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Química Geral e Orgânica (parte3/3)

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UNIDADE 3
QUÍMICA ORGÂNICA
ObjEtIvOs DE ApRENDIzAGEM
 A partir desta unidade você estará apto(a) a:
•	 caracterizar o elemento carbono;
•	 definir a Química Orgânica; 
•	 diferenciar compostos inorgânicos de compostos orgânicos;
•	 reconhecer os tipos de ligações nas cadeias carbônicas;
•	 classificar as cadeias carbônicas;
•	 identificar os hidrocarbonetos;
•	 reconhecer as funções químicas oxigenadas e nitrogenadas;
•	 identificar a nomenclatura dos compostos orgânicos conforme as 
normas da IUPAC (União de Química Pura e Aplicada);
•	 relacionar as forças intermoleculares com os pontos de fusão e 
pontos de ebulição dos compostos orgânicos;
•	 conhecer a ocorrência, a produção e as aplicações em nosso 
cotidiano dos compostos orgânicos;
•	 reconhecer os benefícios e malefícios dos compostos orgânicos 
ao meio ambiente e aos seres humanos.
pLANO DE EstUDOs
A Unidade 3 está dividida em três tópicos e, no final, você 
encontrará atividades que contribuirão para a compreensão e fixação 
dos conteúdos.
TÓPICO 1 – QUÍMICA ORGÂNICA - O ELEMENTO 
CARBONO
TÓPICO 2 – PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS 
ORGÂNICOS 
TÓPICO 3 – FUNÇÕES ORGÂNICAS – OS 
HIDROCARBONETOS
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A Química Orgânica é a parte da química que estuda os compostos do carbono. Já a 
química inorgânica estuda os compostos de outros elementos e os compostos de transição 
do carbono, ou seja, a química inorgânica estuda os compostos do reino mineral.
FONTE: Adaptado de: <http://hilariomoura.wordpress.com/aulas/quimica-organica/historico-quimica-
organica/>. Acesso em: 15 mar. 2012.
A Química Orgânica pode ser observada em diversas atividades de nosso cotidiano, 
como, por exemplo:
•	 Em nossa alimentação à base de frutas, verduras, grãos, carnes, legumes, cereais etc.
•	 Na indústria farmacêutica, com a fabricação de milhares de medicamentos.
•	 Os inúmeros defensivos agrícolas (pesticidas, herbicidas, raticidas, nematicidas, inseticidas 
etc.).
Atualmente, a Química Orgânica é indispensável para a vida dos seres humanos, o que 
nos torna dependentes de sua produção e evolução tecnológica.
O nosso corpo, nossas roupas, produtos de higiene pessoal, produtos de 
limpeza,maquiagem etc. possuem vários compostos orgânicos em sua constituição.
QUÍMICA ORGÂNICA - O ELEMENTO 
CARBONO
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1
UNIDADE 3
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2 PROPRIEDADES DO CARBONO
O carbono é um elemento químico, representado pelo símbolo “C”, que se encontra 
na Família 4A da tabela periódica (elementos representativos), apresenta quatro elétrons na 
camada de valência e é tetravalente, ou seja, tem a capacidade de realizar quatro ligações 
covalentes. Além da capacidade, o carbono necessita realizar quatro ligações para se 
estabilizar quimicamente, conforme foi estudado na regra do octeto. Na figura a seguir, temos 
a representação do carbono realizando quatro ligações simples.
FIGURA 49 – REPRESENTAÇÃO DO CARBONO 
REALIZANDO QUATRO LIGAÇÕES SIMPLES
FONTE: Disponível em: <luizclaudionovaes.sites.uol.com.br/
orgcad1.gif>. Acesso em: 25 fev. 2012.
O carbono também tem a capacidade de se ligar com outros átomos de carbono e 
outros átomos diferentes, formando as cadeias carbônicas. 
As cadeias carbônicas podem ser classificadas em: abertas (acíclicas) ou fechadas 
(cíclicas, alicíclicas), normais ou ramificadas, saturadas ou insaturadas, homogêneas, 
heterogêneas e aromáticas.
UNI
Cadeia carbônica: é uma sequência de carbonos ligados entre 
si, podendo haver outros átomos de elementos diferentes. O 
elemento hidrogênio, “H” por realizar apenas uma ligação 
(monovalente), serve muitas vezes, para completar as ligações 
do carbono e de outros elementos.
Os compostos orgânicos são formados, fundamentalmente, pelos elementos: C, H, O, 
e N, denominados organógenos.
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3 TIPOS DE LIGAÇÕES
Por ser um átomo tetravalente, o carbono tem a capacidade de realizar quatro ligações 
covalentes diferentes. As ligações realizadas pelo carbono podem ser:
•	 Ligação simples ou sigma (σ): é representada por um traço e equivale a uma ligação, ou 
seja o carbono pode realizar até quatro ligações do tipo simples ou sigma . Quando um átomo 
de carbono apresentar as quatro ligações do tipo sigma, sua geometria será tetraédrica e 
apresentará hibridação ou hibridização do tipo sp3. Repare que nos exemplos a seguir, temos 
dois átomos de carbono, ligando-se (etano) e suas ligações estão apenas representadas. 
Já na segunda situação temos três átomos de carbono, ligando-se entre si e suas ligações 
são completadas com átomos de hidrogênio. 
Exemplos:
Observação: Geometria é a representação espacial da molécula. Hibridação ou 
hibridização é a mistura dos orbitais s e p.
•	 Ligação dupla ou pi (π): é representada por dois traços e equivale a duas ligações, ou 
seja o carbono pode realizar até duas ligações do tipo dupla. Quando um átomo de carbono 
apresentar duas ligações do tipo sigma e uma dupla ligação, sua geometria será trigonal plana 
e apresentará hibridação ou hibridização do tipo sp2. Perceba que os hidrogênios estão ligados 
aos átomos de carbono, justamente para completar as quatro ligações necessárias.
 
Exemplo: (C2H4 – eteno).
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•	 Ligação tripla: é representada por três traços, formada por duas ligações do tipo pi e ligação 
do tipo sigma e equivale a três ligações, ou seja o carbono pode realizar uma ligação do tipo 
simples ou sigma e uma ligação tripla . Quando um átomo de carbono apresentar uma ligação 
do tipo sigma e uma tripla ligação, sua geometria será linear e apresentará hibridação ou 
hibridização do tipo sp. Perceba que os hidrogênios estão ligados aos átomos de carbono, 
justamente para completar as quatro ligações necessárias.
 
