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Mecanismos de ação, Mecanismos resistência e PK/PD Prof. Marcelo Pillonetto ANTIMICROBIANOS Objetivos Descoberta dos antibióticos; Atividade, efeitos e mecanismos de ação; Grupos de antibióticos Mecanismos de resistência Farmacocinética e Farmacodinâmica Dados da Rede RM – Parana Historia Ancestral Uso de solo, plantas e bolor para tratamento Gregos e Chineses: pão embolorado Gregos (1550 a.C) – favo de mel Egípcios – “terra medicinal” Poções patenteadas Séculos XVIII e XIV - Inglaterra e USA Godfrey’s Cordial (Mother’s Friend) e Dalby’s Carminative Propriedades curativa Uso indiscriminado Alta [ópio] Envenenamentos em criancas Era de Ouro da Microbiologia e Era Pré - Antibiótico L. Pasteur: Teoria do Germe e Doença R Koch: Postulados – patógeno E. Freudenreich (1888) Bacillus pyocyaneus (Pseudomonas aeruginosa) Inibição in vitro de certos micro-organismos R. Emmerich e O. Loew (1889) “pyocyanase”, Instável e inerentemente toxica sem aplicação clinica Era Pré - Antibiótico 1910 – Paul Ehrlich Conceito da magic bullet Testou > 600 compostos!!! Encontrou uma arsenamida Arsenobenzeno - Composto 606 (1907) Posteriormente – Salvarsan Primeiro quimioterápico - sífilis Era Pré - Antibiótico Alexander Fleming 1920- anti-bacteriano na lagrima- lisozima Setembro de1928 – pós feriado: Descarte de placas contaminadas Fungo inibindo S.aureus Penicilina – Miracle Drug Era dos Antibióticos Alexander Fleming – 1929-1937 Dificuldades em isolar o fungo e o principio ativo Utilidade da descoberta ???? Howard Florey & Ernst Boris Chain – 1939-1940 Isolamento e produção em larga escala 1942- Uso terapêutico comercial Premio Nobel de Medicina ao lado de Fleming Gerhard Dogmak– 1935 Bioquímico alemão – Bayer sintetizou a primeira sulfonamida Primeiro anti-bacteriano disponível comercialmente Primeiros testes In vitro e in vivo - cobaias Salvou sua filha, Winston Churchill e F. Roosevelt Jr. Era Pré - Antibiótico A Era do Antibióticos A Era do Antibióticos A Era do Antibióticos O início do fim de uma Era Fleming – 1945 Uso equivocado da penicilina Seleção e propagação de formas mutantes Doses baixas: Falha e propiciam desenv. de formas R, Disseminação para pessoas suscetíveis Atividades, efeito e mecanismos de ação Conceitos Antimicrobiano Substancia natural ou semissintética ou sintética Contra micro-organismos (morte ou inibição) Antibiótico Pequena molécula Produzida por micro-organismos Inibe ou mata micro-organismos Mesmo em doses baixa Antimicrobianos X Antibióticos Antimicrobianos Antibióticos Atividade - Espectro Espectro estreito Útil apenas para um grupo Vancomicina – gram positivos, Polimixina - gram negativos. Aminoglicosideos – aeróbios Metronidazol – anaerobios Espectro amplo Contra gram positivos e negativos Tetraciclinas, carbapenems, cloranfenicol Cefalosporinas de 3 e 4 G Espectro amplo X estreito Efeito dos antimicrobianos Bactericida: Efetivamente matam os micro-organismos Penicilinas, Cefalosporinas, Quinolonas Aminoglicosídeos Bacteriostatico: Inibem ou atrasam o crescimento dos Mos. Tetraciclinas, Sulfas, Macrolídeos Bacteriostático versus Bactericida Mecanismos de Ação dos Antimicrobianos Principais grupos de antimicrobianos BETA-LACTAMICOS Penicilinas, Cefalosporinas, Carbapenemicos e Monobactans AMINOGLICOSIDEOS QUINOLONAS E FLUORQUINOLONAS Principais grupos de antimicrobianos MACROLIDEOS TETRACICLINAS SULFAS GLICOPEPTIDEOS ESTREPTOGRAMINAS E OUTROS Principais mecanismos de ação Inibição da síntese de parede celular Inibição da síntese de proteínas Inibição da síntese de DNA Alteração da membrana plasmática Bloqueio da síntese de metabolitos essenciais ESTRUTURA DE MOLÉCULAS DE ANTIMICROBIANOS 40 Outcome of Infection Host Drug Bug Mecanismos de Resistência Bacteriana a Antimicrobianos Inativação enzimática Alteração do sitio alvo Diminuição da permeabilidade