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M E D I C I N A P R E V E N T I V A
SUS PARTE II: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS
P R O F . T H A L E S T H A U M A T U R G O
http://med.estrategia.com
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
PROF. THALES 
THAUMATURGO
APRESENTAÇÃO:
Revalidando, seja muito bem-vindo ao Revalida 
Exclusive sobre princípios e diretrizes do SUS!
Vamos conhecer um pouco mais da engenharia 
reversa da Medicina Preventiva!
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Estratégia MED
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SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
Posição Tópicos Questões %
1 °
Atenção Primária à Saúde, Pesquisa 
epidemiológica
42/tema 14,58/tema
2 ° Medidas de saúde coletiva 40 13,89
3 ° Sistemas de Informações em Saúde 26 9,04
4 ° Testes diagnósticos Testes diagnósticos 18 6,25
5 ° Estatística Médica 16 5,56
6 ° Marcos legais do SUS 14 4,86
7 °
Ética Médica, Processo saúde-doença, Princípios 
e Diretrizes do SUS
13/tema 4,51/tema
8 ° Descentralização do SUS 11 3,82
9 ° Medicina de Família e Comunidade 10 3,47
10 ° Saúde do idoso (inclui cuidados paliativos) 8 2,78
11 °
Processos epidêmicos e Epidemiologia das 
doenças infecciosas
7 2,43
12 °
Demais temas (História do SUS, Financiamento, 
Programas de saúde...)
15 
(total)
5,21 (total)
Preventiva Total aproximado: 288 100
Revalidando, atente-se especialmente ao CONCEITO de cada princípio e diretriz. Sugiro que dê atenção especial aos 
princípios doutrinários e à diretriz da territorialização, pois são frequentemente cobrados pelo Revalida.
Ótimos estudos!
4Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
SUMÁRIO
1.0 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 5
1.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 5
1.2 LEI 8.080 DE 1990 6
1.3 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) 8
2.0 DISCUSSÃO SOBRE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 9
2.1 UNIVERSALIDADE 9
2.2 EQUIDADE 9
2.3 INTEGRALIDADE 10
2.4 DESCENTRALIZAÇÃO E COMANDO ÚNICO 11
2.5 REGIONALIZAÇÃO 12
2.6 HIERARQUIZAÇÃO 13
2.7 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE 14
2.8 TERRITORIALIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO DA POPULAÇÃO 14
2.9 OUTRAS DIRETRIZES DA PNAB 16
3.0 LISTA DE QUESTÕES 21
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 22
5Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
1.0 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS
Revalidando, iniciaremos a discussão compreendendo dois conceitos importantes, os termos princípios e 
diretrizes, que, muitas vezes, são utilizados de maneira indiscriminada, como se representassem a mesma ideia.
Princípio: serve de base para o sistema, representando seus valores e preceitos.
Diretriz: define caminhos e estabelece estratégias para alcançarmos os objetivos 
do SUS.
CAPÍTULO
Para organizar essa discussão conceitual, alguns autores propuseram a utilização dos termos “princípios 
doutrinários” e “princípios organizativos”. 
Princípio doutrinário: valores que servem de base para o SUS.
Princípio organizativo: forma de organizar e operacionalizar o SUS.
Agora que entendemos o que cada termo representa, precisamos compreender a origem de cada princípio e 
diretriz que estudaremos.
Revalidando, existem ao menos três textos fundamentais que originaram cada um desses princípios e diretrizes 
que e regulamentaram o funcionamento da saúde pública brasileira: a Constituição Federal de 1988, a Lei Orgânica 
8.080/1990 e a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB).
Como veremos a seguir, não existe um consenso mesmo entre essas três fontes, mas o que realmente importa 
é entendermos o que cada uma dessas normas significa na prática.
1.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
A primeira fonte a abordar os “princípios e diretrizes” foi a Constituição de 1988, na seção intitulada “Da Saúde”, 
que se inicia no artigo 196, que ressalta a saúde como um “direito de todos e dever do Estado”. Além disso, esse artigo 
determina “acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. 
O artigo 198 descreve três diretrizes que devem ser seguidas para organizar as ações e os serviços de saúde. 
