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Metabolismo energético & transferência de energia Fisiologia do Exercício Prof. Marco Angelo, MSc. Cref1: 5903-G. metabolismo celular? • “Metabolismo celular” é o conjunto de todas reações químicas que ocorrem nas células. 2 Divisão do metabolismo • Existe pouca quantidade de ATP nas células disponíveis para promover a contração muscular por apenas 1-3s. • É necessário a sua ressíntese; • Vias de ressíntese do ATP: 1ª VIA via dos fosfagênios ou anaeróbica alática. 2ª VIA via glicolítica ou anaeróbica lática. 3ª VIA via oxidativa ou via aeróbica. 3 Energia para contração muscular A única molécula capaz de liberar energia para contração muscular é a adenosina trifosfato ou ATP. ADP + Pi + nH+P <=> ATP + nH + N Ligação energética Libera 7,3 KCAL 4 ATP • ATP ou Trifosfato de adenosina (adenosina trifosfato), é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas. É constituída por adenosina (é um nucleosídeo, formado pela união de uma adenina e uma ribose), uma base nitrogenada, associada a três radicais fosfato conectados em cadeia, sendo a energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos. • A adenosina monofosfato cíclico (AMPc), colabora em vias de sinalização intracelular. 5 ÁCIDOS NUCLÉICOS BASES NITROGENADAS Adenina - Timina - Uracilo - Guanina - Citosina - Purina - Pirimidina NUCLEOSÍDEOS Adenosina - Uridina - Guanosina - Citidina - Desoxiadenosina - Timidina - Desoxiguanosina - Desoxicitidina - Inosina NUCLEOTÍDEOS AMP - UMP - GMP - CMP - ADP - UDP - GDP - CDP - ATP - UTP - GTP - CTP - AMPc - GMPc DESOXINUCLEOTÍDEOS dAMP - dTMP - dUMP - dGMP - dCMP - dADP - dTDP - dUDP - dGDP - dCDP - dATP - dTTP - dUTP - dGTP - dCTP ÁCIDOS NUCLEICOS DNA - RNA - PNA - RNAm - miRNA - RNAr - RNAt - DNAmt - Oligonucleotídeo 6 ATP • Duas formas de produção: 1. A nível de substrato 2. A nível da cadeia respiratória de transporte de elétrons. Os substratos ricos em energia com ΔGº’ mais negativo que - 7,3 Kcal/mol transferem sua energia por hidrólise ao ATP mediante o acoplamento com a reação de síntese de ATP (ADP + Pi ® ATP + H2O, de Δ Gº’= + 7,3 Kcal/mol). Na fosforilação oxidativa a reação de síntese de ATP é acoplada à da oxidação do NADH+ (e FADH2) pelo O2, de Δ Gº’= - 52,7 Kcal/mol, que ocorre a nível da cadeia respiratória. 7 As células obtêm energia livre em uma forma química pelo catabolismo de moléculas dos nutrientes e emprega esta energia para sintetizar ATP a partir de ADP e Pi. O ATP transfere, então, parte da sue energia química para os processos endergônicos, como a síntese de intermediários metabólicos e de macromoléculas a partir de precursores menores, para o transporte de substâncias através de membranas e contra gradientes de concentração e para a realização de trabalho mecânico. Esta transferência de energia pelo ATP envolve, em geral, a participação do ATP na reação que recebe a energia, resultando na conversão do ATP em ADP e Pi. Desta forma, o ATP funciona como transportador de energia dos processos liberadores dela para as atividades celulares básicas que requerem energia. O ATP é uma molécula constituída por uma adenina (purina), uma ribose e três grupos fosfatos. Em pH 7,0 o ATP ocorre como um ânion multicarregado devido ao fato de seus grupos fosfatos estarem quase completamente ionizados neste pH. Sua energia livre padrão de hidrólise é de – 7,3 kcal/mol. O ATP possui alta energia livre padrão principalmente devido a três aspectos. O primeiro é o grau de ionização do ATP e de seus produtos de hidrólise. Em pH 7,0 o ATP está quase totalmente ionizado, na forma iônica ATP4-. Pela hidrólise ele libera três produtos: