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REPRODUÇÃO DE CAPRINOS Cecília Maria Costa do Amaral Estevão Marcondes Tosetto 1 INTRODUÇÃO GERAR NOVOS DESCENDENTES Ampliação do rebanho Manutenção do rebanho Melhoramento do rebanho Receita 2 Reprodução refere-se ao ato de procriar e gerar novos descendentes, o que dentro de um sistema produtivo, pode ser entendido como a ampliação, manutenção ou melhoramento do rebanho. Os animais nascidos podem ser incorporados ao sistema, permitindo o descarte de outros mais velhos ou improdutivos, como também podem ser vendidos, significando receita para o proprietário. É importante lembrar que na caprinocultura, desempenho reprodutivo está diretamente relacionado com desempenho produtivo dos animais. PROGRAMA REPRODUTIVO Condições sanitárias Programa alimentar Mão-de-obra Identificação dos animais Conhecimento da raça 3 Condições sanitárias - irão afetar diretamente a reprodução dos animais -existem doenças que podem ser transmitidas pela cópula(abortos ou queda na condição corporal dos animais). -avaliação do estado sanitário do rebanho, para que se tomem as medidas necessárias em função do estado de saúde dos animais. Programa alimentar - Paralelamente ao programa reprodutivo, deve-se implantar um programa alimentar. Mesmo que as cabras completem a gestação, sem uma alimentação de boa qualidade e em quantidade suficiente, não será possível uma boa produção leiteira. Mão-de-obra - O manejo reprodutivo, de uma forma geral, não apresenta grandes dificuldades, mas é necessário atenção e dedicação, seguindo-se cuidadosamente a rotina estabelecida para alcançar os objetivos pré determinados. Identificação dos animais - A identificação é necessária para que cada animal seja individualizado e para que possa ser anotado tudo que for colocado em prática. Conhecimento da raça - Deve-se conhecer a raça com a qual pretende-se trabalhar, pois a maioria das raças altamente especializadas perderam sua rusticidade, e dependendo do sistema de produção, não são indicadas. EFICIÊNCIA REPRODUTIVA X EFICIÊNCIA PRODUTIVA 4 A reprodução é um fator importante na maximização de um rebanho, uma vez que existe uma estreita relação entre o número de crias produzidas por fêmeas por ano e a lucratividade do empreendimento. Portanto, a duração do anestro pós-parto é um dos fatores de importância em reprodução animal. Eficiência Reprodutiva SOMATÓRIO Fertilidade Prolificidade Sobrevivência das crias Eficiência Produtiva SOMATÓRIO Desempenho reprodutivo das matrizes Velocidade de crescimento dos animais nascidos Nível nutricional do rebanho 5 FERTILIDADE = nº de fecundadas x 100 nº de expostas a reprodução PROLIFICIDADE = nº de crias nascidas (vivos e mortos) x 100 nº de partos Eficiência reprodutiva INDICES ZOOTECNICOS Idade à puberdade zootécnica Tempo de anestro pós-parto Período de gestação Intervalo de partos Período de serviço Nº de cabras expostas a reprodução Nº de cabras prenhas 6 Enfim, o maior indicador da eficiência reprodutiva de um rebanho de corte é a relação existente entre o número de animais desmamados e o número de matrizes acasaladas no rebanho durante uma temporada reprodutiva. Já em um rebanho leiteiro, a reprodução deve ser maximizada, para aumentar o número de crias por cabra, diminuir o intervalo de partos, aumentar a proporção da vida produtiva na fase de maior produção das curvas de lactação, minimizar o custo de recria e cabras secas, minimizar descartes por reprodução, minimizar medicação do trato reprodutivo, maximizar o ganho genético anual e manter a