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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
nome do curso
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
	
SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42 A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE E A INDÚSTRIA	�
2.1 SETOR INDUSTRIAL NA ATUALIDADE...............................................................7
2.2 A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GERAÇÃO DE VALOR PARA AS INDÚSTRIAS..........................................................................................................9
2.3 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS.........................................13
3 CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS....................................................14
3.1 PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS E INDUSTRIAL COMO BASE PARA O DESSENVOLVIMENTO DESSAS DUAS CONTABILIDADES.........................................................................................15
3.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NOS CUSTOS.....................................................................................................................18
3.3 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA COM BASE NO MERCADO ....................................................................................................................................20
4 O MERCADO FINANCEIRO..................................................................................22
4.1 O GESTOR INDUSTRIAL DEVE ANALISAR A ATUAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO NO SEU NEGÓCIO? O QUE EXATAMENTE DEVE SER ANALIZADO?.............................................................................................................26
 
4.2 CITE DOIS EXEMPLOS DE CAPITAL DE TERCEIROS COMENTANDO SOBRE ELES..........................................................................................................................27
5 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA INDÚSTRIA............................42
5.1 ESCREVA SOBRE A ANÁLISE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E PONTO DE EQUILÍBRIO NA CONTABILIDADE.....................................................................43
5.2 DISCORRA SOBREO QUANTO A GESTÃO DE CUSTOS,QUANDO BEM APLICADA,PODE INTERFERIR NAS DECISÕES DE PREÇO,RENTABILIDADE DO PRODUTO E GERENCIAMENTO DE SEU CUSTO................................................45
6	CONCLUSÃO ....................................................................................................48
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................ 50
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 1 INTRODUÇÃO
 A contabilidade, por ser alimentada diariamente pelas transações realizadas na empresa, pode ser considerada um sistema de informação indispensável à gestão. Nem sempre a contabilidade é vista como uma ferramenta gerencial, mas como uma obrigatoriedade exigida por lei. Por isso, cabe ao contador demonstrar ao administrador que a contabilidade financeira pode se transformar em uma ferramenta gerencial, cuja principal finalidade é auxiliar os gestores no processo decisório. Buscando um diferencial competitivo é crescente o número de empresas que vêm investindo em meios que ofereçam informações estratégicas a fim de possibilitar aos gestores tomadas de decisões mais seguras e de forma proativa. Buscar a atualização profissional é a resposta para o sucesso.
 A contabilidade de custos, até algumas décadas atrás, era um termo relacionado à atividade industrial. Tratava-se normalmente do Custo dos Produtos Acabados, Custo dos Produtos em Elaboração, Custo dos Produtos Produzidos, entre outros. Atualmente, ela vem evoluindo e se modernizando, deixando de ser um mero instrumento auxiliar na avaliação de estoques e de lucros globais em sistemas de custeio ortodoxos, para se tornar um importante instrumento de controle e de suporte às tomadas de decisões empresariais.
 
 
2 A CONTABILIDADE NA ATUALIDADE E A INDÚSTRIA
 A contabilidade atual está em processo de transformação e adequação às novas exigências da sociedade, atualizando-se nas mudanças exigidas pela globalização do mercado e da nova tecnologia. Certamente uns dos assuntos mais atuais são: o conhecimento contábil, a situação das empresas e sua contabilidade; e a tributação e sua burocracia em nosso país. 
 Nos dias atuais, a concorrência fechada em grande parte a nosso próprio país agora se estende a todo o mundo. Uma empresa nacional pode ser surpreendida por um concorrente do outro lado do mundo, mas um controle e assessoramento contábil eficiente podem fazer a diferença.
 A visão do contador nacional atual, que está em processo de mudança, é a do profissional que faz apenas a escrituração contábil e finalidades fiscais, e não como o aliado que traz consigo importantes informações. Um dos fatores é a alta carga tributária que chega a 1/3 do PIB nacional, com isso muito profissionais contábeis acabam por apenas cumprirem com as suas obrigações fiscais e tributárias de seu cliente, não se preocupando em muitos casos com o mercado ao redor do cliente, seu desenvolvimento e sua situação atual no mercado competitivo. Hoje é necessário que o profissional estude constantemente as mudanças para se manter dinâmico e eficaz.
 Certamente o ensino está passando por grandes transformações e um dos motivos é a constante alteração nas legislações e na lei das Sociedades por Ações. Tais mudanças acabam por trazer complicações ao futuro profissional, sendo necessário ao aluno estar se adequando sempre à legislação corrente no país.
 Fica clara a importância do contador desenvolver-se no processo de formar e buscar as informações, e ser um conhecedor completo do mercado globalizado. O conhecimento passa a ser a resposta para o sucesso ou fracasso do profissional.
 O contador fica responsável por conhecer não apenas seu cliente, mas seus concorrentes, fornecedores e o mercado globalizado.
 Conforme já citado, as empresas passam por um processo de globalização. Uma contabilidade eficaz pode ser a chave do sucesso ou se ineficaz, o fracasso de um negócio. Por isso a contabilidade apóia as necessidades normais dos negócios, empresas procuram profissionais para consultoria e assistência em vários assuntos, sendo que os principais interesses atualmente, são a redução dos custos e alcançar a qualidade conseguindo com isso bons lucros. O conhecimento hoje não é um recurso, mas o recurso.
 De acordo com dados colhidos pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em nosso país, cerca de 80% das empresas são micros e pequenas empresas, e as mesmas são mais suscetíveis às mudanças constantes que as outras. Muitas destas empresas (cerca de 70%) não passam dos cinco anos pela média nacional, justamente por serem frágeis a alterações na economia, a grandes concorrentes, falta de informações sobre o mercado e até mesmo sobre o seu próprio negócio.
 De acordo com José Carlos Marion, três são as causas possíveis da alta porcentagem de empresas que fecham antes dos cinco anos:
-Perfil inadequado de pequenos empresários;
-Perfil inadequado dos serviços contábeis;
-Cultura brasileira de sonegação.
A burocracia e o excesso de tributos é o maior atraso nos procedimentos contábeis. Nosso país, de acordo com fontes da Audilink Auditores e Consultores, está entre uns dos maiores em carga tributária, e com isso, apoiadas pela burocracia, muitas empresas acabam por encerrar atividades como uma das causas por falta de planejamento tributário. 
 Ao contador se eleva cada vez mais a responsabilidade da verificação da obrigação do recolhimento e pagamento da maioria dos impostos. Existe a revolta de muitos contadores e profissionais da área onde os mesmosafirmam que “trabalham para o cliente e o governo”, sendo o serviço tributário e fiscal o grande tomador do tempo dos profissionais. Mas a necessidade do planejamento é essencial para o contador atualmente, tanto a verificação constante de legislação dos impostos e a adequação a cada empresa são as principais fases do plano de negócio e acompanhamento da empresa.
 De acordo com o Jornal do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) de março/abril de 2004, em sua matéria “Burocracia é o entrave para o crescimento econômico do país”, o número de declarações, demonstrativos, formulários, fichas, guias, e outros elementos para declaração ao FISCO, chegam a 100. Além disso, temos também a responsabilidade total dos escritórios de contabilidade, no recolhimento dos mesmos.
 A cada ano que se passa aumentam mais os impostos e os contadores devem se adequar a cada um deles, planejando e adequando seu tempo e serviço as novas obrigações.
 Portanto, não basta apenas o acompanhamento e trazendo informações atualmente, para se ter uma “vida saudável” da empresa; um projeto e acompanhamento tributário e fiscal são essências para a contabilidade da empresa.
 O futuro da contabilidade depende do desenvolvimento da sociedade e sua forma de adequação aos novos conceitos dentro das novas necessidades que irão surgir futuramente. 
 Conforme citação de Antonio Lopes de Sá em seu livro Teoria da contabilidade, o mesmo afirma que o desenvolvimento contábil acelerou muito nos últimos 200 anos. A cada dia que passa novos conhecimentos são aplicados a reais e futuras necessidades.
 O que irá determinar a ascensão ou queda de uma empresa no futuro será a globalização da economia ou as relações de negócios, sendo necessário o constante estudo do contador das mudanças para sempre se manter atualizado.
 Umas das necessidades que deverão ser resolvidas é a padronização mundial dos preceitos e normas contábeis juntamente com o aprimoramento da linguagem contábil para o melhor entendimento do usuário, e até mesmo a padronização mundial da própria profissão contábil, conseguindo com isso facilitar a relação comercial e a interação entre toda e qualquer empresa do mundo. Dessa forma o contador poderá trabalhar tranqüilamente em empresas multinacionais, aqui no Brasil, e em suas filiais em qualquer parte do mundo.
 Existe a preocupação de que se não houver uma padronização internacional, irá ocorrer uma grande confusão nas interpretações contábeis em um futuro não muito longe.