ADP3-, HPO2-4 e H+. Nas condições padrão, ATP4-, ADP3-, HPO2-4 estarão presentes em concentrações iguais a 1M. Entretanto, em pH 7,0 a concentração do íon H+ é de apenas 10-7M. Isto significa que pela lei da ação das massas o equilíbrio da hidrólise do ATP é deslocado fortemente no sentido de formação dos produtos, pois a [H+] em pH 7,0 é muito baixa comparada com as concentrações padrão dos outros componentes da reação. A Segunda razão para o alto valor da energia livre padrão do ATP é que em pH 7,0 a molécula do mesmo possui quatro cargas negativas muito próximas, e estas repelem-se fortemente. Quando a ligação do grupo fosfato terminal é hidrolisada, a grande repulsão eletrostática que existia no ATP é amenizada. A terceira razão para o valor alto e negativo da energia livre padrão do ATP é o fato que cada um dos produtos, ADP3- e HPO2-4, são híbridos ressonantes, formas especialmente estáveis nas quais certos elétrons estão em uma configuração que possui uma quantidade de energia muito menor que aquela que possuíam em suas posições originais na molécula de ATP. Assim, quando o ATP é hidrolisado, os elétrons nos produtos podem cair para níveis energéticos menores que aqueles do ATP não hidrolisado. Isto condiciona que ADP3- e HPO2-4, livres um do outro, contenham uma quantidade de energia livre menor que aquela que possuíam quando ainda unidos, formando ATP4-. As células musculares (esqueléticas e cardíacas), possuem uma forma eficaz de regenerar parte do ATP consumido durante o esforço físico. O processo utilizado por essas células é a estocagem de fosfocreatina, que regenera rapidamente o ATP a partir do ADP, pela reação da creatina quinase. Contudo, durante a recuperação do esforço, a mesma enzima é usada para ressintetizar a fosfocreatina a partir da creatina à expensa do ATP. 8 METABOLISMO ANAERÓBICO Vias de ressíntese do ATP 9 1ª Via Metabólica CREATINA CREATINA FOSFORILADA Fórmula molecular: C4H9N3O2 FOSFORILAÇÃO É a adição de um grupo fosfato (PO4) a uma proteína ou outra molécula. Enzima creatina quinase (CPK). 10 1ª Via Metabólica H2O Em pH 7,0 ADP + Pi ENERGIA 7,3Kcal/ mol ENZIMA ATPase 11 12 METABOLISMO ANAERÓBICO LÁTICO 2ª VIA METABÓLICA GLICOSE + 2 ADP + 2 PI + 2 NAD+ ---> 2 PIRUVATO + 2 ATP + 2 NADH + 2 H+ + 2 H2O Vias de ressíntese do ATP Glicolítica 13 A GLICÓLISE OU GLUCÓLISE É a seqüência metabólica, na qual as reações enzimáticas oxidam a glicose produzindo duas moléculas de Ácido Pirúvico e dois equivalentes reduzidos de NAD+, e produzirão duas moléculas de ATP 15 16 17 1ª ETAPA • A glicose entra nas células por difusão facilitada. • A glicose é fosforilada com o gasto energético de uma molécula de ATP para gerar a glicose-6- fosfato, a fim de não poder sair da célula. E depois se isomeriza para formar frutose-6-fosfato. HEXOCINASE 18 2ª ETAPA • Para poder ser utilizada na produção de energia, a glucose-6-fosfato é primeiro isomerizada a frutose-6- fosfato. Fosfoglicose isomerase 19 3ª ETAPA • A frutose-6-fosfato é fosforilada a frutose-1,6- bisfosfato numa reação catalizada pela fosfofrutocinase • Há o gasto de outra molécula de ATP. São gastas duas moléculas de ATP. • Esta é uma reação irreversível na qual intervém a glicose e o ATP, além de ser indispensável o cátion Mg2+ e consta de cinco reações bioquímicas fosfofrutocinase 20 4ª ETAPA • A frutose-1,6-bisfosfato é clivada em duas moléculas de três carbonos cada (triose). • A aldolase é a enzima catalizadora da reação aldolase 21 6ª ETAPA • A reação de oxidação do gliceraldeído-3-fosfato pelo NAD+ (E0=-320 mV) é espontânea; • A produção de ATP a partir de ADP e Pi se realiza se existir uma diferença de potencial de cerca