Observe a seguir:
6Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada 
e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
UNIVERSALIDADE
EQUIDADE
PARTICIPAÇÃO
POPULAR
REGIONALIZAÇÃO E 
HIERARQUIZAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO
E COMANDO ÚNICO
INTEGRALIDADE
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
1.2 LEI 8.080 DE 1990
Dois anos depois da criação do SUS, o que ocorreu na Constituição Federal, as chamadas "leis orgânicas da 
saúde" regulamentaram seu funcionamento.
No texto da Lei 8.080, de 1990, ocorreu uma ampliação das normas do SUS, desta vez chamando-se tudo de 
"princípios".
7Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
Veja, no esquema a seguir, que o que a Constituição chamou de "diretrizes", como a participação da comunidade, 
regionalização e hierarquização, e a descentralização, são chamados de maneira genérica nessa lei de "princípios".
PESSOAS INFORMAÇÃO
LEI Nº 8.080/1990 - PRINCÍPIOS (art. 7º)
RESOLVER, INTEGRAR,
CONJUGAR E ORGANIZAR (RICO)
VIOLÊNCIA CONTRA
MULHER
Atendimento para mulheres e 
vítimas de violência doméstica 
em geral
(Têm autonomia e acesso, participam, 
são iguais e recebem atendimento integral.)
Universalidade Preservar autonomia
de pessoas
Participação da
Comunidade
Direito à informação
Divulgação de
informações
Igualdade
Integralidade
Epidemiologia para
estabelecer prioridades
Capacidade de resolução
em todos os níveis
Conjugar recursos 
financeiros, tecnológicos, 
materiais e humanos das 3
esferas 
Integração de saúde, meio 
ambiente e saneamento
básico
Organizar serviços (evitar
duplicidade de meios 
para fins idênticos)
Descentralização com 
direção única em cada esfera
Ênfase para 
os municípios
Regionalização e 
Hierarquização
ESFERAS DO GOVERNO
Observe a redação encontrada na lei, em seu artigo sétimo:
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que 
integram o Sistema Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 
198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios (o 15° princípio foi adicionado em 
18/09/2023):
• I universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
• II integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade 
do sistema;
• III preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
• IV igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
• V direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
• VIdivulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário;
• VII utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a 
orientação programática;
• VIII participação da comunidade;
8Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
• IX descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 
• (a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
• (b)regionalizaçãoe hierarquização da rede de serviços de saúde;
• X integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
• XI conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
• XII capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
• XIIIorganização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
• XIV organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de 
violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e 
cirurgias plásticas reparadoras. 
• XV - proteção integral dos direitos humanos de todos os usuários e especial atenção à identificação 
de maus-tratos, de negligência e de violência sexual praticados contra crianças e adolescentes (princípio 
incluído por meio da Lei 14.679, de 18 de setembro de 2023).
Revalidando, note ainda que, enquanto o princípio doutrinário da equidade 
é extraído de maneira interpretativa da Constituição, na Lei 8.080 de 1990, 
encontramos o princípio da igualdade.
1.3 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) determina que princípios e diretrizes do SUS e da rede de atenção 
à saúde (RAS) devam ser operacionalizados na atenção básica.
De acordo com esse documento, os termos "atenção básica" (AB) e "atenção primária 
à saúde" (APS) são termos equivalentes. Assim, as diretrizes e os princípios definidos nesse 
documento aplicam-se a ambos.
9Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
2.0 DISCUSSÃO SOBRE PRINCÍPIOS E 
DIRETRIZES DO SUS
PRINCÍPIOS
• Universalidade
• Equidade
• Integralidade
DIRETRIZES
• Regionalização e
Hierarquização
• Cuidado centrado
na pessoa
• Coordenação do
cuidado
• Territorialização
• Resolutividade
• Ordenação da
rede
• População
Adscrita
• Longitudinalidade
do cuidado
• Participação da
comunidade
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
CAPÍTULO
Revalidando, agora que já conhecemos a origem (e as controvérsias) dos princípios e diretrizes do SUS, vamos 
estudar cada um dos conceitos e como eles se aplicam na prática.
2.1 UNIVERSALIDADE
O princípio doutrinário da universalidade garante acesso de todas as pessoas aos serviços e ações 
de saúde do SUS. Isto é, todo ser humano tem direito de ser atendido nesse sistema, independentemente 
de nacionalidade ou de seu estado legal no país.