 De acordo com o grande estudioso Hendriksen, a contabilidade não tem evoluído com a mesma velocidade do quê a sociedade, isso pode acarretar em possíveis e eminentes problemas, já que os instrumentos não serão suficientes para uma evolução pertinente.A crescente obrigação fiscal e tributária, junto com o crescimento econômico, fará com que a necessidade de um sistema gerencial contábil seja eficiente e ágil.
 A necessidade de se aproximar do usuário e estar junto dele para se formar decisões importantes, será maior no futuro; a velocidade, tecnologia e precisão, serão o ponto certo para o contador realizar os seus objetivos. 
 O profissional contábil deverá saber a real necessidade do usuário e saber realizar suas necessidades identificando-as e respondendo as perguntas cada vez mais rápidas chegando futuramente à velocidade instantânea.
 Novas fontes de riqueza estão aparecendo, com isso, no futuro as normas e procedimentos contábeis irão valorizar o capital intelectual como uma das principais riquezas de muitas empresas, já que atualmente, existe muita diferença entre o capital real e a do balanço em muitas empresas ao redor do mundo.
 Podemos ver claramente como a globalização está e irá mostrar-se mais ativa no futuro próximo. Novos conceitos irão surgir e caberá aos futuros profissionais buscar a melhor forma de conciliação. Ainda podemos acrescentar que, possivelmente, haverá a adequação das informações da empresa a investidores.
 O crescimento tecnológico já tem grande participação na contabilidade atual e aumentará ainda mais, estando totalmente interligada na prestação de informações úteis.
 
2.1 SETOR INDUSTRIAL NA ATUALIDADE
 A Indústria no Brasil é nova comparada à de outros países, mas teve seus primeiros estimulados pelo período monárquico e principalmente para se solidificar e se satisfatoriamente no início do século XIX através de investimentos autônomos estruturar a partir da década de 1930, com as medidas políticas dos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Hoje, o país é considerado um dos países passos já no período colonial. Levou-se um certo tempo, porém, para crescer subdesenvolvidos mais industrializados do mundo e ocupa o décimo quinto lugar no segmento em escala global.1 Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira, que possui um enorme e variado parque industrial produzindo bens de consumo e até mesmo tecnologia de ponta. Os principais tipos de indústrias no Brasil são as automobilísticas, petroquímicas, de produtos químicos, alimentares, de minerais não metálicos, soja, têxtil, de vestuário,metalúrgica, mecânica, etc. No Brasil, as áreas de comércio, serviço público, profissionais liberais, educação, serviços bancários, de comunicação, de transporte e outras estão diretamente ligadas à indústria. 
 A industrialização no Brasil, no entanto, nunca ocorreu a nível nacional. O parque industrial brasileiro atualmente está concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas, embora a dispersão da infra-estrutura de transportes, energia e comunicação tenha-se espalhado espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões, inclusive no interior dos estados. Essa desconcentração é uma das características atuais da industrialização brasileira contemporânea: segundo o IBGE, a concentração no Sudeste baixou para 48% das indústrias.
 A indústria brasileira encontra-se fortemente no sudeste, especialmente no estado de São Paulo, apesar de atualmente muitas novas unidades industriais estarem se instalando nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
 Nos anos 70, 80 e 90, a indústria no Brasil continuou a crescer, embora tenha estagnado em certos momentos de crise econômica. A década de 80, por exemplo, ficou conhecida como a "década perdida" para a economia brasileira devido a retração econômica da indústria.O cenário mudou e, estabilizada, a base industrial atual do país produz diversos produtos: automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, e muitos outros. Embora seja auto-suficiente na maioria dos setores, a indústria brasileira ainda é dependente de tecnologia externa em campos como a informática.Além disso, o parque industrial brasileiro continua concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas, embora a dispersão da infra-estrutura de transportes, energia e comunicação tem a dispersado espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões, inclusive no interior dos esta.
 Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira que possui um enorme e variado parque industrial produzindo bens de consumo e até mesmo tecnologia de ponta. Após diversas crises econômicas, o país é hoje um dos mais industrializados do mundo e ocupa o décimo quinto lugar em escala global nesse segmento. Na primeira década do século XXI, a privatização de empresa estatais nas áreas de mineração, bancária e de telecomunicações foi uma característica marcante na economia brasileira.1 A industrialização brasileira ainda não ocorre de maneira homogênea, portanto certas regiões são densamente industrializadas, enquanto outras são totalmente desprovidas desse tipode atividade econômica. Apesar de diversos problemas sociais, costumeiramente relacionados à maneira da industrialização no país, o Brasil vem ocupando um lugar de destaque no cenário econômico e industrial internacional.
 O governo brasileiro empreendeu um ambicioso programa para reduzir a dependência do petróleo importado. As importações eram responsáveis por mais de 70% das necessidades de petróleo do país, mas em 2006 o Brasil alcançou a auto-suficiência de petróleo. O Brasil é um dos principais produtores mundiais de energia hidrelétrica, com capacidade atual de cerca de 58.000 megawatts. As Hidrelétricas existentes fornece 92% da eletricidade do país. Dois grandes projetos hidrelétricos, a 12.600 megawatts de Itaipu, no rio Paraná - a maior represa do mundo - e da barragem de Tucuruí no Pará, no norte do Brasil, estão em operação. Além de contar com reator nuclear, Angra I, localizada perto do Rio de Janeiro, está em operação há mais de 10 anos. Angra II está em construção e, depois de anos de atrasos, está prestes a entrar na linha. Um Angra III é planejado. Os três reatores teria uma capacidade combinada de 3.000 megawatts quando concluído.Reservas de recursos minerais provadas são extensas. Grandes reservas de ferro e manganês são importantes fontes de matérias-primas industrial e receitas de exportação. Depósitos de níquel, estanho, cromita, bauxita, berílio, cobre, chumbo, tungstênio, zinco, ouro e outros minerais são explorados. Alta qualidade do carvão de coque grau exigido na indústria siderúrgica está em falta.
 A indústria brasileira teve um ano de fraqueza em 2014. Em outubro, último dado disponibilizado pelo IBGE, a produção do setor ficou estagnada, com mau desempenho em todas as categorias.
 Pesquisa Focus do Banco Central com economistas mostra que a projeção é que a indústria tenha registrado contração de 2,49 por cento em 2014 e que crescerá 1,02 por cento em 2015. Para o PIB, as previsões são de crescimento de 0,14 e 0,55 por cento, respectivamente.
 Há tempos, as indústrias vêm conquistando o seu espaço no Brasil, tornando-se um dos elementos mais básicos de uma determinada região .Trazendo consigo, sempre uma característica marcante, a MUDANÇA, seja ela qual for, tanto na cultura como na economia ou até mesmo no espaço que ela ocupa e no impacto que ela causará em seu ambiente.
2.2 A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GERAÇÃO DE VALOR PARA AS INDÚSTRIAS
 Gestão Empresarial Assim como a contabilidade se colocou de forma estruturada e útil nas empresas, a gestão empresarial se faz necessária para direcionar, adaptar e organizar todos esses dados que a contabilidade nos coloca. Administrar é o processo decisório no sucesso da empresa, de 7 nada adianta ter dados corretos e precisos se o gestor não os interpreta corretamente, ou os emprega certeiramente. 
 Para Chiavenato (2009, p.19), “[...] administrar significa conduzir toda uma organização em direção a objetivos previamente definidos, para oferecer resultados concretos e alcançar sucesso e sustentabilidade ao longo do tempo”.
 E só é possível administrar com a ajuda de pessoas integradas, unidas num mesmo objetivo, anteriormente definido por todos, e não somente pelo administrador. Por isso a administração foi subdividida em áreas para poder conduzir com exatidão e clareza a empresa.
 - A Produção é responsável pela administração de todos os bens relacionados à fabricação dos produtos ou realização de serviços, ou seja, os recursos físicos da empresa. O início efetivo da atividade da organização se dá quando a produção está devidamente prepara e munida de todas as informações necessárias para realização do seu trabalho. 
 De acordo com Pozo (2010, p.98): 
 Toda organização industrial propõe-se a executar duas coisas: a primeira é produzir seu produto; a outra é comercializar o que produz. O Sistema de Produção requer a obtenção e utilização dos recursos produtivos que incluem: mão de obra, materiais, edifícios, equipamentos de capital. A comercialização exige a interação a outras atividades, tais como: Pesquisa de Mercado, Promoção, Vendas, Distribuição e PósVendas. 
 - A Finança está relacionada com a busca de capital para a empresa e sua gestão; são os recursos financeiros da empresa, como eles podem ser adquiridos ou investidos. Gitman (2010, p.3) diz que “o termo finanças pode ser definido como a arte e a ciência de administrar o dinheiro. [...] Finanças diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e órgãos governamentais”.