de 180 mV; • A produçãode ATP é feita em dois passos. No primeiro, dá-se a oxidação do gliceraldeído-3-fosfato e a fosforilação do ácido produzido. • O grupo fosfato do carbono 1 do 1,3-bisfosfoglicerato é transferido para ADP, produzindo ATP. 22 Etapa seguintes • O 3-fosfoglicerato é isomerizado a 2- fosfoglicerato, que depois de desidratado (i.e. perder H2O) dá origem a um fosfoenol. • Devido ao seu elevado potencial de transferência de fosfato o fosfoenolpiruvato pode transferir um fosfato ao ADP 23 Etapa final • O NAD+ tem de ser regenerado, caso contrário a glicólise para, uma vez que é substrato de uma das reações. Em condições aeróbicas, o NADH transfere os seus elétrons para a cadeia transportadora de elétrons . Na ausência de O2 o NADH transfere os seus elétrons para o próprio piruvato, dando origem ao lactato (ac. Lático). 11 CH3-CO-COOH 24 Final • O piruvato pode ser oxidado a acetil-CoA, isso na presença de oxigênio, e no ciclo do ácido cítrico vai gerar CO2 e água; • O NADH formado vai ser oxidado (NAD) através da oxidação mitocondrial na cadeia de transporte de elétrons. 25 Reação 11 lactato LACTATO DESIDROGENASE (LDH) catalisa a redução do piruvato com o NADH, obtendo-se lactato e NAD+ . Piruvato + NADH + H+ —LDH—> Lactato +NAD+ 26 Ácido Lático ou Lactato? • É um composto orgânico de função mista ácido carboxílico - álcool que apresenta fórmula molecular C3H6O3 e estrutural CH3 - CH (OH) - COOH. • O lactato é o sal deste ácido. • Um sal é um composto iônico, ou seja, formado por cátions e ânions • Os ácidos carboxílicos são ácidos orgânicos caracterizados pela presença do grupo carboxila, representados como COOH. • Grupo carboxila é um grupamento orgânico (−COOH), presente em ácidos carboxílicos, derivado da união do grupamento carbonila (presente em aldeídos e cetonas) com o grupamento hidroxila (presente nas funções álcool e fenol). O caráter ácido destes compostos se dá justamente pela liberação do H+ que pode ser visto na extremidade da carboxíla. Quanto mais fácil for a liberação desse H+, mais ácido será o caráter do composto. • Pela nomenclatura IUPAC* é conhecido como ácido 2-hidroxi-propanóico ou ácido α-hidroxi-propanóico. *União Internacional de Química Pura e Aplicada (International Union of Pure and Applied Chemistry, IUPAC anion acetato, CH³ carboxíla piruvato 27 28 METABOLISMO AERÓBICO Vias de ressíntese do ATP 29 Metabolismo aeróbico ciclo do ácido cítrico cadeia de transporte de elétrons Sua função é oxidar a acetil-CoA (acetil coenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2. 3ª Via Metabólica Fosforilação oxidativa Aeróbica 3ª Via Metabólica A terceira via metabólica na verdade é a segunda grande etapa da glicólise, em que parte do ácido pirúvico é oxidado no ciclo do ácido cítrico o de Krebs. Ainda, o NADH transfere o H+ em um processo paralelo, a cadeia de transporte de elétrons. A função é oxidar a acetil-CoA (acetilcoenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2. 32 33 Substratos metabolizados no ciclo • Glicose • Ácidos Graxos • Proteínas 34 Ciclo de Krebs 35 36 Ciclo de Krebs • Descoberto por Hans Adolf Krebs (1937); • Também é chamado de ciclo tricarboxílico ou do ácido cítrico: – O ácido cítrico é um ácido orgânico tricarboxílico. – É um ácido orgânico fraco. – Sua formula química é C6H8O7. • O ciclo é executado na mitocôndria; • Utiliza o oxigênio da respiração celular; • Oxida o acetil-CoA (acetil coenzima A) – Obtidos da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos. 37 38 Ciclo de Krebs - Função • Transferir H+ e “e-” ao NAD+ e FAD na cadeia de transporte de elétrons (NADH and FADH2). • Duas (2) moléc. De ATP são produzidas a nível de substrato (fosforilação). • Reciclar moléculas para converter oxaloacetato continuamente para processar a acetil-CoA. 39 Ciclo de Krebs 1. O piruvato sintetizado durante a glicólise é transformado em acetil CoA (coenzima A) por ação da enzima piruvato desidrogenase. 