expectativa de época de parição dentro da opção mais econômica. A FÊMEA Forma de amêndoa Desempenha duas funções: exócrina (liberação de óvulos) endógena (esteroidogênese) Composto de medula e córtex, circundado pelo eptélio superficial (germinativo) OVÁRIO OVÁRIO 10 Após a ovulação inicia-se um processo hipertrófico e de luteinização das células da granulosa originando o tecido luteínico secretor de progesterona (sob a forma de grânulos) necessária para manutenção da gestação. Para que o CL seja mantido, um embrião (blastocisto) deve estar presente no útero 12 a 13 dias após o acasalamento, época em que o útero inicia as primeiras providências que irão levar à luteólise. O CL da gestação é conhecido por corpus luteum verum e pode apresentar maiores dimensões do que o corpus luteum spurium (falso corpo amarelo) do ciclo estral, mantendo-se constante até o parto e degenerando-se dentro de uma semana após o parto. TROMPAS Ovidutos ou tubas uterinas (15 cm) Células secretoras e ciliadas Conduz os óvulos e os espermatozóides em direções opostas “simultaneamente” movimentos ciliares e contrações coordenadas Divididas em quatro segmentos funcionais: Fímbrias Infundíbulo Ampola Ístimo. ÚTERO Bipartido dois cornos uterino (cornua) um corpo uma cérvice (colo ou cérvix) Eptélio uterino possui várias carúnculas convexas PLACENTOMA: Carúncula + Cotilédone Placentário ÚTERO FUNÇÕES Capacitação e transporte dos espermatozóides do local de ejaculação até o ponto de fertilização da trompa Implantação - condições nutritivas para o blastocisto Gestação e parto Controle da função do corpo lúteo através da produção de uma luteosina potente (PGF2) CÉRVICE 3 a 5 cm Órgão fibroso composto (tecido conjuntivo), de espessa parede e luz constrita. O canal possui de 4 a 6 proeminência de forma transversa fixa conhecidas por anéis anulares FIRMEMENTE FECHADA EXCETO DURANTE O CIO E PARTO CÉRVICE FUNÇÕES facilita o transporte espermático através do muco cervical para o interior do útero atua como reservatório de espermatozóides através das criptas cervicais pode tomar parte na seleção de espermatozóides viáveis, impedindo assim passagem de células espermáticas inviáveis e defeituosas. CÉRVICE CIO: o tampão cervical se liquefaz e a cérvice se dilata para permitir entrada dos sptz. GESTAÇÃO: o muco que oclui o canal cervical é altamente viscoso, espesso, turvo e não se cristaliza agindo como barreira eficiente contra o trânsito espermático e invasão bacteriana no útero, prevenindo infecções PARTO: o tampão cervical se liquefaz e a cérvice se dilata para permitir a expulsão do feto e das membranas fetais. VAGINA Órgão copulatório (8 a 9 cm) culminando no óstio caudal da cérvice (fórnix) MUCO: composto primariamente de secreções vulvares e contaminada com muco cervical, fluído endometrial e tubárico além de células esfoliadas do epitéliio à medida que se aproxima o cio aumenta a vascularização da parede vaginal e o fluído torna-se mais fino além de adquirir um odor específico. VAGINA FUNÇÕES Depósito de sêmen Expelir e absorver o plasma seminal componentes bioquímicos exercem respostas fisiológicas Via natal Interação do muco cervical, das secreções vaginal e do plasma seminal sistema tampão Proteção dos espermatozóides até que eles sejam transportado através das micelas do muco cervical. 