2.2 EQUIDADE
O princípio doutrinário da equidade define que devemos ofertar as ações e os serviços de saúde de maneira 
justa e equilibrada, de acordo com as peculiaridades exigidas para cada caso. 
Percebemos que a PNAB elenca como “princípios” os mesmos termos que estudamos como princípios 
doutrinários. No entanto, as diretrizes contempladas pela PNAB são mais amplas do que os princípios organizativos.
10Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
Nesse sentido, aqueles que precisam de mais recursos (os grupos mais vulneráveis) devem receber mais atenção, 
e os menos necessitados deverão receber menos recursos. 
Políticas específicas de saúde, como para a população do campo ou pessoas em 
situação de rua, são exemplos práticos de aplicação do princípio da equidade, pois são 
uma forma de direcionar um tratamento diferenciado para esses grupos, que apresentam 
necessidades e características diversas do restante da população.
2.3 INTEGRALIDADE
O princípio doutrinário da integralidade determina que as ações de saúde devem atender o ser humano como 
um todo, de forma integral, em seus aspectos biopsicossociais, em todos os níveis de complexidade.
11Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
Revalidando, a Lei nº 8.080/1990 descreve que a integralidade da assistência é 
o “conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, 
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade 
do sistema”.
2.4 DESCENTRALIZAÇÃO E COMANDO ÚNICO
O princípio organizativo da descentralização determina que haja a redistribuição dos poderes e das 
responsabilidades do sistema de saúde entre as três esferas do governo, com ênfase para os municípios.
Com a descentralização, as esferas estadual e municipal passam a 
atuar mais efetivamente no processo de planejamento das ações de saúde, 
com destaque para os municípios. A gestão municipal, por estar mais próxima 
da realidade da população, está melhor embasada para definir que ações de 
saúde são prioritárias, de acordo com as necessidades locais.
12Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
O comando único em cada esfera de governo pressupõe que cada uma 
dessas esferas tem autonomia e soberania em suas decisões e atividades, 
desde que sejam respeitados os princípios e diretrizes gerais do SUS.
2.5 REGIONALIZAÇÃO
Esse princípio organizativo orienta a criação de uma rede de atenção à saúde regionalizada, em que as ações e 
os serviços de saúde sejam organizados de modo integrado entre municípios vizinhos, de modo a garantir que todas 
as necessidades de saúde da população possam ser atendidas. Ou seja, não é necessário que um mesmo município 
disponha de todos os pontos de atenção, pois vários municípios podem se unir, criando uma região de saúde, em que 
cada um contribui com um serviço, contemplando toda a população regional em todos os níveis de atenção.
13Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
2.6 HIERARQUIZAÇÃO
O princípio organizativo da hierarquização orienta que os serviços prestados no SUS devem ser organizados 
em níveis crescentes de densidade tecnológica, considerando ainda a complexidade exigida para o caso. Assim, 
o acesso à rede de atenção à saúde deve ser iniciado nas portas de entrada do sistema, preferencialmente 
na atenção básica. Caso o paciente necessite, será direcionado para o próximo nível de atenção para ter sua 
necessidade de saúde atendida.
14Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
2.7 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
O princípio organizativo de participação da comunidade determina que o controle social do SUS é garantido 
por meio de instâncias colegiadas, conhecidas como Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde. Por meio dessas 
entidades representativas, a população participa da “formulação de estratégias e no controle da execução da política 
de saúde” em todos os níveis da governança.
2.8 TERRITORIALIZAÇÃO E ADSCRIÇÃO DA POPULAÇÃO
Revalidando, a diretriz da PNAB da territorialização consiste em delimitar territórios de um município que 
sejam semelhantes em relação a seus aspectos socioeconômicos e culturais e que compartilhem dos mesmos 
problemas de saúde. 
Dentro de um município, existem muitas diferenças sociais, culturais, 
sanitárias, ambientais, econômicas e geográficas, o que torna difícil 
criar uma "política única" para toda a população, pois há grande 
heterogeneidade. Territorializar permite uma avaliação mais precisa sobre 
uma determinada comunidade, tornando personalizadas as políticas para 
cada realidade.
15Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
Portanto, em um município, espera-se a criação de diversos territórios e microáreas, cada qual com dinâmica 
própria, mas também com serviços de saúde que possam oferecer integralidade para aquela região. 
Veja, a seguir, um resumo dos conceitos apresentados, incluindo a adscrição.
QUADRO DE CONCEITOS
O QUE É TERRITÓRIO?
É o espaço geográfico onde estão estabelecidas as relações sociais, a vivência das necessidades de 
saúde e a interação com as equipes de atenção.
O QUE É TERRITORIALIZAÇÃONO SUS?
Refere-se à organização dos serviços de saúde, considerando o conhecimento do território específico, 
onde as equipes de atenção atuam.
E O QUE É ADSCRIÇÃO NO SUS?
A adscrição está relacionada à responsabilização da equipe da unidade de saúde pelos sujeitos que 
vivem em determinada área geográfica pré-definida no processo de territorialização, ou seja, a adscrição 
determina, por exemplo, a população de usuários que a equipe da unidade de saúde deve ser responsável. 
Nesse contexto, o termo população adscrita é aquela presente em determinado território.
Fonte: capítulo I do anexo da Portaria MS/GM nº 2.436, de 21 de setembro de 2017.
Seguem os conceitos dos diferentes tipos de territórios:
16Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
2.9 OUTRAS DIRETRIZES DA PNAB
A resolutividade enfatiza que a atenção básica deve resolver a maior parte 
dos problemas de saúde das pessoas, cerca de 80 a 90% das demandas. Isso ocorre 
com a utilização racional de recursos e baixa densidade tecnológica.
Para atingir essa excelência, o médico de família deve atuar com o cuidado 
centrado na pessoa, em que o ser humano é valorizado e tem sua autonomia 
respeitada, ressaltando-se a importância do olhar biopsicossocial.
Caso não seja possível resolver a necessidade do paciente na atenção primária, ocorrerá a ordenação da rede, 
com a articulação dos cuidados necessários em outros níveis de atenção. Isso garante a utilização dos recursos de 
forma organizada na rede, de acordo com as necessidades de saúde das pessoas.
Revalidando, observe a imagem a seguir para fixar os conceitos estudados!
A longitudinalidade pressupõe que a atenção à saúde seja regular e continuada, 
com seguimento do cuidado ao longo do tempo e fortalecimento do vínculo entre a 
equipe de saúde e o usuário ou a comunidade.
17Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
CAI NA PROVA
(UFMT – 2021 ) Dona Júlia tem 57 anos e está com muita dor nas costas, há mais de um mês. Ela é obesa, dona de casa 
e sustenta a sua vida lavando roupas para terceiros. Ela resolveu procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 
no último sábado, porque teve muita dor no final da sexta-feira passada. Chegou à UPA às 6 horas da manhã, pegou 
a senha de atendimento e logo em seguida foi atendida pela enfermeira, que lhe colocou uma pulseira azul. Após 45 
minutos de espera, Dona Júlia ficou irritada ao perceber que várias pessoas que chegaram após ela já haviam sido 
atendidas pelo médico. Reclamou com a administração da UPA, porém lhe explicaram que a ordem dos atendimentos 
estava correta. Esclareceram que todos que foram atendidos em sua frente estavam com pulseiras vermelhas, laranjas 
ou amarelas, da classificação de risco. Qual princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde brasileiro é exemplificado 
com a situação do atendimento da Dona Júlia?
A) Universalidade de acesso.
B) Integralidade.
C) Equidade.
D) Hierarquia de serviços.
COMENTÁRIOS: 
Revalidando, perceba que, ao priorizar pessoas que tinham casos mais graves (pulseiras vermelhas, laranjas 
e amarelas), atendendo-as antes de Dona Júlia, cumpre-se o princípio doutrinário da EQUIDADE, destinando maior 
atenção a quem precisa mais.
Correta a alternativa C.
(UFMT – 2017) NÃO são objetivos do princípio da regionalização do Sistema Único de Saúde brasileiro:
A) Reduzir gastos e controlar os recursos, possibilitando ganhos nas ações e serviços de saúde em nível regional.
B) Potencializar o processo de descentralização das ações de saúde e organizar as demandas nas diferentes regiões 
e municípios.