2. O acetil CoA vai reagir com o oxaloacetato que é um produto do ciclo anterior formando-se citrato. 3. O citrato vai dar origem a um composto de cinco carbonos, o alfa- cetoglutarato com libertação de NADH, e de CO2. 4. O alfa-cetoglutarato vai dar origem a outros compostos de quatro carbonos com formação de GTP, FADH2 e NADH e oxaloacetato. Após o ciclo de krebs ocorre outro processo denominado fosforilação oxidativa. 40 Ciclo de Krebs 5. O ciclo como um todo é regulado por: – Disponibilidade de substrato; – inibição por acúmulo de produto; – inibição alostérica das "primeiras" enzimas da via pelos "últimos”intermediários. 6. Em condições normais a velocidade da glicólise e do Ciclo do Ácido Cítrico estão integradas de forma que a quantidade de glicose metabolizada a piruvato é apenas a necessária para suprir o Ciclo. 41 Oxaloacetato NADH + H+ NAD+ Acetil-CoA + H2O CoA Citrato H2O Malato Acetil-CoA + 3NAD+ + FAD + GDP + Pi + H2O => 2CO2 + 3NADH + 3H+ + FADH 2 + GTP + CoA 42 Ciclo de Krebs • 1º O acetil-CoA é adicionado ao OXALOACETATO (reação de adição aldólica); • 2º O citrato é isomerizado a isocitrato (Descarboxilação a a- cetoglutarato); • 3º A hidrólise do succinil-CoA (ligações éster) produz ATP de forma direta; • A etapa final do ciclo de Krebs consiste em regenerar o oxaloacetato a partir do succinato. 43 Passo Substrato Enzima Tipo da reação Reagentes/ Coenzimas Produtos/ Coenzimas 1 Oxaloacetato Citrato sintase Condensação Acetil CoA + H2O CoA-SH 2 Citrato Aconitase Desidratação/Hidra tação H2O H2O 3 Isocitrato Isocitrato desidrogenase Oxidação NAD+ NADH + H+ 4 Oxalosuccinato Isocitrato desidrogenase Decarboxilação H+ CO2 5 α-Cetoglutarato α-Cetoglutarato desidrogenase Decarboxilação oxidativa NAD+ + CoA-SH NADH + H+ + CO2 6 Succinil-CoA Succinil-CoA sintetase Fosforilação ao nível do substrato GDP + Pi GTP + CoA-SH 7 Succinato Succinato desidrogenase Oxidação FAD FADH2 8 Fumarato Fumarase Adição (H2O) H2O 9 L-Malato Malato desidrogenase Oxidação NAD+ NADH + H+ Cadeia de transporte de elétróns 45 CTE? • Os 12 pares de elétrons envolvidos na oxidação da glicose são para as coenzimas NAD+ (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) e FAD (Flavina adenina Dinucleotídeo) para formar 10 NADH+2 e FADH2; • Os elétrons passam, então, para uma cadeia transportadora de elétrons, onde, através da reoxidação do NADH e FADH2, participam de redução-oxidação de cerca de 10 centros redox até reduzir O2 em H2O; • A energia livre estocada no gradiente de pH resultante leva à síntese de ATP a partir de ADP e Pi através da Fosforilação Oxidativa; • A reoxidação de cada NADH resulta na síntese de 3 ATPs; • A reoxidação de FADH2 produz 2ATPs; • Resultando em um total de 38 ATPs para cada glicose completamente oxidada a CO2 e H2O; • O doador de elétrons é, invariavelmente, uma coenzima reduzida, e o receptor final de elétrons, o oxigênio. 