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Contribuições: Psicologia Social 
Para concluir acrescento um comentário sobre a própria noção de campo. 
Importantíssimas contribuições à psicologia social foram prestadas por Kurt 
Lewin (1890-1947), psicólogo alemão radicado nos EUA, que trouxe da física 
teórica a noção de campo para aplicação na psicologia. 
Na física, a noção de campo busca explicar o “comportamento” de uma 
partícula, não por suas propriedades inerentes, mas sim pelas forças que 
interagem no campo em que a partícula existe. Lewin aplicou este conceito 
ao mundo humano, dando origem à sua chamada Teoria de Campo. Assim, um 
comportamento deve ser entendido dentro de um sistema, dentro de um 
contexto, e não isoladamente. 
Uma vez aplicada ao campo da psicologia social, tal noção permite que 
pensemos que o comportamento de um sujeito não se deve a suas 
propriedades individuais, mas sim às forças às quais está submetido. Trata-se 
de uma posição metodológica, vale a pena destacar. Tratar seu objeto de 
investigação como campo, ou como existindo em um campo, não é assumir 
que existe tal campo na natureza. 
Afinal, por exemplo, por que trataríamos os fenômenos ocorridos na 
comunidade de moradores de Ipanema, e não da comunidade de moradores da 
Zona Sul, ou das praias oceânicas do Rio de Janeiro? Fazemos um recorte e 
estamos autorizados a isso. Mas isso não quer dizer que nosso campo exista na 
realidade. 
Conforme Kurt Lewin, trata-se de um método que nos autoriza a pensar o 
movimento ou os comportamentos dos objetos identificados como resultado 
de forças atuantes no campo em que existem, ou seja, como efeito das 
relações que estabelecem com tudo o mais que existe em tal campo. 
Metodologia que certamente guarda seu interesse para o pesquisador em 
ciências sociais e especificamente para o pesquisador em serviço social. 
Nada disso torna equívoca a definição de trabalho de campo como trabalho 
feito em “ambiente cotidiano do mundo real”. De todo modo, na próxima aula 
estaremos abordando com mais detalhe os desafios e responsabilidades que se 
colocam ao pesquisador em seu “trabalho de campo”. Ao longo da disciplina, 
estaremos investigando em detalhe as questões relacionadas ao recolhimento 
e tratamento dos dados, bem como às conclusões que podemos legitimamente 
inferir a partir deles.

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