Exemplo: (C2H2 – etino).
•	 A hibridação ou hibridização do tipo sp e a geometria linear também podem ocorrer quando 
um átomo de carbono apresentar duas ligações duplas (representadas por dois traços). 
Exemplo: (CO2 – dióxido de carbono).
Nas cadeias carbônicas, muitas vezes, o carbono está ligado com elementos 
eletropositivos como o hidrogênio e elementos eletronegativos. Os elementos químicos, 
carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio são os mais frequentes nos compostos orgânico 
(cadeias carbônicas) e por isso são chamados de elementos organógenos, ou seja, elementos 
formadores de compostos orgânicos. Outros elementos como enxofre, fósforo, e os halogênios 
(Família 7A): flúor, cloro, bromo, iodo e alguns elementos metálicos, como ferro, magnésio, 
também podem estar presentes em cadeias carbônicas.
4 CLASSIFICAÇÕES DOS CARBONOS
Ao observarmos a estrutura de uma cadeia carbônica, muitas vezes notaremos que um 
átomo de carbono poderá estar ligado a dois outros átomos de carbono, a três e até a quatro 
outros átomos de carbono. Assim, podemos classificar cada carbono, justamente em razão a 
quantos outros átomos de carbono esse está ligado.
1. Carbono primário: está ligado somente a um átomo de carbono.
2. Carbono secundário: está ligado a dois átomos de carbono.
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3. Carbono terciário: está ligado a três átomos de carbono.
4. Carbono quaternário: está ligado a quatro átomos de carbono.
Veja a classificação de cada carbono que compõe a dada cadeiacarbônica, no exemplo 
a seguir:
FIGURA 50 – CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONOS LIGADOS ENTRE SI
FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/quimica-organica/carbono-primario-
secundario-terciario-e-quaternario/>. Acesso em: 25 fev. 2012.
Repare que os carbonos grifados em vermelho (CH3) são primários, ou seja, cada um 
deles está ligado a apenas um átomo de carbono. O carbono grifado em azul (CH2) é secundário, 
pois está ligado a dois outros átomos de carbono. O carbono grifado em verde (CH) é terciário, 
pois está ligado a três outros átomos de carbono. E finalmente, o carbono grifado em amarelo 
é quaternário, pois está ligado a outros quatro átomos de carbono.
Na figura a seguir, confira mais um exemplo das classificações dos carbonos:
FIGURA 51 – EXEMPLO DAS CLASSIFICAÇÕES DOS CARBONOS
FONTE: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/quimica/classificacao-
carbono.htm>. Acesso em: 15 mar. 2012.
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5 FÓRMULAS MOLECULARES E ESTRUTURAIS
Conforme citado anteriormente, os compostos carbônicos apresentam geometrias 
e essas, podem ser verificadas através da fórmula estrutural de uma molécula, que mostra 
justamente a disposição espacial dos átomos que estão ligados e os tipos de ligações que 
estão realizando. 
Numa linguagem mais simples, a fórmula estrutural é o “esqueleto” da molécula 
(composto ou cadeia carbônica). Já a fórmula molecular é a representação simplificada 
(condensada) dos átomos que estão ligados entre si e suas atomicidades (quantidades).
Para montar uma fórmula estrutural deve-se obedecer à geometria molecular, que é 
específica para cada composto e como estudamos anteriormente, também depende dos tipos 
de ligações que os átomos de carbono estão realizando.
Para montar uma fórmula molecular deve-se obedecer à seguinte ordem: 
1° o símbolo do elemento carbono;
2° o símbolo do elemento hidrogênio e, posteriormente os símbolos de outros organógenos 
que podem estar presentes.
Atente para os três exemplos na figura a seguir, as fórmulas estruturais do composto 
1, 2 e 3, cujas fórmulas moleculares são respectivamente: C4H10, C3H6O e C2H4.
FIGURA 52 – FÓRMULAS ESTRUTURAIS
FONTE: Disponível em: <google.imagens>. Acesso em: 15 mar. 2012.
6 CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS
As cadeias carbônicas podem ser classificadas através de diversos critérios, como: a 
composição molecular, tipos de ligação etc. Tais critérios de classificação das cadeias carbônicas 
serão reconhecidos agora.
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1. Cadeias fechadas, cíclicas ou alicíclicas: são cadeias carbônicas que não apresentam 
carbonos primários, pois a disposição dos átomos de carbono (e outros átomos) fecham um 
“ciclo”, um desenho geométrico. São cadeias cíclicas, porém não aromáticas, essas que 
veremos a seguir.
2. Cadeias abertas ou acíclicas: são cadeias carbônicas, não fechadas e, por isso, apresentam 
carbonos primários, secundários, terciários e quaternários. Não fecham um “ciclo” ou desenho 
geométrico. São lineares.
3. Cadeias homogêneas: são cadeias carbônicas formadas apenas por carbono e hidrogênio, 
ou seja, não apresentam heteroátomos.
4. Cadeias heterogêneas: são cadeias carbônicas que apresentam pelo menos um 
heteroátomo dentro da cadeia, ou seja, ligado no mínimo a outros dois átomos de carbono. 
Se o heteroátomo estiver ligado a apenas um átomo de carbono, ou seja, se não estiver 
dentro da cadeia (entre os carbonos), isso significa que esse heteroátomo está para fora da 
cadeia e assim, ela não é considerada como heterogênea.
Obs.: Heteroátomos: são elementos químicos diferentes de carbono e hidrogênio, como 
oxigênio, nitrogênio, enxofre, halogênios (Família 7A) etc.
5. Cadeias normais: são cadeias carbônicas que apresentam apenas carbonos primários e 
secundários. São cadeias retas, lineares e sem ramificação.
6. Cadeias ramificadas: são cadeias carbônicas que apresentam carbonos terciários e 
quaternários, ou seja, apresentam pelo menos uma ramificação (um radical). Quando 
a cadeia for ramificada deve-se definir: a cadeia principal, que é a parte da cadeia que 
apresenta a maior sequência (maior número) de átomos de carbonos ligados entre si; e a 
ramificação que é a menor parte da cadeia (menor número de átomos de carbonos ligados 
entre si), ou seja, é a parte que “sobrou” da cadeia principal. 
Obs.: Heteroátomo não é considerado ramificação. Ramificação é formada apenas por 
átomos de carbono e hidrogênio.
7. Cadeias saturadas: são cadeias carbônicas que só apresentam ligações simples (sigma) 
entre os átomos de carbono, ou seja, dentro da cadeia.
8. Cadeias insaturadas: são cadeias carbônicas que apresentam pelo menos uma dupla ou 
tripla ligação entre os átomos de carbono, ou seja, dentro da cadeia. Caso a insaturação 
(dupla ou tripla ligação) não estiver no mínimo entre dois átomos de carbono, essa cadeia não 
será considerada como insaturada, pois a insaturação está para fora da cadeia principal.
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9. Cadeias aromáticas: são cadeias cíclicas (fechadas) que apresentam no mínimo seis átomos 
de carbono ligados entre si e três duplas ligações alternadas dentro do anel aromático ou 
anel benzênico, que são representadas por um núcleo aromático ou núcleo benzênico. O 
núcleo aromático ou benzênico representa as três duplas ligações sofrendo ressonância 
dentro do anel aromático, ou seja, essas insaturações giram dentro do anel mudando 
de posições de forma alternada (uma dupla, uma simples, uma dupla, uma simples, uma 
dupla e uma simples). O representante das cadeias carbônicas aromáticas é o BENZENO 
(C6H6), formado por seis átomos de carbono ligados entre si e três duplas ligações alternadas 
dentro do anel aromático.
FIGURA 53 – ANEL AROMÁTICO - BENZENO
FONTE: Disponível em: <Googleimagens.com.br>. Acesso em: 26 fev. 2012.
A figura a seguir, apresenta as três representações estruturais do Benzeno.
FONTE 54 – REPRESENTAÇÕES ESTRUTURAIS DE BENZENO
FONTE: <Googleimagens.com.br>. Acesso em: 26 fev. 2012.
9.1 As cadeias aromáticas podem ser:
•	 Mononucleadas: apresentam apenas um anel aromático ou benzênico.
FIGURA 55 – EXEMPLOS: TOLUENO
FONTE: Disponível em: <Googleimagens.com.br>. Acesso 
em: 26 fev. 2012.
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•	 Polinucleadas: apresentam dois ou mais anéis aromáticos ou benzênicos ligados entre si.
FIGURA 56 – EXEMPLOS: NAFTALENO
FONTE: Disponível em: <Googleimagens.com.br>. Acesso em: 16 
fev. 2012.
As cadeias polinucleadas ainda são subdivididas em:
•	 Condensadas: os anéis aromáticos estão ligados diretamente entre si.
FIGURA 57 – EXEMPLO DE ANÉIS AROMÁTICOS
FONTE: Disponível em: <Googleiamgens.com.br>. Acesso em: 26 
fev. 2012.
•	 Isoladas: os anéis aromáticos estão ligados de forma isolada, ou seja, entre uma ou mais 
ligações.
FIGURA 58 – EXEMPLO DE ANÉIS AROMÁTICOS
FONTE: Disponível em: <Googleiamgens.com.br>. Acesso em: 26 fev. 2012.
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Caro(a) acadêmico(a), para classificar uma cadeia carbônica, 
deve-se levar em consideração todos os nove critérios estudados 
acima, pois uma mesma cadeia carbônica vai apresentar cada uma 
dessas classificações. Veja alguns exemplos a seguir.
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FIGURA 59 – CADEIA ACÍCLICA OU ABERTA, NORMAL, SATURADA E HOMOGÊNEA
FONTE: Disponível em: <www.brasilescola.com/.../cadeisa%20saturada.jpg>. 
Acesso em: 26 fev. 2012.
FIGURA 60 – CADEIA CÍCLICA OU FECHADA, NORMAL, 
INSATURADA E HOMOGÊNEA
FONTE: Disponível em:<www.brasilescola.com/upload/e/
cicloalceno(1).jpg>. Acesso em: 26 fev. 2012.
FIGURA 61 – CADEIAS ACÍCLICAS OU ABERTAS, RAMIFICADAS, SATURADAS E HOMOGÊNEAS
FONTE: Disponível em: <www.google. imagens>. Acesso em: 26 fev. 2012.
FIGURA 62 – CADEIA CÍCLICA OU FECHADA, NORMAL, 
INSATURADA E HETEROGÊNEA
FONTE: Disponível em: <www.google.imagens>. Acesso em: 
26 fev. 2012.
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FIGURA 63 – AROMÁTICA MONONUCLEADA
FONTE: Disponível em: <profs.ccems.pt/.../Hidrocarbonetos_aromticos.htm>. 
Acesso em: 26 fev. 2012.
7 NOMENCLATURA DAS CADEIAS CARBÔNICAS
A criação da nomenclatura oficial dos compostos orgânicos iniciou em 1892, em um 
congresso internacional em Genebra e depois de inúmeras reuniões, surgiu a nomenclatura 
IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada).
FONTE: Adaptado de: <http://www.dignow.org/post/grandes-nomes-da-ci%C3%AAncia-wallace-
carothers-2156072-33816.html>. Acesso em: 26 fev. 2012.
“A nomenclatura oficial visa uniformizar os critérios para se nomear um composto 
orgânico. Desse modo, para cada um dos milhões de compostos resulta um nome, construído 
de forma racional, que permite ter uma ideia de sua estrutura”. (COVRE, 2001, p. 469).
UNI
Além da nomenclatura oficial da IUPAC, outros tipos de 
nomenclaturas também podem ser usadas, como a nomenclatura 
usual, por exemplo.
•	 Regras da Nomenclatura dos Compostos Orgânicos: 
PREFIXO + INFIXO + SUFIXO
Prefixo: indica a quantidade de átomos de carbono pertencentes à cadeia principal. 
Confira no quadro a seguir.
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1 Carbono = met 6 Carbonos = hex 11 Carbonos = undec
2 Carbonos = et 7 Carbonos = hept 12 Carbonos = dodec
3 Carbonos = prop 8 Carbonos = oct 13 Carbonos = tridec
4 Carbonos = but 9 Carbonos = non 15 Carbonos = pentadec
5 Carbonos = pent 10 Carbonos = dec 20 Carbonos = eicos
QUADRO 18 – PREFIXOS QUANTO AO NÚMERO DE CARBONOS PRESENTES NA MOLÉCULA
FONTE: A autora
Infixo: indica o tipo de ligação entre os átomos de carbonos pertencentes à cadeia principal. 
Confira no quadro a seguir.
Somente ligações simples (sigma) = an Apresenta duas duplas ligações = dien
Pelo menos uma dupla ligação = en Apresenta três duplas ligações = trien
Pelo menos uma tripla ligação = in Apresenta duas triplas ligações = diin
QUADRO 19 – INFIXOS QUANTO AO TIPO DE LIGAÇÕES PRESENTES NA MOLÉCULA
FONTE: A autora
OBS.: Radicais (ramificações) apresentam sufixo: il
Exemplo: metil, etil, propil etc.
Sufixo: indica a função química do composto orgânico: 
Hidrocarboneto= no
Álcool= ol
Aldeído= al
Cetona= ona
Ácido carboxílico= oico
Amina= amina
Amida = amida
Éter= óxi 
Confira alguns exemplos:
a) CH4 
 