 - Recursos Humanos cuida do bem mais precioso da empresa, que são as pessoas envolvidas com ela, desde o presidente até o operário. Esta área da administração cuida de todo o processo de introdução, adaptação, especialização e desenvolvimento das pessoas dentro da empresa, visto que os funcionários são responsáveis pela sobrevivência e crescimento da organização. Em sua sabedoria Chiavenato (2010, p.4) diz, 8 [...] E as pessoas passam a significar o diferencial competitivo que mantém e promove o sucesso organizacional: elas passam a constituir a competência básica da organização, a sua principal vantagem competitiva em um mundo globalizado, instável, mutável e fortemente concorrencial.
 - Administração Geral cuida do bom relacionamento e entrosamento entre todas as áreas para que o trabalho seja harmonioso e integrado. Diz Chiavenato (2009, p.28), Pode até parecer simples falar de planejamento, organização, direção e controle. Mas não é. O processo administrativo pode se realizar no nível estratégico da empresa, no nível tático ou, ainda, no nível operacional. O processo administrativo pode se realizar na área financeira da empresa, ou na área de marketing, produção, recursos humanos, produção/operações/logística. É um processo que ocorre em todos os níveis e áreas da empresa.
 - O Marketing é responsável pela comercialização dos produtos ou serviços da empresa, ele define estratégias como: o preço a ser comercializado; qual produto oferecer ou onde lançar tal produto. As áreas da administração dependem da boa comercialização dos seus produtos e serviços, e para isso o marketing fica com a responsabilidade do sucesso da empresa. 
 Para Kotler e Keller (2006, p.3)
 [...] Os gerentes de marketing precisam tomar decisões importantes, como quais características incluir em um novo produto, a que preço oferecê-lo aos consumidores, onde vender seus produtos e quanto gastar em propagandas e vendas. E também devem tomar decisões mais detalhadas, como escolher as palavras e as cores para uma nova embalagem. [...] As empresas sujeitas a maior risco são aquelas que não conseguem monitorar seus clientes e concorrentes com cuidado e aperfeiçoar sempre suas ofertas de valor.
 - E a Logística que coordena ações como a exposição do meu negócio; onde instalar minha empresa; como levar meu produto ao meu cliente, e como distribuir os setores no espaço que possuo, ou seja, ela é responsável pela movimentação e armazenagem dos produtos desde a aquisição da matéria-prima até o consumo final. A logística tem papel vital na empresa que precisa competir com um mercado globalizado, com tudo tão acessível para todos.
 Sobre a importância da logística Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002, p.105) dizem que: 
[...] um país de dimensões continentais como o Brasil, a gestão estratégica da logística passou a ser um fator imprescindível para a sobrevivência das organizações empresariais. A preocupação constante pela qualidade em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo fez com que muitas empresas passassem a dedicar parte de seus recursos financeiros e humanos ao entendimento e aprimoramento dos processos de logística, reconhecido como o diferencial associado ao sucesso ou fracasso dos negócios. 
 Com tudo isso podemosentender mais sobre a importância e necessidade de uma administração, como cada setor contribui e decide no resultado final da empresa, e a necessidade de ter pessoas capacitadas no controle de cada um desses setores, e que entendam o valor de um trabalho bem feito, pois são elas que irão conduzir a organização, ao rumo planejado pelo gestor.
 Chiavenato (2009, p.19) nos mostra esse papel da boa gestão empresarial, hora citado: [...] Em primeiro lugar, ao planejar, organizar, dirigir e controlar todas as atividades da empresa, a administração produz resultados melhores, mesmo alavancados em relação aos insumos. Em segundo, a administração gera valor para a empresa e, consequentemente, para o cliente e para a sociedade. Em terceiro, a administração cria riqueza ao ajudar a transformar insumos em produtos ou serviços de valor mais elevado. Em quarto, a administração oferece vantagens competitivas para a empresa em relação aos seus concorrentes. Em quinto, a administração permite a geração de lucratividade ao proporcionar lucros para a atividade empresarial. 2.4. Demonstrações Contábeis Obrigatórias Sendo as Demonstrações contábeis um conjunto de informações preparadas para usuários externos em geral, com finalidades diferentes e necessidades diversas, tem o objetivo de informar a posição do patrimônio, financeira, o desempenho e as mudanças da empresa.
 Através dos indicadores econômico-financeiros, que servem para reforçar e embasar a tomada de decisão, a contabilidade busca garantir a continuidade das atividades da empresa. A contabilidade fornece uma gama de informações que podemos usar para verificar a evolução das empresas, tornando-se instrumento importante na Administração. O objetivo de padronizar as demonstrações contábeis é fazer com que elas atendam às necessidades de análise e sejam de fácil visualização e entendimento. 
 Para Gitman (2010, p. 48), “os administradores devem ser a principal parte interessada desse grupo. Estes devem se preocupar não só com a situação financeira da empresa, mas também têm um interesse crítico no que as demais partes interessadas pensam a respeito da empresa”.
 Os tipos de demonstrações contábeis consistem na determinação de índices, pelos quais se pode tomar conhecimento da situação econômico-financeira das empresas e determinar tendências. Essa técnica permite que os empresários, instituições financeiras, governo e investidores possam analisar riscos e evitar situações desagradáveis em suas atividades.
 Para Groppelli e Nikbakht (1.999), as empresas utilizam os índices financeiros para monitorar as operações, assegurando-se de que estão aplicando os recursos disponíveis para evitar a insolvência. Destacam, ainda, o uso dos índices econômico-financeiros como um instrumento importante na elaboração do planejamento financeiro moderno. Os principais índices são: Índice de Rentabilidade, Índice de Liquidez e Índice de Endividamento
 Os indices de Liquidez tem o objetivo de medir a capacidade que a empresa tem para pagar os seus compromissos considerando longo prazo, curto prazo ou prazo imediato,ou seja, a facilidade com que pode pagar suas contas em dia. Esse índice pode antecipar problemas de fluxo de caixA.
- A liquidez Geral mostra a condição da empresa pagar as dívidas em longo prazo,sem que tenha de usar recursos de seu ativo permanente.Quanto maior melhor. 
-E a Liquidez Seca indica a capacidade que a empresa tem de saldar suas dívidas de curto prazo, excluindo o estoque, que não pode ser convertido facilmente em caixa. Quanto maior melhor. 
 Outra forma de análise é pelo Índice de Rentabilidade que observa os aspectos econômicos mostrando se a empresa gerou bons resultados, ou seja, avalia os lucros da empresa, visto que isso é atrativo de capital externo.
 - O Giro do Ativo mede quanto vendeu em relação aos investimentos, a proporção entre eles. Quanto maior melhor. 
 A Margem Líquida mostra quanto a empresa obtém de lucro em suas vendas, a relação entre vendas e lucro. Quanto maior melhor. – 
 -Retorno do Ativo indica quanto a empresa obtém de lucro em relação aos investimentos feitos, a proporção entre lucro líquido e ativo
 -E o Retorno do Patrimônio Líquido indica quanto a empresa obteve de lucro para certa quantidade de capital próprio investido, o rendimento do capital próprio.
 E também pelo Índice de Endividamento que revela o grau de compromissos da empresa com terceiros, proporção entre os recursos de terceiros e os ativos, ou seja o volume de dinheiro de terceiros usado na empresa. – 
 - Participação de Capital de Terceiros sobre Recursos Totais mostra quanto o ativo é financiado pelos recursos de terceiros.
 -Composição de Endividamento indica o valor da dívida total da empresa que deverá ser paga em curto prazo, comparando as obrigações a curto prazo com as obrigações totais. Quanto menor melhor.
 - Imobilização do Patrimônio Líquido indica quanto o ativo permanente é financiado pelo patrimônio líquido, evidenciando a dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negócios. Quanto menor melhor.
 -Imobilização dos Recursos não Correntes mostra qual o percentual de recursos (patrimônio líquido e passivo exigível a longo prazo) foi aplicado no ativo permanente. Quanto menor melhor.
 - Nível de Descontos de Duplicatas indica qual a proporção de duplicatas descontadas em relação ao total de duplicatas a receber. Quanto menor melhor.
 -Endividamento Financeiro sobre Ativo Total, mostra quanto o passivo financeiro participa no ativo da empresa, ou seja, a dependência da empresa junto aos bancos e outras fontes financeiras.
2.3 demonstrativos contábeis obrigatórios
 Com o advento da lei 11.638/07 e 11.941/09 a contabilidade brasileira vem passando pelo processo de convergência as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), neste sentido, acompanhando a evolução do sistema contábil brasileiro o Conselho Federal de Contabilidade editou inúmeras normativas técnicas que tratam de assuntos eminentemente contábeis. Com relação às demonstrações contábeis que obrigatoriamente deverão ser incluídas no livro diário, como regra geral, destacamos o conjunto completo das demonstrações contábeis que está previsto no item 10 da NBC TG 26 (Res. CFC 1.185/09):
(a)	balanço patrimonial ao final do período;
(b)	demonstração do resultado do período;
(c)	demonstração do resultado abrangente do período; 
(d)	demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(e)	demonstração dos fluxos de caixa do período;
(f)	demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente;
(g)	notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias; e
(h)	balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação restrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis. (Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11)
 A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido.(para as Demonstrações Contábeis dos exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2015 atentar para as alterações introduzidas pela NBTG 26 (R2) Apresentação das Demonstrações Contábeis).