Bomba de efluxo Alteração da via de síntese de metabolitos essenciais Mecanismos de resistência Inativação da droga / Mudança da estrutura http://amrls.cvm.msu.edu/microbiology/bacterial-resistance-strategies/introduction/resolveuid/ed7e4e827a93dd67ae242007e8b163fe Inativação Enzimática Betalactamases: Cromossômicas ou plasmidiais. Constitutivas ou induzíveis. Penicilinases ou cefalosporinases. Inúmeras enzimas Bactérias Gram negativas Citoplasma Membrana citoplasmática Espaço periplásmico Membrana externa Peptidoglicano PBP Alteracao do sitio alvo Diminuição da permeabilidade Bomba de Efluxo ALTERAÇÕES DE PERMEABILIDADE Membrana externa Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Antimicrobiano Membrana citoplásmica Staphylococcus aureus Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Lactobacillus lactis BOMBAS DE EFLUXO 2A. DIMINUIÇÃO DA PERMEABILIDADE 2B. BOMBAS DE EFLUXO 3A. ALTERAÇÃO DO ALVO 1. MODIFICAÇÃO ENZIMÁTICA 4. VÍAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS 3B. HIPERPRODUÇÃO DE RECEPTORES MECANISMOS DE RESISTENCIA MECANISMOS DE RESISTENCIA Mecanismos de Aquisição de Resistência Bacteriana Mutação cromossômica Transferência de genes Conjugação Transformação Transdução Transposição Mecanismos de aquisição da resistência 58 59 60 61 Plasmídio e Resistência http://www.scq.ubc.ca/attack-of-the-superbugs-antibiotic-resistance/ http://www.scq.ubc.ca/attack-of-the- superbugs-antibiotic-resistance/ Cenário da Resistência Bacteriana - Paraná Principais problemas - Enterobactérias AmpC – grupo CESPPP ou MY SPACE ESBL – E. coli, K. pneumoniae, P. mirabilis Resistência a carbapenêmicos – CRE KPC : K.pneumoniae, E. aerogenes… NDM-1: E.coli, K.pneumoniae Principais problemas – Não fermentadores Resistência a carbapenêmicos Acinetobacter baumannii – oxa23 Pseudomonas aeruginosa – MBL SPM, IMP, VIM OCORRÊNCIA DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM UM LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA NO SUL DO BRASIL Acadêmica: Elis Andressa Stuy Orientador: Prof. MSc. Marcelo Pilonetto Co-orientadora: Lavinia Nery Villa Stangler Arend PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS ESPECIALIZAÇÃO EM MICROBIOLOGIA Curitiba, 2012 GN GP KPC ESBL 20,32% 47,85% 51,48% 23,48% Comparação entre os estudos realizados no LACEN em 2010* e 2011 2010 2011 *SOUZA, F., ANDRETTI, G. 2011 Conceitos básicos Farmacocinética e Farmacodinâmica Farmacocinética - PK Termo proposto por Dost em 1953 Caminho que a droga percorre no organismo Etapas por quais a droga passa no organismo – administração até excreção Incluindo: absorção, distribuição e bio- transformação Farmacocinética - PK Modelos matemáticos descreve e prevê a quantidade de droga em vários fluidos Mudanças na [ ] ao longo do tempo Influencia: via de administração, posologia, variações em patologias renais e hepática Interações e efeitos adversos Farmacodinâmica - PD Como a droga atua no sitio alvo Local de ação, mecanismo de ação, efeitos Perfil da ação antimicrobiana Interações PK/PD PK: ação do organismo sobre a droga PD: ação da droga sobre o organismo Aplicação prática β-lactâmicos versus gram negativos Os antibioticos β-lactâmicos Ceftriaxona 3G Ticarcillin Ceftazidima 3G Cefotaxima 3G Carbenicilina Ertapenem Cefuroxime 2G Ampicilina Meropenem Cefotetan Cefamandol 2G Meticilina Aztreonam Imipenem Cefoxitina Cefalotina 1G Benzil- penicillina Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicilinas Cefepime 4G Doripenem Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Antibióticos β-lactâmicos Ceftriaxona 3G Ticarcilina Ceftazidima 3G Mezlocilina Cefotaxima 3G Carbenicilina Ertapenem Cefuroxima 2G Ampicilina Meropenem Cefotetan Cefamandol 2G Meticilina Aztreonam Imipenem Cefoxitina Cefalotina 1G Benzil- penicilina Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicillins Cefepime 4G ESBLs hidroliza todas Penicilinas