46 Os transportadores de elétrons estão agrupados em 4 complexos • Estão organizados na membrana interna da mitocôndria; • Estão agrupados em quatro complexos respiratórios;COMPLEXO RECEPTOR/DOADOR I NADH-CoQ redutase NADH desidrogenase Proteínas ferro-enxofre II succinato-CoQ redutase Succinato desidrogenase Proteínas ferro-enxofre Citocromo b III CoQ-citocromo c redutase Citocromos b e c1 Proteínas ferro-enxofre IV citocromo c oxidase Citocromos a e a1 Átomos de cobre 47 48 49 50 Origens e síntese do Acetil-CoA 51 Características anfibólicas do ciclo de Krebs 52 Reações Anapleróticas Para que um ciclo decorra normalmente é necessário que as concentrações dos vários intermediários se mantenham mais ou menos constantes, e como tal torna-se necessário repor um dos intermediários de cada vez que este sai do ciclo para originar outro composto. Para que isso seja possível ocorrem as chamadas reações anapleróticas, que permitem uma renovação eficiente dos intermediários em caso de necessidade. Estas reações permitem regenerar as concentrações de malato e oxaloacetato a partir do piruvato e do fosfoenolpiruvato. 53 Formas de regulação do ciclo de Krebs 54 Produção de íons H+ na mitoc. 55 Pares Redox (NAD+/NADH, FAD/FADH2): Oxidação de um composto é acompanhada da redução de outro. Complexo I e II transfererem e- para a Ubiquinona (Coenzima Q) móvel. Complexo I bombeia 4 H+ Ubiquinona transfere para o Complexo III que recebe 1 e- apenas. Contem citocromo (heme proteína) b e c1 Cit b serve para a reciclagem de e- junto com a Q ligada. Complexo III bombeia 2 H+ Cit c móvel transfere e- para o complexo IV que possui 2 grupos heme (a e a3) e 2 cobres (CuA e Cu B). Formam-se 2 H2O pelo fluxo de 4e - e 4 H+ pela redução de 1 O2. Complexo IV bombeia 4 H+ Complexo V FO bomba de protons F1: ATP sintase 3 unidades b ligam se a ATP, ADP e Pi. Cada uma tem uma conformação especifica num dado momento Forma T: Atividade catalitica Forma L: liga substratos fracamente (s/ at catalitica) Forma O: Aberta. Pouca afinidade por substratos Passagem de protons mudanca T-O L-T O-L (Portão prótons) (Liga F0-F1) Regula ATPase O ADP + Pi ATP ATP ADP + Pi ATP ATP Como ATP atravessa membrana mitocondrial Existe uma ATP-ADP translocase muito abundante na membrana mitocondrial (14% da proteina da membrana) Funciona em sistema de antiporte: passa ADPc para a mitocondria e leva ATPm para o citosol citosol Matriz ADP cit ADP Eversao ADP ADP m ATPm ATP Eversao ATP ATPc +++++++++++ - - - - - - - - 61 Metabolismo Intensidade x tempo 62 PH Bioquímica e Metabolismo 63 Ácidos x Bases (Bronsted-Lowry) • O metabolismo celular produz ácidos que são lançados, continuamente, nos líquidos intracelular e extracelular e tendem a modificar a concentração dos íons hidrogênio. • A manutenção da concentração dos íons hidrogênio dentro da faixa ótima para o metabolismo celular pH (7,4), depende: • As alterações do equilíbrio entre os ácidos e as bases no interior das células, no meio líquido que as cerca (líquido intersticial) e no sangue (líquido intravascular). 64 pH • Determina a quantidade do hidrogênio livre nas soluções. • A água é a substância padrão usada como referência, para expressar o grau de acidez ou de alcalinidade das demais substâncias. – A água se dissocia em pequena quantidade em íons hidrogênio (H+) e hidroxila (OH-). 65 pH • Para cada 1 molécula de água dissociada em H+ e OH-, há 10.000.000 de moléculas não dissociadas. A concentração do H+ na água, portanto, é de 1/10.000.000 ou seja 0,0000001. • Para facilitar a comparação dessas pequenas quantidades de íons, foi adotada a fração exponencial. Assim: – Pela fração exponencial o valor de 0,0000001 é expresso como 10-7. – É utilizada frações exponenciais positivas. • Foi criada a denominação pH, que representa o logarítmo negativo, ou seja, o inverso do logarítmo, da atividade do íon hidrogênio. • Os valores da atividade do hidrogênio nas soluções são expressos com números positivos. 