 As Pequenas e Médias Empresas (PME´s) podem, por opção, adotar a NBCT G 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. A citada norma, no que se refere as Demonstrações Contábeis
 Se as únicas alterações no patrimônio líquido durante os períodos para os quais as demonstrações contábeis são apresentadasderivarem do resultado, de distribuição de lucro, de correção de erros de períodos anteriores e de mudanças de políticas contábeis, a entidade pode apresentar uma única demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados no lugar da demonstração do resultado abrangente e da demonstração das mutações do patrimônio líquido.
 Ainda com relação a quais Demonstrações Contábeis são obrigatórias, ressaltamos que tratamento diferenciado pode ser observado pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, isso considerando a resolução do CFC 1.418/12 que aprovou a ITG 1000.
 A ITG 1000 define como obrigatória a elaboração do Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado e as Notas Explicativas ao final de cada exercício social.
 Apesar de não serem obrigatórias, para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, a elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do Resultado Abrangente e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade.
 Destaca-se que “Microempresa e Empresa de Pequeno Porte” tratam-se da sociedade empresária; da sociedade simples; da empresa individual de responsabilidade limitada ou do empresário a que se refere o Art. 966 da Lei n.º 10.406/02, que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar n.º 123/06.
3 CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS
 A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, e de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões, bem como tornar possível a alocação mais criteriosamente possível dos custos de produção aos produtos.A contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidade,produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre outros.
 O custo de produção do período (CPP) é a totalidade de custos incorridos na produção durante determinado período de tempo. Composto por três elementos: materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação
Materiais Diretos (MD) - referem-se se a todo material que se integra ao produto acabado e que possa ser incluído diretamente no cálculo do custo do produto. Ex.: matéria-prima, insumos secundários, material de embalagens.
Mão-de-Obra Direta (MOD) - é o custo de qualquer trabalho executado no produto alterando a forma e natureza do material de que se compõe. Ex.: gasto total com salários e encargos com a mão-de-obra apropriável diretamente ao produto.
Custo Indiretos de Fabricação (CIF) - ou Gastos Gerais de Fabricação são os outros demais custos necessários para a operação da fábrica, porém genéricos demais para serem apropriados diretamente ao produto. Ex.: materiais indiretos, mão-de-obra indireta, energia elétrica, seguro e aluguel da fábrica, depreciação de máquinas.
Estes custos também podem ser classificados da seguinte forma:
 Custos Diretos e Indiretos - dizem respeito ao relacionamento entre o custo e o produto feito: Os primeiros são fáceis, objetivos e diretamente apropriáveis ao produto feito. Os indiretos precisam de esquemas especiais para a alocação, tais como bases de rateio, estimativas, etc.
Custos fixos e variáveis - são classificações que não levam em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total do custo num período e o volume de produção. Fixos, como o próprio nome diz, são custos que mantém um montante fixado não em função das oscilações na atividade. Por outro lado, os variáveis são os que têm seu valor determinado em função dessa oscilação.
3.1 PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS E INDUSTRIAL COMO BASE PARA O DESENVOLVIMENTO DESSAS DUAS CONTABILIDADES
 A função financeira nas empresas abrange, essencialmente, três grandes áreas de decisões: investimentos, financiamentos e repartição do resultado. Mais precisamente, ela envolve o processo de obtenção e alocação eficiente de fundos, a fim de permitir à empresa desenvolver suas atividades e remunerar o capital investido. Os investimentos constituem a estrutura de ativos e podem ser financeiros, operacionais e fixos. São realizados de modo criterioso, obedecendo a técnicas de análise de viabilidade econômica. O perfil dos investimentos depende, sobretudo, da atividade que a empresa exerce, ou seja, indústria, comércio ou serviço. Quanto aos financiamentos, estes referem-se aos capitais próprios e de terceiros levantados pela empresa. Seu montante constitui a estrutura de passivos ou de financiamento. São muitos os determinantes da escolha da estrutura de financiamento. Dentre os principais, destacam-se a disponibilidade e o custo dos recursos, as características do negócio (estrutura de ativos, rentabilidade), as condições do ambiente econômico, a oportunidade. O custo médio ponderado da estrutura de financiamento figura entre os elementos-chave para a administração financeira da empresa, pois pode determinar a viabilidade econômica ou não de investimentos e, até mesmo, do negócio. No que tange à repartição do resultado, trata-se de uma esfera de decisão em que se define a política de distribuição do lucro obtido em determinado período. A parte do lucro que é retida torna-se uma importante fonte de recursos (autofinanciamento) que, aliás, é muito utilizada pelas empresas brasileiras. O ponto de encontro das decisões mencionadas acima é o fluxo de caixa, que é um instrumento de vital importância para a administração. Investir, financiar e repartir o lucro representam, portanto, a essência da função financeira nas empresas, cujas operações são registradas, organizadas e apresentadas pela contabilidade.
 Tendo em vista o destinatário principal da informação contábil, a contabilidade pode ser classificada como financeira e gerencial. A contabilidade financeira é a responsável por estabelecer um canal de comunicação entre a empresa e os agentes externos, tais como bancos, fornecedores, investidores, autoridades fiscais e reguladoras. Sua maior função consiste em registrar, organizar e sintetizar as decisões tomadas pela empresa em determinado período, bem como informar, por meio das demonstrações contábeis, os efeitos que elas provocaram sobre sua situação econômico-financeira. Essas demonstrações compreendem o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração do fluxo de caixa, a demonstração das mutações do patrimônio líquido e a demonstração do valor adicionado. A divulgação desses relatórios é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto e empresas de grande porte. É por meio deles que usuários externos podem analisar, diagnosticar e acompanhar o desempenho global da empresa, com destaque para aspectos de liquidez, grau de endividamento, lucratividade e rentabilidade. A contabilidade financeira é obrigatória, padronizada e executada mediante a observância de um conjunto de normas e procedimentos. O resultado do seu trabalho permite à empresa cumprir suas obrigações legais, fiscais, sociais e, ao mesmo tempo, reduzir a assimetria de informação no âmbito de suas relações com o mercado.
 Por sua vez, a contabilidade gerencial orienta-se aos agentes internos da organização. Seu objetivo é produzir dados, informações e relatórios gerenciais que auxiliem o administrador a avaliar, planejar, controlar, dirigir e tomar decisões. Diferentemente da contabilidade financeira, a contabilidade gerencial não precisa obedecer a normas e procedimentos contábeis, fiscais e legais. Utiliza-se, entretanto, de contribuiçõesoriundas de outras áreas e disciplinas (teoria das organizações, economia, psicologia, ciência política, métodos quantitativos) na sua busca por uma melhor análise e compreensão dos fenômenos organizacionais. Avaliação de desempenho, geração de valor, controladoria e sistemas de apoio à decisão, controles de gestão, sistema orçamentário, gestão estratégica de custos e relatórios detalhados por produtos, departamentos, clientes estão entre as principais contribuições da contabilidade gerencial à administração das empresas. Sua ênfase reside na informação relevante, oportuna e capaz de orientar decisões voltadas para o futuro da empresa. A análise de custo-volume-lucro é um bom exemplo do emprego dessa perspectiva. Esse tipo de análise, que se desenvolve a partir do conhecimento da natureza e do comportamento dos custos e despesas, proporciona ao administrador dados e informações tais como margem de contribuição, ponto de equilíbrio (operacional, econômico e financeiro), grau de alavancagem operacional (sensibilidade do lucro operacional a variações em vendas). São informações que, entre outras aplicações, permitem ao gestor avaliar desempenhos de produtos e serviços, redefinir a carteira de produção e vendas, determinar o nível mínimo de atividade para cobrir despesas e custos fixos e avaliar o risco do negócio.
 É, portanto, evidente que a contabilidade exerce um papel de grande relevância na administração das empresas, seja respondendo às demandas de agentes externos, seja produzindo dados e informações para usuários internos. Cabe destacar, contudo, que obter informações implica em custos que devem ser considerados pelo empreendedor ao definir a estrutura de informação contábil que melhor se ajusta às características e perspectivas do seu negócio. Se a intenção for crescer, prosperar e atrair novos investidores, uma estrutura contábil que incorpore os aportes da contabilidade gerencial pode revelar-se a mais adequada. Neste caso, o empreendedor não poderia restringir-se a uma contabilidade orientada apenas ao atendimento de questões fiscais e legais. Ao contrário, ele precisaria de uma contabilidade mais completa e robusta.
 Terminologias industriais
Custos Diretos – São os que podem ser alocados diretamente aos produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas, quantidade). Em geral associam-se produtos e variam proporcionalmente à quantidade produzida.
