Buscar

GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL 3 semestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

� PAGE �3�
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
 curso de graduação em ciências contabéis
cassiano de freitas
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL, NOÇOES DE ATUÁRIA E DIREITO EMPRESARIAL – UNIDOS À CONTABILIDADE NA BUSCA DA VANTAGEM COMPETITIVA NEGOCIAL.
Curitiba
2014
CASSIANO DE FREITAS	
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL: GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL, NOÇOES DE ATUÁRIA E DIREITO EMPRESARIAL – UNIDOS À CONTABILIDADE NA BUSCA DA VANTAGEM COMPETITIVA NEGOCIAL.
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná – Curitiba – PR.
Professores do semestre		 
CURITIBA
2014
�
Sumário
41 INTRODUÇÃO	�
41.1 TEMA	�
41.1.1 Delimitação do Tema	�
41.2 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL	�
a)	CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA	4
8b)	GESTÃO FINANCEIRA E FLUXO DE CAIXA	�
101.3 PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO	�
1.4 RISCO E RETORNO......................................................................................................13
1.5 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO......................................................................15
151.6 NOÇÕES DE ATUÁRIA	�
161.7 PREVIDÊNCIA NO BRASIL	�
191.8 DIREITO EMPRESARIAL	�
211.9 OBRIGAÇÕES DOS EMPRESARIOS	�
21a)	DO DEVER DE INSCRIÇÃO	�
22b)	DO DEVER DE ESCRITURAÇÃO	�
22c)	DO DEVER DE LEVANTAMENTO DO BALANÇO PATRIMONIAL E DE RESULTADO ECONÔMICO	�
241.7 CONCLUSÃO	�
25REFERÊNCIAS	�
��
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho atividade esta levantando o quanto a gestão financeira e orçamento empresarial e as noções de atuária, aliadas ao direito empresarial, são de suma importância para as organizações, principalmente nos dias atuais, em que, diariamente, é exigido o máximo de conhecimento e astúcia empresarial, ou seja, caso os empresários desejem realmente se destacar no mercado e setor que atuam, alavancando seus negócios e, consequentemente, sendo líderes e ícones no mercado.
1.1 TEMA
Gestão financeira e orçamento empresarial, noções de atuária e direito empresarial.
1.1.1 Delimitação do Tema
 	Unidos à contabilidade na busca da vantagem competitiva negocial.
 
1.2 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL
	
CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA 
A comparação entre diversas visões em torno do tema em questão é uma prova, por si só, que há um conflito estabelecido. Para uns o problema reside no orçamento em si como ferramenta, outros acreditam que o elo do problema está na vinculação dos objetivos estabelecidos e as recompensas da gerência. Finalmente, existem aqueles que percebem no orçamento uma ferramenta importante para se medir o desempenho.
Em um recente artigo publicado pela revista Harvard Business Review, JENSEN (2002), discute de forma enfática a função do orçamento nas organizações. Segundo o autor:
“o processo de elaboração dos orçamentos é uma piada, e todos sabem disso. Consome um tempo absurdo dos executivos, forçando-os a passar por intermináveis e enfadonhas reuniões e tensas negociações. Encoraja os gerentes a mentir e a enganar”.
Durante o período em que o Brasil percorreu por elevados índices inflacionários, planejar era um verbo difícil de conjugar. Naquela época, levava-se em conta que a inflação iria distorcer qualquer previsão. Como paliativos surgiram orçamentos em moeda forte (dólar) ou até mesmo com correção contínua. Talvez, desde aquela época, o verdadeiro tecido de fundo fosse o mesmo que JENSEN (2002) nos coloca agora: o fator humano nas questões orçamentárias. Recorrendo a WEBER (1994), este nos posicionaria que dado um sistema burocrático, o homem buscaria conquistar os fins através de meios que suas ações mostrariam na prática.
Inicialmente, deve-se ter em conta que o orçamento não é um procedimento isolado, feito pelo departamento financeiro. É um conjunto de esforços que tem o objetivo de maximizar os resultados, dentro dos parâmetros da ciência e da lei. Pode-se até mesmo questionar o procedimento e até mesmo a lógica científica de Finanças. Porém, após entender e compreender é fundamental colocar em prática esses conceitos e práticas reconhecidos no mundo inteiro.
O presente trabalho parte da premissa de que os conceitos do Modelo de Gestão Econômica oferecem condições para uma gestão eficaz, propiciando vantagens competitivas às organizações empresariais que os utilizam, em detrimento daquelas que os desconheçam. Por outro lado, não é ingênuo a ponto de entender que os movimentos políticos dentro de uma empresa possam descaracterizar o orçamento.
O orçamento empresarial deve abarcar os quatro pontos mais importantes em finanças que são: lucratividade; rentabilidade; liquidez; e risco.
