Podemos encontrar o conceito legal de contrato administrativo previsto no artigo 2º, parágrafo único da Lei 8666/93. Com base em tal dispositivo legal e nos ensinamentos ministrados, assinale a opção incorreta:
	
	
	
	
	
	Há a obrigatoriedade de licitação, salvo as exceções previstas em lei;
	
	
	O contrato administrativo deverá ser Oneroso;
	
	
	Contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas;
	
	
	O contrato administrativo deverá ser Bilateral;
	
	
	Para um contrato ser considerado "Contrato Administrativo" deve ter tal denominação expressamente prevista no contrato; 
	
	
		4.
		Qual o objetivo das cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos?
	
	
	
	
	
	Dividir obrigações entre o particular e a Administração Pública.
	
	
	Estabelecer uma vantagem em favor de uma das partes para atendimento do interesse público.
	
	
	Formalizar um contrato preliminar para atendimento do interesse público.
	
	
	Formar uma proposta em favor do interesse público.
	
	
	Estabelecer desvantagem em favor de uma das partes para atendimento do interesse público.
	
	
		5.
		São consideradas cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos:
	
	
	
	
	
	Aquelas que impossibilitam a Administração Pública de usar a supremacia de poder.Aquelas que permitem a presença do menor nos contratos.
	
	
	Aquelas que são eivadas de defeitos.
	
	
	Aquelas com previsão de reversão.
	
	
	Aquelas que possibilitam a Administração Pública de usar a supremacia de poder.
	
	
		6.
		São características do contrato administrativo:
	
	
	
	
	
	Sinalagmático,real,intuitu personae e gracioso
	
	
	Oneroso,aleatório,intuitu personae e real
	
	
	Adesão,gracioso,real e bilateral
	
	
	Intuitu personae,oneroso,formal e bilateral
	
	
	Bilateral,gracioso,formal e intuitu personae

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