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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO QUÍMICA LICENCIATURA DISCIPLINA 503-31 QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA MATÉRIA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ETANOL NA GASOLINA Acadêmicos: Alex de Oliveira R.A. 83605 Juliano Brasilino Souza R.A. 82728 Rômulo L. de Araújo R.A. 82193 Victória Naomi Yoshida R.A. 82986 Professor: Fábio Vandresen MARINGÁ Maio, 2013 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3 2 PROCEDIMENTO ........................................................................................................................ 8 2.1 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................. 8 2.2 EXPERIMENTAL .................................................................................................................. 8 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................. 9 3.1 Determinação de Etanol na Gasolina ..................................................................................... 9 3.2 Determinação da solubilidade de diversos compostos ...................................................... 10 4 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 12 5 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 13 3 1 INTRODUÇÃO Gasolina A gasolina é um dos vários produtos produzidos a partir da destilação fracionada do petróleo. Combustível, a gasolina é utilizada como fonte de energia para várias máquinas, sendo os carros o exemplo mais comum. É uma mistura complexa de hidrocarbonetos saturados (e por produtos oxigenados, em menos quantidade), que possuem de 5 a 8 carbonos cada. Por se tratar de uma mistura, há discrepância entre o ponto de ebulição de seus componentes, uns entram em ebulição a 5oC, outros, a mais de 230oC. Figura 1: Fórmulas estruturais do Isoctano e 2,2,4-Trimetilpentano, dois dos componentes da gasolina. No Brasil, não se vende gasolina pura, ela sempre é vendida diluída com o uma porcentagem de álcool. Segundo a LEI Nº 10.203, DE 22.2.2001, editada pela RESOLUÇÃO CIMA Nº 1, DE 28.02.2013, atualmente, a gasolina deve possuir no máximo 25% de teor alcoólico, sendo de 1% sua margem de erro. O álcool anidro cumpre papel antidetonante, ou seja, aumenta sua resistência à compressão; substituindo, assim, o papel antes atribuído à Chumbotetraetila, que é um componente tóxico, seu uso foi descontinuado não somente devido à sua toxicidade, mas também por ser muito poluente. [1] Figura 2: Fórmula estrutural do Álcool Anidro. 4 Figura 3: Fórmula estrutural da Chumbotetraetila Existem alguns fatores que fazem a gasolina melhorar a potência do motor o qual ela movimenta. Um deles é a presença de alcanos ramificados, pois eles, ao reagirem, formam radicais livres muito mais facilmente que outras substâncias, melhorando a combustão. [2] Outro aditivo que melhora a potência da gasolina são os éteres, para que ocorra uma melhora na octanagem, ou seja, serve como antidetonante; além de reduzir a quantidade de hidrocarbonetos não queimados e monóxido de carbono no escapamento. O éter mais utilizado é o MTBE – Metiltercbutiléter, de fórmula molecular C5H12O. Figura 4: Fómula estrutural Metiltercbutiléter. Ainda há os detergentes que, quando incorporados à gasolina, fazem uma limpeza no motos, retirando resíduos, como fuligem, melhorando seu desempenho. Tais fatores fazem a gasolina ser comercializada com diferentes nomes, sendo eles: 1, Gasolina Comum: contendo apenas adição de álcool anidro, é a que é comercializada de forma mais normal; 2, Gasolina Aditivada: além do álcool anidro costumeiro, possui adição de detergentes em sua composição; 3, Gasolina Premium: além do álcool anidro, possui ter mais elevado de hidrocarbonetos ramificados, melhorando o desempenho do motor; Solubilidade Solubilidade é a quantidade de soluto necessária para formar uma solução saturada em uma dada quantidade de solvente. Um exemplo seria a solubilidade do NaCl em água a 0oC, que é de 35,7g/100mL de H2O. Ou seja, em 100 mL de água, serão dissolvidos no máximo 35,7g do sal.