19 Condições patológicas que resultem em qualidade de tampões insuficientes ao acúmulo seminal (por exemplo, o pequeno volume de ejaculação, porções escassas de espesso muco cervical e escoamento do sêmen) podem ocasionar a rápida e imobilização dos espermatozóides. VULVA CONSTITUIÇÃO: Vestíbulo (orificio uretral como limite) glândulas vestibulares (células de Bartoholin) mais ativas no cio os lábios maiores (gld sebáceas) os lábios menores (gld sebáceas) o clitóris ÚBERE ÚBERE ÚBERE Glândulas + Tetas 22 Na cabra, estima-se que até 70% do leite encontra-se nas cisternas e nos canais lactóforos mais grossos, diferente da vaca que posui 25 a 30% de seu leite nesta região. Por esse motivo, a cabra é menos dependente da ocitocina para a liberação do leite, embora o proceso de liberação do leite dos alvéolos seja o mesmo. ALVÉOLO (ÁCINO) ALVÉOLOS LÓBULOS LOBOS 23 A unidade secretora individual da glândula mamária é denominada alvéolo ou ácino, de estrutura oca circular composto por células secretoras, lume, membrana basal, e circundado por células de sustentação, mioepiteliais (sensíveis a hormônios) e por capilares sangüíneos, nervos e vasos linfáticos. Os alvéolos são agrupados em unidades chamados lóbulos, que por sua vez são circundados por um septo distinto de tecido conectivo. Os lóbulos por sua vez são agrupados em unidades maiores chamadas de lobos, que são circundados também por maior quantidade de septos de tecido conectivo. GLD MAMÁRIA O PESO E CAPACIDADE DO ÚBERE NORMALMENTE AUMENTA ATÉ A MATURIDADE DA CABRA, CERCA DE 3-4 ANOS DE IDADE. CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Peso vazio do úbere Parênquima : estroma (tecido secretório) (tecido conectivo) ÚBERE ÚBERE TETAS SUPRANUMERÁRIAS: associadas com uma glândula pequena glândula normal nenhuma área secretora TETAS RUDIMENTARES TAMBÉM ESTÃO PRESENTES NOS BODES GINECOMASTIA O MACHO TESTÍCULOS Descem para o escroto na metade da vida fetal CONSTITUIÇÃO -células interticiais (LEYDIG) - túbulos seminíferos 28 Em número de dois, são formados dentro da cavidade abdominal e descem para o escroto na metade da vida fetal, ocasionalmente o testículo pode falhar de entrar no escroto e nesta condição (criptorquidismo) as necessidades térmicas especiais dos testículos e epdídimos não são supridas, prejudicando a produção espermática embora a função endócrina não seja prejudicada. Os espermatozóides são produzidos pelas células espermatogênicas do túbulo e ficam armazenados em uma pertuberância da ponta do testículo, a cauda do epdídimo. Já os hormônios masculinos são produzidos pelas células interticiais (Leydig), situadas entre os túbulos seminíferos, e são secretados para o interior das veias testiculares e vasos linfáticos. TESTÍCULOS CONTROLE DE TEMPERATURA Cremaster Túnica dartos Glds sudoríparas adrenérgicas Plexo pampiniforme GLDS ACESSÓRIAS Fornecem veículo e nutrientes p/ transporte do sptz Glds vesiculares: ác cítricos e frutose Próstata: não é visível Glds bulbouretrais: fatores tóxicos que dificultam a congelação dos sptzs 30 a função das glândulas acessórias é muitas vezes obscura, pois espermatozóides da cauda do epdídimo são capazes de fertilizar quando inseminados sem a adição das secreções das glândulas acessórias. PÊNIS O comprimento do pênis é controlado pela ação músculo retractor penis na flexura sigmóide Na extremidade encontra-se a glande e um apêndice vermiforme (3 a 4 cm) Este apêndice espalha o sêmen no momento da ejaculação podendo penetar a cérvice uterina e depositar os espermatozóides GLDS ODORÍFERAS Glândulas de Schietzel localizadas atrás do ponto de inserção dos chifres produzem o odor hírcino estimula o comportamento sexual da fêmea. FASES REPRODUTIVA PUBERDADE CICLO ESTRAL OVULAÇÃO FECUNDAÇÃO GESTAÇÃO PARTO PUERPÉRIO LACTAÇÃO PUBERDADE