Fórmula: CH4 
Função orgânica: Hidrocarboneto (sufixo “o”) 
Nomenclatura: Metano 
 
b) H3C – CH = CH2 
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Fórmula molecular: C3H8
Função orgânica: Hidrocarboneto (sufixo “o”) 
Nomenclatura: 1 - Propeno 
c) CH3 – C ≡ C – CH3
Fórmula molecular: C4H6
Função orgânica: Hidrocarboneto (sufixo ‘o”)
Nomenclatura: 2- butino
Obs.: No Tópico 2, estudaremos as Funções Orgânicas.
LEITURA COMPLEMENTAR
PETROQUÍMICA: O PETRÓLEO A SERVIÇO DA SOCIEDADE MODERNA
A indústria do petróleo modificou o modo de vida da sociedade moderna, trazendo bem-
estar, conforto e novos materiais, como os plásticos. A chamada petroquímica originou-se a partir 
do aproveitamento de frações do petróleo com pouca qualidade para uso como combustível. A 
nafta, uma gasolina de pior qualidade para queima em motores, é a matéria-prima principal para 
produção de plásticos. O processamento químico da nafta gera moléculas pequenas, contendo 
entre dois e oito átomos de carbono em média, a partir da qual são gerados inúmeros produtos. 
Entre eles estão os polímeros (macromoléculas), popularmente conhecidos como plásticos, 
que são moldados para se tornarem utensílios domésticos, fibras para confecção de roupas, 
peças para automóveis, materiais de construção, espumas e inúmeros artigos utilizados no dia 
a dia (Figura 17). Os plásticos revolucionaram o século XX, permitindo que um maior número 
de pessoas tivesse acesso a roupas, móveis, automóveis e utensílios diversos.
FIGURA 17 – ALGUNS UTENSÍLIOS FEITOS DE MATERIAL PLÁSTICO
A indústria petroquímica pode ser dividida em três segmentos ou estágios (Figura 18). 
O primeiro é onde a nafta derivada do petróleo é transformada quimicamente em moléculas, 
como: eteno, propeno, benzeno e tolueno, entre outros produtos. Estes compostos são a base 
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FIGURA 18 – A CADEIA PETROQUÍMICA
Atualmente, muitas pessoas condenam o uso maciço de plásticos alegando que a 
natureza leva muitos anos para decompô-los, o que causa um grande problema ambiental. 
Certamente, a grande utilização dos plásticos em diversos setores da sociedade moderna se 
deve, justamente, à sua durabilidade e estabilidade química. Porém, os principais plásticos 
utilizados atualmente podem ser reciclados, minimizando os efeitos danosos para o meio 
ambiente. Talvez falte um pouco mais de esclarecimento e conscientização da necessidade de 
reciclagem de produtos plásticos. Da próxima vez que utilizar uma garrafa PET (sigla de um 
polímero chamado polietileno-tereftalato) ou utilizar uma sacola plástica pense nisto e procure 
um posto de reciclagem. Se não houver em seu bairro ou cidade, cobre das autoridades locais 
alguma providência nesse sentido. 
 A Química não foi feita para poluir o ambiente, mas para criar soluções e melhorar a 
qualidade de vida da população.
FONTE: Mota; Rosenbach Jr.; Pinto. Química e energia: transformando moléculas em desenvolvimento. 
Disponível em: <webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/quimica/sbq/.../searchtext.xm...>. Acesso 
em: 26 fev. 2012.
para formação de diversas substâncias produzidas no segundo estágio, ou segunda geração 
da petroquímica. Assim, o eteno sofre uma reação onde suas moléculas combinam-se entre 
si para formar o polietileno (o outro nome como o eteno é conhecido é etileno, daí o uso da 
palavra polietileno). O propeno também pode sofrer o mesmo tipo de reação para formar o 
polipropileno (propileno é outro nome do propeno). 
Esses plásticos são transformados em utensílios e materiais diversos no terceiro 
segmento ou terceira geração da indústria petroquímica. O polipropileno, por exemplo, pode 
ser moldado na forma de potes que são utilizados diariamente por inúmeras famílias para 
armazenamento de alimentos, podendo ir diretamente do freezer ao forno de micro-ondas. Ele 
também é muito utilizado na indústria automobilística para a confecção de partes do automóvel, 
em substituição ao metal. O polietileno é utilizado na confecção de sacolas plásticas usadas 
em inúmeras situações do dia a dia.
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Neste tópico, você aprendeu que:
• Química Orgânica é a parte da química que estuda os compostos de carbono.
• O carbono é um elemento químico que está localizado na Família 4A da Tabela Periódica.
• O carbono é tetravalente, ou seja, apresenta a capacidade de realizar quatro ligações 
covalentes devido aos seus quatro elétrons da camada de valência.
• Organógenos são elementos químicos formadores dos compostos orgânicos, são eles: C, 
H, O e N.
• As ligações realizadas pelo carbonopodem ser: ligações simples, duplas e triplas.
• Os carbonos podem se classificados em primários, secundários terciários ou quaternários.
• Cadeia carbônica é uma sequência de átomos de carbono ligados entre si podendo apresentar 
heteroátomos.
• As cadeias carbônicas podem ser classificadas como: acíclicas ou abertas, cíclicas ou 
fechadas, aromáticas, homogêneas ou heterogêneas, normais ou ramificadas, saturadas 
ou insaturadas.
• A nomenclatura dos compostos orgânicos difere para cada composto e segue as regras 
estabelecidas pela IUPAC.
• A nomenclatura oficial de um composto orgânico apresenta a seguinte composição: prefixo, 
infixo e sufixo.
• Prefixo indica a quantidade de átomos de carbonos presentes na cadeia carbônica 
principal.
• Infixo indica o tipo de ligações presentes entre os átomos de carbono na cadeia principal.
• Sufixo indica a função orgânica a que o composto pertence.
RESUMO DO TÓPICO 1
UNIDADE 3TÓPICO 1164
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1 Complete com átomos de hidrogênio as ligações dos carbonos presentes nas cadeias 
carbônicas a seguir:
a) C – C – C 
b) C = C – C 
c) C ≡ C - C = C 
d) C – C – Br 
2 Classifique os carbonos numerados nos compostos a seguir em: primário, secundário, 
terciário e quaternário.
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3 A Química Orgânica é definida como a parte da química que estuda os compostos. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Compostos extraídos do reino animal.
b) ( ) Compostos constituídos do elemento hidrogênio.
c) ( ) Compostos constituídos do elemento carbono.
d) ( ) Compostos extraídos da natureza.
4 O butanoato de etila é aplicado, na indústria de alimentos, como aromatizante artificial 
de rum e apresenta a seguinte fórmula estrutural:
 O carbono ligado aos átomos de oxigênios é classificado, como:
a) ( ) Primário. 
b) ( ) Secundário. 
c) ( ) Terciário. 
d) ( ) Quaternário.
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5 Classifique as seguintes cadeias carbônicas em: acíclicas ou cíclicas; normais ou 
ramificadas; saturadas ou insaturadas; homogêneas ou heterogêneas.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
6 A cadeia carbônica, do composto representado a seguir, apresenta:
 Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Cadeia carbônica insaturada. 
b) ( ) Somente carbonos primários.
c) ( ) Um carbono quaternário. 
d) ( ) Três carbonos primários e um terciário.
7 A cafeína, um estimulante bastante comum no café, chá, guaraná etc., tem a seguinte 
fórmula estrutural:
 A fórmula molecular da cafeína é:
 Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) C5H9N4O2. 
b) ( ) C6H10N4O2. 
c) ( ) C6H9N4O2. 
d) ( ) C3H9N4O2. 
e) ( ) C8H10N4O2.
8 Quantos átomos de carbono primário há na fórmula a seguir?
 CH3 – CH2 – CH3
a) ( ) 1. c) ( ) 3. 
b) ( ) 2. d) ( ) 4.
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9 O composto a seguir CH2 = CH – CH2 – CH3 apresenta uma cadeia carbônica que 
pode ser classificada como:
 Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Aberta, normal, homogênea e insaturada.
b ( ) Aberta, normal, heterogênea e saturada.
c) ( ) Aberta, ramificada, homogênea e insaturada. .
d) ( ) Aberta, normal, homogênea e saturada.
 