Cefalosporinas Monobactams Doripenem 7 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Ceftriaxona 3G Ticarcilina Ceftazidima 3G Mezlocilina Cefotaxima 3G Carbenicilina Ertapenem Cefuroxima 2G Ampicilina Meropenem Cefotetan Cefamandol 2G Meticilina Aztreonam Imipenem Cefoxitina Cefalotina 1G Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicillins Cefepime 4G ampCs hidrolisa todas Penicilinas Cefalosporinas, exceto 4ª geraçao (cefepime) Cefamicinas Monobactams Doripenem 8 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Antibióticos β-lactâmicos Benzil- penicilina Ceftriaxone 3rd Ticarcillin Ceftazidime 3rd Mezlocillin Cefotaxime 3rd Carbenicillin Ertapenem Cefmetazole Cefuroxime 2nd Ampicillin Meropenem Cefotetan Cefamandole 2 nd Methicillin Aztreonam Imipenem Cefoxitin Cephalothin 1st Benzyl- penicillin Monobactams Carbapenems Cephamycins Cefalosporinas Penicillins Cefepime 4th Metalo BLAC hidrolisa todas Penicilinas Cefalosporinas Cefamicinas Carbapenems Doripenem 9 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 Antibióticos β-lactâmicos The β-lactam family of antibiotics Ceftriaxone 3rd Ticarcillin Ceftazidime 3rd Mezlocillin Cefotaxime 3rd Carbenicillin Ertapenem Cefmetazole Cefuroxime 2nd Ampicillin Meropenem Cefotetan Cefamandole 2 nd Methicillin Aztreonam Imipenem Cefoxitin Cephalothin 1st Benzyl- penicillin Monobactams Carbapenems Cefamicinas Cefalosporinas Penicilinas Cefepime 4th KPCs hydrolyze all Penicillins Cephalosporins Cephamycins Carbapenems Monobactams Doripenem 10 Adaptado de P. Schrekenberger, 2011 MIC por E-test KPC - Tratamento TSA: Resistente a praticamente todos antibióticos Resta Tigeciclina e Polimixina, porém…. Paraná: 17/164 (11%) R à Polimixina, Tigeciclina: 13/162 (8,0%) resistentes Tratamento - Protocolos Casos Leves: Amicacina e Polimixina Casos Graves: Amicacina, Polimixina , Tigeciclina (x2) Mas, se Amica, Poli e Tige – R ????? Observar MIC e conceitos de PK/PD 91 Parâmetros Farmacodinâmicos Eficácia do antimicrobiano de acordo com medida de PK-PD: Tempo que a [droga] permanece acima do MIC (T>MIC) Taxa da conc. máxima da droga sobre o MIC (Cmax:MIC) Taxa da area under the concentration time-curve em 24 h sobre MIC (AUC:MIC) Time Conc. Cmax = Peak Cmin = Trough MIC PAE Cmax / MIC Aminoglycosides AUC / MIC Fluoroquinolones Macrolides Ketolides Glycopeptides - Moore et al, J Infect Dis 155:93-99, 1987 - DN Gilbert, Antimicrob Agents Chemother 35:399-405, 1991 - DP Nicolau DP, Infection 29 (Suppl 2:11-5, 2001 Courtesy Lance Peterson Evanston, Northwestern T > MIC Beta-lactams Tetracycline Oxazolidinones AUC Parâmetros Farmacodinâmicos Bactericidal Activity of 3 Drugs against P. aeruginosa Ambrose PG et al. PK-PD of Antimicrobial Therapy: It’s Not Just for Mice Anymore. Clin Infect Dis. 2007 Jan 1;44:79-86 One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago T > MIC MIC-2 g 40% One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion T > MIC MIC-2 g MIC-1 g 80% Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n MIC-2 g Continuous Infusion Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion T > MIC 80% Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago One Dosing Interval C o n c e n tr a ti o n MIC-2 g Continuous Infusion Bolus Dose Optimization of Time Above MIC with Continuous Infusion MIC-1 g MIC-4 g Courtesy Lance Peterson - Evanston, Northwestern and Paul Schreckenberger – Loyola - Chicago Perspectivas futuras Bactérias Pan-Resistentes de Rotina Perfil de Susceptibilidade Inteligente: Analise multi-paramétrica de todas variáveis: MIC Bactéria Droga Sitio Anatômico TFG Albumina Custo PK/PD Associação Dose Sociedades de Classe Criação do CBTSA Espaço garantido para discussões nos Congressos da SBAC, SBI, SBM e SBPC Implantação de banco de dados epidemiológicos brasileiros Terminator !
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