Custos Indiretos – São os que, para serem incorporados aos produtos, necessitam da utilização de algum critério de rateio. Exemplos: aluguel, depreciação, salário de supervisores
Custos Fixos – São aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido. Exemplos: aluguel, seguro da fábrica
Custos Variáveis – São os que variam proporcionalmente ao volume produzido. Exemplo: matéria-prima, embalagem.
Custos de Transformação – Representam o esforço empregado pela empresa no processo de fabricação de determinado item (mão-de-obra direta e indireta, energia, horas de máquina). Não inclui matéria-prima e nem outros produtos adquiridos para o consumo.
Custos Primários – Soma simples da matéria-prima e mão-de-obra direta. 
Materiais Diretos – São os materiais que se incorporam diretamente aos produtos. Exemplo: matéria-prima, embalagem, materiais auxiliares (cola, tinta, parafuso, prego).
Mão-de-obra direta – Custos relacionados com pessoal que trabalha diretamente na elaboração dos produtos.
3.2 FORMAÇÃO DE PREÇO DE VEDA COM BASE NOS CUSTOS
 Toda empresa, seja industrial, comercial ou de serviços, precisa determinar, com precisão, seus preços de venda, sob pena de perder mercados (por praticar preços acima da concorrência) ou sofrer prejuízos pela venda de seus produtos, mercadorias e serviços abaixo do custo.
 Basicamente, a formação do preço de venda pode ser simplificada pela equação Custo + Lucro + Despesas Variáveis = Preço de Venda.
 A apuração dos custos se faz pelos próprios elementos da contabilidade, com auxílio de informações extra-contábeis, como controles de estoques, rateios de custos indiretos, horas de produção, etc.
  Desta forma, a contabilidade de custos pode ser definida como um conjunto de registros específicos, baseados em escrituração regular (contábil) e apoiada por elementos de suporte (planilhas, rateios, cálculos, controles) utilizados para identificar, mensurar e informar os custos das vendas de produtos, mercadorias e serviços.
  As despesas administrativas, apesar de não serem registradas, habitualmente, como custos contábeis, precisam ser mensuradas e acrescentadas à planilha de custos, para a correta formação do preço, pois se tratam de encargos necessários e que devem ser remunerados pelas vendas.
Quanto ao lucro, convém ressaltar que este pode ser fixado por produto, por hora de serviço ou atividade, ou ainda em termos de percentual sobre as vendas.
  As despesas variáveis compreendem, entre outras: fretes sobre vendas, comissões, encargos financeiros para suporte do prazo de recebimento das faturas e tributos sobre vendas.
  Somados todos os itens se determinará o preço. Este precisa ser avaliado, comparado, analisado, equalizado com os preços da concorrência. Se está mais alto que esta, uma avaliação precisa ser feita, questionando-se:
 - há excesso de custos industriais, mercadológicos ou de outras ordens, que estão sobrecarregando o preço?
- a formação do preço de venda está correta, em todas as etapas?
- os tributos estão aplicados de forma correta na planilha?
- a margem de lucro é compatível com a linha de produtos e o risco empresarial?
  Em outra situação, a apuração de preços muito abaixo da concorrência levam à necessidade do administrador a indagar:
 - foram somados todos os custos reais, efetivos, dos processos, matérias primas,embalagens e outros itens na formação de preço? 
- a margem de lucro remunera adequadamente o capital empregado?
- foram incluídos os custos financeiros para financiamento ao cliente na venda a prazo?
- todos os tributos, comissões e outras despesas variáveis foram incluídos na planilha?
  Nas empresas que possuem sistema de custos e, adotando-os como base na formação dos preços de vendas, o processo desta formação poderá se tornar prática e simples, evidenciando os seguintes aspectos: preço e continuidade, competitividade, rotinização das decisões e estrutura formal do preço.
 Nesse procedimento, o conhecimento da estrutura do processo produtivo poderá se constituir como vantagem competitiva.Colocado em processos rotineiros, qualquer alteração para reavaliação do preço de venda tornase fácil e estruturada, economizando tempo e esforços.
 A estruturação formal é simplificada, bastando apenas a definição de um mark-up (taxa de marcação)
 Desta forma, quando os preços de venda utilizam o custo como base de sua formação, o objetivo passa a ser a definição de um mark-up divisor ou multiplicador.Esse mark-up é um valor ou percentual que aglutina os elementos que compõem o preço de venda, ou seja, o custo, as despesas e o lucr
 O custo atual refere-se aos valores históricos mais recentes. O custo previsto é aquele que se refere a valor futuro, ou de reposição, para determinado período.
 O custo padrão é o valor estimado para um determinado grau de eficiência, que poderá ser um grau ótimo ou simplesmente normal.Outro fator que impacta o custo unitário utilizado na formação do preço de venda é acerca da metodologia utilizada.
3.3 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA COM BASE NO MERCADO
 Nos métodos de formação de preço de venda para o mercado, a empresa poderá decidir pela fixação com base nos preços praticados pelo mercado, deixando, como prioridade, uma menor atenção aos seus próprios custos ou à procura de seus produtos.
 Desta forma, o preço de venda praticado pela empresa poderá ser igual, menor ou maior do que o praticado no mercado, dependendo dos objetivos edas inferências que deduz sobre as possíveis influências que podem lhe causar os componentes do sistema que está inserida.
 Quando a empresa decide adotar este procedimento, ou desconhece quase por completo sua estrutura interna, ou aparenta confiar nesta estrutura, ou então, seu sistema de informações baseia-se apenas nos custos integrais e históricos em lugar dos custos incrementais (aumento de volume), ou futuros (derivados dos planos existentes).
 Sobre a formação do preço baseado no mercado, Motta (1997:35), considera que:
 As preocupações seguintes sejam tomadas para compatibilizar a formulação de uma estratégia de preço, quais sejam: 1.Identificar os custos incrementais e evitáveis que são aplicáveis a uma alteração de vendas. 2. Calcular a margem de contribuição e variação das vendas em equilíbrio relativas à mudança de preço proposta. 3. avaliar a sensibilidade ao preço por parte dos compradores, com a finalidade de estimar a plausibilidade de eles alterarem suas compras, acima ou abaixo da variação das vendas em equilíbrio. 4. Identificar os concorrentes e avaliar suas prováveis reações. 5. Identificar compradores para os quais os custos, sensibilidade ao preço e concorrência são significativamente diferentes, e segmentá-los com base no preço, preços de onde for possível. 6. Calcular as conseqüências em termos de lucro, aritmética ou graficamente, para diversas e prováveis alterações das vendas. 7. Aceitar ou rejeitar as modificações de preço propostas, considerando os benefícios de resultados favoráveis, em comparação com os riscos percebidos de conseqüências desfavoráveis.”
 Quando formado com base no mercado, o preço de venda poderá ser determinado pelos seguintes fatores: monopólios, oligopólios, convênios e concorrenciais (agressivos e/ou promocionais).
 Existe também aquele que busca envolver tanto os custos, as decisões de concorrência, e as características do mercado, chamado de Método Misto, para o qual Santos (1991:125) chama a atenção, afirmando que “seria bastante temeroso para a administração de uma empresa estabelecer preços sem a combinação desses fatores. Cedo ou tarde ela teria de arcar com as conseqüências de sérios erros que poderiam deixar de ser cometidos.”
 Outros fatores a serem considerados na formação de preços com base no mercado é que há setores em que os preços são geralmente ditados apenas pelo mercado, tais como: - setores de alta tecnologia, devido aos curtos ciclos de vida dos produtos.- setores em que os preços de mercado sejam facilmente conhecidos, como no caso de commodities; e,- setores em que os custos dos produtos são difíceis de determinar.
 Entretanto é natural que os gestores dediquem maiores atenções aos produtos que alcancem maior lucratividade; e é o sistema de custos que vai proporcionar informações sobre as margem efetivamente obtidas. Neste sentido, o ABC se apresenta como um sistema que fornece informações mais acuradas, isto é, mais isentas de erros sistemáticos.
 Além disso, há de se considerar que produtos fabricados sob encomenda geralmente não possuem mercado disponível, fato proporcionado pela obrigatoriedade da análise de valor efetuada sobre as atividades.
 Ampliando os aspectos acerca do método de acumulação de custos que a empresa opte por utilizar, um destes aspectos e aquele que se refere à condição, ou autonomia descentralizada, do efetivo controle sobre os recursos aplicados no processo produtivo, ou seja, a Controlabilidade,
4 O MERCADO FINANCEIRO
 O mercado financeiro é onde as pessoas negociam o dinheiro. Ele faz a ligação entre pessoas ou empresas que têm dinheiro e pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isto ocorra, é preciso um intermediário – os bancos. O mercado financeiro leva o dinheiro de quem tem para quem não tem, cobrando uma taxa (juros).
 No mercado financeiro as pessoas também vão buscar serviços como seguro de vida, planos de previdência, cobrança bancária, etc. Todos esses processos são fiscalizados e controlados por entidades como o Banco Central, a Bovespa (Bolsa de valores de São Paulo), CMV (Comissão de Valores Mobiliários) entre outras, sendo que todas estas estão subordinadas ao Conselho Monetário Nacional - CMN, que é presidido pelo Ministro da Fazenda.