O método de pesquisa utilizado neste trabalho será o descritivo-analítico, conforme colocado por MARTINS (1993). Todo o processo se baseará na pesquisa crítica da bibliografia disponível. Procurou-se aplica os conceitos da abordagem sistêmica, pela complexidade que o tema requer, e pela sua própria natureza, dados os relacionamentos e interdependências existentes entre a área financeira e as outras áreas da empresa e com todas as outras entidades externas objeto de relacionamento.
A mais completa e plena gestão econômica da empresa é uma das condições indispensáveis para a boa gestão. Gestores que normalmente desprezam tal abordagem podem incorrer em erros de abordagem e compreensão do problema exposto.
Segundo CATELLI (1992:10), gestão econômica é a “administração por resultados” representando um sistema de gestão. Ela agrega noções gerenciais avançadas, reconhecendo aspectos dos princípios de gestão estabelecidos pelas organizações. Sua contribuição é muito importante ao nível das práticas contábeis no que se refere à identificação e mensuração dos eventos econômicos, diferindo das práticas da contabilidade financeira ou societária.
Em última análise, o orçamento deve representar a materialização de uma estratégia ou, se se quiser aprofundar, deve colocar a missão de uma empresa em prática. A missão de uma empresa segundo CRUZ (1991: 33-34) é a “razão de ser da organização”, sendo seu objetivo de caráter permanente. A missão deve encaminhar a empresa para o pleno atendimento de seu mercado. De acordo com GUERREIRO (1989:155) missão é:
“um objetivo fundamental do sistema empresa, que se constitui na verdadeira razão de ser de uma existência, que caracteriza e direciona o seu modo de atuação, que independe das condições ambientais do momento, bem como de suas condições internas e assume um caráter permanente”. A gestão financeira é uma das tradicionais áreas funcionais da gestão, encontrada em qualquer organização e à qual cabem as análises, decisões e atuações relacionadas com os meios financeiros necessários à atividade da organização. Desta forma, a função financeira integra todas as tarefas ligadas à obtenção, utilização e controlo de recursos financeiros de forma a garantir, por um lado, a estabilidade das operações da organização e, por outro, a credibilidade dos recursos nela aplicados. 
Os grandes objetivos das ações e decisões da gestão financeira podem ser sintetizados da seguinte forma:
Assegurar à empresa uma estrutura financeira equilibrada e que não coloque a organização em risco financeiro nem no curto nem no longo prazo. Este equilíbrio pode ser medido pela comparação entre as aplicações de capital efetuadas e as fontes desses mesmos capitais.
Assegurar a credibilidade dos capitais investidos (quer dos capitais próprios, quer dos capitais alheios). Esta credibilidade pode ser verificada comparando o valor dos resultados obtidos com o valor dos próprios capitais investidos.
Garantir a estabilidade das operações da organização assegurando a existência dos capitais financeiros necessários quer à atividade corrente, quer à realização de investimentos em capital fixo.
 De uma forma sucinta podem ser integradas na função financeiraas seguintes atividades:
A determinação das necessidades de recursos financeiros (planeamento das necessidades de recursos financeiros, a inventariação dos recursos disponíveis, a previsão dos recursos libertos e o cálculo das necessidades de financiamento externo). Este tipo de atividades é geralmente designado por gestão de tesouraria. 
A obtenção de financiamento (para financiar a atividade corrente ou para financiar investimentos) da forma mais vantajosa tendo em conta os fins do financiamento, os custos, prazos e outras condições contratuais, as condições fiscais, o impacto na estrutura financeira da empresa, entre outras. A esta atividade pode ser dada a designação de análise das fontes de financiamento.
A aplicação criteriosa dos recursos financeiros, incluindo os excedentes de tesouraria, de forma a obter uma estrutura financeira equilibrada e adequados níveis de eficiência e de credibilidade. As principais variáveis a ter em conta na aplicação dos recursos financeiros deverão ser o retorno potencial dessa aplicação, o seu grau de liquidez e o risco que lhe está associado.
A análise económica e financeira, incluindo a recolha de informações e o seu estudo de forma a obter respostas seguras sobre a situação económica e financeira da empresa. 
A análise da viabilidade económica e financeira dos investimentos, de forma a dar suporte às decisões sobre a sua execução ou não execução.
Além das atividades descritas, podem ser ainda consideradas como parte integrante da função financeira atividades de âmbito mais administrativo como sejam as atividades contabilísticas, a gestão de contas correntes de clientes, fornecedores e outros devedores e credores, a gestão da faturação, entre outras.
GESTÃO FINANCEIRA E FLUXO DE CAIXA
A falta de controle financeiro, a carência de recursos financeiros para pagar contas e fornecedores, e a falha na previsão de prazos médios de recebimentos e pagamentos são situações comuns na rotina das empresas. Com a crescente competitividade no mercado, maior é a exigência por uma gestão financeira de qualidade e o uso de ferramentas que norteiem o negócio, como é o caso do Fluxo de Caixa.