10 A cadeia carbônica a seguir
CH3 – CH2 – C = O é classificada como:
 │
 Br 
a) ( ) Acíclica e saturada.
b) ( ) Ramificada e homogênea.
c) ( ) Insaturada e heterogênea. 
d) ( ) Insaturada e homogênea.
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PROPRIEDADES DOS COMPOS-
TOS ORGÂNICOS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2
UNIDADE 3
Os compostos orgânicos apresentam características e comportamentos específicos que 
os diferem dos demais compostos da química inorgânica. As propriedades físico-químicas das 
substâncias são particularidades, por exemplo, de cada substância.
As propriedades físicas dos compostos orgânicos dependem, exclusivamente, dos 
seguintes fatores: polaridade das moléculas, forças intermoleculares, massa molar ou molecular, 
ponto de ebulição e solubilidade.
2 GEOMETRIA E POLARIDADE
No Tópico 3 da Unidade 1 do atual Caderno de Estudos, os assuntos geometria e 
polaridade das moléculas foi muito bem explanado. Volte a essa parte do caderno e retome 
tais conceitos que são de suma importância para caracterizarmos os compostos orgânicos.
Segue um resumo para que você, caro(a) acadêmico(a), possa se situar na busca 
desse assunto, visto anteriormente:
•	 Geometria molecular
É a forma de como os átomos estão distribuídos espacialmente em uma molécula, 
podendo assumir várias formas geométricas, dependendo dos átomos que a compõem. 
As geometrias moleculares mais estudadas são: linear, angular, trigonal plana, piramidal e 
tetraédrica.
FONTE: Disponível em: <http://ntevaiaescolaestadualazevedofernandes.blogspot.com/2009_04_01_
archive.html>. Acesso em: 3 fev. 2012.
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• “Polaridade da ligação é o resultado da diferença entre as eletronegatividades dos átomos 
que estão ligados”. (COVRE, 2001, p. 135).
•	 Ligação covalente polar: formada por elementos diferentes, ou seja, há diferença de 
eletronegatividade e formação de cargas parciais δ+ e δ-, pois podemos identificar polos 
elétricos opostos. 
•	 Quanto maior a diferença de eletronegatividade, maior a polaridade da ligação. 
•	 Ligação covalente apolar: formada por elementos iguais, ou seja, não há diferença de 
eletronegatividade, ou essa é muito pequena ou igual a zero. Se os elementos são iguais, 
os valores de eletronegatividade também são, logo, a ligação é apolar.
UNI
Não se esqueça de consultar os valores de eletronegatividade dos 
elementos químicos em sua tabela periódica.
POLARIDADE MOLECULAR
Para verificarmos se uma molécula é polar ou apolar devemos utilizar o vetor µ (momento 
dipolar) que apresenta as seguintes características: 
•	 Sentido: do átomo menos eletronegativo para o mais eletronegativo. 
•	 Módulo: é a diferença entre a eletronegatividade dos átomos.
Quando os vetores forem para o mesmo sentido o µ ≠ 0 e a molécula será polar.
Quando os vetores forem para sentidos opostos o µ = 0 e a molécula será apolar.
3 FORÇAS INTERMOLECULARES
Os compostos orgânicos sendo, de modo geral, moleculares apresentam pon-
tos de fusão e de ebulição baixos. Isso justifica a predominância na Química 
Orgânica de compostos gasosos e líquidos: os sólidos existentes são, em 
grande parte, facilmente fusíveis. A parafina, uma mistura de hidrocarbonetos, 
é facilmente fusível. (COVRE, 2001, p. 461).
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A existência dos três estados físicos da matéria é explicada pelas forças intermoleculares, 
que está diretamente relacionada com o grau de atração entre as moléculas. Em substâncias 
iônicas há uma forte atração entre os átomos, devido à diferença de eletronegatividade existente 
entre um metal e um não metal. Nos compostos moleculares essas interações já são explicadas 
de maneira diferente. Uma substância no estado sólido, por exemplo, apresenta forte atração 
entre suas moléculas, pois quase não há movimentação das mesmas. No estado líquido, a 
força de atração é um pouco menor e já há certo grau de movimentação entre as moléculas. 
Já no estado gasoso, não há força de atração entre as moléculas, essas se encontram em 
movimento frenético, o que justifica a fraca interação intermolecular. 
 Para que ocorram as mudanças de estado físico dos compostos, há a necessidade de 
fornecimento de energia, queé proporcional ao grau de intensidade das forças intermoleculares. 
Por exemplo, os líquidos voláteis evaporam facilmente em temperatura ambiente, ou seja, sem 
a necessidade de aquecimento enérgico, como o éter, o álcool, a acetona etc. O que justifica 
essa volatilidade é que as forças intermoleculares dessas substâncias são pouco intensas, e 
assim as mesmas, apresentarão baixos pontos de ebulição.
Podemos comparar os pontos de ebulição da água e do éter, no nível do mar, e pressão 
de 1 atm:
ÁGUA = 100 ºC
ÉTER = 34,6 ºC
Isso significa que as forças intermoleculares presentes nas moléculas de água são 
muito intensas, e por esse motivo, a água necessita de um alto ponto de ebulição para mudar 
de estado físico (líquido para gasoso), ou seja, para quebrar essas interações entre suas 
moléculas. 
A seguir, estudaremos as três forças intermoleculares existentes:
1. Dipolo induzido-dipolo induzido.
2. Dipolo permanente-dipolo permanente (ou dipolo-dipolo).
3. Ligações de Hidrogênio ou Pontes de hidrogênio.
4 DIPOLO INDUZIDO-DIPOLO INDUZIDO
Esses tipos de interações moleculares estão presentes em substâncias formadas 
por moléculas apolares, embora possam ocorrer em outros tipos de moléculas; porém, em 
moléculas apolares só ocorrem interações dipolo induzido-dipolo induzido. No estado 
sólido e líquido, devido à atração das moléculas (aproximação), ocorrem deformações nas suas 
nuvens eletrônicas (pares de elétrons das ligações covalentes), originando assim, polos.
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FIGURA 64 – FORÇAS INTERMOLECULARES: DIPOLO INDUZIDO – DIPOLO INDUZIDO
FONTE: Usberco; Salvador (1999, p. 240)
Os hidrocarbonetos são os mais comuns compostos orgânicos que apresentam esse 
tipo de interação.
Exemplos de moléculas apolares, que apresentam interações dipolo induzido-dipolo 
induzido.
 Gás hidrogênio (H2) Cloro (Cl2) Dióxido de carbono (CO2)
 H – H Cl – Cl O = C = O 
 Tetracloreto de carbono (CCℓ4) Gás metano (CH4) Gás etano (C2H6)
 Cℓ H H H
 │ │ │ │
 Cℓ − C − Cℓ H – C – H H – C – C – H 
 │ │ │ │
 Cℓ H H H
5 DIPOLO PERMANENTE-DIPOLO PERMANENTE
Essas forças intermoleculares, também podem ser chamadas de dipolo-dipolo, 
e ocorrem em moléculas polares entre os polos permanentes presentes nesse tipo de 
moléculas. Atente para a interação existente no ácido clorídrico (HCℓ) sólido ou líquido, 
representada na figura a seguir:
FIGURA 65 – FORÇAS INTERMOLECULARES: DIPOLO – DIPOLO
FONTE: Usberco; Salvador (1999, p. 240)
A maioria das funções orgânicas que estudaremos no próximo tópico apresentam 
interações do tipo dipolo-dipolo. A seguir alguns exemplos:
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6 LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO OU PONTES DE HIDROGÊNIO
As ligações de hidrogênio ou pontes de hidrogênio exemplificam um caso extremo 
da interação dipolo-dipolo, por ser a força intermolecular mais intensa. Esse tipo de força 
intermolecular ocorre geralmente nas moléculas que apresentam átomos de hidrogênio ligados 
a átomos altamente eletronegativos: flúor, oxigênio e nitrogênio (FON), originando polos 
acentuados, ou seja, moléculas altamente polares. Por ser a interação molecular mais intensa, 
as moléculas que estão contidas nesse grupo apresentam elevados pontos de ebulição, já que 
para haver a ruptura dessas fortes interações é necessário um alto fornecimento de energia.
H F,O,N
 Ligado a
A seguir estão representadas as ligações de hidrogênio ou pontes de hidrogênio 
existentes entre as moléculas de ácido fluorídrico, água, amônia e metanol.
 
•	 Aldeídos → CHO
 O
 ║
•	 Cetonas → R – C – R1
•	 Haletos orgânicos → R – X
•	 Éter → R – O – R1
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As ligações de hidrogênio ou pontes de hidrogênio estão presentes em algumas funções 
orgânicas, tais como:
•	 Alcoóis (R – OH).
•	 Ácidos carboxílicos (R – COOH).
•	 Aminas primárias (R – NH2).
7 PONTO DE FUSÃO (PF) E PONTO DE EBULIÇÃO (PE)
Tanto o ponto de fusão (PF) como o ponto de ebulição (PE) são propriedades físicas 
dependentes das forças intermoleculares e do tamanho das moléculas, que são fatores 
que podem influenciar na mudança de estado físico dos compostos orgânicos.
Quanto maior o tamanho das moléculas, maior será o seu peso molecular e a sua 
superfície, propiciando maiores interações com moléculas vizinhas, o que acarreta uma 
elevação no seu ponto de ebulição.
Simplificando: 
Quanto maior o tamanho da molécula, maior será o seu ponto de ebulição e vice-versa.
 
Considerando as forças intermoleculares e o tamanho das moléculas, temos as seguintes 
relações:
•	 Para moléculas com tamanhos muito próximos:
Quanto maior for a intensidade das forças intermoleculares, maior será seu ponto de 
ebulição (PE).
 
 Para que possamos estabelecer esta relação, devemos considerar a ordem crescente 
de intensidade das interações:
 
DIPOLO- INDUZIDO < DIPOLO- PERMANENTE < LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO
Ordem Crescente de Intensidade
Para moléculas que apresentam o mesmo tipo de interação:
 
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Quanto maior for o tamanho da molécula, maior será o seu ponto 
de ebulição.
RELAÇÃO ENTRE A POLARIDADE E PONTO DE EBULIÇÃO DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
Os hidrocarbonetos, geralmente são moléculas simétricas e apolares. Contudo, a 
substituição de átomos de hidrogênio origina novas moléculas assimétricas, gerando uma 
polarização na estrutura resultante. Assim, os compostos pertencentes a outras funções 
orgânicas, diferentes dos hidrocarbonetos, são polares.
 