 O mais importante agente é o Banco Central do Brasil, que define a taxa de juros e pode influenciar o câmbio por ações de open market. A principal bolsa de valores do Brasil é a Bovespa que movimenta títulos e outros papéis das 316 empresas brasileiras de capital aberto. O maior banco do Brasil é o do governo federal – Banco do Brasil. O maior banco privado é o Bradesco.
 O mercado financeiro é dividido em:
- Mercado de crédito: cuida dos empréstimos bancários. Quando você paga juros para um banco significa que o banco lhe emprestou dinheiro, ou seja, investiu em você. Isto pode ocorrer quando você usa o cheque especial, desconta duplicatas, desconta cheques, faz um financiamento, etc.
- Mercado de câmbio: cuida da relação justa entre as moedas dos países. Muitos países adotaram o dólar para comparar com a sua moeda. Assim, quando um negócio é feito entre dois países, primeiro eles comparam os valores de suas moedas com o dólar para facilitar a transação. No Brasil quem pode ter conta em dólares é só o Banco Central e alguns bancos autorizados e mesmo assim, os dólares não podem ficar de um dia para outro na conta. Além dos bancos, quem negocia com dólares são: os importadores, que precisam comprar dólares para pagar suas compras; os exportadores, que recebem dólares, vendem aos bancos e ficam com reais e os investidores estrangeiros, que trazem dólares para investir, trocam por reais e quando vão embora compram dólares novamente. Diariamente os bancos ficam vendendo e comprando dólares dos importadores, exportadores, investidores estrangeiros e de outros bancos. No fim do dia, faz-se um balanço: se houve mais compradores que vendedores a cotação sobe, pois a procura por dólares foi maior. A cotação cai quando a oferta é maior que a procura.
- Mercado aberto: se refere às empresas que têm Capital Aberto, que são as Sociedades Anônimas. Empresa de Capital Aberto significa que qualquer pessoa pode ser sócia desta, desde que compre partes da mesma - que chamamos ações. As negociações das ações são feitas na bolsa de valores - onde o preço é público, assim todos podem comprar pelo mesmo preço que é definido pela oferta e procura.
Dentro do mercado financeiro existe um grande número de investimentos, como Poupança, Fundos de Investimentos, CDB, Ações, etc. Podemos dividir os principais investimentos em dois grupos: Renda Fixa e Renda Variável.
Ativos de Renda Fixa
 São investimentos que pagam, em períodos definidos, uma certa remuneração, que pode ser determinada no momento da aplicação (pré-fixado) ou no momento do resgate (no final da aplicação - pós-fixado). Para entender o que é um título de renda fixa imagine cada título como um empréstimo. Cada vez que você compra um título de renda fixa você está emprestando dinheiro ao emissor do título (que pode ser o seu banco, uma empresa ou o governo). Os juros cobrados são o pagamento que você recebe por emprestar seu dinheiro.
 Os títulos de renda fixa podem ser públicos ou privados.
- Privados:
1- Caderneta de poupança: é a aplicação mais conservadora. É um investimento de pouco risco e por isso o retorno também é muito pequeno. O rendimento é de 0,5%+TR ao mês. A TR (Taxa Referencial) é calculada diariamente com base no CDB. Sobre a rentabilidade da poupança não é preciso pagar o imposto de renda e a CPMF, quando da sua vigência, era devolvida caso a aplicação ficasse depositada por mais de três meses. A liquidez é de 30 dias - isto quer dizer que se você sacar seu dinheiro antes dos 30 dias você perderá a remuneração.
2- Fundos de investimentos de renda fixa: os fundos de investimentos podem ser de renda fixaou renda variável e são os investimentos mais comuns no mercado. Os fundos de investimento funcionam como um condomínio de investidores, ou seja, comparando com um condomínio de um apartamento os condôminos (ou investidores) deixam a administração do prédio (ou carteira do fundo) para o síndico (ou gestor do fundo). Em um fundo de investimento, o administrador do fundo aplica os recursos dos investidores em vários tipos de ativos (patrimônio do fundo) de forma a aumentar o retorno e minimizar o risco da carteira do fundo. O investimento em fundos é indicado para quem quer diversificar os seus investimentos com a orientação financeira de especialistas na administração dos diversos tipos de ativos que compõem a carteira do fundo.
Os fundos de renda fixa podem ser divididos em:
Referenciados: tem como referência um índice, que pode ser o CDI, dólar, euro, Ibovespa, etc. Exemplos de fundos referenciados: Fundos DI e Fundos Cambiais.
Não Referenciados: os fundos incluídos nesse grupo não precisam seguir o desempenho de um índice específico, e por isso podem aplicar seus recursos em títulos de renda fixa pré ou pós-fixados. Dentre os fundos não referenciados estão incluídos os fundos de renda fixa tradicionais, cujo retorno varia de acordo com a estratégia adotada pelo gestor do fundo.
Genéricos: em geral, são fundos com um perfil de investimento um pouco mais agressivo do que o dos referenciados e não referenciados, pois têm liberdade para decidir como investir seus recursos. Até 49% do patrimônio do fundo pode estar investido em ações. Dado o perfil de risco desses fundos, recomenda-se uma análise ainda mais detalhada do estatuto do fundo. Exemplos de fundos genéricos: Fundos Derivativos, Fundos multicarteira e Fundos FIEX.
 As taxas e impostos têm grande importância na rentabilidade do fundo pois variam entre os diversos fundos e entre os bancos também e por isso podem acabar reduzindo substancialmente o retorno do seu investimento. São cobradas taxas de administração sobre o valor aplicado que pode variar de 0,5 a 2% ao ano e 20% sobre o lucro de imposto de renda.
3- CDB: Certificados de Depósito Bancário. São títulos emitidos por bancos com o objetivo de captar recursos em troca de uma taxa de juros que pode ser pré ou pós-fixada. Ou seja, é como se você tivesse emprestando dinheiro para o banco e este banco emprestará este dinheiro para outras pessoas por uma taxa maior. Esta é uma das principais fontes de receita dos bancos. 
Além dos CDBs, os bancos também emitem os RDBs (recibo depósito bancário), que tem as mesmas características de um CDB, com a diferença de que não há negociação antes da data do seu vencimento, ou seja, você não pode resgatar seu dinheiro antes do prazo de vencimento que normalmente pode variar de 30 a 180 dias.
4- Debêntures: são títulos emitidos pelas empresas com prazo certo e remuneração certa, que têm como garantia os ativos das empresas. As empresas emitem debêntures para financiar a empresa - é como se elas obtivessem um empréstimo a longo prazo em troca dos títulos. Quando você compra uma debênture, está na verdade emprestando dinheiro para a empresa, correndo risco de que elas não venham honrar seus compromissos. Para tornar suas debêntures mais atrativas para os investidores, algumas empresas dão garantias na emissão de debêntures. É um investimento atraente, pois os juros são altos. Nas grandes empresas de capital aberto os riscos são baixos, pois os balanços das empresas são públicos, ou seja, são divulgados para o conhecimento de todos - assim você pode saber se a empresa anda bem ou não. As debêntures não dão direito aos lucros ou bens da empresa. As debêntures podem ter remuneração pré-fixada ou fixada em um índice mais juros. A rentabilidade também é definida pela valorização dos títulos.
A tributação é de 20% de imposto de renda sobre os juros pagos mais 20% de imposto de renda sobre o rendimento líquido do título. Há incidência regressiva de IOF no caso de resgate antes de 30 dias. Estes impostos são descontados diretamente da sua conta (retido na fonte).
- Públicos: 
 Os governos federal, estadual e municipal emitem títulos com a finalidade de captar recursos e financiar as atividades como educação, saúde, etc. Esses são os chamados títulos da dívida pública.
Qualquer pessoa residente no Brasil pode comprar títulos públicos, sendo necessário cadastrar-se primeiro num agente de custódia que pode ser um banco ou corretora de valores. Também pela internet no site do Tesouro Nacional ou nos sites dos principais bancos você poderá comprar títulos, desde que esteja cadastrado num agente de custódia. A negociação será feita essencialmente pelo site do Tesouro Direto, por um sistema seguro que só dá acesso à área exclusiva mediante validação do CPF e senha. O valor mínimo para compra é de R$200,00. Os principais títulos negociados são os títulos federais, a citar: Letras Financeiras do Tesouro, Letras do Tesouro Nacional e Notas do Tesouro Nacional.
 Ativos de Renda Variável
São vários os investimentos em ativos de renda variável, cujo lucro é determinado pela diferença entre o preço de compra, mais os benefícios (aluguéis, no caso de imóveis ou dividendos, no caso das ações), menos o preço de venda. Além de ações, existem outros como moedas (dólar, euro, iene etc), commodities (soja, boi, açúcar, café etc) e fundos de investimento de renda variável. 