FISIOLÓGICA 3 - 5 meses de idade 40-50% do peso vivo de uma fêmea adulta. FÊMEAS alguns sintomas de estro acompanhado de ovulação MACHOS primeiros espermatozóides no ejaculado pênis descola do prepúcio apêndice vermiforme descola do pênis PUBERDADE ZOOTÉCNICA (Maturidade Sexual) geralmente no 6º-8º mês de vida 60 -70% do peso vivo adulto da raça QUANDO A PUBERDADE FOR MUITO TARDIA É SINAL DE MÁ CONDUÇÃO DO REBANHO. CICLO ESTRAL 21 DIAS (4 fases) A cabra é poliéstrica estacional vários ciclos estrais em uma determinada época do ano (final do verão e outono) animal de dias curtos LUZ RETINA PINEAL HIPOTÁLAMO MELATONINA SERATONINA GnRH CICLO ESTRAL CICLO ESTRAL PROESTRO Rápido desenvolvimento do folículo no ovário (pode ser mais de um ) Modificações na vagina visam preparar a fêmea para a cópula Aumento do eptélio CICLO ESTRAL ESTRO OU CIO Fase de maior interesse para o criador e técnico Duração de 12 a 30h mais curto no início e no fim da estação de monta, na presença do macho e na primeira estação de monta de fêmeas jovens. Liberação do óvulo no seu final SINTOMAS DO CIO Inquieta Bale freqüentemente Balança a cauda constante e rapidamente Perda do apetite Diminuição da produção leiteira A vulva fica avermelhada e edemaciada, com corrimento mucoso (cristalino ou leitoso) Comportamento homossexual SEM A PRESENÇA DO MACHO, A DETECÇÃO É DIFICULTADA PARA QUEM NÃO TEM EXPERIÊNCIA. REFLEXO NO MACHO A princípio ele cheira e lambe a vulva Cheira o chão onde ela urinou Reflexo de “flehmen” Exterioriza a língua repetidas vezes Bate e raspa os cascos no chão Emite ruídos característicos Pode bater no flanco da fêmea ou empurrá-la com seus membros dianteiros, testando o estado do cio. REFLEXO DE “FLEHMEN” CICLO ESTRAL METAESTRO Preparação para a gestação formação do CL alteração no endométrio e paredes vaginais DIESTRO Somente se a cabra não ficar gestante terminando com a regressão do CL OVULAÇÃO 24 e 36h após o início do cio Pico de ESTRADIOL =>LH A tx de ovulação atinge um máximo entre 3 e 6 anos, declinando gradualmente tamanho corpóreo, peso, condição e genótipo 44 Um folículo pré-ovulatório tem a capacidade de produzir tanto estradiol ao ponto de atingir certa concentração que ao invés de inibir a produção de LH, passa a estimular tanto ao nível hipotalâmico quanto hipofisário. A ovulação sempre é precedida (24-36 h) de um pico de LH, afetando a maturação do oócito e estimulando a produção intrafolicular de substâncias associadas à ruptura do folículo (tais com PGF e PGE). A onda de LH faz com que as células da granulosa comecem a produzir progesterona em vez de converter androgênios em estrogênios sob a influência do FSH. ACASALAMENTO E CONCEPÇÃO A cópula usualmente ocorre antes da ovulação Espermatozóides são armazenados na cérvice (até 3 dias) e são continuamente liberados no útero , onde sobrevivem no máximo 30 horas Óvulos podem permanecer viáveis por 10-25 h ACASALAMENTO E CONCEPÇÃO Tanto os espermatozóides quanto os óvulos perdem qualidade com o passar do tempo Ocorrida a fecundação o(s) ovo(s) entra(m) no útero cerca de 4 dias depois Reconhecimento da gestação 12 a 14 dias após entrada no útero Nidação só ocorre 16 a 21 dias após a entrada no útero. Sistemas de Acasalamento MONTA NATURAL muito utilizado na região Nordeste do país machos e fêmeas permanecem juntos o ano todo relação macho:fêmea de 1: 20 -25. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL sêmen fresco ou congelado proporção de macho:fêmea na relação de 1:2000. Sistemas de Acasalamento MONTA CONTROLADA 1 macho para até 35 fêmeas detecção do cio dá-se por meio de rufiões fêmea é levada ao bode que não deve efetuar mais do que 7 montas por dia. Neste sistema é possível fazer o registro da cobertura, saber a data provável do parto, aproveitar melhor os reprodutores, evitar consangüinidade, escolher o melhor macho para cada fêmea GESTAÇÃO 147 a 151 dias variando entre raças e indivíduos O genótipo do feto contribui para quase dois terços da variação na gestação Cabritos machos implicam em gestação menores que fêmeas Os nascidos únicos, mais tempo do que os gêmeos Aumenta com a idade da mãe. GESTAÇÃO O CL persiste durante toda a gestação única fonte de progesterona A prolactina e o LH são importantes para manter o CL MANEJO SECAR (45-60 dias antes do parto) LIMPEZA (15 dias antes do parto) DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO IMPORTÂNCIA programação da produção manejo dos animais definição de alimentação decisão sobre a secagem formação dos lotes previsão dos partos. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO NÃO RETORNO AO ESTRO: Verifica-se o retorno ou não ao cio após 21 dias Método pouco confiável animais que apresentam estros estacionais, existe dificuldade para diferenciar entre anestro estacional ou prenhes não apresenta custo. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO ALTERAÇÕES FÍSICAS e COMPORTAMENTO desinteresse pelo macho engorda com facilidade diminuí a produção de leite aumenta o volume do ventre próximo ao parto, aumenta o volume do úbere e os tetos se distendem Este método só é eficiente da metade da gestação em diante quando a maioria deste conjunto de sintomas pode ser constatado. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO PALPAÇÃO ABDOMINAL Utilizado após os 100 dias de gestação DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO DOSAGEM DE PROGESTERONA reflete a atividade do corpo lúteo MÉTODOS RÁDIO IMUNOENSAIO (RIA), no plasma, soro sangüíneo ou no leite análise simples equipamentos de custo elevado manipulação de material radioativo resultados demandam tempo, não sendo obtidos de imediato. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO DOSAGEM DE PROGESTERONA MÉTODOS ELISA (anticorpo monoclonal de alta especificidade) kit comercial para eqüinos 21 e 42 dias após o acasalamento ESPESCHIT et. al (1993) Verificou uma eficiência de 93.3% e 93.7%, na identificação correta de animais gestantes DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO LAPAROSCOPIA Laparoscópio é inserido a partir de uma incisão na parte média ventral do abdome, conseguindo‑se resultados com 91% de acerto entre os 17 e 21 dias Um operador experiente requer de 8 a 10 minutos para fazer um exame Normalmente, o laparoscópio é mais utilizado para inseminação artificial e transferência de embriões DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO LAPAROTOMIA: Incisão, de aproximadamente 1,5 cm na linha média do ventre, suficiente para a penetração de dois dedos, para palpar o útero Um operador experiente pode detectar placentomas aos 42 dias de gestação Um operador com um auxiliar examinam 25 a 30 fêmeas por hora riscos são os inerentes ao procedimento cirúrgico, podendo-se reduzir a fertilidade das fêmeas operadas. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO RADIOLOGIA identificação do esqueleto fetal possível diagnosticar prenhes e nº de fetos relatos de 96% de eficiência entre os 60-90 dias de gestação a precisão do número de fetos foi de 80% entre os 60-90 dias e 99% dessa idade em diante requer experiência da equipe dispendiosa e as radiações podem ser perigosas para o operador e para o feto. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO CITOLOGIA VAGINAL Avalia a redução das camadas celulares do epitélio, de doze, na ausência da gestação, para cinco, na presença da gestação As fêmeas não gestantes têm células poligonais, enquanto as das gestantes são cúbicas aplicação limitada, em virtude das dificuldades inerentes ao processo. acerto de cerca de 97% DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO MÉTODOS ULTRA‑SÔNICOS SCAN‑A: amplitude do eco‑tempo EFEITO DOPPLER:registro de movimentos SCAN‑B: tempo real CONSIDERAÇÕES Jejum hídrico e alimentar de, pelo menos, 12 horas priorizar métodos cutaneos usar um transdutor de 5 MHz a partir do 25º dia com a cabra em posição de estação. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO precisão do diagnóstico tempo despendido acurácia no nº de fetos e sua idade técnica sensibilidade do equipamento usado qualificação e experiência do profissional DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO Técnica Ultra‑sônica ‑ Scan‑A baseado na detecção de fluido presente no útero Acurácia de, no mínimo, 95% com 60-80 dias a hidrometra (bexiga urinária repleta) e a piometra (inflamação no útero) podem levar a um resultado falso positivo. A viabilidade fetal e o nº de fetos não são detectáveis por este método. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EFEITO DOPPLER registro de movimentos como um indicador da prenhez tais como: a pulsação sanguínea, o batimento cardíaco e os movimentos fetais CUTÂNEO Semelhantemente ao scan‑A eficácia muito baixa durante o primeiro terço da prenhez RETAL viabilidade fetal pode ser avaliada detecção de prenhez simples ou múltipla é difícil diagnóstico mais precoce comparada à técnica de ultra‑som scan-A e Doppler cutâneo Doppler retal DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO TÉCNICA ULTRA‑SÓNICA SCAN‑B Determinar o nº de fetos entre 45º e 90º dia Imagem bidimensional e móvel do útero Melhor acurácia ( 91 a 100% ) trans-abdominala partir do 50° dia transretal entre o 25º e o 30º dia (fezes atrapalham imagem) Permite diferenciar com segurança a prenhez da hidrometra, da piometra e da mumificação fetal A idade fetal pode ser determinada entre 40 e 100 dias de prenhez pela mensuração da largura da cabeça PARTO Processo fisiológico pelo qual o útero gestante libera o feto e a placenta do organismo materno Iniciado pelo feto e completado por uma complexa interação de fatores endócrinos neurais e mecânicos PGF2α é o hormônio luteolítico uterino responsável pela inibição da secreção de progesterona PARTO O sucesso do parto depende de dois processos mecânicos A habilidade de contração do útero A capacidade de dilatação da cérvice O comportamento da cabra e a duração do parto variam em função da facilidade do mesmo A maioria dos nascimentos é em apresentação anterior Periodo crítico de 6-12 h PARTO PUERPÉRIO Tempo para involução uterina (27 dias), e retorno da atividade ovariana depende das contrações do miométrio, da eliminação de infecções bacterianas e da regeneração do endométrio O corrimento uterino ou lóquio que ocorre normalmente durante o puerpério, é composto de muco, sangue, restos de membranas fetais, tecidos maternos e fluidos fetais. LACTAÇÃO A quantidade de leite é proporcional: ao número de células secretoras precursores metabólicos do leite na circulação hormônios para estimular as células secretoras à utilização máxima desses precursores remoção freqüente do leite LACTAÇÃO Primeira fase da lactação MAIS DELICADA