A partir dessas definições, podemos concluir, comparando moléculas de tamanhos 
aproximadamente iguais:
1º) Por apresentarem forças intermoleculares menos intensas (dipolo induzido-dipolo 
induzido), os hidrocarbonetos devem apresentar pontos de ebulição menores que os 
das outras funções orgânicas.
2º) Por apresentarem forças intermoleculares mais intensas (ligações de hidrogênio ou 
pontes de hidrogênio), os alcoóis, ácidos carboxílicos e aminas devem apresentar 
pontos de ebulição maiores que os das outras funções orgânicas.
8 SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
A solubilidade de qualquer substância está diretamente relacionada com a sua polaridade. 
Nos compostos orgânicos, a solubilidade também depende das forças intermoleculares 
existentes. Assim, substâncias que apresentam o mesmo tipo de interação são miscíveis entre 
si, ou seja, tendem a solubilizar. No geral, temos:
“Semelhante dissolve semelhante”
•	 Substâncias apolares tendem a se dissolver em solventes apolares.
•	 Substâncias polares tendem a se dissolver em solventes polares.
A água é mais importante dos solventes polares e, por isso, é considerada como o 
solvente universal. 
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O álcool comum (etanol ou álcool etílico) é um dos solventes polares orgânicos mais 
conhecido. É comercializado, facilmente em farmácias e supermercados, quanto nos postos de 
combustíveis, misturado em certa porcentagem de água, formando uma mistura homogênea 
(álcool hidratado). Tal fato ocorre, porque o álcool é considerado como uma substância 
orgânica polar devido à presença do grupo funcional OH- (hidroxila ou hidróxido), que é 
a parte polar da molécula orgânica apolar, que realizará a interação ligação de hidrogênio ou 
ponte de hidrogênio, tornando o álcool solúvel em água.
No entanto, na medida em que aumenta a cadeia carbônica do álcool, a sua solubilidade em 
água diminui. Isso porque os alcoóis apresentam em sua estrutura uma parte polar e outra apolar.
Nos alcoóis, que apresentam quatro ou mais carbonos em sua estrutura, começa a 
ocorrer um aumento da parte apolar, o que acarreta uma diminuição da sua solubilidade em 
água e, assim, aumenta a solubilidade em solventes apolares (gasolina, óleos etc.).
Assim como os alcoóis, outras substâncias que podem ser solúveis tanto em água 
quanto em solventes apolares, por apresentarem em sua estrutura uma parte polar e outra 
apolar. Dentre essas substâncias, podemos citar as mais conhecidas que são os sabões e os 
detergentes, o que justifica a ação desengordurante em água dos mesmos. A seguir ambos 
estão genericamente representados:
FIGURA 66 – POLARIDADE X SOLUBILIDADE
FONTE: Usberco; Salvador (1999, p. 247)
NO
TA! �
Hidrofóbica = não apresenta afinidade com a água (insolúvel), 
ou seja, apolar.
Hidrófila = apresenta afinidade com a água (solúvel), ou seja, 
polar.
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 Neste tópico, você aprendeu que:
•	 As propriedades físicas dos compostos orgânicos dependem, exclusivamente, dos seguintes 
fatores: polaridade das moléculas, forças intermoleculares, massa molar ou molecular, ponto 
de ebulição e solubilidade.
•	 Geometria molecular é a forma de como os átomos estão distribuídos espacialmente em 
uma molécula.
•	 Ligação covalente polar é formada por elementos diferentes, ou seja, há diferença de 
eletronegatividade entre os elementos ligantes.
•	 Quanto maior a diferença de eletronegatividade, maior a polaridade da ligação.
•	 Ligação covalente apolar é formada por elementos iguais, ou seja, não há diferença de 
eletronegatividade entre os elementos ligantes.
•	 Se os elementos são iguais, os valores de eletronegatividade também são, logo, a ligação 
é apolar.
•	 Para verificarmos se uma molécula é polar ou apolar devemos utilizar o vetor µ (momento 
dipolar).
•	 Quando os vetores forem para o mesmo sentido o µ ≠ 0 e a molécula será polar.
•	 Quando os vetores forem para sentidos opostos o µ = 0 e a molécula será apolar.
•	 Os compostos orgânicos sendo, de modo geral, moleculares apresentam pontos de fusão 
e de ebulição baixos.
•	 A existência dos três estados físicos da matéria é explicada pelas forças intermoleculares, 
que está diretamente relacionada com o grau de atração entre as moléculas.
•	 Dipolo induzido-dipolo induzido: esses tipos de interações moleculares estão presentes 
em substâncias formadas por moléculas apolares, embora possam ocorrer em outros tipos 
RESUMO DO TÓPICO 2
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de moléculas; porém, em moléculas apolares só ocorrem interações dipolo induzido-
dipolo induzido.
•	 Dipolo-dipolo, e ocorrem em moléculas polares entre os polos permanentes presentes 
nesse tipo de moléculas.
•	 As ligações de hidrogênio ou pontes de hidrogênio exemplificam um caso extremo da 
interação dipolo-dipolo, por ser a força intermolecular mais intensa. Esse tipo de força 
intermolecular ocorre geralmente nas moléculas que apresentam átomos de hidrogênio 
ligados a átomos altamente eletronegativos: flúor, oxigênio e nitrogênio (FON).
•	 Substâncias apolares tendem a se dissolver em solventes apolares.
•	 Substâncias polares tendem a se dissolver em solventes polares.
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1 Defina a polaridade das moléculas a seguir:
a) H2O 
b) CH4 
c) NH3 
d) CCl4 
e) CH2F2
2 É de conhecimento que a maioria dos compostos orgânicos apolares são insolúveis 
em água. Os alcoóis são compostos orgânicos solúveis em água. Explique essa 
afirmação.
3 Defina as três forças intermoleculares estudadas e coloque-as em ordem crescente 
de intensidade.
4 Em relação aos compostos que apresentam o mesmo peso molecular, qual seria o 
melhor critério para diferenciar os respectivos pontos de ebulição?
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FUNÇÕES ORGÂNICAS – OS 
HIDROCARBONETOS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 3
UNIDADE 3
De acordo com o “Chemical Abstracts”, publicação que resume e classifica a literatura 
química, existem mais de 19 milhões de compostos orgânicos conhecidos. Cada um desses 
compostos apresenta propriedades físicas únicas, como ponto de fusão e ponto de ebulição, 
e sua própria reatividade. (MCMURRY, 2005).
Com o passar dos anos, os químicos adquiriram experiências o suficiente para classificar 
os compostos orgânicos em famílias ou grupos, conforme suas características estruturais e 
reatividade química semelhante. Neste tópico, estudaremos os hidrocarbonetos, as funções 
orgânicas oxigenadas e as funções orgânicas nitrogenadas.
2 HIDROCARBONETOS
São compostos orgânicos (cadeias carbônicas) que só apresentam átomos de carbono e 
hidrogênio. A aplicação desses compostos é muito vasta, principalmente em combustíveis derivados 
do petróleo como a gasolina e gás natural. Os hidrocarbonetos são classificados em:
2.1 ALCANOS
São hidrocarbonetos de cadeias abertas ou acíclicas saturados, logo só apresentam 
ligações simples (sigma) entre os átomos de carbono. Podem apresentar cadeias, normais ou 
ramificadas. Veja na figura a seguir, alguns exemplos de estruturas dos alcanos.
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FIGURA 67 – ESTRUTURAS DOS ALCANOS
FONTE: Disponível em: <cfq9.wikispaces.com/.../33496127/alcanos.jpg>. 
Acesso em: 26 fev. 2012.
2.2 ALCENOS
São hidrocarbonetos de cadeias abertas ou acíclicas, insaturados que apresentam pelo 
menos uma ligação dupla entre os átomos de carbono. Podem apresentar cadeias, normais 
ou ramificadas. Veja na figura a seguir, alguns exemplos de estruturas dos alcenos.
FIGURA 68 – EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DOS ALCENOS
FONTE: Disponível em: <reocities.com/Vienna/choir/9201/
alcenos.gif>. Acesso em: 28 fev. 2012.
2.3 ALCADIENOS
São hidrocarbonetos de cadeias abertas ou acíclicas insaturados, que apresentam duas 
ligações duplas entre os átomos de carbono. Podem apresentar cadeias normais ou ramificadas. 
Veja na figura a seguir, alguns exemplos de estruturas dos alcadienos.
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FIGURA 69 – ALCADIENO: 1,3- BUTADIENO
FONTE: Disponível em: <www.brasilescola.com/upload/e/alcadieno.gif>. 
Acesso em: 28 fev. 2012.
2.4 ALCINOS
São hidrocarbonetos de cadeias abertas ou acíclicas, insaturados que apresentam pelo 
menos uma ligação tripla entre os átomos de carbono. Podem apresentar cadeias normais ou 
ramificadas.
 Veja na figura a seguir, alguns exemplos de estruturas dos alcinos.
FIGURA 70 – EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DOS ALCINOSFONTE: Disponível em: <bp.blogspot.com/.../cadeia_principal9.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2012.
2.5 CICLANOS
São hidrocarbonetos, saturados de cadeia cíclica ou fechada que só apresentam 
ligações simples (sigmas) entre os átomos de carbono. Podem apresentar cadeias normais ou 
ramificadas. Veja na figura a seguir, alguns exemplos de estruturas dos ciclanos.
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FIGURA 71 – EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DOS 
CICLANOS: CICLOBUTANO
FONTE: Disponível em: <www.mspc.eng.br/quim2/im01/
org_0100.gif>. Acesso em: 28 fev. 2012.
2.6 CICLENOS
São hidrocarbonetos insaturados, de cadeia cíclica ou fechada que apresentam pelo 
menos uma ligação dupla entre os átomos de carbono. Podem apresentar cadeias normais ou 
ramificadas. Veja na figura a seguir, alguns exemplos de estruturas dos ciclenos.
FIGURA 72 – EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DOS CICLENOS: CICLOPROPENO
FONTE: Disponível em: <www.profpc.com.br/hidroc24.gif>. Acesso em: 28 fev. 2012.
3 COMPOSTOS AROMÁTICOS
Os hidrocarbonetos aromáticos compõem um tipo singular de hidrocarbonetos 
insaturados. O termo aromático se deve aos odores pronunciados que a maioria desses 
compostos apresenta. O benzeno é o hidrocarboneto aromático mais simples que existe e é 
o representante da química orgânica aromática. O benzeno é uma molécula cíclica (fechada) 
formada por seis átomos de carbono e seis átomos de hidrogênio, C6H6, chamado anel aromático 
ou anel benzênico.
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Anel aromático ou anel benzênico é formado por seis átomos 
de carbonos com três duplas ligações alternadas (uma ligação 
simples, uma ligação dupla, uma ligação simples e uma ligação 
dupla, e assim por diante) dentro do anel. Essas três duplas 
ligações geralmente são representadas por um núcleo aromático. 
Essa alternância circular das três duplas ligações dentro do anel 
aromático é chamada de ressonância. Veja nas Figuras 73 e 74, 
as representações estruturais do benzeno.
FIGURA 73 – ANEL AROMÁTICO
FONTE: Disponível em: <profs.ccems.pt/.../Hidrocarbonetos_
aromticos.htm>. Acesso em: 28 fev. 2012.
FIGURA 74 – NÚCLEO AROMÁTICO
FONTE: Disponível em: <www.qmc.ufsc.br/.../veneno/
veneno_benzeno.gif>. Acesso em: 28 fev. 2012.
•	 Principais compostos aromáticos:
FIGURA 75 – PRINCIPAIS COMPOSTOS AROMÁTICOS
FONTE: Disponível em: <Google imagens>. Acesso em: 28 fev. 2012.
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4 FUNÇÕES ORGÂNICAS OXIGENADAS
São compostos orgânicos oxigenados, devido à presença do elemento oxigênio em 
suas moléculas. Dividem-se em: alcoóis, enóis, fenóis, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos 
e seus derivados, tais como: os ésteres e éteres.
4.1 ALCOÓIS
Geralmente, são associados a bebidas alcoólicas, no entanto, contemplam inúmeros 
outros compostos. São funções orgânicas que apresentam como grupo funcional a hidroxila 
(OH-) ligada a um carbono saturado.
FIGURA 76 – EXEMPLO: ETANOL OU ÁLCOOL ETÍLICO
FONTE: Disponível em: <2.bp.blogspot.com/.../s1600/etanol.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2012.
•	 Nomenclatura
 