 1- Fundos de investimentos de renda variável: os ativos que compõem a carteira dos fundos de investimentos podem ser: ações, renda fixa, mistos, cambiais, imóveis, títulos de empresas emergentes, etc. O valor mínimo de aplicação ou resgate varia muito de fundo para fundo, mas em geral a aplicação mínima começa a partir de R$ 250,00 o mesmo vale para os resgates mínimos. A tributação também é semelhante aos fundos de renda fixa, ou seja, taxa de administração e imposto de renda sobre os ganhos.
 2- Investimentos imobiliários: aquisição de bens imóveis como casas, terrenos, etc. Comprar um apartamento ou sala de escritório com o objetivo de obter uma renda mensal de aluguel sempre esteve associado a segurança. Dependendo das características do imóvel, os ganhos com aluguel ficam entre 0,80% e 1,20% ao mês (sem descontar os impostos). Entretanto, investindo em imóveis você também deve levar em conta a sua baixa liquidez, isto é, se você precisar vendê-lo com urgência, poderá encontrar dificuldades.
 3- DÓLAR: o investimento em dólar é indicado para:
quem vai viajar para o exterior;
para quem pretende enviar dinheiro para uma conta aberta no exterior (no caso quem negocia com importações;
para quem tem dívidas em dólar;
em períodos de grande instabilidade econômica e inflação elevada.
Quem compra dólar como investimento também deve lembrar que há uma boa diferença entre o preço de compra e o de venda da moeda, o chamado "spread". Assim, o investimento nesta moeda só valerá a pena se ela subir tanto que compense essa diferença (como aconteceu na desvalorização do real no começo de 1999), e ainda garanta um bom retorno comparado com os outros investimentos. Mesmo assim, se você pretende investir em dólar, os fundos referenciados em dólar são sempre melhor negócio do que ter dinheiro em espécie.
 4- OURO: o preço do ouro no Brasil é fixado em função da variação do dólar e da variação do preço do metal no mercado internacional. Portanto, tenha cuidado ao investir nesse mercado, já que a cotação do dólar será decisiva no rendimento da sua aplicação.
Além disso, em momentos de variação excessiva e incertezas, você pode ter maior dificuldade de negociação na hora de se desfazer da aplicação. Se decidir investir, procure realizar com uma pequena parcela do seu capital.
Cotação - O valor do metal no Brasil acompanha a variação do preço internacional e a cotação do dólar aqui.
 5- Ações: são títulos negociáveis de renda variável que representam a menor parcela do capital de uma empresa. Ou seja, açõessão como pedaços de uma empresa. Quando você compra ações de uma empresa é como você possuísse pedaços dessa empresa. As empresas precisam de dinheiro para financiar suas compras, ampliar instalações, ampliar os negócios, etc. Para não pegar esse dinheiro emprestado com os bancos onde os juros são altos, as empresas emitem ações para levantar o dinheiro sem o pagamento dos juros. Para compensar ela paga aos sócios (que são os compradores das ações - os acionistas) a participação nos lucros (dividendos). Esta é uma forma das empresas conseguirem dinheiro com baixo custo. Quando você compra ações é como se você emprestasse dinheiro para uma empresa e em troca recebe parte do lucro dela. As ações são conversíveis em dinheiro a qualquer tempo, sendo negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). 
 As ações podem ser de dois tipos:
-Ordinárias Nominativas ou ON - Têm direito a voto. Preferenciais Nominativas ou PN - Têm preferência na distribuição de dividendos.
Você pode comprar tanto ON quanto PN ou os dois tipos, dependendo do seu objetivo. As PN têm mais liquidez (são mais procuradas) por causa dos dividendos e por isso seu valor é maior.
 Onde comprar ações
Para investir em ações você deve entrar em contato com alguma corretora de valores, distribuidoras de valores ou bancos de investimento e abrir uma conta de investimentos. Você pode comprar e vender ações dando as ordens diretamente para um corretor. Procure sempre uma corretora filiada à Bovespa ou pelo site do Banco do Brasil. Cada corretora tem uma taxa de corretagem definida (que é a taxa cobrada por operações de compra e venda). Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso ter muito dinheiro para investir em ações. Se você pretende investir a longo prazo (ou seja, comprar ações e vendê-las após 1 ou 2 anos), pode fazer investimentos mensais de R$100 ou R$200 por exemplo. 
Você também pode fazer e acompanhar seus investimentos através da internet. A Bolsa de Valores de São Paulo tem um sistema de compra e venda de ações on-line, o Home Broker, que é feito através dos sites das corretoras na internet. Através das corretoras na internet as cotações são atualizadas de 15 em 15 minutos diretamente da Bovespa e você também tem a assessoria de profissionais para lhe indicar os melhores momentos para compra e venda de suas ações.
4.1 COMO UMA INDÚSTRIA PODE APLICAR OS RECURSOS EXCEDENTES (LUCROS)?
 Saber distinguir “saldo positivo” de “lucro” é importante, pois assim entenderemos se uma empresa realmente está gerando bons resultados ou se simplesmente está passando por um período bom de caixa.
 Quando realmente é determinado que a empresa gera lucros, é preciso definir como e quando fazer a distribuição. Os três caminhos mais comuns são reinvestir em capital de giro, na estrutura na empresa ou no longo prazo.
 É sempre bom manter certa quantia em dinheiro (ou em investimentos de curto prazo) para eventuais necessidades. Quando uma empresa cresce e assume contratos maiores, vale reestudar o fluxo de caixa para prever possíveis faltas.
 Assim, para períodos de caixa baixo, ter uma reserva possibilitará passar por estes momentos sem sufocos e sem utilizar de dinheiro de terceiros (pagando juros, consequentemente). Para empresas novas, que sentem mais a sazonalidade, ou que ainda não possuem um bom planejamento financeiro, vale guardar certo capital de giro pelo menos até entender o mercado e conhecer seus altos e baixos.
 Seja em máquinas, veículos, modernização de sistemas ou treinamento da equipe, é sempre bom manter uma empresa atualizada, moderna, com equipamentos novos e confiáveis. Isso garantirá satisfação dos clientes, confiabilidade nos processos produtivos, aumento (ou garantia) de vendas e uma imagem de empresa próspera, tanto aos clientes quanto aos colaboradores.
 Pode-se dizer que é “obrigação” de qualquer gestor manter parte do lucro de uma empresa reinvestido nela própria. É o ideal para empresas mais antigas, tradicionais ou que atendam um público exigente por tendências.
 Quando uma empresa faz pagamentos regulares de dividendos/lucros aos seus sócios, isso também pode ser considerado um reinvestimento. Satisfeitos, os sócios costumam alavancar o negócio ainda mais, muitas vezes fazendo a injeção de capital na própria empresa, seja em novos departamentos ou filiais em outras cidades.
 Assim, alguns empresários já programam investimentos de médio e longo prazo, aplicando parte do lucro da empresa em investimentos bancários ou imóveis, no intuito de ampliar sua atuação no futuro.
4.2 CITE DOIS EXEMPLOS DE CAPITAL DE TERCEIROS COMENTANDO SOBRE ELES
	 Usualmente, uma empresa não é financiada somente por capital próprio, mas também através de endividamento, ou seja, capital de terceiros. Esse capital não necessariamente possui o mesmo risco do capital próprio e, por conseguinte, sua remuneração deve ser também estimada.
  A taxa que representa o custo efetivo da dívida reflete a taxa de juros em que a empresa consegue se financiar no mercado e normalmente é representada pela taxa livre de risco, adicionada a um prêmio pelo risco de inadimplência (default) da empresa regulada e um prêmio pelo risco do país em que ela está inserida.
 O crescimento vindo do capital terceiros é atingido de diversas formas. Até mesmo, o empréstimo bancário, por exemplo, é considerado capital de terceiros, pois basicamente são recursos externos.
 Mas, como sabemos, em nosso país os juros para financiamentos são altíssimos e para pequenas e médias empresas, além de possuírem algumas exigências que são impossíveis de serem cumpridas para muitos empreendedores.
 Por conta dessas condições, muitos empreendedores estão optando por outro tipo de capital terceiros.
 Dentre esse outro tipo de capital terceiros, estão inseridas as agências de fomento, investidores internacionais e etc. Há também outro tipo de investimento de terceiros chamado investidores anjo, que são pessoas físicas que apostam em sua idéia, ajudam e monitoram seu crescimento.
 Os fundos de investimentos normalmente fazem o crescimento de uma empresa ser mais acessível e rápido, pois têm mais recursos e estrutura, além de fazer com que a sua empresa abra portas para novas oportunidades.
 Uma desvantagem é que em alguns casos o empreendedor pode perder um pouco de sua autonomia ao se fundir com o fundo de investimento.
 Veja alguns exemplos a seguir de fundos que investem em uma ou mais modalidades de empresas, e que estão crescendo muito nos últimos anos no Brasil:
Seed Capital: investem em empresas que estão iniciando, seu nome já diz: capital semente. Investem recursos para fazer as empresas se estruturarem e realmente deslancharem.