 Atualmente, uma gestão financeira de excelência é um fator essencial para o sucesso do negócio. O Fluxo de Caixa é uma das ferramentas utilizadas na administração financeira empresarial, o qual auxilia na tomada de decisões e melhora o desempenho financeiro, através da otimização e alocação dos recursos da empresa.
 Sua montagem é simples e exige um acompanhamento diário para registrar as movimentações. Primeiramente, é necessário levantar o saldo inicial, isto é, o valor que existe em caixa composto por dinheiro, cheques e saldos bancários no início do período. 
 Depois, anotam-se as entradas e saídas de caixa, tais como vendas à vista, recebimentos, pagamentos de fornecedores, salários, aluguéis, impostos, entre outros. Esses procedimentos são fáceis, mas exigem certo conhecimento em contabilidade e finanças, além de muita organização. 
 Logo, é importante definir categorias e centros de custos para que as transações registradas no Fluxo de Caixa se concentrem em uma quantidade restrita de categorias e conforme o número de departamentos da empresa, facilitando a análise do Fluxo de Caixa e o destino do capital financeiro.
 Já existem diversos programas que fazem o Fluxo de Caixa e auxiliam na construção de outros demonstrativos financeiros, porém, uma planilha (disponibilizamos esta planilha ao final do texto) já é suficiente para registrar as movimentações financeiras. 
 Desta forma, para o êxito do Fluxo de Caixa, é importante criar uma cultura de planejamento e de sistematização na empresa, existindo um elo entre o administrador financeiro e os demais departamentos da empresa, além de ter o hábito de verificar, analisar e registrar todo movimento financeiro.
 Após a elaboração do Fluxo de Caixa é possível fazer várias análises como, avaliar o melhor momento para comprar ativos, repor os estoques, ou fazer investimentos, para que os desembolsos ocorram simultaneamente à geração de caixa, e a empresa não se afunde em grandes dívidas. 
 Além disso, controla os eventuais desvios identificados, prevê possíveis aplicações ineficientes dos recursos disponíveis, apresenta a liquidez imediata da empresa, entre outros.
 Portanto, é evidente a importância desta ferramenta para a gestão financeira, e, consequentemente, para o sucesso do negócio. Sua utilização diária possibilita a geração de informações sobre a empresa, as quais irão auxiliar na tomada de decisões em busca da manutenção e crescimento.
1.3 PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTO 
Decisões de investimentos são estruturadoras dos ativos de uma organização, sendo o conjunto de elementos gerador de benefícios futuros aos agentes envolvidos. Decisões desse tipo, especialmente as que visam a alcançar benefícios em longo prazo, carecem de análises que considerem ponderadamente o risco inerente à decisão, a necessidade de financiamento também em longo prazo, a possível exigência de processo decisório integrado na visão de longo prazo, o envolvimento de níveis hierárquicos distintos no processo decisório e a vida útil dos ativos. Assim, tais decisões integram o processo de planejamento empresarial, tanto no âmbito estratégico quanto orçamentário.
Dessa maneira, verifica-se que decisões que envolvem investimentos de longo prazo demandam cuidadosas avaliações de elementos que afetam a perspectiva de retorno e a sustentabilidade da organização no longo prazo, devendo ser tratadas de maneira priorizada, estruturada e consistente com suas demandas. No entender de Slagmulder (1997), o processo estruturado de análise de investimentos de longo prazo demanda um conjunto de instrumentos relacionado com o sistema de controle gerencial das organizações. 
Considerando que as respostas para essas demandas requerem certo grau de maturidade gerencial da organização, ou seja, uma espécie de mescla peculiar que deveria articular análise estratégica e financeira (Alkaraan & Northcott, 2006), a questão desta pesquisa é: como as organizações brasileiras tratam os investimentos de longo prazo?
A proposta consiste em verificar se há encaixe entre o modelo estruturado de análise de investimentos e as práticas dessa natureza adotadas por empresas brasileiras de grande porte. Assim, espera-se contribuir para identificação e compreensão dos fatores que orientam a tomada de decisão e de controle do modelo estruturado de análise de investimentos, sobretudo porque pouco se sabe, empiricamente, sobre os aspectos explorados para decisões de investimentos (Alkaraan & Northcott, 2007). Além disso, ressalta-se que o presente estudo ocupa-se do resgate de problemas que têm relevância prática no escopo do Sistema de Informações Gerenciais e se propõe a gerar um produto que pode contribuir para identificação de pontos fortes e fracos do gerenciamento que vem sendo praticado, e, dessa forma, orientando a ação empresarial.
Complementarmente a essa introdução, este trabalho está estruturado em mais cinco seções. A segunda contém o quadro teórico de referência que respalda a investigação. Na sequência, a terceira seção destina-se à exposição do modelo teórico e das hipóteses formuladas para pesquisa. Os procedimentos metodológicos estão descritos na quarta seção. Dando seguimento, a quinta seção reúne a análise e a discussão dos resultados, e, por fim, na sexta seção, têm-se as conclusões da investigação.