Conforme regra da nomenclatura oficial IUPAC (União Internacional de Química Pura 
e Aplicada), os alcoóis normais são nomeados com o prefixo do número de carbonos, infixo 
da saturação da cadeia e com o sufixo ol. 
1. A numeração da cadeia principal inicia-se no grupo funcional ou mais próximo possível do 
mesmo.
2. A nomenclatura do álcool deve iniciar com a numeração e nome do (s) radical (s) + o nome 
da cadeia principal que contém o grupo funcional, escrevendo-os em ordem alfabética.
 
Exemplos:
CH3-CH2-OH (1 - etanol) 
CH3-CH2-CH2-OH (1 - propanol)
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A nomenclatura usual (IUPAC) pode ser realizada da seguinte forma: Álcool + o prefixo 
do número de carbonos (como radical) + infixo da saturação da cadeia + sufixo ico. 
 Exemplos:
•	 Classificação dos alcoóis quanto ao número de hidroxilas
Os alcoóis podem ser classificados quanto ao número de hidroxilas (OH) presentes na 
cadeia carbônica, como:
1. Monoalcoóis: apresentam apenas uma hidroxila (OH) na cadeia carbônica. 
Exemplos:
2. Polialcoóis: apresentam duas ou mais hidroxilas (OH) na cadeia carbônica. Também podem 
ser chamados de dialcoóis, no caso de três hidroxilas, trialcoóis no caso de três hidroxilas 
e assim por diante. 
Exemplos:
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•	 Classificação dos alcoóis quanto ao carbono da hidroxila
1. Alcoóis primários: possuem a hidroxila (OH) ligada a um carbono primário. 
Exemplos:
2. Alcoóis secundários: possuem a hidroxila (OH) ligada a um carbono secundário. 
Exemplos:
3. Alcoóis terciários: possuem a hidroxila (OH) ligada a um carbono terciário. 
Exemplos:
•	 Ocorrência e aplicações
Os alcoóis apresentam diversas aplicações industriais e farmacêuticas. Antigamente 
o metanol era preparado através da combustão da madeira seca, e por isso era conhecido 
como álcool da madeira. Atualmente, cerca de 1,7 bilhões de galões de metanol são produzidos 
por ano nos Estados Unidos. O metanol é tóxico, podendo causar cegueira pela ingestão ou 
inalação e até mesmo a morte. É usado como solvente e como matéria-prima na fabricação 
de ácido acético (CH3CO2H), formaldeído (HCHO), e do aditivo de gasolina éter terc-butílico e 
metílico. Também empregado como combustível de aviões e em carros de corrida. 
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O etanol ou álcool etílico foi um dos primeiros compostos orgânicos a ser preparado e 
purificado. Devido à sua solubilidade em água, dissolve-se no sangue espalhando-se por todo 
organismo. Sua ingestão, em pequenas quantidades, causam uma sensação de euforia. Em 
altas quantidades, ele afeta o sistema nervoso, diminuindo as funções cerebrais, os reflexos e 
capacidade de raciocínio. Seu uso abusivo pode levar ao coma alcoólico e até a morte. Mesmo 
tendo efeito depressivo, o etanol em pequenas doses pode agir como um estimulante. 
Devido à presença do grupo hidroxila – OH, os alcoóis formam ligações de hidrogênio 
entre si e também com a água tornando-os assim, miscíveis neste solvente.
4.2 ENÓIS
São compostos que apresentam como grupo funcional a hidroxila (OH-) ligada a um 
carbono insaturado por dupla ligação, que não seja um composto aromático.
Exemplo:
FIGURA 77 – PROPENOL
FONTE: Disponível em: <www.reinaldoribela.pro.br/.../image176.gif>. 
Acesso em: 28 fev. 2012.
4.3 ALDEÍDOS
São compostos que apresentam o grupo funcional carbonila (C=O) ligada a um 
hidrogênio (CHO). 
Exemplo:
FIGURA 78 – ETANAL OU ETANALDEÍDO
FONTE: Disponível em: <www.quimicalizando.com/.../06/
acetaldeido.png>. Acesso em: 28 fev. 2012.
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•	 Nomenclatura
Os aldeídos recebem a nomenclatura seguindo as regras quanto ao número de carbono 
(prefixo), quanto à saturação da cadeia (infixo) e com o sufixo (terminação): al. 
A cadeia principal deve conter o grupo funcional (CHO) e a numeração desta deve 
iniciar no carbono desse grupo. Quando houver ramificação, deve-se iniciar a nomenclatura 
do aldeído, indicando a numeração e o nome do radical, seguido do nome da cadeia principal 
que contém o grupo funcional. 
Exemplos:
Nos aldeídos cíclicos, em que o grupo funcional (CHO) está ligado a um anel, o sufixo 
carbaldeído também é usado. Veja nos exemplos a seguir:
•	 Ocorrência e aplicações
Os aldeídos e as cetonasestão entre os produtos mais abundantes na natureza e 
na indústria química. Na natureza, aldeídos ou cetonas são essenciais para a existência de 
alguns organismos vivos. O grupo carbonila é encontrado em inúmeros carboidratos, incluindo 
a glicose e a frutose. 
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Industrialmente, aldeídos mais simples e cetonas são produzidos em grande volume 
para uso como solventes e como matéria-prima para vários outros produtos. O metanol ou 
formaldeído (HCHO) é muito usado em materiais isolantes em construções e resinas adesivas 
de materiais feitos de madeira e aglomerados. O formaldeído, em meio aquoso, a 40%, é 
conhecido como formol, usado como desinfetante e na conservação de peças anatômicas. O 
etanol é aplicado na síntese de compostos orgânicos, no preparo de resinas, em inseticidas 
(DDT) e também na fabricação de espelhos comuns. O etanal é o composto responsável 
pela dor de cabeça (ressaca) causada pela ingestão de bebidas alcoólicas. Os aldeídos são 
utilizados como desinfetantes, na fabricação de plásticos e medicamentos. 
Devido ao grupo funcional carbonila, os aldeídos são compostos polares. Assim, são 
solúveis em água, pois formam ligações de hidrogênio.
4.4 CETONAS
São compostos que apresentam o grupo funcional carbonila (C=O) entre dois grupos 
orgânicos. 
FIGURA 79 – EXEMPLO: PROPANONA OU ACETONA
FONTE: Disponível em: <cfq9.wikispaces.com/file/view/formula-
estrutu...>. Acesso em: 28 fev. 2012.
A nomenclatura das cetonas é realizada, substituindo-se o sufixo o dos hidrocarbonetos 
correspondentes por ona. A numeração da cadeia principal deve iniciar no grupo funcional ou 
mais próximo a ele.
Nas cetonas cíclicas (fechadas), a numeração deve iniciar no carbono do grupo funcional 
carbonila. No caso da presença de ramificação, inicia-se a nomenclatura com a numeração e 
nome do radical seguido da cadeia principal. 
Veja os exemplos a seguir:
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A propanona (cetona mais importante) apresenta vasta aplicação como solvente de 
esmaltes, vernizes, tintas, na perfumaria e na extração de óleos vegetais. 
As cetonas também são polares e são mais solúveis em água do que os aldeídos, sendo 
solúveis também em alcoóis, éter, benzeno etc. 
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• Alcoóis, Aldeídos e Cetonas