[3] Existe uma diferença léxica quando 5 tratamos de solubilidade: com sólidos, dizemos que eles são solúveis ou insolúveis em determinado solvente; já com os líquidos, dizemos que eles são miscíveis ou imiscíveis em determinado solvente. Um dos fatores que determinam a solubilidade é a tendência natural das substâncias de mesclarem-se umas com as outras. Ou seja, não só a polaridade das moléculas influencia na solubilidade, mas também as forças intermoleculares que ocorrem entre elas. A polaridade é explicada usando ambas a eletronegatividade (propriedade periódica que mensura a atração que os átomos exercem sobre os elétrons) dos elementos de uma molécula e sua geometria. Em uma molécula, seus elétrons não são sempre compartilhados igualmente entre dois átomos que estão fazendo ligações covalentes. Quando os átomos envolvidos são de elementos diferentes, é corriqueiro que um átomo exerça mais força na nuvem eletrônica que o outro. Essa força é a eletronegatividade. Os compartilhamentos desiguais dos elétrons das ligações químicas causam a formação de um dipolo, que é a separação em cargas parciais positivas e negativas, representadas como δ+ e δ-, respectivamente. Átomos muito eletronegativos — que o caso do F, O, N e Cl — exercem um deslocamento muito forte de elétrons das ligações para si próprios quando ligados a átomos com baixas eletronegatividades – como H e C – acarretando, assim, um compartilhamento desigual de cargas nessas ligações, formando polos. As forças intermoleculares presentes nas moléculas são: 1, Forças de Wan der Waals: é as únicas força intermoleculares das moléculas apolares, ocorre quando a nuvem eletrônica – em uma molécula apolar – estiver mais deslocada para um dos polos da molécula, gerando por um pequeno período um dipolo que causa uma força de atração, criando dois polos na molécula; 2, Dipolo-Dipolo: ocorre em moléculas polares que se atraem quando o polo positivo de uma se aproxima do polo negativo de outra, criando uma atração entre as diferentes cargas; 3, Ligações de Hidrogênio: é um tipo especial de força intermolecular que existem entre o átomo de hidrogênio de uma ligação polar (sobretudo uma ligação H-F, H-O ou H-N) e um par de elétrons não compartilhados de um átomo muito eletronegativo próximo (corriqueiramente ocorre entre um átomo de F, O ou N); 6 4, Íon-Dipolo: ocorre entre um íon e um dos polos de uma molécula polar. De maneira parecida com a dipolo-dipolo, a íon-dipolo ocorre quando um ânion ou cátion se aproxima do polo oposto à sua carga, de uma molécula polar; A influência que ambas polaridade e forças intermoleculares é grande quando se trata de solubilidade. A frase “semelhante dissolve semelhante” vem da polaridade, onde geralmenteos solutos polares se dissolvem em solventes polares e onde os solutos apolares se dissolvem em solventes apolares. Porém, essa não é uma regra que pode se aplicar em todos os casos. Em uma linha de força, temos a Ligação de Hidrogênio como a mais forte, seguida da Dipolo-Dipolo e, por fim, a Wan der Waals. Para explicar melhor a importância das forças intermoleculares na solubilidade, toma-se como exemplo a Ligação de Hidrogênio, pensa-se na interação de água com açúcar (sacarose). Ambos apresentam ligações –O-H, significando que entre as moléculas de água e as de açúcar, podem ocorrer ligações de hidrogênio. Figura 5: Fórmula estrutural da sacarose, com os grupos OH destacados. Assim, a água vem e “cerca” o açúcar, fazendo ligações de hidrogênio em todos os grupos OHs possíveis, essa configuração se chama de solvatação. Devido a este fenômeno, a água consegue dissolver as moléculas de sacarose, antes fortemente unidas em forma de cristais, e impedi-las de reunirem-se. Agora, sabe-se que água e óleo são substâncias imiscíveis, devido à diferença de polaridade entre essas duas substâncias. Porém, isso não significa que não haja atração entre eles; o fato do óleo se espalhar pela água – ao invés de ficar no formato de uma esfera – revela que esta substância procura um formato em que ela fique com um maior contato com a água, ou seja, há uma parte polar na estrutura molecular do óleo, apesar de pequena. 