 Não obstante técnicas diversas para análise e avaliação de projetos de investimento de longo prazo, outros fatores podem afetar a decisão de gestores sobre eles. Argumenta-se que a pressão pela aquisição do controle da firma seria prejudicial a ela, pois induziria gestores a sacrificar resultados de longo prazo na tentativa de aumentar resultados presentes (Shleifer & Vishny, 1986; Stein, 1988). Israel e Ma (1999), por sua vez, concluem que pressão por aquisição de controle, ao contrário, incentiva investimentosem projetos de longo prazo. Conforme argumentado pelos autores, "ineficiência de investimentos sob pressão de aquisição é mais provável na forma de sobre investimento em projetos de longo prazo do que na forma de sobre investimento em projetos de curto prazo" (Israel & Ma, 1999, p. 3).
Investimentos em ativos de longo prazo podem ser divididos em estratégicos e não estratégicos (Slagmulder, 1997). Embora esse aspecto seja relevante, existe certa dificuldade de se caracterizar, de forma generalizada, o investimento estratégico. Podem ser caracterizados estratégicos, conforme uma definição de investimentos que ajudam a organização a atingir seus objetivos de longo prazo e que sustentam sua posição competitiva no mercado (Butler, Davies, Pike, & Sharp, 1991; Marsh, Barwise, Thomas, & Wensley, 1988). Slagmulder (1997) e Haka (2007), entretanto, criticam o foco que conduz mais a discussão para sua ligação com os planos formais da organização do que propriamente às estratégias desta, o que deixa de atender à perspectiva apregoada por Simons (1995). Este autor destaca a necessidade de considerar o processo de planejamento tanto no sistema de controle diagnóstico (aquele que permite o acompanhamento) como no sistema de controle interativo (que fornece uma visão mais dinâmica, relacionada com o todo e voltada para estratégias emergentes que demandam prospecção de novas oportunidades). Dada à controvérsia, a relevância dos investimentos passa a ser contextual, decorrendo da maneira como são especificamente entendidos em termos de impacto no negócio.
A abordagem da teoria da agência (Jensen & Meckling, 1976) demanda uma estrutura para que o convívio entre o sócio e o gestor ocorra no horizonte de LP. Essa perspectiva identifica o processo de planejamento estruturado, contendo o planejamento estratégico e o orçamento desenvolvidos da maneira como a entidade o desejar. Quanto aos investimentos, uma estrutura de métodos de avaliação e mecanismos de análise de risco deve ser considerada. Isso porque, conforme Slagmulder (1997), investimentos de capital são vitais à promulgação da estratégia das organizações, uma vez que solidificam as bases de seus processos de criação de valor. Segundo o autor, decisões de investimentos estratégicos, normalmente, envolvem um volume expressivo de recursos e têm impacto significativo na posição competitiva da empresa e no seu desempenho futuro, e, por este motivo, devem ser efetivamente controladas.
A literatura é muito fragmentada ao tratar a associação da discussão estratégica com a financeira, requerendo a identificação de autores/teorias que possam conversar sobre planejamento. A rigor, a literatura de finanças não se preocupa em tratar o processo de planejamento. Em alguns casos, indica a existência da estratégia ou mesmo do capital budgeting, mas não necessariamente dentro de um instrumento mais amplo de planejamento formal, embora seja citado o sistema estratégico de investimentos, sugerindo algo com autonomia (Carr & Tomkins, 1998; Carr, Kolehmainen, & Mitchell, 2010).
Para as finalidades deste artigo, o mais relevante em termos de investimento consiste em identificar e criar vantagens competitivas no mercado, decorrentes da estratégia corporativa da organização, o que representa uma abordagem qualitativa para o assunto. Na visão de Shapiro (1998), por exemplo, admite-se que a aceitação de projetos esteja unicamente fundamentada em decorrência da obtenção de valor presente líquido positivo e rejeição daqueles que são negativos. Um dos pressupostos possíveis é que só haveria preocupação em utilizar métodos e mecanismos de apoio à análise se os projetos de investimento fossem estratégicos.
1.4 RISCO E RETORNO
Quando trata o risco, explicitamente, a abordagem teórica não especifica quais tipos deveria levar em conta nem quais deveriam ser percebidos e, necessariamente, mitigados ou eliminados. Um projeto de investimento financiado com recursos de terceiros e um projeto idêntico, porém financiado com recursos próprios, podem receber diferentes percepções no que diz respeito à intensidade do risco inerente à decisão de investimento, dado que o financiamento terá um custo fixo para a organização, independentemente, de sua capacidade de geração de resultados.
Ao tratar o risco nos projetos de investimento, pelo fato de que, na maior parte dos casos, os riscos desdobram-se e se misturam tornando a discussão complexa, não será feita a especificação de cada tipo de risco considerado pelo gestor, visto que o mais relevante é a atitude dele perante a expectativa do principal. Essa abordagem tem amparo na literatura, pois é esperado que o gestor tivesse uma atitude não passiva e, ao mesmo tempo, seja mitigada a perspectiva de que ele aja apenas em seu próprio favor (Subramaniam, 2006).