1 Dê a nomenclatura (IUPAC) para os compostos orgânicos a seguir:
a) b)
c) d) 
2 Escreva as fórmulas estruturais para os compostos indicados a seguir:
a) 2-metilbutanal: 
b) 3-etil-2-pentanona: 
c) 5-etil-ciclohexanona: 
d) feniletanol:
3 Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(I) Aldeído ( ) CH3COCH2CH3
(II) Cetona ( ) CH3CHO
 ( ) CH3CH2CH2CHO
 ( ) CH3COCH2CH2CH2CH3
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4 Qual a fórmula molecular do Pentanal, também conhecido como valeraldeído? 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) C5H10O2 
b) ( ) C5H10O
c) ( ) C4H8O2
d) ( ) C4H8O 
5 Indique a fórmula molecular da acetona, cujo nome oficial – IUPAC – é propanona. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) C4H8O 
b) ( ) C2H6O 
c) ( ) C3H8O 
d) ( ) C3H6O
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4.5 ÉTERES
São compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional:
FIGURA 80 – GRUPO FUNCIONAL: ÉTER
FONTE: Disponível em:<static.infoescola.com/.../2010/06/eter.jpg>. 
Acesso em: 28 fev. 2012.
Esse grupo funcional é constituído por dois grupos orgânicos (carbônicos) ligados ao 
mesmo átomo de oxigênio. Tais os grupos orgânicos (R) podem ser alquila, arila ou vinila e o 
átomo de oxigênio pode fazer parte de uma cadeia linear ou de um anel. 
•	 Nomenclatura
Há duas formas de nomenclatura aceitas pela IUPAC. 
1. Éter + grupo menor + grupo maior + sufixo: ico.
2. Grupo menor + oxi + grupo maior. 
Exemplos:
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•	 Ocorrência e aplicações
O dietiléter ou éter comum, vendido em farmácias, começou a ser usado, como 
anestésico por inalação. Devido aos efeitos colaterais, pós-anestesia, foi sendo substituído 
por outros anestésicos hospitalares, como o halotano (CF3CHBrCl), composto que não é 
inflamável.
Os éteres são usados como solventes laboratoriais, e como matéria-prima na síntese 
de muitos compostos orgânicos. Devido à sua toxicidade devem ser manuseados com 
segurança. 
Atualmente, o éter comum é muito aplicado como solvente apolar, em laboratórios e nas 
indústrias químicas, principalmente na extração de óleos, gorduras, essências, perfumes etc.
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•	Éteres 
1 Monte a fórmula estrutural para os seguintes éteres:
a) Metoximetano.
b) 2-etoxibutano. 
c) 3-isopropoxipentano.
2 O composto representado pela fórmula CH3CH2OCH2CH3 foi muito empregado com 
qual finalidade? Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Adoçante.
b) ( ) Aditivo alimentar. 
c) ( ) Anestésico. 
d) ( ) Conservante alimentar.
4.6 ÉSTERES
Os ésteres são compostos orgânicos, carbonílicos, derivados dos ácidos carboxílicos 
que possuem grupo funcional (R-COO-R), em que R pode ser grupo alquilas (carbônicos) 
iguais e/ou diferentes:
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FONTE: Disponível em: <portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/
discovir...>. Acesso em: 27 fev. 2012.
FIGURA 81 – EXEMPLO: ETANOATO DE METILA
FONTE: Disponível em: <www.profpc.com.br/2002-31-133-18-
i002B.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2012.
Os ésteres cíclicos ou fechados são chamados de lactonas.
•	 Nomenclatura
Os ésteres recebem nomenclatura inicialmente identificando-se o grupo alquila ligado ao 
oxigênio (à esquerda) e depois o grupo correspondente ao ácido carboxílico (à direita), substituindo-
se o sufixo ico por ato. Quando houver a presença de ramificação, inicia-se a numeração e 
nomenclatura do radical, seguido da cadeia principal que possui o grupo funcional.
Exemplos: 
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• Ocorrência e aplicações
Os ésteres são encontrados em larga escala na natureza, geralmente, são líquidos de 
odor agradável, responsáveis pela fragrância de flores e frutas, e são utilizados na fabricação 
de sabores artificiais na indústria alimentícia. O butanoato de metila, por exemplo, é encontrado 
no óleo de abacaxi, o acetato de isopentila é um dos constituintes do óleo de banana etc. 
Muitos aromatizantes artificiais de baixo custo são usados em balas, bolachas e 
refrigerantes. O metanoato de etila, por exemplo, é a essência artificial de rum e do xarope 
de groselha. 
Curiosidade: ésteres artificiais adicionados em alimentos são chamados de 
flavorizantes, pois conferem odor e sabor aos mesmos.
Muitos ésteres como os acetatos de etila e butila são utilizados como solventes 
industriais, principalmente na fabricação de vernizes. Alguns ésteres de altos pontos de ebulição 
(como o ftalato dibutílico) são empregados, como: agentes amaciantes (plastificantes) para 
resinas e plásticos, para evitar que se tornem quebradiços.
O tereftalato de polietileno é um polímero (poliésteres), vendido com os nomes: dácron, 
teryleno e mylar. Empregado na fabricação de malhas, mangueiras contra incêndios e em 
tecidos especiais para substituir pedaços de vasos sanguíneos danificados. 
A associação de ésteres está presente também em gorduras animais e em muitas 
moléculas biologicamente importantes.
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Os ésteres apresentamuma relativa polaridade, principalmente os de cadeias carbônicas 
menores. Como não apresentam átomo de hidrogênio ligado a um átomo bastante eletronegativo 
(F, O ou N) não fazem ligações de hidrogênio entre si.
Os ésteres, geralmente, são preparados através da reação de um ácido carboxílico com 
um álcool, na presença de um catalisador, geralmente um ácido inorgânico.
DIC
AS!
Caro(a) acadêmico(a), aprofunde seus estudos. Descubra muito 
mais sobre os ésteres e suas aplicações na indústria alimentícia, 
bem como sobre as outras funções orgânicas. O mais importante é 
a pesquisa. Procure em livros, revistas, internet etc. Mantenha-se 
atualizado(a)! 
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1 Monte a fórmula estrutural para os ésteres a seguir:
a) Benzoato de metila: 
b) Metanoato de etila: 
c) Propanoato de benzila:
2 Dê a nomenclatura para os seguintes ésteres:
3 O composto de fórmula molecular CH3COOC5H11 é responsável pela essência de 
banana. Qual é o nome e o grupo funcional presente nesse composto?
4.7 ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
São compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional, formado por uma carbonila 
(C=O) e uma hidroxila (OH) ligada diretamente ao carbono da carbonila. Este grupo funcional 
é chamado, carboxila (COOH).
FIGURA 82 – EXEMPLO: ÁCIDO BUTANOICO
FONTE: Disponível em: <upload.wikimedia.org/.../Ácido_butanóico.png>. 
Acesso em: 28 fev. 2012.
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• Nomenclatura
 