66 Ph • A água tem partes iguais do cátion (H+) e do ânion (OH-). – Concentração de (H+) é de 10-7 – Concentração de (OH-) também é de 10-7 • Um exemplo disso é o H2SO4 (ácido sulfúrico) que em meio aquoso, libera íons H+ Um ácido forte, em solução, libera uma quantidade de íons hidrogênio (H+) H2SO4(l) 2H +(aq) + SO4 2-(aq) ou H2SO4 + 2 H2O 2 H3O +(aq) + SO4 2-(aq) 67 pH • Segundo a definição protônica, uma reação ácido-base envolve a competição de um próton (H+) entre duas bases. • Um ácido (ácido 1) ao reagir com uma base (base 2), sempre irá originar uma base fraca (base 1) e um ácido fraco (ácido 2). Formando-se pares de ácido e base conjugados. H2SO4 + 2 H2O 2 H3O +(aq) + SO4 2-(aq) (ácido 1) (base 1) (ácido 2) (base 2) ácido 1 base 1 base 2 ácido 2 68 Mecanismos reguladores do pH pH: Intracelular 6,9 nas células musculares e pode cair a 6,4 após um exercício extenuante. Sangue arterial 7,4 e 7,45 Sangue venoso 7,35 e 7,40 69 Mecanismos reguladores do pH • O mecanismo respiratório: – Ação rápida, – Elimina ou retém o dióxido de carbono do sangue. • moderador o teor de ácido carbônico. 70 Mecanismos reguladores do pH • Os pulmões: – Controlam as trocas de dióxido de carbono e oxigênio entre o sangue e a atmosfera externa. • Os eritrócitos: – Transportam os gases entre os pulmões e tecidos de nosso corpo. • Os rins: – controlam a concentração de bicarbonato: • Possui ação de tampão, excretando os íons hidrogênio e regulam a produção de eritrócitos através da secreção da eritropoetina, um hormônio que estimula a síntese de eritrócitos. 71 O equilíbrio ácido-base em nosso organismo. • O metabolismo gera CO2, que se dissolve em H2O ,formando o ácido carbônico H2CO3 que, dissocia-se formando o íon hidrogênio H+. – a concentração de íons hidrogênio no plasma permanece na faixa nanomolar (36-43 nmol.L-1; pH 7,37 - 7,44). 72 Tampões fisiológicos Tampões ácidos bases conjugadas Principal ação de tamponamento hemoglobina HHb Hb- eritrócitos proteínas HProt Prot- intracelular tampão fosfato H2PO4 - HPO4 2- intracelular bicarbonato CO2 H2CO3 HCO3 - extracelular 73 Tampão Bicarbonato • O dióxido de carbono produzido nos tecidos se difunde através das membranas celulares e dissolve-se no plasma sanguíneo. – O coeficiente de solubilidade do CO2 em água é de 0,23 quando a pCO2 é medida em kPa (ou 0,03 se medida em mmHg). Assim, com uma pCO2 de 5,3kPa, a concentração de CO2, dissolvido (dCO2) é: dCO2 (mmol/L) = 5,3kPa x 0,23 = 1,2 mmol/L • Concentração de bicarbonato no plasma 24mmol/L – pK do tampão bicarbonato é de 6,1. Sendo, assim: 74 Tampão Bicarbonato • Adiciona um ácido ou uma base no plasma. • Quando o ácido é adicionado, o bicarbonato reage e o CO2 é liberado: • O ácido carbônico é muito instável e, se dissocia em dióxido de carbono e água: H2O + CO2 75 Os distúrbios ácido-base metabólicos e respiratórios • Mecanismo de compensações Os distúrbios de equilíbrio ácido-base podem ter sua origem: – Metabólica – Respiratória – Mista. concentração de íons H+ acidose alcalose Origem metabólica ou respiratória 76 Os distúrbios • Acidose metabólica • Alcalose metabólica• Acidose respiratória aguda e crônica • Alcalos.e respiratória aguda e crônica 77 Gasometria arterial - referência pH 7,35 a 7,45 pO2 80 a 100mmHg pCO2 35 a 45mmHg HCO3 22 a 26mmol/l BE -3 a +3 78 Gasometria arterial pH 7,35-7,45 acidose alcalose PaCO2 35-45 mm Hg alcalose acidose HCO3 - 22-26 mEq/L acidose alcalose Componente respiratório Componente metabólico 79 Respostas compensatórias Acidose metabólica a diminuição do HCO3 - acarreta diminuição da PaCO2 Alcalose metabólica o aumento do HCO3 - acarreta aumento da PaCO2 Acidose respiratória o aumento da PaCO2 acarreta aumento do HCO3 - Alcalose respiratória a diminuição da PaCO2 acarreta diminuição do HCO3 - 80
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