A análise de novos projetos de investimento objetiva proporcionar aumento de valor à empresa (Lee, 1985; Rappaport, 1998; Welsch et al., 1988), os quais demandam financiamentos com custos específicos que devem ser pagos e remunerados. Para apoiar o processo decisório, uma análise prévia deve ser feita almejando avaliar se o retorno do investimento cobre o custo do financiamento. A aplicação dos métodos de avaliação de investimentos e mecanismos de análise pode constituir-se em forma de decidir, identificando, e/ou quantificando, e/ou mitigando o risco (Kim & Farragem, 1981; Verbeeten, 2006), bem como direcionando o gerenciamento do projeto para que ele possa atingir o desempenho desejado.
Em relação à análise do risco, há mecanismos adicionais que a consideram, sendo citados na literatura: (a) análise de sensibilidade, (b) ajuste do risco na taxa de desconto ou no encurtamento do período de payback, (c) análise de probabilidade, simulação e análise do beta (Alkaraan & Northcott, 2006; Arnold & Hatzopoulos, 2000; Pike, 1996). Os estudos de Pike (1996) e Alkaraan e Nortchcott (2006) indicam que a utilização desses mecanismos adicionais vem crescendo, bem como que a análise de sensibilidade, que é a mais simples, tem sido a mais utilizada pelas empresas. Os autores não encontraram nenhuma evidência de que haja diferença no tratamento do risco quando o investimento é considerado estratégico, sendo a análise de sensibilidade à técnica mais utilizada. Sendo assim, se a classificação não discrimina tipos de investimento, para fins de análise, ela não tem utilidade.
A utilização de mecanismos mais simples para medir o risco também foi enfatizada na amostra escolhida, no estudo de Arnold e Hatzopoulos (2000). Os respondentes apontaram que, se o gestor se preocupar excessivamente com a mensuração de probabilidades para utilização de modelos mais sofisticados, pode sentir-se pouco motivado a envidar esforços à realização do projeto. Contrariamente a essas afirmações, Verbeeten (2006) verificou a consideração do risco em empresas holandesas na utilização de mecanismos mais sofisticados, como as Opções Reais. Os resultados mostraram que, conforme as incertezas financeiras aumentam, há uma relação positiva com a adoção de mecanismos mais sofisticados de análise de investimentos. Já as incertezas de insumo de produção, sociais e mercadológicas não influenciam a adoção de mecanismos de análise. Normalmente, as empresas utilizam, simultaneamente, vários mecanismos de análise que consideram o risco. 
Quanto à característica estratégica dos investimentos em ativos de LP, Slagmulder (1997) indica como sendo investimento estratégico aquele que auxilia a empresa a atingir seus objetivos de LP. Nesse sentido, pressupondo-se que a ideia de investimento relevante esteja associada à continuidade da organização, estabelece-se a hipótese: o maior horizonte de vida útil está associado positivamente à inclusão do projeto no planejamento estratégico.
1.5 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTO
A sobrevivência das empresas e organizações depende significantemente de planejamentos. O planejamento é um processo construtivo onde qualquer negócio, qualquer estabelecimento deve-se adequar nesse processo. Ostipos de planejamento são: Planejamento Estratégico, Tático e operacional.
O orçamento empresarial ganhou destaque entre os anos 1950 e 1960, quando empresas fortes no mercado começaram a utilizar o orçamento em suas operações e com isso se expandiu mundialmente.
As principais etapas para uma empresa elaborar o orçamento empresarial são: orçamento de vendas, orçamento de produção ou fabricação, orçamento dos custos de matéria-prima, orçamento dos custos de mão-de-obra direta, orçamento dos custos indiretos de fabricação, despesas de vendas e administrativas, projeção dos financeiros.
No trabalho serão abordados os diversos tipos de orçamento empresarial, bem como suas origens, objetivos e aplicabilidade. Os tipos de orçamentos são: Orçamento Estático (Budget), Orçamento Flexível, Rolling Budget Eforecast, Beyond Budgeting, Orçamento Ajustado Forecast, Orçamento Base Zero e Controle Matricial.
1.6 NOÇÕES DE ATUÁRIA 
	As ciências atuariais ou atuária caracterizam a área do conhecimento que analisa os riscos e expectativas financeiros e econômicos, principalmente na administração de seguros e pensões. Suas metodologias mais tradicionais são baseadas em teorias econômicas, envolvendo suas análises numa forte manipulação de dados, num contexto empresarial. Portanto, atuária é uma área de conhecimento multidisplinar, onde o domínio de conceitos em economia, administração, contabilidade, matemática, finanças e estatística são fundamentais para o entendimento dos modelos atuariais mais elementares.