Recebem nomenclatura pelas regras da IUPAC. Os ácidos carboxílicos, acíclicos ou 
abertos, são nomeados, inicialmente com a palavra ácido substituindo-se o sufixo o do alcano 
pela terminação oico. A numeração da cadeia principal é feita a partir do carbono do próprio 
grupo funcional. Há também a “numeração” com letras gregas α, β, γ... A partir do primeiro 
carbono após a carboxila. 
Exemplos:
 Os ácidos carboxílicos cíclicos recebem na nomenclatura, o prefixo: ciclo. O carbono 
do grupo funcional carboxila é sempre ligado ao carbono de número 1, e não é numerado 
neste sistema. Exemplos:
• Ocorrência e aplicações
Inúmeros ácidos comuns inicialmente foram isolados de fontes naturais, principalmente 
de gorduras, desta forma também são chamados de ácidos graxos. O ácido fórmico, por 
exemplo, é produzido por formigas vermelhas e, por isso, sua picada causa irritação cutânea, é 
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também empregado no tingimento de tecidos como mordente (fixador de corantes em tecidos) 
e como desinfetante hospitalar; o ácido acético está presente no vinagre; o ácido butírico é 
responsável pelo odor de ranço da manteiga; o ácido valérico é encontrado na planta valeriana 
de efeito calmante; ácido octanoico é responsável pelo odor desagradável das cabras e assim 
por diante.
Devido à presença do grupo carboxila, os ácidos carboxílicos são compostos polares, 
pois realizam ligações de hidrogênio entre si e com outras moléculas orgânicas. Os ácidos, 
fórmico e acético, são mais densos que a água, apresentam odor agudo, irritante, penetrante 
e paladar azedo e a solubilidade em água é semelhante a dos alcoóis, aminas e outros 
compostos que são solvatados pela água através de ligações de hidrogênio. O ácido fórmico, 
acético, propiônico e butírico são altamente solúveis em água. Os ácidos isobutírico e valérico 
têm solubilidades menores e os ácidos superiores (cadeia longa) são praticamente insolúveis 
em água.
A fabricação de vinho exige que as garrafas sejam mantidas deitadas e guardadas 
durante anos, mantendo, assim, a rolha de cortiça úmida e conservada. A oxidação do etanol 
(álcool) pela entrada de gás oxigênio (O2) do ar na garrafa faz com que o vinho “azede”, pois 
tal reação gera como produto o ácido acético (vinagre). 
Os ácidos carboxílicos de gorduras (sólidas) e óleos (líquidos) são conhecidos como 
ácidos graxos, com cadeias carbônicas longas, de doze a dezoito átomos de carbono. Essas 
cadeias carbônicas podem ser saturadas, mais comuns nos animais, ou insaturadas, mais 
comuns nos vegetais. 
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Curiosidade: um cão pode identificar seu dono através da 
detecção, pelo faro, da composição aproximada da mistura de ácidos 
carboxílicos, produzido pelo metabolismo do indivíduo e que estão 
sempre presentes como traços (baixas concentrações) na pele. 
Assim, cada pessoa possui seu odor característico. 
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• Ácidos carboxílicos
1 O ácido carboxílico CH3CH2CH2COOH confere à manteiga estragada o odor e gosto 
de ranço. Indique sua nomenclatura CORRETA:
a) ( ) Butanol.
b) ( ) Butanal. 
c) ( ) Butanoato de metila.
d) ( ) Ácido butanoico. 
2 Através das regras da IUPAC, nomeie os ácidos carboxílicos a seguir:
3 Monte a fórmula estrutural para cada um dos ácidos carboxílicos a seguir:
a) Ácido acético. 
b) Ácido caproico. 
c) Ácido valérico. 
d) Ácido butírico.
4 Pesquise qual é a concentração do ácido acético presente no vinagre.
5 O ácido benzoico e seus sais são empregados como conservantes de alimentos 
industrializados. Determine as suas fórmulas molecular e estrutural.
6 Numa garrafa aberta, o vinho vai se transformando em vinagre devido à oxidação 
bacteriana aeróbica representada por:
Os compostos representam respectivamente as funções orgânicas. Assinale a 
alternativa CORRETA:
a) ( ) Álcool, cetona, ácido carboxílico. 
b) ( ) Aldeído, cetona, éster.
c) ( ) Álcool, aldeído, ácido carboxílico. 
d) ( ) Álcool, éter, aldeído.
7 Os nomes desses compostos são, respectivamente.
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Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Benzaldeído, hidroxibenzeno, ácido benzoico, benzoato de metila.
b) ( ) Aldeído benzoico, benzoato de metila, hidróxibenzeno, ácido benzoico.
c) ( ) Ácido benzoico, benzaldeído, hidroxibenzeno, benzoato de metila.
d) ( ) Ácido benzoico, hidroxibenzeno, benzoato de metila, benzaldeído.
4.8 FENÓIS
São compostos orgânicos que apresentam a hidroxila (OH-) ligada diretamente a 
um anel aromático. Apresentam o grupo funcional Ar-OH, onde Ar é um anel benzênico ou 
aromático. Fenol é tanto o nome de uma classe de compostos como de um composto químico 
específico. 
Exemplos:
• Nomenclatura
A nomenclatura IUPAC dos fenóis é realizada usando-se o prefixo hidroxi. Quando 
houver ramificações no anel benzênico, inicia-se a numeração na hidroxila e prossegue no 
sentido de proporcionar os menores números possíveis. Contudo, podem-se nomear os fenóis 
utilizando-se o sufixo – fenol, que é usado para nomear a cadeia principal substituindo o sufixo 
benzeno. Os fenóis também possuem nomes usuais, que são usados comumente. 
Exemplos: 
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• Ocorrência e aplicações
Uma enorme variedade de fenóis e éteres fenólicos é encontrada na natureza. A 
maioria dos hospitais apresenta um odor característico, devido ao uso da creolina. A creolina 
é um desinfetante utilizado em residências, obtida na destilação da hulha ou do petróleo. 
Também é aplicada, na fabricação de corantes e perfumes ou como agente de conservação 
da madeira.
O fenol é um desinfetante geral encontrado no alcatrão de hulha. O fenol, apesar de 
ser um bom agente bactericida, ataca também os tecidos sadios, provocando queimaduras 
cutâneas. Possui um elevado grau de toxidez, levando os cientistas à substituição por outros 
agentes desinfetantes. Um dos desinfetantes mais utilizados atualmente é o 4-hexil-resorcinol(1,3-dihidroxi-4-hexil-benzeno), mais eficiente e sem efeitos colaterais tão agressivos.
Certos fenóis têm altas atividades fisiológicas, como por exemplo, os urushióis, 
constituintes da hera venenosa (Hedera helix) e do carvalho venenoso que são agentes 
vesicantes. O tetra-hidro-canabinol é um complexo fenol que atua como princípio ativo mais 
importante da maconha. A hidroquinona é usada na revelação de fotos em preto e branco e no 
tratamento de manchas de pele. A vitamina E é um composto fenólico amplamente encontrado 
na natureza e estudos apontam que sua função biológica é agir como um antioxidante natural. 
O estradiol é um hormônio sexual feminino e as tetraciclinas são antibióticos importantes. 
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Os fenóis são utilizados na síntese industrial de adesivos, plásticos e antissépticos. 
Certos sais do ácido pícrico (2,4,6-trinitrofenol) são usados no combate às queimaduras 
cutâneas. Uma das aplicações econômicas mais intensas do fenol está na produção do 
baquelite, um plástico comum e de baixo valor agregado. 
A presença do grupo hidroxila nas estruturas dos fenóis faz com que estes sejam 
semelhantes aos alcoóis na capacidade de formar ligações de hidrogênio entre si.
Todos os monofenóis (apresentam apenas um grupo – OH) são moléculas polares. 
Alguns polifenóis (apresentam dois ou mais grupos - OH) são apolares. São mais densos que 
a água. O hidroxibenzeno (fenol) é relativamente solúvel em água, e os demais fenóis são 
insolúveis. Apresentam odor forte característico, são tóxicos e altamente irritantes.
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OAT
IVID
ADE �
• Fenóis
1 Monte a fórmula estrutural para os seguintes fenóis:
a) 2-cloro-3,5-dimetilfeno: 
b) o-fenilfenol: 
c) 3-benzil-4-clorofenol: 
d) p-nitrofenol:
2 Dê a nomenclatura para os fenóis de acordo com as normas da IUPAC.
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3 Indique qual dos compostos a seguir é um fenol. Justifique sua resposta.
4 Monte as três fórmulas estruturais (orto, meta e para) para bromofenol.
5 Nomeie os seguintes compostos:
6 Monte a fórmula molecular do composto a seguir.
5 FUNÇÕES ORGÂNICAS NITROGENADAS
São compostos que apresentam o elemento nitrogênio em suas estruturas. Neste tópico, 
estudaremos as aminas e amidas. 
As aminas são compostos orgânicos nitrogenados que possuem grupos funcionais –NH2 
(amino), -NH e –N-. São compostos orgânicos derivados da amônia (NH3). 
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• CLASSIFICAÇÃO DAS AMINAS
As aminas são classificadas como primárias, secundárias ou terciárias. Esta classificação 
depende do número de hidrogênios substituídos do átomo de nitrogênio. Da mesma maneira, 
podem-se classificar as amidas, porém, apenas o hidrogênio será substituído por radicais acila 
(derivados dos ácidos carboxílicos : RCOOH → RCOO -
1. Aminas primárias: apenas um hidrogênio foi substituído (R-NH2).
2. Aminas secundárias: dois hidrogênios foram substituídos (R2 -NH).
3. Aminas terciárias: três hidrogênios foram substituídos (R3 -N).
As amidas são compostos orgânicos que possuem o grupo funcional amida e derivados 
dos ácidos carboxílicos.
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• Nomenclatura
As aminas primárias podem ser nomeadas de diversas formas dependendo da estrutura, 
de acordo com a IUPAC, Para as aminas simples, o sufixo amina é usado junto ao nome do 
substituinte alquílico. 
Exemplos:
O sufixo amina também pode ser usado para substituir o sufixo o do nome da cadeia 
principal. 
Exemplos:
As aminas também podem ser aromáticas. Essas são conhecidas como anilinas. Os 
de sais de amônio (NH4) quaternário são compostos que apresentam o átomo de nitrogênio 
ligado a quatro substituintes. 
Exemplos:
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As aminas secundárias e terciárias recebem a nomenclatura de aminas primárias 
substituídas. O maior grupo alquila recebe o nome principal e os menores grupos alquila são 
considerados como N-substituintes (N, pois estão ligados ao átomo de nitrogênio). 
Exemplos:
As amidas com um grupo NH2 (amino) recebem a nomenclatura substituindo-se o final 
oico dos por amida, ou pela terminação carboxiamida. 
Exemplos:
As aminas que possuem mais de um grupo funcional são nomeadas considerando-se 
o grupo NH2 (amino) como um substituinte na molécula principal. 
Exemplos:
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Caso o átomo de nitrogênio tiver dois substituintes, inicialmente dá-se nome aos grupos 
substituintes e posteriormente para amida principal. 
Exemplos:
As amidas cíclicas ou fechadas são chamadas de lactamas. Neste caso, o tamanho do 
ciclo é determinado por letras gregas. 
Exemplos:
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• Ocorrência e aplicações
As aminas são encontradas na natureza, principalmente no reino animal e vegetal. 
A trimetilamina, por exemplo, é encontrada em tecidos animais e é responsável pelo odor 
dos peixes. Encontra-se a nicotina no tabaco e a cocaína em arbustos da planta da coca na 
América do sul.
As aminas são constituintes importantes nos sistemas bioquímicos, presentes também 
nos aminoácidos, proteínas e vitaminas. Em alguns organismos vivos, as aminas são 
biorreguladores e neurotransmissores. 
Vários derivados das aminas são ativos biologicamente, como as penicilinas, o LSD, 
a novocaína, adrenalina, noradrenalina, dopamina, serotonina, anfetamina, acetilcolina, ácido 
nicotínico, piridoxina, histamina. A adrenalina e a noradrenalina, por exemplo, são hormônios 
liberados na corrente sanguínea quando um animal se sente em perigo. A dopamina responsável 
pela regulação e controle dos movimentos, da motivação e da percepção e a serotonina 
são neurotransmissores, que em níveis anormais são associados com algumas desordens 
psiquiátricas, incluindo o mal de Parkinson. 
A trimetilamina é o principal componente do odor de peixe podre. A putrescina e a 
cadaverina são encontradas na decomposição de cadáveres humanos, responsáveis pelo 
odor de urina e do mau hálito. 
Inúmeras aminas são vitaminas, com exemplo: a vitamina B6 (piroxina). A histamina 
é uma amina tóxica, e sua liberação na forma livre provoca os sintomas associados com as 
reações alérgicas e com o resfriado.
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As aminas são usadas na fabricação de sulfas, sulfatiazol, que salvou muitos soldados 
feridos na Segunda Guerra Mundial e anestésicos medicinais. Uma diamina simples é 
responsável pela fabricação do nylon (fibra sintética).
As amidas não são encontradas tão facilmente na natureza. Estão presentes nas 
proteínas e na estricnina (um veneno severo), extraída das sementes de árvores da espécie 
Nux vomíca, nativa do Sri Lanka, Austrália e Índia. Pode causar a morte por asfixia, paralisia 
do sistema respiratório e do sistema nervoso central, ou por convulsões quase contínuas. 
A ureia é uma amida, utilizada na fabricação de fertilizantes nitrogenados. As amidas 
são aplicadas na produção de medicamentos como o fenobarbital (sedativo leve), a glutetimida 
(hipnótico) e o tiopental (anestésico).
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• Propriedades e aplicações
As aminas são compostos polares. As aminas primárias e secundárias realizam ligações 
de hidrogênio entre si, contudo, as terciárias

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