C) Reduzir as desigualdades territoriais e promover a equidade na oferta de serviços de saúde.
D) Garantir acesso e qualidade às ações e aos serviços de saúde, cuja complexidade transcenda a escala municipal.
COMENTÁRIOS: 
Correta a alternativa A, porque as regiões de saúde não objetivam a redução dos gastos, mas, sim, a 
racionalização desses. Além disso, os recursos devem ser otimizados, de modo que a oferta seja compatível com a 
demanda. 
18Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
Incorreta a alternativa B, porque a regionalização é um processo que reforça a descentralização dos serviços de 
saúde, que antes eram controlados no nível nacional. Por que ela reforça? Porque o processo de regionalização 
envolve a organização de regiões de saúde, trazendo a execução do SUS para o nível local. 
Incorreta a alternativa C, porque a regionalização no SUS organiza os serviços de saúde de modo a atender todos 
os territórios, promovendo a equidade e a integralidade da atenção.
Incorreta a alternativa D, porque as regiões de saúde podem contemplar estados diferentes e municípios diferentes. 
Lembre-se de que nem todos os municípios contemplam o mínimo necessário para que uma região de saúde seja 
instituída, necessitando recorrer a serviços de municípios adjacentes. Além disso, a depender da posição geográfica, 
certos municípios recorrem a serviços hospitalares de outros estados, que estão mais próximos de sua localização. 
Assim, a organização de ações e serviços de saúde possui uma complexidade que transcende o nível municipal.
(INEP – 2017) Uma adolescente com 16 anos de idade, após o parto de seu segundo filho, retorna à Unidade Básica 
de Saúde (UBS) para consulta de puericultura. O médico, após examiná-la, orienta-a acerca das opções potenciais de 
métodos contraceptivos, alguns deles fornecidos na própria UBS e outros disponíveis na unidade de referência do 
programa Saúde da Mulher do município. Essa ação em particular, centrada nas necessidades das pessoas e articulada 
nos diversos níveis de complexidade do sistema de saúde, é a expressão de qual princípio do Sistema Único de Saúde 
(SUS) no Brasil?
A) Controle Social.
B) Regionalização.
C) Integralidade.
D) Equidade.
COMENTÁRIOS:
Revalidando, observamos, no enunciado, que a jovem e seus filhos foram acolhidos, e todas suas necessidades 
foram observadas, atingindo-se o princípio doutrinário da INTEGRALIDADE.
Correta a alternativa C.
(INEP – 2013) Em uma pequena cidade, de oito mil habitantes, foi iniciada uma nova gestão Municipal, que buscou 
implementar o modelo de Estratégia de Saúde da Família. A população, entendendo que o atendimento poderia 
piorar, reagiu negativamente. A fim de sensibilizar a população em prol da consolidação do modelo, uma equipe da 
Secretaria Estadual de Saúde foi mobilizada. Para alcançar este objetivo, durante uma reunião com a comunidade, a 
equipe explicitou os princípios do novo modelo. Entre os argumentos apresentados abaixo, qual seria o CORRETO para 
a equipe utilizar?
19Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
A) A realização da territorialização possibilitará a identificação das fortalezas e fragilidades dos equipamentos da 
comunidade.
B) No processo de adscrição da clientela, as famílias que não forem previamente cadastradas não serão atendidas 
pela equipe de saúde.
C) A mudança de um modelo assistencial preventivo para um curativo será positiva, pois beneficiará as pessoas com 
doenças crônicas.
D) Com a implementação desta estratégia, o atendimento será hierarquizado, isto é, antes da consulta médica haverá 
a consulta de enfermagem.
E) O novo modelo terá como objetivo realizar promoção e prevenção à saúde, o que praticamente elimina a 
necessidade de atendimentos individuais.
COMENTÁRIOS: 
Correta a alternativa A, pois a territorialização constitui-se no processo de análise de informações de um 
território, avaliando as condições de vida e saúde da comunidade para que seja possível subsidiar o planejamento 
em saúde. Esse processo envolve a identificação das características ambientais, históricas e sociais que interferem 
na saúde dos indivíduos de uma determinada região.
Incorreta a alternativa B, já que um dosprincípios do SUS é a universalidade.