Essa ciência surgiu há cerca de 150 anos na Inglaterra, estudando basicamente a mortalidade da população. A partir de então, ela voltava-se para o cálculo da expectativa de vida, com interesse nas questões de aposentadoria e pensão.
No século XX, a área de seguros expandiu a abrangência do estudo atuarial, e a inserção cada vez mais frequente das empresas de seguro e pensão no mercado financeiro, fez com que a ciência atuarial se especializasse cada vez mais em campos econômicos e financeiros. A partir de então as empresas seguradoras passaram a oferecer programas de seguro de vida e outras especializações, o que gerou cada vez maior necessidade do desenvolvimento das ciências atuariais.
Os estudos da atuária dividem-se em dois principais ramos: a vida e a não vida. O primeiro trata das questões de longo prazo, como aposentadoria, pensões, seguros de vida e saúde. O segundo está mais relacionado a características de curto prazo, como os seguros de automóveis e responsabilidade civil.
1.7 PREVIDÊNCIA NO BRASIL
 Inicialmente, importante destacar que os direitos relativos à Previdência Social fazem parte dos assim denominados direitos fundamentais sociais, os quais, de acordo com o disposto pelo art. 6º da Constituição Federal de 1988, são os direitos à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade e à infância, à assistência aos desamparados.
Para um melhor entendimento do que vem a serem os direitos sociais, dentre os quais se incluem como visto acima, os direitos relativos à Previdência Social, importante a transcrição da lição trazida pelo ilustre doutrinador José Afonso da Silva, segundo o qual os direitos sociais consistem em:
“Prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade.”
Ante o exposto, entende-se que os direitos sociais são os direitos de igualdade, ou seja, aqueles que possuem o escopo de fazer com que o Estado atue de maneira positiva, garantindo, assim, a dignidade humana de todos os cidadãos.
Por possuírem a finalidade de garantir a observância da dignidade da pessoa humana, os direitos sociais, dentre os quais se incluem os direitos relativos à Previdência Social, são considerados direitos fundamentais, o que significa que são protegidos pela imutabilidade, ou seja, são consideradas cláusulas pétreas, não havendo que se falar, portanto, na supressão dos direitos fundamentais sociais e, consequentemente, não havendo que se falar na supressão do direito à Previdência Social.
A Constituição Federal de 1988 inseriu a Previdência Social em um sistema de proteção social mais amplo. Em conjunto com políticas de saúde e assistência social, a previdência compõe o sistema de seguridade social, conforme consta do art. 194, do capítulo que trata da Seguridade Social.
O primeiro documento legislativo a tratar sobre a Previdência Social no Brasil foi a Constituição de 1824, a qual dedicou o inciso XXXI de seu art. 179 a tal escopo. Tal dispositivo garantia aos cidadãos o direito aos então denominados “socorros públicos”.
A Constituição brasileira de 1891 previu em seu bojo dois dispositivos relacionados à Previdência Social, quais sejam o art. 5º e o art. 75, sendo que o primeiro dispunha sobre a obrigação de a União prestar socorro aos Estados em calamidade pública, se tal Estado solicitasse, e o último dispunha sobre a aposentadoria por invalidez dos funcionários públicos.
Dentre os documentos legais editados durante o referido período, merece destaque a Lei Elói Chaves (Decreto Legislativo n. 4.682/1923).
O referido decreto data do dia 14 de janeiro do referido ano, e pode ser considerado um dos grandes marcos no que toca ao progresso da Previdência Social no Brasil, tendo em vista que foi responsável pela criação das caixas de aposentadorias e pensões para os ferroviários.
Ademais, já em 1939, foi editado o Decreto-Lei n. 1.142, datado do dia 9 de março do referido ano. Tal documento, além de ter sido responsável pela filiação dos condutores de veículos ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas, também fez uma ressalva no que tange ao princípio da vinculação pela categoria profissional, utilizando como critério a atividade genérica da empresa.
Por sua vez, no ano de 1940, foi editado o Decreto-Lei n. 2.122, na data de nove de abril. Tal documento dispunha sobre o regime de filiação de comerciantes ao sistema da Previdência Social, que passou a ser misto.
Em seis de agosto de 1945, houve a edição do Decreto-Lei n. 7.835, que estabeleceu um percentual mínimo de 70% e 35% do salário mínimo para as aposentadorias e pensões, respectivamente.
Por fim, no dia 19 de janeiro de 1946, pouco antes da promulgação da Constituição Federal de 1946, foi editado o Decreto-Lei n. 8.742, o qual teve o condão de criar o Departamento Nacional de Previdência Social.
A maior inovação trazida pela Constituição Federal de 1967, no que diz respeito à Previdência Social, foi à instituição do seguro desemprego. Ademais, importante salientar também que foi neste texto constitucional que ocorreu a inclusão do salário família, que antes só havia recebido tratamento infraconstitucional.