o nível de produção aumenta rapidamente atingindo um pico entre a 3ª-4ª semana de lactação a capacidade de ingestão aumenta mais lentamente atingindo um maximo entre a 5ª-8ª semana A CABRA PERDE PESO LACTAÇÃO SCORE 2,75 e 3,50 logo após o parto Não deve estar abaixo de 2 após 45 dias de lactação, ou ter diminuído mais que 1,25 da avaliação anterior. ESCOLHA DE REPRODUTORES Importante tanto para a aquisição de animais quanto para a seleção dos animais que serão mantidos no rebanho ou comercializados. Requer conhecimento de anatomia, ezoognózia, características raciais, objetivos do programa de melhoramento, objetivos da criação e, obviamente, da disponibilidade desses animais no mercado, evitando-se sempre animais de origem desconhecida. REPRODUTORES animal saudável em plenas condições de acasalar ter boa libido não ter nenhuma doença que possa ser transmitida pela cópula características raciais pedigree REPRODUTORES CONFORMAÇÃO aparência geral simetria entre as diversas partes do corpo aprumos capacidade corporal linha superior órgãos sexuais sem anomaliao fazer um espermograma Registro Genealógico Definitivo (RGD) REPRODUTORES 78 MATRIZES Substituição de aproximadamente 20% a 25% das matrizes Observar: aspecto feminino habilidade materna Precocidade Fecundidade Prolificidade conformação MATRIZES Métodos de sincronização e indução do cio DURANTE A ESTAÇÃO REPRODUTIVA SINCRONIZAÇÃO Uso de prostaglandina sintética - cloprostenol - 265 g ou 5 a 10 g de prostaglandina natural CIO - aproximadamente 49-50 horas (*observar a viscosidade do muco e o aceite do rufião) - Animais que não apresentarem cio, recebem 2ª dose no 11° dia após a primeira aplicação e recebem duas IA: 1ª- 72 hs 2ª- 96 hs após a segunda aplicação de prostaglandina Naturais - Efeito Macho - Fotoperíodo Farmacológicos - Esponjas vaginais - CIDR dispositivo intravaginal -Implantes subcutâneos (progesterona e norgestomet) FORA DA ESTAÇÃO REPRODUTIVA INDUÇÃO "EFEITO MACHO" - CIO 5 a 10 dias após introdução no lote de fêmeas - reação em cadeia LIBERAÇÃO DE LH ESTÍMULO SOCIAL BODE é introduzido num lote de cabras (isoladas do macho há pelo menos 3-4 semanas) FEROMÔNIO urina, muco cervical, fezes e glândulas de diversas regiões do corpo como pescoço, região ano-genital e ao redor dos chifres ESTIMULAM SISTEMAS OLFATÓRIO E ORAL QUE, SOMADOS AO SISTEMA VISUAL, AUDITIVO E TÁTIL SISTEMAS REPRODUTIVO E ENDÓCRINO ALTERAM - APRESENTA CARÁTER PRÁTICO E BAIXO CUSTO - SUCESSO DA APLICAÇÃO DO MÉTODO Alimentação e Condição reprodutiva INDUÇÃO ATRAVÉS DE TRATAMENTOS COM LUZ - Técnica simples - criatórios com um mínimo de investimento - A influência do fotoperíodo ocorre tanto em machos e fêmeas - animais iniciam ciclo reprodutivo anual diminuição da intensidade de luz diária - OUTONO - sendo considerados ANIMAIS DE "DIAS CURTOS" ou FOTOPERÍODO NEGATIVOS ESQUEMA DA LUMINOSIDADE DOS DIAS AO LONGO DO ANO 13:11* 12:12 11:13 12:12 13:11 21/12** 21/3 21/6 21/9 21/12 * hora de luz/ hora de escuro; ** Época do ano Solstício Solstício CIO - TRATAMENTO FOTOLUMINOSO - melhor resposta ao efeito macho - desencadeamento de ciclos estrais em plena PRIMAVERA TRATAMENTO FOTOLUMINOSO DE DIAS LONGOS (18 HORAS LUZ E 6 HORAS ESCURO) FINAL DO OUTONO E INÍCIO DO INVERNO 60 DIAS CERCA DE 80% CIOS FÉRTEIS PARIÇÕES - OUTONO DO ANO SUBSEQUENTE Luz recebida diariamente através do nervo óptico ESTÍMULO NERVOSO GLÂNDULA PINEAL AUSÊNCIA DE LUZ - MELATONINA ESTIMULA GRADATIVAMENTE O EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO REINICIANDO A ATIVIDADE REPRODUTIVA DOS