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FISIOLOGIA DA DOR

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FISIOLOGIA DA DOR – MEDICINA UNIARA M3
Nociceptores são receptores que respondem a vários estímulos nocivos que causam ou tem o potencial de causar danos aos tecidos. Canais de membrana denominados vanilóides respondem a lesão por calor bem como a capsaicina, um componente da pimenta. 
HIPERALGESIA: A ativação do nociceptor é modulada por substâncias químicas locais como K+, bradicinina, prostaglandina, histamina, serotonina, substancia P. Essas substancias que medeiam a resposta inflamatória diminuem o limiar do nociceptor e com isso aumentam a sensibilidade a dor. Esse mecanismo é denominado hiperalgesia.
Há dois tipos de dor rápida a dor lenta. 
DOR RÁPIDA: é uma dor bem localizada, é rapidamente transmitida para o SNC por meio de fibras mielinizadas, finas do tipo A-delta. Os nociceptores desse tipo de dor são do tipo unimodal, isto é, que respondem a um único estimulo: mecânico. 
 DOR LENTA: é uma dor mal localizada, difusa ou crônica, é transmitida para o SNC por meio de fibras amielinicas pequenas do tipo C. Os nociceptores neste tipo de dor são classificados como polimodais, isto é, respondem a estímulos químicos, térmicos e mecânicos. 
As vias ascendentes para nocicepção cruzam a linha mediana na medula espinal e ascendem para o tálamo e para áreas sensórias do córtex. Essas vias também enviam ramos para o sistema límbico e para o hipotálamo, e como resultado a dor pode ser acompanhada de dor emocional, náusea e sudorese.
VIA ASCENDENTE DA DOR
O neurônio 1 está localizado no gânglio espinal sensitivo, este irá fazer sinapse com o neuronio 2 que está localizado na coluna posterior da medula. O axônios do neuronio 2 cruzam a comissura branca e ascende em direção ao tronco encefálico formando o trato ESPINOTALAMICO.
O neuronio 1 também está localizado no gânglio trigeminal, este irá fazer sinapse com o neuronio 2 no núcleo trigeminal. As fibras do neuronio 1 vão em direção ao tronco encefálico e se juntam ao trato espinotalamico constituindo o LEMINISCO ESPINAL. 
O Trato espinotalamico se divide em medial e lateral, o trato espinotalamico medial é a via da dor lenta, em que os neurônios 2 fazem sinapse com o neuronio 3 na formação reticular, no núcleo parabraquial e na substancia periaquedutal. Os neurônios 3 por sua vez fazem sinapse nos núcleos intralaminares no tálamo com o neuronio 4.
Já o trato espinotalamico lateral é a via da dor rápida em que o neuronio 2 faz sinapse com o neuronio 3 nos núcleos posterior e ventral posterior do tálamo e de lá vão para a áreas S1 e S2 do córtex cerebral. 
ANTINOCICEPÇÃO 
MECANISMOS ANALGÉSICOS ENDÓGENOS: são sistemas de regiões neurais conectadas a vias aferentes nociceptivas que modulam ou bloqueiam completamente a passagem de dor em sua trajetória ascendente em direção ao córtex cerebral. 
TEORIA DO PORTÃO DA DOR: Existem interneuronios na coluna posterior que são ativados por fibras do tipo A- beta (mecanoceptores). Os interneuronios inibem nociceptores. Por isso quando se massageia um local após uma lesão a dor pode ser diminuída (mecanoceptores ativam interneuronios que inibem os nociceptores).
OPIÓIDES: Endorfina e Morfina são exemplos de opióides. Existem receptores para opióides em todo o SNC mas especialmente na coluna posterior da medula, na substancia periaquedutal e nos núcleos da Rafe. Os opiódes ao se ligar aos receptores hiperpolarizam a membrana pré e pós- sináptica bloqueando a liberação do NT pelo nociceptor. 
ALODINEA: é a indução de dor por estímulos que em geral são inócuos, isso se dá por meio da sensibilização do nociceptor sem que haja necessariamente inflamação local. Há duas formas de sensibilização. A primeira pode ser feita pela somação de estímulos sublimiares que somados atingem o limiar do nocicpetor. O segundo pode ser feito por meio da liberação de substancias como a prostaglandina que diminui o limiar do nociceptor.

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