Ademais das referidas inovações constitucionais no tocante à Previdência Social, ocorreram também várias inovações no plano infraconstitucional, a saber:
Em 1º de maio de 1974 foi editada a lei n. 6.036, a qual desmembrou o Ministério do Trabalho e Previdência Social, dando origem ao Ministério da Previdência e Assistência Social.
Em quatro de novembro de 1974, a lei n. 6.125 teve o poder de autorizar a criação, pelo Poder Executivo, da Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV).
Em 24 de janeiro de 1976 foi editado o Decreto n. 77.077, o qual instituiu a Consolidação das Leis da Previdência Social.
Conforme se sabe, a Constituição Federal brasileira de 1988 marca o retorno de um Estado democrático de direito em nosso país, tendo contemplado vários direitos e garantias fundamentais aos cidadãos.
Conforme já salientado, a principal diferença da Previdência Social para os demais integrantes do sistema de seguridade social está no custeio. Desta forma, observa-seque o ideário da universalidade de cobertura não foi efetivamente concretizado, tendo em vista que tão somente o trabalhador e seus dependentes usufruem da proteção social previdenciária.
Pode-se dizer que a Previdência Social brasileira é pautada, basicamente, por duas características, a saber: a relação entre o padrão-social do contribuinte e a abrangência da proteção previdenciária a ele conferida; e a restrição da proteção ao nível das necessidades básicas, ou seja, a Previdência Social só abrange a proteção do nível de vida do contribuinte, atentando-se, conforme já salientado, aos limites econômicos estabelecidos de forma prévia.
Não obstante todas as críticas, não há que se negar que as evoluções trazidas pela Constituição Federal de 1988 no que tange à Previdência Social foram muitas, e que o nível de proteção conferido aos seus beneficiários foi indiscutivelmente ampliado ao longo das constituições brasileiras, tendo atingido o seu ápice em nossa atual Carta Maior.
1.8 DIREITO EMPRESARIAL 
	Com a entrada em vigor do novo Código Civil (Lei 10.406/2002) em 11.01.2.003, desapareceram, juntamente com o anterior de 1916, as sociedades civis e comerciais, eliminando-se também com elas a necessidade de distingui-las através do objeto social (civil ou comercial).
Em substituição, o novo Código Civil criou as figuras das sociedades simples a serem registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e as empresárias, para registro na Junta Comercial. (Código Civil, art. 1.150).
Estas não se distinguirão mais pelo objeto, já que ambas podem contribuir, com bens e serviços, para o exercício da atividade econômica (Código Civil, art. 981), com a ressalva de que as sociedades empresárias deverão exercer essa atividade econômica de forma organizada (Código Civil, art. 982).
Sendo assim, as sociedades, doravante, se distinguirão pela maneira com que vierem exercer a atividade econômica – de forma organizada ou não.
Empresárias serão, então, aquelas que exercerem a atividade econômica organizada, através da empresa (forma organizada - organismo), nos termos do art. 982 combinado com o caput do art. 966 do Código Civil. Essa atividade será exercida, então, através dessa forma organizada ou desse organismo, e não diretamente pelos sócios, observando-se um distanciamento com notória aparência entre eles e a atividade. O que ocorre de forma corriqueira nas sociedades de grande porte. Exemplo: sociedades, que prestam serviços médicos através de hospitais, ou, ainda, aquelas que o fazem através das fábricas e indústrias de grande porte.
Dessa forma, não faz sentido o entendimento de que as sociedades simples seriam tão somente aquelas cuja atividade venha a corresponder ao exercício de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, com fundamento no parágrafo único do art. 966 do Código Civil.
Esse entendimento não pode prevalecer por vários motivos. Primeiro, porque o Código não enumera atividades e referido parágrafo se refere a empresário (pessoa física) e não, à sociedade (ente coletivo). Segundo, porque se assim o quisesse, ao legislador teria sido mais fácil enumerar as atividades que caracterizariam as sociedades simples. Não o fez. Terceiro, porque o Código jamais enumerou atividades, nem mesmo o antigo Código Comercial de 1.850, que se esquivou de enumerar os atos de Comércio. Não seria, então, o novo Código Civil, na atualidade, que iria fazê-lo. Quarto, porque procedendo assim, estaria o Código diferenciando as sociedades pela natureza da atividade, o que ele próprio não mais admite.
Há de se concluir, portanto, que a distinção entre elas se dá pela forma com que se exerce a atividade econômica.
As sociedades simples podem, então, dedicar-se a quaisquer atividades relativas a bens e serviços, podendo constituir-se como sociedade simples ou simples limitada (Código Civil, art. 983). E só com o registro no órgão próprio, Registro Civil das Pessoas Jurídicas, serão assim consideradas, livrando-se, então, das exigências estabelecidas para as sociedades empresárias. (Código Civil, art. 1.150).
Quanto à sociedade limitada, vale a observação de que não basta simplesmente a sua constituição sob essa forma, é indispensável que venha caracterizada no contrato como simples ou empresária e se registre no órgão próprio, para que possa adquirir personalidade jurídica. (Código Civil, art. 985).