7 Porém, tal atração não é forte o suficiente para quebrar as ligações de hidrogênio que ocorrem entre as moléculas de água, desta forma, impedindo a miscigenação. De tal exemplo conclui-se que se a força intermolecular existente for mais forte que a que é possível ocorrer, não acontece a solubilização, permanecendo a ligação original. Mas, se a nova interação for mais forte, o soluto se solubilizará, rompendo as ligações intermoleculares das substâncias. Não só a polaridade e as forças intermoleculares influenciam na solubilidade de uma substância, a pressão e a temperatura também. No caso da pressão, quanto maior ela for, maior será a solubilidade de um gás no soluto. Isso se deve ao fato de que, mais comprimido, o gás chocar-se-á mais vezes com o solvente, aumentando, assim, sua interação com ele. Solubilizando-se mais. Já a temperatura influencia da seguinte forma: em sólidos, quanto maior a temperatura, geralmente a solubilidade deles sobe, devido à maior agitação das moléculas do solvente, permitindo mais interações entre as moléculas do soluto. Já em gases, ocorre o contrário, quanto maior a temperatura do solvente, menos eles se solubilizam. 8 2 PROCEDIMENTO 2.1 MATERIAIS E MÉTODOS * Proveta de 100 ml; * Tubos de ensaio; * Suporte para tubos de ensaio; * Água destilada; * Papel filme; * Béquer de 100 mL; * Pipeta de 5 mL; * Pipetador; * Espátula. 2.2 EXPERIMENTAL 1 - Determinação de Etanol na gasolina Colocou-se e aferiu-se o volume de 25 mL de gasolina em uma proveta de 100 ml, em seguida colocou-se e, aferiu-se 25 mL com água destilada na mesma proveta, totalizando um volume de 50 mL. Com auxilio de papel filme, fechou-se a proveta, e agitou-se a mesma vagarosamente, deixou-se a mesma uns minutos em repouso e, observou-se as duas fases formadas, a orgânica e a aquosa, mediu-se seus volumes e, calculou-se, a percentagem de etanol na gasolina. 2 - Determinação da solubilidade de diversos compostos Colocou-se pouca quantidade de diversas substancias em tubos de ensaios devidamente identificados com seus respectivos nomes, tais como; Iodo, KMnO4, etanol e, amostras desconhecidas, identificadas como sendo amostras 1, 2 e 3. Em seguida colocou-se pouca quantidade de água destilada nos tubos de ensaios contendo as amostras. Repetiu-se o procedimento, com todas as substancias, porem substituiu-se a água destilada por Tetracloreto de carbono (CCL4). Agitou-se vagarosamente os tubos de ensaios, e observou-se, se as substancias se tornaram solúveis nos casos das amostras solidas, ou miscíveis nos casos das amostras liquidas. Através da solubilidade das substâncias em meio aquoso, ou em Tetracloreto de carbono e, das formulas moleculares fornecidas pelo professor, identificou-se os nomes das substancias desconhecidas. 9 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Determinação de Etanol na Gasolina Para a determinação de etanol na gasolina utilizou-se uma aliquota da gasolina que estava na garrafa plástica rotulada como gasolina comum. O ensaio ocorreu de forma, já descrita no item 2.2. Os volumes aferido, após agitação da proveta para homogenização da gasolina e água que esta continha. Foram de 29,0 mL na sua parte inferior e 21,0 mL na parte superior da proveta, e bom destacarmos que o sistema dentro da proveta apresentam duas fases devido à imiscibilidade de água e gasolina, por isso a leitura de dois volumes. Após esta leitura verificou-se que o volume da parte inferior da proveta, fase que continha aguá, aumentou. Tal fato deve-se a presença de etanol na gasolina, como o etanol tem maior afinidade química com a água do que com a gasolina o etanol presente na gasolina desloca-se para a água, assim aumentado o volume da fase que se encontra a água, como mostra a figura 01. Figura 06 – Sistema aquoso e gasolina. 10 Após aferição do resultado, realizou-se o cálculo para determinação da porcentagem de etanol na gosolina, chegando-se ao resultado de que a gasolina amostrada apresenta 16% de etanol. 