Incorreta a alternativa C, visto que o modelo preventivo é muito mais eficaz e mais barato do que o modelo curativo, 
baseado no conceito biomédico.
Incorreta a alternativa D, pois a hierarquização trata-se dos diferentes níveis de atenção disponíveis no SUS: primária 
ou atenção básica, secundária e terciária.
Incorreta a alternativa E, pois, independentemente das políticas em saúde, sempre haverá demanda.
(CESUPA – 2020) As Políticas de Saúde para populações do campo e da floresta, negros, ciganos, pessoas em situação 
de rua, pessoas com deficiência, entre outros, são exemplos práticos de qual princípio do SUS:
A) Universalidade.
B) Participação popular.
C) Regionalização.
D) Equidade.
COMENTÁRIOS: 
Revalidando, o desenvolvimento de políticas públicas diferentes para populações com características diversas 
corresponde à aplicação do princípio da “equidade”.
Correta a alternativa D.
20Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
(UFMT – 2010) Contemplando o processo democrático participativo, um dos princípios do Sistema Único de Saúde 
(SUS) considera essencial a participação popular que
A) é feita por meio do poder legislativo.
B) significa que o acesso ao SUS deve ser garantido a todos.
C) significa que os membros dos Conselhos de Saúde devem ser indicados pelo governo.
D) significa que todos devem ser atendidos, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.
E) é feita por meio dos Conselhos e Conferências de Saúde.
COMENTÁRIOS:
Revalidando, lembre-se de que a participação popular é um princípio organizativo do SUS, garantido por meio 
da representação popular nos Conselhos e Conferências.
Correta a alternativa E.
(UFMT – 2010) Os princípios doutrinários relacionados à legitimidade do Sistema Único de Saúde são:
A) universalidade, integralidade e equidade.
B) universalidade, integralidade e descentralização.
C) descentralização, integralidade e equidade.
D) equidade, universalidade e hierarquização. 
E) descentralização, hierarquização e equidade.
COMENTÁRIOS: 
Revalidando, questão muito objetiva! Os princípios DOUTRINÁRIOS são universalidade, integralidade e equidade.
Correta a alternativa A.
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3.0 LISTA DE QUESTÕES
https://estr.at/BHqM
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22Prof. Thales Thaumaturgo | Medicina Preventiva 
SUS PARTE II: Princípios e Diretrizes do SUS
4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
CAPÍTULO
CAPÍTULO
1. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [Internet]. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/ Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 05 mai. 2021.
2. BRASIL. Centro de Educação e Assessoramento Popular (CEAP). Centro de Educação e Assessoramento Popular 
(CEAP) / Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O SUS e a efetivação do direito humano à saúde. Passo fundo: 
Saluz, 2017. Disponível em: https://rest. formacontrolesocial.org.br/materials/cartilha-ceap.pdf. 
3. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá 
outras providências. Brasília, set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. 
4. BRASIL. Portaria de Consolidação MS/GM nº 2, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das normas sobre as 
políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Brasília, set. 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10_2017. html. 
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de 
Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.
html. 
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. ABC do SUS doutrinas e princípios. Brasília/
DF, 1990. Disponível em: http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_doutrinas_e_principios.pdf. 
Chegamos ao final deste livro Revalida Exclusive. Espero que os temas tenham ficado claros e que o ajudem na 
hora da prova. 
Aproveito para lembrar que você encontra milhares de questões respondidas em nosso banco de questões! 
Um grande abraço,
Professor Thales Thaumaturgo
https://www.who.int/ageing/publications/global_health.pdf
https://www.who.int/ageing/publications/global_health.pdf
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/seguridade-social-conceito-constitucional-e-aspectos-gerais/
http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa/estrategia-1
http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa/estrategia-1
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	1.0 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS
	1.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
	1.2 Lei 8.080 de 1990
	1.3 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
	2.0 DISCUSSÃO SOBRE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS
	2.1 Universalidade
	2.2 Equidade
	2.3 Integralidade
	2.4 Descentralização e comando único
	2.5 Regionalização
	2.6 Hierarquização
	2.7 Participação da comunidade
	2.8 Territorialização e adscrição da população
	2.9 OUTRAS DIRETRIZES DA PNAB
	3.0 Lista de questões
	4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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