1.9 OBRIGAÇÕES DOS EMPRESARIOS
	Os empresários individuais e as sociedades empresárias, têm, basicamente, três obrigações fundamentais, para que suas atividades sejam legalmente amparadas: a) dever de arquivamento de seus atos constitutivos na Junta Comercial; b) dever de escrituração dos livros empresariais obrigatórios e; c) dever de levantar, periodicamente, o balanço patrimonial e de resultado econômico da empresa.
Mais que uma obrigação legal, a escrituração é instrumento essencial para o bom desenvolvimento da atividade empresária.
DO DEVER DE INSCRIÇÃO
A inscrição do empresário individual será feita no Registro Público das Empresas Mercantis, sendo obrigatória, será feita mediante requerimento dirigido à Junta Comercial contendo os requisitos do artigo 968, do Código Civil de 2002. Caso, a empresa tenha intenção de abrir uma sucursal, filial ou agência em lugar diverso, sujeito a jurisdição de outra Junta, será tomada o mesmo caminho acima referido.
Os documentos necessários para a realização do registro de uma empresa deverão ser apresentados à Junta Comercial no prazo de 30 dias, contados da data da lavratura dos atos respectivos. Requerido o registro além desse prazo, ele somente produzirá efeito a partir da data de concessão e não da lavratura do ato constitutivo. Feito o registro dentro do prazo legal, os efeitos se operam e tunc, retroagindo à data da lavratura. Não feito em prazo legal, os efeitos serão apenas e nunc, correndo a partir do arquivamento feito pela Junta Comercial.
DO DEVER DE ESCRITURAÇÃO
De acordo com o artigo 1.179, descrito acima, a empresa poderá usar um sistema de escrituração de livros, manual, mecanizado ou eletrônico.
As escriturações ficaram a cargo de um profissional contabilista, legalmente habilitado para exercer tal feito, a não ser que na localidade da empresa não exista nenhum. Nesse caso, o empresário deverá contratar profissional que entenda competentemente para o desenvolvimento de tal tarefa.
Além, de contar com o contabilista altamente habilitado para tal, ou, profissional que seja competente no assunto, o empresário contará com livros obrigatórios, que são de suma importância, subdivididos em comuns e especiais, estes são específicos para cada atividade, a título de exemplo, Livro de Registro de Duplicatas, Livro de Ações Nominativas das Sociedades Anônimas, Livros de Atas de Assembleias Gerais; aqueles independem da atividade exercida ou do tipo societário, haverá apenas um único exemplar, Livro Diário. Destarte, poderá contar, a seu critério, com livros facultativos que servem apenas para aprimorar o sistema de controle da atividade empresarial.
DO DEVER DE LEVANTAMENTO DO BALANÇO PATRIMONIAL E DE RESULTADO ECONÔMICO
O levantamento do balanço patrimonial e de resultado econômico deverá ser levantado anualmente, quando se trata de empresário individual. Em se tratando de sociedades anônimas, que distribuem dividendos a cada seis meses, o balanço deverá ser semestral.
O balanço patrimonial serve para demonstrar a situação real da empresa, indicando seu ativo e passivo, ou seja, todos os bens, créditos e débitos. Já o de resultado acompanhará o de balanço patrimonial e constarão crédito e débito.
Finalizando, o balanço patrimonial e de resultado econômico, são de extrema importância, para que seja avaliada, anualmente ou semestralmente, como a empresa está em relação a lucros, dividendos, bens etc.
1.7 CONCLUSÃO
	
 O sucesso do empreendedor é projetar o processo orçamentário para isso é indispensável à comunicaçãoentre os gestores, entre a empresa. Assim são feitas as análises e os planos estratégicos. Com a pesquisa realizada foi concluído que para elaborar um orçamento empresarial é preciso analisar o ramo de atividade da empresa e assim buscar informações como um todo para elaborar o melhor orçamento a fim de buscar a lucratividade e menos riscos.
REFERÊNCIAS
Gestão financeira e orçamento empresarial. Disponível em: <http://www.ecrconsultoria.com.br/biblioteca/artigos/controladoria-estrategica/o-orcamento-empresarial-como-ferramenta-de-gestao
Conceito de gestão financeira. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/gestaofinanceira.htm
 
Gestão financeira e fluxo de caixa. Disponível em: <http://esagjr.com.br/a-importancia-do-fluxo-de-caixa-para-a-gestao-financeira-do-seu-negocio/
Principais decisões de investimento. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-5552012000100002&script=sci_arttext
Principais tipos de orçamentos. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/os-7-tipos-de-orcamentos-empresariais/67616/
Noções de atuária. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11335
Direito empresarial. Disponível em: <http://www.contabeis.com.br/noticias/19205/sociedade-simples-e-empresaria/
Obrigações dos empresários. Disponível em: http://conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.29890

Outros materiais