3.2 Determinação da solubilidade de diversos compostos Para determinar a solubilidade e /ou missibilidade de substâncias conhecidas como o Iodo – I2, Permaganato de Potassio - KmnO4, Etanol – C2H6O, e de substânicas desconhidas, apresentadas em tres frascos contendo amostras distintas, indentificadas como 01,02, e 03. Realizou-se o experimento como descrito no item 2.2. Obtiveram-se os resultados apresentados na Tabela 01. Tabela 01- Determinação de solubilidade e/ou missibilidade Como demostrado na Tabela 01, verifica-se que o Iodo não solubilizou-se em água, e solubiliza em tetracloreto de carbono neste experimento. Mas segundo Brown (et.al) os halogênios são soluveis em água, sendo o Iodo menos reativo do que outros elementos do Grupo 7A da Tabela periodica. Já o Permaganato de Potássio, este é soluvel em água e não em tetracloreto de carbono(solução organica apolar utilizada no experimento), tal fato deve-se ocorrer pelas forças intermoleculares do KMnO4 quando em solução aquosa esta substância dissocia, sendo seus ions solvatados em água devido ligação Íon-Dipolo ocorrendo aproximação do um ânion ou cátion do polo oposto à sua carga, de uma molécula polar, neste caso a água. O Etanol, como apresentado nos resultados acima, é miscível em água e imiscivel na solução organica, a miscibilidade do etanol em água da-se por pentecer Amostras Solução H2O Solução Orgânica Apolar I2 Insolúvel Solúvel KMnO4 Solúvel Insolúvel Etanol Miscível Imiscível Amostra 01 Solúvel Insolúvel Amostra 02 Insolúvel Solúvel Amostra 03 Solúvel Solúvel 11 ao grupo alcoois, onde uma de sua origem pode ser a derivação de aquilados de água. Onde o etanol pode ser visto como uma molécula de água no qual o átomo de hidrogenio foi substituido por um grupo etila. Mas a sua afinidade com água deve-se pela sua polaridade, sendo o etanol polar como a água, oonde pode se empregar a máxima que semelhante dissolve semelhante. Ja não dissolve em CCl4 por esteser apolar. A amostra 01 apresentou-se solúvel em água e insolúvel em CCl4, das amostras apresentadas. Devido a solubilidade desta amostra em água caracteriza- se como uréia entre as amostras apresentadas. Figura 07 – formula estrutural da uréia A amostra 02 apresentou-se insolúvel em água e soluvel em CCl4, devido a solubilidade desta amostra determinou-se que a amostra 02 é o Ácido Láurico. Figura 08 – formula estrutural do Ácido Láurico. A ultima amostra analisada, a de numero 03 apresentou-se solúbilidade nos dois meios sendo esta considerada a Vanilina. Figura 09 – Formula estrutural da Vanilina 12 4 CONCLUSÃO No experimento 1, podemos concluir que a porcentagem de etanol contida na gasolina está fora dos limites determinada pela ANP (considerando o disposto no inciso I, art. 8º da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, alterada pela Lei nº 11.097, de 13 de janeiro 2005 e com base na Resolução de Diretoria nº 85, de 6 de março de 2007), ou seja a gasolina está inapropriada para uso. No experimento 2,em virtude do que foi mencionado nos resultados e discussões, concluimos que, no iodo, a não solubilização pode ter ocorrido por execesso de soluto e pouco solvente, neste caso a água. E no caso da solução apolar o iodo solubilizou facilmente, pois o iodo também é apolar e a força intermolecular existente entre as substancias é a Dipolo – induzido, sendo a mais fraca das ligações e ocorridas entre moleculas apolares. O permanganato de potássio, é solúvel em água,pois ambos são polares formando entre elas a força intermolecular Ligação de Hidrogênio, e não e solúvel em tetracloreto de carbono, pois esta é uma solução apolar, não ocorrendo nenhuma interação ou ligação entre elas. Nas amostras identificadas como 01, 02 e 03 , no experimento 2, podemos concluir que: - Amostra 01 : Determinou-se como uréia a amostra 01, devido a sua estrutura em que os elementos Oxigenio e os Hidrogênios podem realizar Ligações de Hidrogênio com a molécula de água. - Amostra 02 : Concluiu-se que pela caractéristicas do Tetracloreto de Caborno ser apolar e o Ácido Láurico também ser apolar, a força intermolecular que existe entre estas substâncias é de Van der Waals, sendo solubilidade em água mínima para este ácido. - Amostra 03 : É a substancia Vanilina, apresenta solúblidade nos dois meios devido sua formula estrutural que apresenta polaridade tanto apolar quanto polar, onde esta pode fazer ligações de Hidrogênio e/ou realizar a interação de Wan der Waals. 13 5 REFERÊNCIAS 1 WEININGER,Stermitz. Química Orgánica. Espanha: Editora Reverté, S.A., 1988. 84 p 2 FERREIRA, Maira et al. Química Orgânica. Porto Alegre: Artmed, 2007. 22 p 3 BROWN, T.; LEMAY; BURSTEN Química la Ciencia Central. México: Pearson Educación, 2004. 328, 409-415, 491-497 p.
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