PEQUENOS RUMINANTES LÂMPADAS FLUORESCENTES - GALPÃO "TIMER" Ligadas - entardecer até 22:00 hs e automaticame/e desligadas; ligadas 2 horas antes do alvorecer e automaticame/e desligadas. Acender Acender Apagar Apagar 17:00 22:00 4:00 7:00 * Fornecimento diário de 18 horas de luz artificial. - LUXÍMETRO - 45 watts/m2 - 200 LUXES - ALTURA - 2 METROS ESPONJA FGA (45 mg) acetato de fluorogestona MAP (60 mg) medroxiprogesterona CIDR ou ou NORGESTOMET 11 dias no interior da vagina (DC) 48 horas antes do final do tratamento (nono dia) - administração intramuscular de eCG (soro de égua prenhe) ou hCG e prostaglandina (cloprostenol) Entre 12-48 horas após a retirada do material - CIO I. A. 47 horas após detecção do cio TRATAMENTO COM HORMÔNIO LUZ + IMPLANTE DE MELATONINA Luz - 60 dias - ambos os sexos PASSADAS 15 A 17 HORAS APÓS ALVORECER "FLASH” ( 2 HORAS) 61 dia implante de 18 mg de melatonina passados 70 dias macho no galpão CIO - acasalamentos em outubro/novembro - parições em abril e maio (eliminando entre-safra) Interações Alimentação + “Efeito Macho” Alimentação + “Efeito Macho” + Luz Alimentação + “Efeito macho” + Melatonina Alimentação + “Efeito macho” + T. Hormonal VANTAGENS eficaz como prática de controle sanitário; sêmen proveniente de machos previamente testados; permite o uso de macho de elevado padrão zootécnico, quando este é impossibilitado de realizar a monta natural; maior descendência de um único reprodutor - vs. monta natural. promove o melhoramento qualitativo; INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL importação de linhagens desejadas por um custo bem menor; facilita a avaliação de um reprodutor; melhor uniformização do rebanho; possibilita a criadores de limitada condição financeira, a utilização de reprodutor de alto valor; permite o uso de um reprodutor mesmo após sua morte. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A PRÁTICA DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Instalações apropriadas para a prática da Inseminação Artificial; Mão-de-obra habilitada; Conhecimento técnico do sistema genital de caprinos; Alimentação e manejo adequados; Exige controle sanitário; Custo inicial do equipamento. O sêmen pode ser utilizado de diferentes maneiras Fresco, puro ou diluído Resfriado Congelado Colheita do sêmen Vagina Artificial Eletroejaculador Características seminais do bode Volume: 0,5 a 2,0 mL Concentração: 1,0 a 3,5 bilhões de sptz/mL pH: entre 6 e 7 Aspecto: leitoso a cremoso Momento ideal para proceder a inseminação artificial - 12 a 18 horas após a aceitação da monta - muco vaginal - coloração CREME-CLARO e aspecto viscoso, cremoso * muco vaginal - límpido, tipo clara de ovo cedo p/ IA muco vaginal - muito viscoso e amarelado, o animal já encontra-se fora do período ideal de inseminação (tardio) CIO: À NOITE OU DE MANHÃ - I.A. À TARDE CIO: À TARDE - I.A. NA MANHÃ SEGUINTE. Equipamentos - Espéculo (bico de pato ou fixo ou tubular) - Fonte de luz; - Aplicador para palhetas de 0,25 e 0,5 ml; -Bainhas, conforme o diâmetro da palheta utilizada; - Pinça - Tesoura - Papel toalha - Vaselina neutra -Garrafa térmica ou outro recipiente apropriado para manter a água morna - Botijão contendo nitrogênio líquido - Fichas para anotações e controle ANOTAÇÕES: Em cada inseminação artificial deve-se anotar em fichas próprias, as identificações a fêmea e do doador, a data e o local da inseminação e da deposição do sêmen. DISTÚRBIOS REPRODUTIVOS EM CAPRINOS UROLITÍASE TOXEMIA DA PRENHEZ Muito Obrigado !!!!
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