Venture Capital: investem em empresas que possuem bom desempenho, mas que ainda estão em processo de iniciação e desenvolvimento.
Private Equity: investem em empresas já estão em processos de consolidação mas que precisam de ajuda para se fundirem com outras empresas, aumentar seus recursos ou se prepararando para serem adquiridas.
Além disso, existem os investimentos de fundos regionais (onde os investimentos são feitos em regiões especificas), fundos multi-setoriais (onde os investimentos são feitos em diversos setores, apenas visando as melhores oportunidades), e fundos setoriais (em que os investimentos possuem áreas especificas: energia, educação, etc).
 Não existe uma regra sobre qual método é mais eficaz: capital próprio ou de terceiros. Mas, existem necessidades que precisam ser preenchidas pela sua empresa.
 Como empreendedor ou gestor financeiro, qual é seu propósito hoje? Um crescimento com menor risco, orgânico, um pouco mais lento,porém cheio de autonomia? Então sua melhor solução é o capital próprio.
 Mas se você quer rapidez, maiores oportunidades para ampliação e uma maiorvisibilidade no mercado, faça uma pesquisa para saber qual capital de terceiro se encaixa com sua empresa, e boa sorte.
 Capital de terceiros também é bem sugestivo. É aquele que não é próprio, ou seja, de pessoas externas à entidade: fornecedores, credores, outras contas e tributos a pagar etc.Calcula-se o percentual desse tipo de capital dividindo Capital de Terceiros pelo Passivo Total; ou (Passivo Total – Patrimônio Líquido) dividido por Passivo Total.
A questão que segue é bem simples, para lembrar esses dois conceitos.
Questão: (Exame de Suficiência 2004) Analise o Balanço Patrimonial abaixo.
ara tratarmos das decisões de financiamento de empresa e do uso de capitais de terceiro,se faz necessário abordamos inicialmente alguns conceitos da política de capital de giro.
Conceito de capital de giro – é o investimento de uma empresa em ativos de curto prazo (caixa, títulos negociáveis, estoques e contas a receber),ou seja ativos circulantes.
Capital de giro líquido – são os ativos circulantes menos os passivos circulantes (AC - PC).
Índice de liquidez seca – Ativos circulantes subtraídos do estoque menos passivo circulante (AC - estoques - PC).
Orçamento de caixa – demonstrativo que prevê as entradas e saídas de caixa, focalizando a capacidade da empresa de gerar entradas suficientes para honrar as saídas.
 As vantagens e desvantagens do financiamento de curto prazo (CP) em relação ao de longo prazo (LP):
a) Velocidade: o crédito de CP é obtido com maior facilidade e rapidez;
b) Flexibilidade: pagamentos antecipados, liberação de novos valores, sem clausula restringindo ações futuras da empresas são algumas vantagens do financiamento de CP;
c) Custo do LP versus CP: as dívidas de curto prazo possuem taxas de juros inferiores às de longo prazo (isto no caso americano. O que se verifica sobre isto no Brasil?);
d) Risco da dívida do CP versus LP:
As taxas de juros são variáveis no CP, diferente das dívidas de LP, onde as taxas são estáveis ao longo do tempo;
As dívidas de LP não se submetem às pressões momentâneas de demanda (as variações das taxas de juros dia a dia), já que estão normalmente estabelecidas;
O financiador do CP pode exigir o pagamento imediato do saldo devedor.
Tipos:
Fontes de capital:
adição de capital social;
maior prazo nas compras com fornecedores;
sócios/acionistas;
obtenção de recursos no sistema financeiro.
Fontes de financiamento a curto prazo - com e sem garantias:
Empréstimos com garantia
caução de duplicatas a receber 
factoring de duplicatas a receber
Empréstimo com alienação de estoques
Empréstimo com certificado de armazenagem
Fontes de financiamento a longo prazo:
Empréstimos
Debênture: a) com garantia  b) sem garantia
Ações
FONTES DE FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO GARANTIDO
 Normalmente, empresas têm à sua disposição apenas um montante limitado de financiamento a curto prazo sem garantia. Para se obter fundos adicionais é necessário que se dê algum tipo de garantia. Em outras palavras, à medida que uma empresa incorre em montantes cada vez maiores de financiamento a curto prazo sem garantia, ela atinge um nível máximo, além do qual os fornecedores de fundos a curto prazo acham que a empresa oferece demasiado risco para se conceder mais crédito sem garantia. Este nível máximo está intimamente relacionado com o grau de risco do negócio e o histórico financeiro da empresa, entre outros fatores. Várias empresas são incapazes de obter mais dinheiro a curto prazo sem oferecer garantias.
 Uma empresa deve sempre tentar obter financiamento a curto prazo sem garantia, visto que esta modalidade é menos dispendiosa do que o empréstimo com garantia.
 Empréstimos com Garantia a Curto Prazo
Empréstimo a curto prazo com garantia é aquele pelo qual o credor exige ativos como colaterais (qualquer ativo sobre o qual o credor passa a ter direito legal caso o tomador não cumpra o contrato), geralmente em forma de duplicatas a receber ou estoques. O credor adquire o direito de uso do colateral mediante a execução de um contrato (contrato de garantia) firmado entre ele e a empresa tomadora.
 Esse contrato de garantia indica o colateral empenhado para garantir o empréstimo, bem como as sua condições. Especificam-se, dessa forma, as condições exigidas para a extinção do direito sobre a garantia, a taxa de juros sobre o empréstimo, datas de reembolso e outras cláusulas. Uma cópia desse contrato é registrada em cartório público – geralmente um cartório de registro de títulos e documentos. O registro do contrato fornece aos futuros credores informações sobre quais ativos de um tomador potencial estão indisponíveis para serem usados como colateral. O registro em cartório protege o credor, estabelecendo legalmente seu direito sobre a garantia.
 Apesar de muitos argumentarem que uma garantia reduz o risco do empréstimo, os credores não encaram desse modo. Os credores reconhecem que podem reduzir as perdas por ocasião da falta de pagamento, mas quanto à mudança no risco de não pagamento, a presença de garantia não tem qualquer efeito. Afinal, quem empresta não deseja administrar e liquidar garantias.
 As duas técnicas mais utilizadas pelas empresas para obter financiamento a curto prazo com garantias são: caução de duplicatas  e factoring de duplicatas:
a) Caução de Duplicatas a Receber - Caução de duplicatas é, por vezes, usada para garantir empréstimo a curto prazo, uma vez que as duplicatas apresentam significativa liquidez.
 Tipos de Caução:
 As duplicatas são caucionadas numa base seletiva. O credor potencial analisa os registros de pagamento passados das duplicatas com o objetivo de determinar quais as duplicatas representam colateral aceitável para empréstimos.
 Um segundo método é vincular todas as duplicatas da empresa. Esse tipo de contrato de alienação flutuante é normalmente usado quando a empresa possui muitas duplicatas que, em média, tem apenas um pequeno valor. Neste caso não se justificaria o custo de avaliar  cada duplicata separadamente a fim de determinar se ela é aceitável.
 Processo para Caução de Duplicatas:
 Quando uma empresa solicita um empréstimo contra duplicatas a receber, em primeiro lugar o credor avaliará as duplicatas da empresa, a fim de determinar se são aceitáveis como colateral. Além disso, elaborará uma lista das duplicatas aceitáveis, contendo as datas de vencimento e montantes. Se o tomador solicitar um empréstimo em valor fixo, o credor precisará selecionar apenas as duplicatas suficientes para garantir os fundos solicitados. Em alguns casos, o tomador poderá desejar o empréstimo máximo possível. Nessa situação, o credor avaliará todas as duplicatas, a fim de determinar o máximo de colateral aceitável.
b) Factoring  de Duplicatas a Receber - O factoring de Duplicatas a Receber envolve a venda direta de duplicatas a um capitalista (factor) ou outra instituição financeira. O factor é uma instituição financeira que compra duplicatas a receber de empresas. O factoring de duplicatas não envolve realmente um empréstimo a curto prazo, porém é semelhante ao empréstimo garantido por duplicatas.
 Contrato de Factoring:
 O fator é feito normalmente com notificação e os pagamentos são efetuados diretamente ao fator. Ademais, em sua maioria, as vendas de duplicatas a um fator são feitas sem opção de recurso. Isso significa que o fator concorda em aceitar todos os riscos de crédito; se as duplicatas forem incobráveis, terá que absorver as perdas.
 Em geral, o fator não paga a empresa o total de uma só vez e imediatamente, ela paga de forma parcelada, de acordo com o faturamento da empresa, num período que se estende até a data da cobrança da duplicata (há casos em que parte do dinheiro só é liberado ao cliente após o desconto da duplicata). O fator geralmente abre uma conta semelhante à conta corrente bancária para cada um de seus clientes, ele deposita dinheiro

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